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O Facebook admitiu, nesta terça-feira (23), que uma falha no serviço Messenger Kids permitiu que crianças participassem de chats em grupo com pessoas não aprovadas por seus pais.

A rede social líder disse que está fechando os chats envolvidos e notificando milhares de pais de crianças que involuntariamente se conectaram com estranhos.

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"Recentemente, notificamos alguns pais de usuários de contas do Messenger Kids sobre um erro técnico que detectamos que afeta uma pequena quantidade de chats em grupo", disse Facebook à AFP.

"Desativamos os chats afetados e demos aos pais recursos adicionais sobre o Messenger Kids e segurança digital".

O site de notícias de tecnologia The Verge informou pela primeira vez sobre o ocorrido, publicando uma cópia de um alerta em que os pais foram avisados de que a falha permitia a um amigo da criança criar um chat em grupo com pessoas que não estavam no lista de conexões autorizadas para seu filho.

Isso se deu apesar do fato de que a participação no chat em grupo ainda era limitada pelas restrições impostas pelos pais.

Em dezembro de 2017, o Facebook apresentou uma versão de seu aplicativo Messenger projetado para crianças com idades de 6 a 12 anos para se conectar com outras pessoas sob supervisão dos pais. O aplicativo não permite compras.

À época, a rede social disse que criou o aplicativo como um ambiente seguro porque muitas crianças estavam conversando sem qualquer proteção.

Mais de 110 defensores da saúde infantil pediram ao executivo-chefe do Facebook, Mark Zuckerberg, que encerrasse o aplicativo Messenger Kids, direcionado para menores de 13 anos, advertindo sobre os perigos das mídias sociais para este público jovem.

Em uma carta aberta liderada pela ONG Campaign for Commercial-Free Childhood, com sede em Boston, médicos, educadores e especialistas em saúde infantil advertem que as crianças mais novas simplesmente não estão prontas para ter contas de redes sociais.

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"Numa altura em que há crescente preocupação sobre como o uso das mídias sociais afeta o bem-estar dos adolescentes, é particularmente irresponsável encorajar crianças tão jovens quanto pré-escolares a começar a usar um produto no Facebook", diz a carta.

O aplicativo Messenger Kids foi lançado em dezembro, visando crianças menores de 13 anos. O serviço possui controles parentais rigorosos que incluem aprovações de contato, conteúdo selecionado e filtros de segurança para evitar que crianças compartilhem material inadequado.

A ferramenta não contém anúncios e o Facebook diz que os dados coletados não serão usados ​​para fins publicitários. Os autores da carta aberta disseram que o Messenger Kids provavelmente aumentaria a quantidade de tempo que as crianças passavam com seus dispositivos.

O Facebook disse que desenvolveu o Messenger Kids com a ajuda de especialistas em segurança online. A lei federal dos EUA proíbe as empresas de coletar informações pessoais sobre menores de 13 anos sem o consentimento dos pais. No entanto, milhões de crianças já estão no Facebook, com ou sem a permissão de seus responsáveis.

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