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Coronel da reserva da PM e pesquisador na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Robson Rodrigues demonstra preocupação com a ação de grupos de justiceiros na zona sul carioca. Leia a seguir os principais trechos de sua entrevista ao Estadão.

O que motiva os grupos?

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Vários fatores. Os últimos acontecimentos evidentemente exaltam e geram um clamor público, porque eles geram uma sensação de fragilidade, de fraqueza do Estado em fornecer o direito à segurança das pessoas. Há também um fator emocional, de psicologia social. Pesquisadores que trabalham com casos de linchamento mostram ligação entre a sensação de fragilidade em sociedade, enquanto grupo, com a possível não capacidade do Estado em oferecer segurança, o que gera esse tipo de comportamento. Mas é algo perigoso, que fere todo o pacto social. O Estado precisa ficar atento. Não é porque o Estado falha que se pode fazer justiça com as próprias mãos, isso é um crime. E não se pode resolver um crime com outro crime.

Além de usarem as redes para se unirem, eles as utilizam para postar vídeos das ações e fotos dos acusados. Como o sr. vê esse tipo de exposição?

É problemático, mas não podemos fechar os olhos porque as redes são um fenômeno que está aí. Só que, ao mesmo tempo que eles fazem essas postagens como ostentação, deixam uma pegada de crime, estão publicizando seus atos criminosos. Cabe à polícia fazer uma investigação o mais rápido possível.

É muito difícil coibir esse tipo de ação?

Quando se toma esse vulto emocional, se perde um pouco da responsabilidade. E ela pode transbordar para resultados nefastos. As forças de governo e de segurança precisam reagir o quanto antes para desestimular a adesão social. É uma conduta criminosa, é bom que se diga isso de maneira bastante clara. É preciso ação da Polícia Civil investigando - porque essas condutas são puníveis - e também ajudando a solucionar essas falhas da segurança pública. É bom que o Estado seja inteligente. A situação é complexa, mas é dever do Estado se debruçar sobre isso.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Moradores do bairro de Copacabana, na zona sul do Rio, tem se organizado para atacar pessoas suspeitas de cometerem crimes na região. Por redes sociais, circulam imagens de pessoas, incluindo adolescentes, apontadas como autoras de ocorrências na área acompanhadas de identificação por CPF e mensagens que sugerem espancamento e tortura. Vídeos chegam a mostrar a mobilização do grupo, andando em conjunto em ruas do bairro.

A ações denominadas de justiçamento se comprovadas podem caracterizar prática criminosa. A Polícia Civil do Rio informou que "tomou conhecimento da situação" envolvendo a mobilização de grupos de justiceiros. "Diligências estão em andamento para identificar os envolvidos e esclarecer os fatos." A atuação desses grupos ocorre em um momento no qual o bairro se assusta com a reincidência de casos violentos, como assaltos.

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Na noite de sábado (2), um empresário foi agredido com socos e chutes na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, uma das principais do bairro, após tentar ajudar uma mulher que estava sendo assaltada. Imagens de câmeras de monitoramento mostram mais de dez suspeitos envolvidos na ação. O empresário chegou a desmaiar com os golpes e precisou ser levado a uma UPA da região.

A ação dos criminosos provocou uma onda de revolta e levou algumas pessoas a sugerir mais violência para combater os furtos e assaltos. Um perfil no Instagram está postando imagens de suspeitos, inclusive com seus números de CPF. Algumas das fotos são de menores de idade que, segundo a página, já cumpriram medidas socioeducativas pela prática de delitos.

Vídeos de pessoas que estariam atrás de acusados de cometer crimes na zona sul também circulam pelas redes sociais. "Olha, metendo o pau no menor lá. Já 'engravataram', pegaram o moleque aqui e meteram o pau. Estão indo atrás dos outros", diz um homem que narra o vídeo de uma perseguição no bairro de Botafogo, vizinho à Copacabana.

Cuidado excessivo, controle sobre as roupas, finanças e locais que a companheira frequenta, cenas de ciúmes, exaltação do humor, falar em tom ríspido, bater a porta com força, quebrar objetos, socar a parede, fazer piada sobre a aparência, são alguns dos primeiros sinais de uma relação abusiva. Os indicativos são dados pelo agressor, mas frequentemente são confundidos como proteção, cuidado, amor e carinho. No entanto, a constância de tais atitudes vão se tornando tanto mais frequentes quanto mais graves, a medida que o agressor consegue deixar a vítima insegura, silenciada, isolada e infeliz a ponto de se culpar pelos abusos dos quais não tem culpa. 

A carga de culpabilizações é tão intensa que a "montanha-russa" de acontecimentos adoecedores do relacionamento a envolve em uma teia de agressões que podem ser: psicológica, moral ou patrimonial, sexual ou física. Na maioria dos casos, as violências se somam e aumentam assim a dor sofrida pela vítima durante o ciclo abusivo. 

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Ana Hickmann não está só 

O homem que inicialmente se mostrava "protetor" e "cuidadoso" com tudo que está relacionado à companheira dá lugar ao que quebra objetos dela, que dá tapa, socos e chutes. Foi assim com a apresentadora Ana Hickmann, que foi agredida fisicamente em casa em uma discussão com o marido, Alexandre Correa, na presença do filho do casal e ocorre com 14 mulheres a cada minuto no Brasil, segundo o levantamento a 4ª Edição  do "Visível e invisível: a vitimização de mulheres no Brasil", realizado pelo DataFolha/FBSP e divulgado em março deste ano.

De acordo com a pesquisa, 35 mulheres foram agredidas física ou verbalmente por minuto no Brasil em 2022. Ao contrário da apresentadora, 65,6% são negras, 30,3% tem entre 16 a 34 anos e mais de 50% moram em cidades do interior.

A psicóloga Dulce Ferrão do Instituto Maria da Penha, que atende vítimas de violência doméstica e familiar, ressalta como as agressões e o modo como o agressor age deixam a mulher confusa. "Quando ela pergunta o que está havendo, a resposta geralmente é: "nada". Deixando-a assim, insegura e crendo que tem culpa pelo comportamento hostil de seu companheiro; num segundo momento ele já tende a aumentar o nível de agressão que antes era psicológica, moral ou patrimonial, podendo também ser sexual ou física, quando a mulher refere não estar suportando essa relação e tenta dela sair, o indivíduo joga sobre ela, mais uma vez, uma carga de culpabilizações".

A assistente social da Equipe "As Penhas", Nadiedja Matias também reforça os comportamentos enumerados por Dulce. "Com um tempo ele vai aprisionando a mulher psicologicamente e essa atitude abusiva e tóxica a deixa confusa de forma tal que ela naturaliza e o protege de seus atos  abusivos com uma simples resposta: 'ele tem cuidado em mim e tem medo de me perder'. Ela sem perceber é xingada, espancada, humilhada e prisioneira de seus próprios sentimentos, achando errado suas atitudes, mas sempre com esperança de um dia ele mudar e ver a mulher que sou".

Atendendo diariamente as vítimas, Nadieja já conhece bem o modo como os agressores se comportam e detalha como eles agem com suas parceiras. "Tudo ele proíbe. Tem mulheres que nem suas peças íntimas compram, seu shampoo, creme de cabelo, maquiagem. 'Não precisa usar você é linda assim', eles dizem. As roupas delas, eles sempre escolhem. Sair só nem pensar. 'Você pode ser enganada ou mesmo algum homem ver você só e achar que é uma mulher vadia, uma qualquer'. Ir ao médico, principalmente ginecologista não pode". Esses são alguns dos exemplos que a assistente social destaca das violências disfarçadas de cuidados que os agressores praticam cotidianamente. 

"Existem várias sinais e absurdos que o homem abusivo e tóxico tem e que a mulher não percebe que é errado. Às vezes, ela é agredida moralmente, fisicamente, psicologicamente, sexualmente ou mesmo economicamente e não percebe que isso é violência", alerta. "Para a mulher quem está no relacionamento é mais difícil de perceber do que quem está fora. Por isso é super importante que as amigas e familiares que estão próximos, com muita cautela e sem julgar, sem magoar, falem com ela sobre o assunto, mostrando exemplos e a fortalecendo com palavras de otimismo e valorização. Os abusos são muitos, mas repetidos, notórios e iguais em todos relacionamentos. No início ele vai querer conquistar, depois a mulher se torna alvo fácil de manipular devido a sua entrega e sentimentos", assinala. 

"Lua de mel" passageira 

A psicóloga Dulce também faz um importante alerta de que o ciclo abusivo não só consiste em fases de agressões, pois o homem promove o que ela chama de "lua de mel" após os conflitos. "Entre os textos recorrentementes usados pelo agressor está: 'você é a mulher da minha vida, com quem escolhi viver até o fim, mas você está me destruindo, já nem me reconheço mais' e segue-se o corolário de acusações sem esquecer de fechar o discurso com:  'vamos tentar novamente, eu prometo que dessa vez será diferente, preciso de você, da sua ajuda. O que faz com que a mulher o aceite e vivam a fase conhecida por "Lua de Mel" aí serão feitas promessas juras de amor, mimos, passeios. Importante ressaltar que essa fase dura pouco tempo e o ciclo volta a girar e girar com maior potencial adoecedor", frisa.

Feminícidio 

O adoecimento da mulher que vive uma relação abusiva vai a colocando em situação de vulnerabilidade, conforme o tempo vai passando. Porém, quebrar o ciclo pode salvar vidas. A afirmativa pode ser endossada pelo levantamento realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e divulgado na última segunda-feira (13), que mostra um número recorde de feminicídios cometidos entre janeiro e junho deste ano. O número de mulheres mortas chegou a 722 mulheres, mostrando um aumento de 2,6% a mais no mesmo período do que de 2022, quando foram contabilizados 704 casos. Este é o maior número de feminicídios já registrados da série histórica para um primeiro semestre. O levantamento começou a ser feito a partir de 2019.

"Mesmo sabendo de outros relacionamentos abusivos e tóxicos que ele teve, sempre existe um sentimento de certeza que comigo não vai ser assim. Homens abusivos e tóxicos, mostram em seus comportamentos sinais que cada mulher deve estar atenta, e se não conseguir se livrar, não  ter medo de procurar ajuda", aconselha a assistente social. Dulce também sinaliza para o mesmo caminho, afirmando que "o fato de não quebrar tal ciclo pode culminar em feminicídio".

Algumas questões que a mulher pode observar no início da relação é sobre os comportamentos, mesmo que sutis, mas abusivos e se este homem já cometeu outros abusos em relações sociais ou relacionamentos afetivos anteriores. Para se proteger, a mulher pode contar com canais de atendimento institucionais e também pelo contato do Coletivo "As Penhas" no Instagram (aspenhasoficial).

Confira os contatos para denúncias e ajuda 

Disque 180 - Central de Atendimento à Mulher A Central de Atendimento à Mulher –

Ligue 180 é um serviço de atendimento telefônico que funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana, inclusive durante os finais de semana e feriados. As ligações podem ser feitas de qualquer telefone - seja ele móvel ou fixo, particular ou público (orelhão, telefone de casa, telefone do trabalho, celular).   

Polícia Militar - Disque 190 (quando o crime está acontecendo) 

Disque Denúncia: (81) 3421 9595 (para outras situações) 

Disque Denúncia do MPPE: 0800 2819455 O serviço do Ministério Público de Pernambuco funciona de segunda a sexta- feira, das 12h às 18h.

Ouvidoria da Mulher do Estado de Pernambuco - 0800 2818187 Central de Teleatendimento à Cidadã Pernambucana 24h / Ligação gratuita Avenida Cais do Apolo, nº 222, 3º andar, Centro, Recife, PE, CEP 50030-905. Horário de atendimento: das 8h às 18h, dias úteis. Atendimento virtual: ouvidoria@secmulher.gov.pe.br  Delegacias Especializadas Da Mulher 

Recife 1ª Delegacia de Polícia Especializada da Mulher Rua do Pombal, Praça do Campo. Santo Amaro. Recife. Fone: (81) 3184.3352 

Jaboatão Dos Guararapes 2ª Delegacia de Polícia Especializada da Mulher Estrada da Batalha, s/n°. Prazeres. Jaboatão dos Guararapes. Fone: (81) 3184.3444/3445 

Petrolina 3ª Delegacia de Polícia Especializada da Mulher Rua Castro Alves, nº 57. Centro. Petrolina. Fone: (87) 3866.6625 

Caruaru 4ª Delegacia de Polícia Especializada da Mulher Rua Dalton Santos, nº 115. São Francisco. Caruaru. Fone: (81) 3719.9106 

Paulista 5ª Delegacia de Polícia Especializada da Mulher Praça Frederico Ludgren, s/n°. Paulista. Fone: (81) 3184.7072 

Garanhuns 9ª Delegacia de Polícia Especializada da Mulher Rua Frei Caneca, nº 460. Heliópolis. Garanhuns. Fone: (81) 3761.8507 

Instituto Médico Legal - Rua do Pombal, nº 455. Santo Amaro. Recife. Fone: (81) 3222.5814 

Centro de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Sexista  Recife Centro de Referência Clarice Lispector Rua Bernardo Guimarães, nº 470. Boa Vista. Fone: (81) 3232.5370/0800.2810107 

Jaboatão Centro de Referência Maristela Justus Rua Travessa São João, nº 64. Massaranduba. Fone: (81) 3468.2485 

Olinda Centro de Referência Márcia Dangremon Rua Maria Ramos, nº 131. Bairro Novo. Fone: (81) 3429.2707/0800.2812008

Dois dias depois do recurso da Procuradoria-Geral da República (PGR) que chamou de "privilégio" o ingresso do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes como assistente de acusação no caso do aeroporto de Roma, o ministro Dias Toffoli, relator do inquérito, deu à Polícia Federal (PF) o prazo de cinco dias para indicar um perito para acompanhar o acesso da defesa ao vídeo que registra o episódio. A decisão é desta quarta-feira, 1º.

A decisão dá continuidade e mantém as determinações que estão sendo questionadas no recurso. Além do ingresso de Moraes e da sua família como assistentes de acusação em fase de inquérito, a PGR também questiona o sigilo imposto sobre as imagens de câmeras de segurança que foram enviadas pela polícia italiana.

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A defesa dos três investigados, Roberto Mantovani Filho, Andrea Munarão e Alex Zanatta Bignotto, só pode ver o vídeo dentro das dependências do Supremo. Nesta terça-feira, 31, o advogado Ralph Tórtima Filho apresentou um relatório do perito contratado pelos investigados que afirma ser necessário que a defesa tenha uma cópia do material para análise.

Eles alegam que é preciso passar o arquivo por programas específicos, instalados nos equipamentos do expert, e que a defesa tem o mesmo direito que a Polícia Federal teve de analisar a prova. O desfecho das investigações depende da análise e da interpretação dessas imagens.

O acompanhamento do acesso da defesa ao vídeo por um agente da Polícia Federal é um procedimento de praxe, porque o acesso à prova é limitado à visualização do material, que está em posse da corporação. A decisão de Toffoli desta quarta é direcionada ao delegado Hiroshi de Araujo Sakaki, responsável pela condução do inquérito. Ele será intimado para indicar o perito da PF.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), se tornou assistente de acusação no processo que investiga a suposta agressão no aeroporto de Roma (Itália). O ministro Dias Toffoli autorizou que, além do magistrado, a esposa dele e os três filhos atuem no caso. Eles são vítimas no inquérito. Nesta segunda-feira (30), a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou um recurso contra a decisão. A instituição também questiona o sigilo decretado sobre o vídeo que registra o episódio.

A PGR argumenta que é inconstitucional ter assistente de acusação na fase de inquérito e que as vítimas não poderiam desempenhar esse papel. A manifestação é assinada pela procuradora-geral da República interina, Elizeta Maria de Paiva Ramos, e pela vice-procuradora-geral da República, Ana Borges Coêlho Santos.

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"Não se tem notícia de precedente de admissão de assistência à acusação na fase inquisitorial. Tal privilégio jamais foi admitido para quaisquer das autoridades acima elencadas, nem mesmo para o Presidente da República", diz o recurso apresentado nesta segunda-feira.

No dia 23 de outubro, Toffoli, relator do inquérito que investiga as agressões de que Alexandre de Moraes e sua família foram vítimas no aeroporto internacional de Roma, atendeu ao pedido das vítimas para que elas se tornassem assistentes de acusação. Antes dessa decisão, a PGR já havia afirmado não ter "previsão legal" para a medida nessa etapa do processo.

"Inicio admitindo Alexandre de Moraes, Viviane Barci de Moraes, Gabriela Barci de Moraes, Alexandre Barci de Moraes e Giuliana Barci de Moraes, na qualidade de assistentes, nos termos do art. 268, CPP", diz a decisão monocrática de Dias Toffoli. O artigo mencionado diz "em todos os termos da ação pública, poderá intervir, como assistente do Ministério Público, o ofendido ou seu representante legal". O caso ainda está na fase de inquérito.

Essa mesma decisão manteve o sigilo sobre as imagens recebidas pelas câmeras de segurança do aeroporto e permitiu apenas que o advogado de defesa dos acusados possa ter acesso a ela.

O criminalista Ralph Tortima Filho, que representa o empresário Roberto Mantovani Filho - suspeito de hostilizar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, no Aeroporto Internacional de Roma no dia 14 de julho -, repudiou o fato de a análise das imagens do entrevero ter sido realizada por um agente da Polícia Federal e não por peritos do Instituto Nacional de Criminalística, que é a praxe.

Nesta quinta, 5, Tortima Filho se insurgiu ante o fato de a íntegra do vídeo cedido pelas autoridades romanas ao Ministério da Justiça brasileiro permanecer sob sigilo - ao mesmo tempo em que foi liberada a divulgação de relatório denominado 'análise de imagens da sala de embarque do aeroporto'.

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O documento, de 51 páginas, exibe cenas parciais do atrito em Roma, espelhadas em sequência. O relatório da PF diz que 'aparentemente' Roberto Mantovani 'bateu com hostilidade' no rosto do filho do ministro, Alexandre Barci.

"Causa estranheza o fato de ser decretado o sigilo das imagens do aeroporto na Itália e, na mesma decisão, ser baixado o sigilo dos autos, de sorte a que um relatório, feito por um agente da Polícia Federal, não por peritos, seja devassado com parte dessas mesmas imagens, com ilações extremamente tendenciosas, no mínimo criativas", reagiu Tortima Filho.

O Instituto Nacional de Criminalística, braço da própria Polícia Federal, é reconhecido como um núcleo de peritos de alta qualificação. Investigadores ouvidos pelo Estadão informaram que o vídeo do aeroporto de Roma não passou pelo crivo da perícia.

A 'análise de imagens' foi feita pelo agente federal classe especial Clésio Leão de Carvalho.

A defesa de Mantovani afirma que não teve acesso ao vídeo por completo. "Se as imagens captadas no aeroporto são sigilosas, o relatório que as revela de forma seletiva também deveria ser, por evidente", segue o advogado.

Para Ralph Tortima Filho, 'a impressão que fica é a de que o sigilo serve aos interesses de apenas uma das partes, com a utilização de imagens escolhidas a dedo, impedindo que a integralidade delas seja de conhecimento público'.

"Fica muito evidente tratar-se de uma investigação que tem lado e que é nitidamente direcionada", afirma.

Nesta quinta-feira, 5, Ralph Tórtima Filho anexou aos autos do inquérito um novo pedido para juntar à investigação um vídeo gravado pelo celular de Alex Zanatta Bignotto, genro de Mantovani. O advogado apresentou a solicitação acompanhada de um parecer subscrito pelo professor da Unicamp Ricardo Molina de Figueiredo.

Segundo Tórtima, o 'único momento em que o ministro Alexandre se encontra presente e próximo dos investigados, nenhuma ofensa é a ele direcionada'.

O laudo assinado por Molina de Figueiredo foi elaborado para tratar da 'integridade da gravação', transcrever as falas contidas no vídeo e responder perguntas específicas feitas por Tórtima. O parecer diz que, em determinado momento do vídeo, Alexandre aponta o dedo para Alex e 'diz "bandido"'.

Por que Toffoli mantém vídeo sob segredo?

Ao prorrogar as investigações sobre o 'entrevero' envolvendo o ministro Alexandre de Moraes no Aeroporto Internacional de Roma, o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, levantou, nesta quarta-feira, 4, o sigilo das apurações, tornando públicos todos os documentos que constam do inquérito - exceto o vídeo das câmeras de segurança de Fiumicino, que seguem sob sigilo.

Em um despacho de três páginas, Toffoli elencou argumentos para não liberar o vídeo: em sua avaliação, não há 'interesse ou utilidade', para o processo, na 'ampla divulgação' das imagens. Segundo o ministro, o vídeo 'interessa unicamente às investigações, que devem prosseguir'.

Toffoli argumentou que a divulgação de imagens de suspeitos só é 'fundamental' quando estes ainda não foram identificados ou estão foragidos, o que não é o caso. Evocou o relatório de análise de 51 páginas elaborado pela Polícia Federal sobre as imagens - para o relator, no documento já há 'detalhada análise das imagens que interessam' ao inquérito.

O magistrado anotou ainda que a mídia contém 'imagens de inúmeras pessoas, incluindo menores de idade, que em nada se relacionam' com a apuração. "Não há razão para expor envolvidos e terceiros que aparecem nas cenas captadas, devendo-se preservar, na espécie, seus direitos à imagem e à privacidade", anotou.

"Deve-se assinalar que são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, sobretudo na presente hipótese, em que não há necessidade de sua divulgação para a administração da justiça e que também não existe autorização por parte dos envolvidos para que haja divulgação", completou.

Mantido em local reservado, o CD que as autoridades italianas encaminharam à Polícia Federal com quase quatro horas de gravação das câmeras de segurança de Fiumicino só será disponibilizado para as partes do processo - o ministro Alexandre de Moraes e os investigados - ou para analistas e peritos indicados pelos investigadores, para 'eventuais diligencias complementares.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), narrou à Polícia Federal (PF), em depoimento prestado em julho, que foi chamado de "comunista", "bandido", "comprado", e "fraudador de urnas" por bolsonaristas que o hostilizaram no aeroporto de Roma (Itália).

A PF analisou as imagens das câmeras de segurança do terminal e concluiu que o empresário Roberto Mantovani "aparentemente" bateu com "hostilidade" no rosto do filho do ministro.

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Procurado pelo Estadão, o advogado Ralph Tortima Filho, que representa o empresário, afirmou que o relatório contém apenas imagens "selecionadas" pela Polícia Federal. "Me parece contraditório o sigilo das imagens do aeroporto", disse à reportagem.

A versão de Alexandre de Moraes é que a mulher do empresário, Andreia Munarão, o abordou "aos berros" na entrada da sala VIP do aeroporto. O ministro afirmou que não presenciou a agressão ao filho.

Moraes declarou que as ofensas continuaram e que avisou ao empresário e a seus familiares que iria fotografá-los para que fossem identificados e responsabilizados.

"Ao longo dessa discussão, os agressores reiteravam as ofensas e realizavam gravações esperando uma reação agressiva", diz um trecho do termo de depoimento.

O ministro admite que, ao ser chamado de "bandido" pelo corretor de imóveis Alex Zanatta Bignotto, genro de Mantovani, "repetiu a mesma expressão em tom jocoso".

O filho de Moraes, o advogado Alexandre Barci, também foi ouvido pela PF. Ele narrou que, quando Andreia começou a ofender o pai, "pediu respeito" e advertiu que "medidas legais cabíveis" seriam tomadas.

Afirmou ainda que foi agredido por Roberto Mantovani no momento em que tentou pegar o celular para fotografar o grupo e que o tapa chegou a entortar seus óculos. Ele negou ter ofendido os manifestantes.

A Polícia Federal (PF) enviou ao Supremo Tribunal federal (STF), nessa quarta-feira (4), o relatório da análise feita nas imagens das câmeras de segurança do aeroporto de Roma, compartilhadas por autoridades italianas para ajudar no inquérito que apura hostilidades ao ministro Alexandre de Moraes.

Os policiais federais concluíram que o empresário Roberto Mantovani "aparentemente" bateu com "hostilidade" no rosto do filho do ministro, Alexandre Barci, que segundo o documento conseguiu se esquivar parcialmente. O relatório analisa cada frame do vídeo. A íntegra das filmagens não foi liberada.

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"Após ter afrontado Barci, impulsionando seu corpo contra este, que estava de óculos, Roberto levantou a mão e, aparentemente, chegou a bater no rosto da vítima, que teve óculos deslocados (ou caídos no rosto)", narra a PF.

A Polícia Federal afirma a mulher do empresário, Andreia Munarão, foi quem "provocou" a confusão. "Ela própria, desde que vira o ministro, passou a apresentar uma postura visivelmente hostil, com gestos, projeções corporais e expressões faciais, com aparentes gritos, que levam a concluir ter sido ela a provocadora de toda a confusão", diz outro trecho do relatório.

Como as imagens não têm som, os policiais federais analisaram cuidadosamente expressões corporais e reações dos funcionários e passageiros do aeroporto. O caso aconteceu em julho.

A PF afirma que os vídeos desmontam a versão do casal. Em depoimento, Roberto Mantovani narrou que a discussão teria começado porque o filho de Alexandre de Moraes ofendeu e assediou Andreia.

O relatório da Polícia Federal aponta que o ministro e seus familiares chegaram na sala VIP de embarque "sem fazer qualquer alarde" e aguardaram na fila para entrar. A discussão, segundo a PF, foi desencadeada pela "atitude hostil e agressiva" do casal, depois que Andreia "aparentemente implicou" com a presença de Moraes. Ao entrar com a notícia-crime, o ministro afirmou que foi chamado de "comunista", "bandido", "comprado", e "fraudador de urnas"

Defesa

O criminalista Ralph Tortima Filho, que representa Roberto Mantovani, se manifestou sobre o assunto. "Me parece contraditório o sigilo das imagens do aeroporto e, no mesmo passo, a divulgação de um relatório que contém as mesmas imagens, aquelas selecionadas pela PF."

