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Uma moradora do Edifício Canavial, localizado no bairro de Casa Amarela, Zona Norte do Recife, entrou com um pedido na justiça para a retirada da imagem de Nossa Senhora do hall de entrada do prédio. Monica Alves Gadelha de Albuquerque alegou na ação judicial que a imagem da santa causa constrangimento e pediu uma indenização de R$ 15 mil.

Em audiência realizada na última quarta-feira (30), a juíza Luciana Maria Tavares de Menezes, do 2º Juizado Especial Cível e das Relações de Consumo da Capital, deu ganho de causa a moradora e condenou o edifício e a dona da imagem, a aposentada Sueli Quincas, a retirarem a Nossa Senhora do local.

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Além disso, Sueli terá que indenizar Monica com o pagamento de R$ 8 mil. De acordo com a juíza, o valor seria proporcional às ações promovidas pela dona da imagem, que teria fixado cartaz alegando que a imagem só sairia da entrada do prédio por meio de ordem judicial.

Tudo começou em 2019

Segundo a autora da ação judicial, o pedido de retirada da imagem de Nossa Senhora do hall foi realizado durante uma reunião de condomínio, em 2019, e contou com a participação de outros condôminos. Entretanto, a decisão não foi cumprida. Diante da demora, a moradora decidiu mover a ação. Mesmo com a realização de audiência de conciliação e retirada da santa, a reclamante manteve o pedido de indenização.

O que diz a dona da santa

Em entrevista ao G1, