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A Nasa está se preparando para lançar uma missão para colidir deliberadamente uma nave espacial contra um asteroide, um ensaio para caso a humanidade precise um dia impedir que uma rocha espacial gigante acabe com a vida na Terra.

Pode soar como ficção científica, mas o Dart (Double Asteroid Redirection Test) é um experimento real que decolará nesta terça-feira às 22h21 do horário padrão do Pacífico (quarta, 24, às 3h21 de Brasília), a bordo de um foguete SpaceX a partir da Base da Força Espacial de Vandenberg, na Califórnia, Estados Unidos.

Seu alvo é Dimorphos, uma "lua" com cerca de 160 metros de largura, que orbita um asteroide muito maior chamado Didymos, de 780 metros de diâmetro. Juntos, eles formam um sistema que orbita o sol.

O impacto deve ocorrer entre 26 de setembro e 1º de outubro de 2022, quando o par de rochas estará a 11 milhões de quilômetros da Terra, o ponto mais próximo que podem chegar.

"O que estamos tentando aprender é como desviar uma ameaça", disse o cientista-chefe da Nasa, Thomas Zuburchen, em uma coletiva de imprensa sobre o projeto de 330 milhões de dólares e o primeiro de seu tipo.

Para deixar claro: os asteroides não representam uma ameaça ao nosso planeta. Mas eles pertencem a uma classe de corpos conhecida como Objetos Próximos à Terra (NEOs, em inglês). São asteroides e cometas que se encontram a menos de 50 milhões de quilômetros do nosso planeta.

O Escritório de Coordenação de Defesa Planetária da Nasa está mais interessado em corpos maiores que 140 metros, já que eles têm o potencial de devastar cidades ou regiões inteiras com uma energia várias vezes maior do que bombas nucleares.

Há 10 mil asteroides próximos à Terra com esse tamanho conhecidos, mas nenhum tem uma chance significativa de impacto nos próximos 100 anos. No entanto, estima-se que apenas 40% desses asteroides foram encontrados até o momento.

Os cientistas podem criar impactos em miniatura em laboratórios e usar os resultados para criar modelos sofisticados de como desviar um asteroide, mas esses modelos são baseados em suposições imperfeitas, portanto, querem fazer um teste do mundo real.

A sonda Dart, que é uma caixa com o volume de um grande frigorífico e painéis solares do tamanho de limusines de cada lado, irá colidir com Dimorphos a pouco mais de 24 mil quilômetros por hora, provocando uma pequena mudança no movimento do asteroide.

Uma nave espacial chinesa experimental de carga, dotada de um revolucionário sistema de proteção térmica para a reentrada na atmosfera, se desintegrou nesta quarta-feira (6) ao retornar à Terra, anunciaram as autoridades.

"Aconteceu uma anomalia durante o retorno da nave de carga", afirmou a agência espacial chinesa. "Os especialistas estão analisando os dados", completa o site da agência, sem revelar detalhes.

A cápsula tinha uma proteção térmica "inflável". Este tipo de estrutura, que também está sendo testada pelas agências espaciais americana e europeia, tem o objetivo de substituir os escudos térmicos de metal e materiais refratários tradicionais, mais pesados e que limitam a capacidade de carga útil.

O aparelho experimental havia sido enviado ao espaço na terça-feira (5) ao lado do protótipo de uma nova nave com capacidade para transportar seis tripulantes, que deve retornar à Terra na sexta-feira (8).

A desintegração durante a reentrada na atmosfera - quando a temperatura alcança milhares de graus devido ao atrito com o ar a uma velocidade de 28.000 km/h - é uma decepção para o programa espacial chinês, mas não representa um grande fracasso porque o sistema, idealizado pela empresa Casic, está em fase experimental.

A cápsula e a nave espacial foram lançadas na terça-feira com foguete Longa Marcha 5B, o mais potente utilizado pela China até o momento e que permitirá transportar as partes para a construção da futura estação espacial chinesa.

