Tópicos | Mohammad Javad Zarif

O ministro das Relações Exteriores do Irã disse, neste sábado (15), que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, rejeitou uma reunião com seu colega iraniano, Hassan Rohani, porque ele é mal aconselhado e convencido de que o regime de Teerã vai desmoronar.

"Acho que o presidente Trump não tem bons conselheiros, ele está aguardando a queda do governo iraniano desde que se retirou do acordo [sobre o programa nuclear] do Irã em 2018", disse Mohammad Javad Zarif durante a Conferência de Segurança em Munique, grande reunião anual sobre questões diplomáticas e de defesa.

"Infelizmente, as sugestões [do presidente francês Emmanuel] Macron e [do primeiro-ministro japonês] Abe, assim como de outros, fracassaram porque o presidente Trump está convencido de que vamos cair", acrescentou.

O presidente francês tentou, em vão, organizar uma reunião entre Donald Trump e Hassan Rohani em setembro em Nova York, à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, para tentar salvar o acordo sobre o programa nuclear iraniano.

Na época da saída dos Estados Unidos, o ex-assessor de Trump para a Segurança Nacional "John Bolton havia prometido a ele que uma grande pressão nos colocaria de joelhos em alguns meses", disse Zarif.

"Sem John Bolton, infelizmente, outro tenta imitá-lo e prometeu ao presidente que o assassinato de Soleimani faria as pessoas dançarem nas ruas de Teerã e Bagdá", afirmou. O general iraniano Qassem Soleimani morreu em um ataque americano em janeiro em Bagdá.

"Acredito que os novos conselhos que recebe estão errados", concluiu o ministro iraniano.

O ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, considerou nesta segunda-feira (24) que o exército americano não tem o que fazer no Golfo, depois que Washington anunciou novas sanções contra a República Islâmica.

Donald Trump "tem 100% de razão no fato de que o exército americano não tem o que fazer no Golfo Pérsico", escreveu Mohammad Javad Zarif em um tuíte no qual fez alusão explícita a estas sanções.

"A retirada de suas forças é perfeitamente conforme os interesses dos Estados Unidos e do mundo", acrescentou Zarif, que, segundo os Estados Unidos, será afetado pessoalmente esta semana por novas sanções americanas.

Mais cedo nesta segunda-feira, Trump pediu aos países importadores de petróleo para "proteger suas próprias embarcações", após uma série de incidentes no Golfo Pérsico ou no Golfo de Omã, atribuídos pelos Estados Unidos ao Irã, que desmentiu estar envolvido.

Os Estados Unidos impuseram nesta segunda sanções "contundentes" contra o líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, e a cúpula militar da República Islâmica, aumentando a pressão contra o país, ao qual ameaçou se destruição se buscar a guerra.

O presidente Trump sancionou as sanções econômicas no Salão Oval da Casa Branca, uma medida que tachou de "forte e proporcional resposta às ações provocativas do Irã".

Acrescentou que a resposta do Irã determinará se as sanções terminam amanhã ou se prolongam durante anos. "O Irã não pode ter a arma nuclear jamais", repetiu.

O ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif, classificou nesta quinta-feira (8) de "repugnante" a declaração do presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, de que o próprio Irã propiciou os atentados de ontem, em Teerã, ao patrocinar o terrorismo. A informação é da Agência EFE.

"São repugnantes a declaração da Casa Branca e as sanções do Senado, enquanto os iranianos combatem o terrorismo apoiado pelos clientes dos EUA", escreveu Zarif em sua conta no Twitter.

##RECOMENDA##

O chefe da diplomacia iraniana insistiu que aliados de Washington, como a Arábia Saudita, país com o qual Trump assinou recentemente um milionário acordo militar, são os verdadeiros patrocinadores do terrorismo.

"Os déspotas que patrocinam o terrorismo ameaçam levar a luta para o nosso país", afirmou Zarif.

Os dois atentados de ontem em Teerã, reivindicados pelo grupo jihadista Estado Islâmico, deixaram 12 mortos e dezenas de feridos no Parlamento e no mausoléu do aiatolá Ruhollah Khomeini.

Donald Trump lamentou os atentados, mas ressaltou que os países que "patrocinam o terrorismo se arriscam a virar vítimas do próprio mal que promovem".

Os EUA acusam o Irã de patrocinar o terrorismo, por meio de apoio ao grupo xiita libanês Hezbolá, a milícias palestinas em Gaza, aos rebeldes hutíes do Iêmen e às milícias que lutam na Síria ao lado do regime de Bashar Al Assad.

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando