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Os garis da cidade do Recife já estão nas ruas para realizar um protesto após início da greve, deflagrada nessa quinta-feira (27). A categoria se reuniu com representantes da empresa contratante para negociação de salário, mas não houve acordo.
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Através do twitter, internautas relatam trânsito em algumas vias do centro da cidade e postam fotos dos grupos, que se dirigem à sede dos Correios, onde ficarão concentrados. De lá, eles seguem até a prefeitura da cidade.
A Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) informou, através do twitter, que devido a manifestação e um acidente na Avenida Cruz Cabugá, a via está congestionada. Também foi montado um bloqueio preventivo na Ponte do Limoeiro, saindo da Avenida Norte e na Avenida Cais do Apolo, nas proximidades da sede da prefeitura.
Durante esta semana, a categoria tentou negociar com a Vital Engenharia o piso salarial de R$ 800 e ticket com R$ 350, além de protetor solar. Mas a empresa ofereceu R$ 740 e ticket com R$ 320 e os trabalhadores não aceitaram.
De acordo com os profissionais do setor da coleta manual ensacada, que não quiseram se identificar, eles estão sobrecarregados e muitas vezes atuam em desvio de função. “O trabalho que antes era feito por dois homens, hoje é realizado apenas por um. Normalmente também fazemos coisas que não são da nossa responsabilidade, como a limpeza das praias”, disse.
Funcionário do setor de varrição, Amaro da Silva Feijor reclama da falta de compreensão por parte da empresa quando os trabalhadores estão doentes. “Mesmo apresentando atestado médico o dinheiro é descontando. E as vezes a médica da empresa derruba o documento. Ela diz que estamos aptos para trabalhar e pronto”.
Givanildo Nascimento Araujo realiza a limpeza das praias do Recife. Segundo ele, a categoria sofre perseguição. “Muitos fiscais trabalham escondidos para vistoriar o que estamos fazendo. Nós também não recebemos hora extra, mas somos obrigados a muitas vezes passar do nosso horário”, finalizou.
Por conta do protesto, os ônibus não conseguem mais seguir pela Avenida Guararapes. Sérgio Sandro Gonçalves teve que descer do coletivo antes da ponte Duarte Coelho. “Acho isso horrível. Complica a gente e atrasa o meu serviço”, reclamou.
PCR - Em nota, a Prefeitura do Recife (PCR) informou que a negociação com os trabalhadores que atuam na limpeza urbana cabe somente à Vital Engenharia e que já notificou a empresa terceirizada para garantir a continuidade dos serviços. A gestão municipal também garantiu que para minimizar os efeitos da greve lançará um plano de contingência que contemplará, entre outras iniciativas, um reforço nas equipes de varrição e coleta de lixo.
Também através de nota, a Vital Engenharia Ambiental alega que foi surpreendida com a decisão dos funcionários da limpeza urbana do Recife. A empresa afirma que está recorrendo a medidas legais para assegurar a continuidade dos serviços e que está confiante num desfecho favorável para as duas partes.
Com informações de Jorge Cosme