Um casal foi preso em flagrante por torturar um menino de sete anos na comunidade Ilha do Rato, no bairro de Jardim Atlântico, em Olinda, no sábado (9). A criança foi encontrada pelos policiais com ferimentos e marcas de queimadura.

Uma equipe do 1º Batalhão da Polícia Militar foi acionada para a ocorrência de maus tratos e abandono de incapaz. Ao chegar na casa da família, foi verificado que a crianças estava machucada.

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A mãe, de 22 anos, e o padrasto do menino, 27, foram agredidos pelos vizinhos. Questionada pelo policiais, ela confirmou o ocorrido.

Os três foram socorridos para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Rio Doce e o casal foi encaminhado à delegacia do Varadouro, onde ficaram à disposição da Justiça.

Os arquivos das câmeras de segurança do Aeroporto Internacional de Roma (Itália) que registraram as supostas hostilidades ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes devem chegar às mãos dos investigadores nesta segunda-feira (4). As gravações devem ser juntadas ao inquérito sobre supostos crimes de injúria, perseguição e desacato 50 dias depois do entrevero, em 14 de julho.

A investigação corre no gabinete do ministro Dias Toffoli, em processo físico e sob sigilo. As gravações italianas foram remetidas ao Brasil também de forma física, em "drives", via transportadora pela administração do aeroporto, como mostrou a Coluna do Estadão.

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A expectativa gira em torno de uma eventual divulgação do material, que também pode ser classificado como sob segredo de Justiça. Em seguida, a gravação deve ser remetida à perícia da PF, que terá a possibilidade de submeter o material à uma série de exames, incluindo um eventual teste de leitura labial.

A liberação das imagens gravadas é essencial para solucionar o caso, uma vez que há versões diferentes sobre o que ocorreu com Moraes, sua família e os três brasileiros envolvidos no episódio, o empresário Roberto Mantovani Filho, sua mulher Andréa Munarão e o genro de Mantovani, Alex Zanatta Bignotto.

O advogado Ralph Tórtima Stettinger Filho, que representa os envolvidos no caso com Moraes, vai pedir a Toffoli para ter acesso as imagens tão logo elas sejam juntadas aos autos, antes mesmo de o material ser encaminhado aos peritos da PF.

A remessa das imagens se dá após a tramitação pela Justiça italiana, com aval do Ministério Público daquele País. A adidância da corporação em Roma já estava com as imagens desde o dia 20 de julho, mas a remessa aos investigadores, no Brasil, aguardava a autorização.

Moraes e sua família teriam sido abordados por três brasileiros, que o xingaram de "bandido, comunista e comprado". O filho do ministro teria levado um tapa no rosto.

Tórtima Filho disse que Mantovani Filho admitiu, durante depoimento, que houve um "entrevero", uma confusão envolvendo várias pessoas, com o filho de Moraes. Segundo relato do advogado do casal, Mantovani e a mulher relataram que o começo da briga teria sido motivado apenas por conta de uma disputa por espaço na sala VIP do aeroporto de Roma.

Mantovani negou que tenha empurrado o ministro ou seu filho, mas admitiu ter "afastado" uma pessoa que teria ofendido sua esposa, que também é suspeita no caso.

Moraes e sua família também foram ouvidos pelos investigadores.

A Polícia Civil investiga o médico Bruno D'Ângelo Cozzolino por denúncias de perseguição, ameaça e agressão contra ex-namoradas. Ele também é acusado de agredir funcionários dos prédios onde mora e onde trabalha nos Jardins, região central de São Paulo.

As informações foram divulgadas inicialmente pelo Fantástico, da TV Globo, e confirmadas pelo Estadão. No último dia 7 de agosto, imagens das câmeras de segurança do condomínio em que mora mostram o médico discutindo e agredindo o zelador. O motivo teria sido um pedido para que ele que estacionasse corretamente seu carro na garagem.

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"Pedi para o porteiro comunicar a ele. Mas ele não desceu para arrumar o carro dele; desceu para me agredir", contou o homem ao programa. Mesmo com as imagens, ele foi à delegacia e afirmou ter sido vítima do zelador.

Bruno D'Ângelo tentou explicar sua versão ao síndico, mas também o agrediu ao ser questionado. "Ele arrebentou o meu lábio", contou o síndico à TV. Por causa das agressões, o condomínio contratou seguranças e registrou queixa na delegacia.

Nas redes sociais, Bruno fala sobre cuidados com a saúde e o bem-estar e suas especialidades médicas, como Medicina do Esporte, Nutrologia e Dermatologia. O médico também exibe vídeos e fotos de viagens internacionais.

Médico também é acusado de agressão de mulheres

Provavelmente no mesmo dia em que brigou com o síndico, Bruno aparece em imagens do edifício em que uma ex-namorada trabalha. As câmeras da empresa da vítima mostram o médico com a mesma camiseta que vestia no condomínio. Ela já havia denunciado agressões do médico.

Depois de se negar a desbloquear o celular, como ele exigia, a moça teria sido agredida com chutes e tapas, de acordo com o programa da TV Globo.

Polícia confirma investigações por violência doméstica e injúria

A Secretaria de Segurança Pública confirma que existem dois inquéritos policiais em andamento contra Bruno. O primeiro deles, registrado como violência doméstica, perseguição, ameaça e lesão corporal, está em apuração pela 2ª Delegacia de Defesa da Mulher Sul. A vítima conseguiu medida protetiva e o depoimento do suspeito já foi agendado.

O segundo caso foi registrado como injúria, calúnia e ameaça por três vítimas (duas mulheres e um homem). O investigado foi intimado a comparecer para depoimento na investigação do Grupo Especial de Combate aos Crimes Raciais e de Intolerância (GEGRADI).

Uma terceira ocorrência ainda na fase inicial de investigação no 15° Distrito Policial (Itaim Bibi). Policiais do 78° Distrito Policial esperam a representação formal da vítima para o prosseguimento da investigação. A Secretaria de Segurança Pública não informou se o médico já foi preso em alguma oportunidade.

O que dizem os advogados do médico

Procurada pelo Estadão, a defesa do médico Bruno D'Ângelo Cozzolino informou que ele prefere não se manifestar neste momento.

Em 2021, a defesa de Bruno apresentou à Justiça laudo psiquiátrico atestando transtorno de humor bipolar, ansiedade e transtorno obsessivo compulsivo grave. Os advogados também afirmam que ele havia abandonado o tratamento. A prisão foi revogada para uma perícia médica, mas o caso acabou arquivado.

Nas redes sociais, o senador e ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), defendeu a determinação judicial pela busca e apreensão nas casas dos suspeitos de agredirem o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e a família do magistrado. No dia 14 de julho, Moraes teria sido hostilizado por um grupo de brasileiros no aeroporto internacional de Roma. Os agressores seriam quatro integrantes de uma mesma família, de São Paulo. 

“Tais indícios são adensados pela multiplicidade de versões ofertadas pelos investigados”, defendeu o ministro em seu perfil no Twitter. Dino disse ainda que “não se cuida de ‘fishing expedition’, pois não há procura especulativa, e sim fatos objetivamente delineados, que estão em legítima investigação”. 

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Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos pela Polícia Federal na tarde dessa terça-feira (18). Os documentos foram expedidos pela presidente do STF, ministra Rosa Weber. Os alvos dos mandados são o empresário Roberto Mantovani Filho, 71 anos; a esposa dele, Andréa Munarão; e o empresário Alexandre Zanatta. Os endereços da busca e apreensão ficam em Santa Bárbara d’Oeste, em São Paulo. 

Após se tornar pública, a determinação foi criticada por internautas, por supostamente não ser proporcional ao crime cometido. Para o ministro da Justiça e Segurança Pública, a ação se mostrou necessária. 

“Sobre a proporcionalidade da medida, sublinho que passou da hora de naturalizar absurdos”, defendeu Dino. 

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Cinco policiais militares foram flagrados espancando um jovem negro, rendido, que havia denunciado ter sofrido racismo em um supermercado de Carapicuíba, na Grande São Paulo. Em uma rua próxima ao estabelecimento, os agentes se revezaram nas agressões e deram um mata-leão no rapaz. O golpe foi proibido na corporação em 2020. 

Dois homens negros, de 19 e 29 anos, se desentenderam com um funcionário do supermercado, localizado no bairro Jardim Ana Estela. O colaborador teria seguido os dois dentro do estabelecimento e os agredido após uma discussão. 

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O 33º Batalhão de Polícia Militar foi acionado para atender a ocorrência na tarde da quinta (23). Já do lado de fora, a discussão continuou entre os agentes e os denunciantes. O vídeo da ação mostra o mais novo no chão, recebendo chutes e socos dos policiais, que se revezam nas agressões.

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Segundo a versão da corporação publicada pelo R7, os homens entraram em luta corporal com os policiais. O de 29 anos teria tentado fugir e o mais novo foi detido após pular telhados das casas vizinhas e cair dentro de uma residência. Ele é o que aparece nas imagens. 

Após as agressões, os dois foram levados à delegacia e liberados em seguida. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que um inquérito policial militar foi instaurado para apurar os fatos.

Os policiais envolvidos no espancamento deixaram as ruas e foram realocados em serviço administrativo até a conclusão das investigações, prevista para os próximos 60 dias. 

O vídeo da discussão de um homem com uma mulher e os dois filhos do casal viralizou nas redes sociais. As imagens feitas nesta semana, no restaurante de um hotel no Rio Grande do Norte, mostram um empresário pernambucano exaltado mesmo com os apelos da mulher para que ele pare com a confusão. As crianças choram e outros hóspedes intervieram para acalmar a situação.

As agressões verbais ocorrem no Hotel Vila Galé Touros, na cidade de Touros. Testemunhas indicaram que o homem que aparece nas imagens é Rafael Galindo Leite, morador do Recife, e apontam que ele parecia estar alcoolizado. A briga teria iniciado ainda no quarto, motivada por ciúmes.

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A mulher desceu com os dois filhos ao restaurante do hotel e, em seguida, ele chega e começa a gritar. O filho mais velho chora e grita, enquanto a mãe pede que o marido pare com a discussão. A situação comoveu outros hóspedes, que se aproximam para defender a mulher. As imagens foram publicadas pelo Portal 7 Segundos.

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A polícia foi acionada e Rafael teria deixado o local antes da chegada da equipe. A mulher foi encaminhada à delegacia de plantão para prestar queixa. A reportagem procurou a Polícia Civil para confirmar outros detalhes da ocorrência, mas não foi respondida até a publicação.

Dessa vez, o fogo no feno saiu do controle e acabou em expulsão. Logo após a eliminação de Thomaz na quinta roça de A Fazenda 14, que aconteceu na última quinta-feira (20), o clima entre os peões esquentou - e não foi pouco. Quando voltou para a sede, Shayan provocou o Grupo A, chamando os participantes de otários e pedaços de m***a. Indignado, Tiago Ramos foi para cima do iraniano e os dois trocaram cuspes no rosto. 

Contudo, as trocas de farpas se intensificaram e a briga virou física, chegando até a rolar cotoveladas e empurrões. Sendo assim, não deu outra, a produção do reality tomou a decisão de expulsar Shayan e Tiago da competição, enviando um comunicado lido pelo fazendeiro da semana, Lucas.

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Os ninjas, seguranças da produção, tiveram até que entrar na casa para manter os participantes calmos e controlados.

"A produção analisou as imagens e decidiu retirar do programa os participantes Shayan e Tiago. Ambos colocaram em risco a integridade um do outro e também dos outros peões. Vocês devem preparar a mala do Tiago", dizia o aviso.

Pega de surpresa, Deborah Albuquerque não gostou nadinha da decisão e quebrou um item da casa. Já Deolane Bezerra sugeriu que Tiago recorresse na Justiça.

"Ele pode questionar, e muito. E eu peço para todo o meu setor jurídico dar apoio para ele. Muito injusto isso aí", disparou a advogada.

Exposição

Se tem treta na casa, tem treta fora dela também. Thomaz, o eliminado da semana, avisou que pretende não deixar barato para Deolane Bezerra.

"Ela vai ficar tão queimada. Eu vou falar toda a verdade, ela já deve está muito queimada e ela vai ficar muito mais. Eu vou falar tudo!", ameaçou.

Angelina Jolie detalhou as supostas agressões de seu ex-marido Brad Pitt, no âmbito de uma disputa legal sobre uma propriedade que ambos dividiam na França, de acordo com documentos judiciais citados pela imprensa americana nesta terça-feira (4).

A estrela de 47 anos afirmou no documento arquivado em um tribunal em Los Angeles que Pitt agrediu ela e dois de seus filhos em um voo particular em setembro de 2016, quando os atores de Hollywood ainda eram casados.