A nave russa Soyuz, que levava dois astronautas à Estação Espacial Internacional, teve de fazer um pouso de emergência nesta quinta-feira (11) devido a uma falha nos foguetes de propulsão. A Soyuz MS-10 tinha decolado da base de Baikonur, no Cazaquistão, para iniciar a missão "Expedition 58" quando sofreu a falha. Os astronautas Alexey Ovchinin, russo, e Nick Hague, americano, conseguiram se salvar.

O pouso de emergência foi feito a cerca de 25 km da cidade de Zhezkazgan e quatro helicópteros foram enviados para resgatar os astronautas. Ovchinin é um veterano em voos espaciais, mas Hague estava em sua primeira missão.

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O diretor da agência espacial russa Roscosmos, Dmitry Rogozin, confirmou que os dois estão vivos. Um incidente similar ocorreu em 5 de abril de 1975 com o lançamento da Soyuz-18, que iria para a estação espacial soviética Salyut 4.

Da Ansa

A nave espacial Shenzhou-11, que transporta os astronautas chineses Jing Haipeng e Chen Dong, se separou nesta quinta-feira (17) do laboratório espacial Tiangong-2. A separação marca o início da viagem para casa depois de 30 dias, a mais longa estadia no espaço já realizada por astronautas chineses.

Antes do desacoplamento, os astronautas expressaram seus agradecimentos e respeito às equipes em terra e às pessoas que apoiaram o programa espacial da China.

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Após a separação, a Shenzhou-11 permanecerá em uma altura perto do laboratório espacial antes de receber a ordem de partida dada pela equipe para começar a viagem de regresso.

Um dia depois, o módulo de reentrada descerá de uma órbita de cerca de 393 quilômetros acima da terra, um teste real para o sistema de reentrada da Shenzhou-11.

O Tiangong-2 permanecerá em sua órbita e experimentos à distância continuarão até a acoplagem da Tianzhou-1, a primeira nave espacial de carga da China, que será lançada em abril de 2017.

Neste domingo, a China anunciou a recuperação de uma sonda experimental lançada a bordo de um foguete de nova geração, marcando mais um marco no seu programa espacial cada vez mais ambicioso, que prevê uma missão a Marte até o final da década.

Autoridades do programa espacial chinês disseram que o pouso da nave espacial, no interior da Mongólia, mantém a China dentro do cronograma para colocar sua segunda estação espacial em órbita até o final deste ano. O lançamento da nave a bordo do foguete Long March 7, no sábado, foi saudado como um avanço no uso de combustíveis mais seguros e mais amigáveis ao meio ambiente. O lançamento também marcou o primeiro uso da nova plataforma Wenchang Satellite Launch Center, na província de Hainan, uma ilha ao sul da China.

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Desde o lançamento de sua primeira missão tripulada em 2003, a China enviou uma estação espacial experimental, o Tiangong 1, promoveu uma caminhada espacial e pousou seu veículo Yutu na lua. Sua segunda estação espacial, o Tiangong 2, deverá chegar ao espaço em setembro.

Depois disso, está programado o lançamento da nave espacial Shenzhou 11, com dois astronautas a bordo, para atracar com a estação e permanecerem por vários dias no local. Administradores sugerem ainda que um pouso tripulado na Lua também pode acontecer no futuro.

Fonte de enorme orgulho nacional, o programa espacial apoiado pelas forças armadas da China planeja um total de 20 missões espaciais este ano, em um momento quando os programas dos Estados Unidos e de outros países estão buscando novos papéis.

A China também está desenvolvendo o foguete Long March 5, mais pesado, que terá a função de lançar o Tiangong 2 e outras cargas de maior volume. O país planeja lançar uma missão para pousar um robô em Marte em 2020, na tentativa de recriar o sucesso da missão norte-americana Viking 1, que conseguiu pousar um veículo no planeta há quatro décadas. Fonte: Associated Press

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