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“Pitt agarrou Jolie pela cabeça e a sacudiu, depois agarrou seus ombros e a sacudiu novamente antes de empurrá-la contra a parede do banheiro”, diz o texto, de acordo com o site Variety. "Pitt bateu no teto do avião várias vezes, forçando Jolie a sair do banheiro".

"Quando uma das crianças defendeu Jolie verbalmente, Pitt atacou seu próprio filho e Jolie o agarrou por trás para detê-lo", acrescenta o relato judicial.

"Para se soltar de Jolie, Pitt se jogou de costas contra os assentos, ferindo Jolie nas costas e no cotovelo", detalha.

"Pitt enforcou um dos filhos e bateu no rosto de outro. Algumas crianças pediam que parasse. Estavam muito assustadas. Várias estavam chorando".

O ator, que acumula décadas de sucessos em Hollywood, foi investigado pelas autoridades federais, continua o documento, mas nenhuma acusação foi formalizada. A AFP entrou em contato com os representantes de Pitt para comentar as últimas alegações, mas não houve resposta.

Jolie iniciou os trâmites legais para o divórcio alguns dias depois do voo.

Pais de seis filhos - três biológicos e três adotados -, Pitt e Jolie enfrentaram uma amarga batalha por custódia, que agora se prolonga por questões materiais.

- Chateau Miraval -

As novas revelações que repercutiram na imprensa americana nesta terça-feira fazem parte de um contra processo de Jolie em meio a uma disputa judicial por um vinhedo na França que pertencia ao casal.

Há um ano, Jolie vendeu sua parte do Chateau Miraval para Tenute del Mondo, uma filial do conglomerado de bebidas Grupo Stoli, do multimilionário russo Yuri Shefler.

Pitt abriu um processo em fevereiro, afirmando que "Jolie buscava lhe infringir dano" com a venda, e descreveu Shefler como "um estranho com associações e intenções venenosas".

O documentos registrado afirma então que Shefler "mantém relações pessoais e profissionais com pessoas do círculo interno de Vladimir Putin".

Yuri Shefler, cujo Grupo Stoli é baseado na Letônia, tem há muito tempo sido uma voz crítica de Putin.

Pitt afirmou também que o casal tinha chegado ao acordo de não vender sua parte sem o consentimento do outro, versão que Jolie nega. A atriz argumenta nos novos documentos que Pitt condicionou sua compra à assinatura de um acordo de confidencialidade que "a proibiria de falar sobre o abuso físico e emocional" supostamente causado pelo ator.

Uma fonte próxima ao caso disse à AFP que Jolie decidiu vender sua parte da propriedade porque nem ela, nem seus filhos, "puderam voltar" ao Chateau Miraval, e que a atriz fez várias ofertas ao ex-marido antes de fechar o negócio com Shefler.

De acordo com essa fonte, o processo de Pitt "é parte de uma falsa narrativa" e "a verdade ainda não veio à tona".

Pitt e Jolie se tornaram um casal depois de interpretarem assassinos no filme de 2005 "Sr. e Sra. Smith". Naquela época, Pitt era casado com Jennifer Aniston.

O medo de sofrer violência política acomete quase 70% da população brasileira. Essa é uma impressão estimada a partir da nova pesquisa Violência e Democracia: panorama brasileiro pré-eleições de 2022, uma parceria entre a Rede de Ação Política pela Sustentabilidade (Raps) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Os dados foram coletados pelo Datafolha e divulgados nesta quinta-feira (15).  

De acordo com o levantamento, foram sete em cada 10 pessoas que revelaram ter medo de realizar manifestações políticas ou partidárias em virtude de possível violência ou represália. 67,5% dos entrevistados têm muito medo (49,9%) ou um pouco de medo (17,6%) de ser vítima de agressões físicas por motivação política. Apenas 32,5% dos ouvidos não temem ser atingidos pela violência no pleito deste ano.  

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A amostra indica que 113,4 milhões de brasileiros têm medo de sofrerem agressões físicas. Ao mesmo tempo, a pesquisa verificou que 3,2% dos brasileiros disseram ter sido vítimas de ameaças por razões políticas e 0,8% de violência física.  

A sondagem mostra, ainda, que o medo de sofrer uma ameaça diante do clima de escalada da violência política no País também é alto. Segundo a pesquisa, 45,2% têm muito medo de sofrer uma ameaça em razão de escolhas políticas ou partidárias e 17,4% dos ouvidos dizem ter pouco medo. Apenas 37,3% afirmam não temer ameaças. Com isso, pela projeção, o temor de ameaça atinge 105,2 milhões de brasileiros (62,6%).  

 "É difícil falar em eleições livres e justas com este nível de violência. As eleições livres estão ameaçadas não pelas razões que (o presidente Jair) Bolsonaro suspeita — as urnas eletrônicas —, mas pela violência política", afirmou o presidente do FBSP, Renato Sérgio de Lima. Para a cientista política Mônica Siodré, do Raps, a violência de matriz política - medida pela primeira vez - afeta milhões de pessoas. "É um indicador que preocupa. Temos uma população amedrontada”.  

Um dos casos contextualizados para a análise da tensão política deste ano foi a morte de Marcelo Arruda e as agressões verbais direcionadas à jornalista Vera Magalhães. Arruda era um guarda municipal e tesoureiro do Partido dos Trabalhadores em Foz do Iguaçu, no Paraná. Ele foi morto no dia do seu aniversário, cuja festa tinha tema em homenagem ao seu partido. O assassino é o agente penal federal Jorge Guaranho, que se tornou réu e está preso desde julho.

As apresentadoras Tatá e Bruna desembaracam no Rio de Janeiro, no último final de semana, para comandarem o PodDelas. Recebendo um monte de celebridades, as anfitriãs do programa bateram um bate-papo com a cantora Pocah. Abrindo o coração sobre momentos da sua vida pessoal e artística, a funkeira relembrou um fato que marcou sua trajetória longe dos holofotes.

Pocah voltou a dizer que já foi vítima de agressões do ex-companheiro. "Eu já contei várias vezes isso que eu passei, e eu não me resumo a esse cara, mas ele já me agrediu, me roubou, abusou de mim sexual e psicologicamente de todas as formas possíveis. Gosto de testemunhar isso e mostrar que dei a volta por cima, e consegui deixar tudo isso lá atrás. Falo sobre isso porque gosto de falar, não é para me fazer de vítima, porque eu sei que nesse momento tem muitas mulheres passando exatamente por tudo que passei", contou.

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Durante a entrevista, a ex-participante do Big Brother Brasil 21 chegou a pensar que iria morrer: "Liguei para a polícia e ele simplesmente me trancou dentro de casa, desceu, atendeu os agentes na porta e falou: 'É briga de marido e mulher, está tudo bem, está tudo tranquilo, ela está descansando lá'. Ninguém quis me ouvir, ninguém quis saber se eu estava viva, se eu estava morta, ninguém quis investigar, ninguém entrou".

Em uma dessas brigas, Pocah explicou que chegou a apanhar na frente da mãe. Na ocasião, ela pensou que iria ficar cega de um dos olhos. "Foi uma coisa muito louca. Ele me levou para o hospital, eu tive que mentir no hospital, pois ele falou que se eu falasse a verdade eu sofreria as consequências", declarou. Pocah é mãe da pequena Vitória, de seis anos. Atualmente ela é noiva de Ronan Souza.

A dona de casa Silvânia Maria Dias da Silva, de 42 anos, tornou públicas as suas denúncias de estupro e agressões, nas quais responsabiliza o ex-marido, Évio Marques da Silva, pela rotina de violência doméstica que marcou seus aproximados 25 anos de relacionamento. Évio é desembargador do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). Nos relatos, feitos à TV Globo, a ex-esposa afirma que já registrou três ocorrências contra o suposto agressor, mas explica que o seu cargo e contatos tornaram mais difícil a sua saída do ciclo de violência. 

O caso não só apresenta similaridades com o da economista Maria Eduarda Marques de Carvalho, que denunciou o ex-secretário de Justiça Pedro Eurico pelo mesmo tipo de crime, como, segundo a vítima, teve denúncia incentivada pela situação de Maria Eduarda, que Silvânia pôde acompanhar por veículos locais e nacionais. A denúncia de Silvânia originou um inquérito que está no Superior Tribunal de Justiça. 

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“Quando ele vinha bêbado, a gente se pegava na sala. Ele batia na minha cabeça, dava murro na minha cabeça, me imobilizava, subia em cima de mim. Depois que eu passei a ter as crianças, ele mandava as crianças descerem para não assistir às agressões. Ele me pegava à força também, para ter relação [sexual] comigo”, revelou à reportagem. 

O casal iniciou o relacionamento ainda nos anos 90, mas apenas em 2013 fizeram registro civil do matrimônio. A vítima ainda era adolescente, com 15 anos, e Évio, com 38 — são 23 anos de diferença. A primeira queixa de Silvânia foi realizada, porém, no ano de separação dos dois, processo iniciado no ano passado. No dia 4 de fevereiro de 2020, às 13h, na Delegacia da Mulher de Prazeres, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, houve o primeiro registro por violência doméstica e difamação. 

No mesmo dia, foi registrada uma segunda denúncia, de lesão corporal por violência doméstica, pouco antes das 17h, na Delegacia de Igarassu. No dia 29 de outubro de 2020, Silvânia prestou mais uma queixa por difamação, também na Delegacia da Mulher de Prazeres. 

Ela conta sobre o primeiro encontro dos dois, que aconteceu na Ilha de Itamaracá, no Litoral Norte. Évio a convidou para tomar uma cerveja e os dois ficaram juntos na praia. “Depois, ele me levou para a casa que ele tinha alugado lá, um duplex. Nesta mesma noite, eu já bêbada, ele dormiu comigo, nesse mesmo dia. Tinha 15 anos e ele perguntou se eu já tinha tido relação sexual. Eu disse que não. Ele foi meu primeiro. Eu era virgem e ele sabia", contou. 

Um tempo depois, eles foram morar juntos no apartamento dele, no Recife. E as agressões, de acordo com ela, começaram cedo. A dona de casa disse que se sentia refém e que não podia dizer para ninguém o que acontecia. 

No início de 2020, depois de mais uma briga com o marido, Silvânia contou que resolveu se separar. O motivo da confusão teria sido novas descobertas de meios que ele usava para vigiá-la. Em um vídeo enviado pelo WhatsApp, ela mostra um equipamento de escuta escondido no carro. De acordo com o relato feito à TV Globo, Évio deixava claro que ficaria “de olho” em tudo o que a mulher fizesse.  

A demora para denunciar, segundo Silvânia, foi por medo e por achar que ninguém acreditaria nela. Após denunciar, o conselho que recebeu de muita gente foi para desistir. “Eu não sei como [chegou até aqui]. Todo mundo dizia para eu parar, para eu desistir disso, que isso não iria levar a lugar nenhum. Que essa minha batalha, minha luta, meu processo, não iria dar em nada, mas eu não parei. E hoje eu estou aqui, não sei como. Um milagre”, emocionou-se. 

Por causa da chamada prerrogativa de foro, pelo cargo de desembargador que Évio Marques da Silva ocupa, o caso foi parar no Superior Tribunal de Justiça (STJ), em Brasília. 

 O Grupo de Trabalho (GT) Prevenção e Combate à Violência Política de Gênero do Ministério Público Eleitoral sugeriu que o órgão apure as providências judiciais cabíveis contra o apresentador Ratinho. Na última quarta-feira (15), durante seu programa na rádio Massa FM, de São Paulo, ele afirmou que a deputada federal Natália Bonavides (PT/RN) fosse morta por meio de uma "metralhadora". Nesta quinta (16), o ofício foi enviado à sede do MP no Distrito Federal.

O documento argumenta que as declarações de Ratinho podem configurar crime previsto no artigo 326-B do Código Eleitoral, que tipifica como crime eleitoral as práticas de assediar, constranger, humilhar, perseguir ou ameaçar, por qualquer meio, candidata a cargo eletivo ou detentora de mandato. A pena para as condutas descritas pode variar de um a quatro anos de prisão.

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“Para o grupo de trabalho, caso fique constatado, no curso da investigação, que houve uso de violência psicológica, também poderá estar caracterizado o crime previsto no artigo 359-P do Código Penal. Esta lei estabelece pena de reclusão de 3 a 6 anos, mais aplicação de multa, para quem usar de violência física, sexual ou psicológica, para dificultar ou impedir o exercício de direitos políticos a qualquer pessoa em razão de seu gênero”, explica nota oficial do Ministério Público.

As agressões foram proferidas por Ratinho enquanto ele criticava um projeto de lei apresentado por Bonavides para alterar o artigo do Código Civil que prevê a utilização dos termos "marido e mulher" na celebração de um casamento. O objetivo da atualização seria o de evitar o constrangimento para pessoas LGBTQIA+.

“Natália, você não tem o que fazer, não? Você não tem o que fazer, minha filha? Vá lavar roupa do teu marido, a cueca dele, porque isso é uma imbecilidade querer mudar esse tipo de coisa. Tinha que eliminar esses loucos. Não dá para pegar uma metralhadora, não?”, afirmou Ratinho.

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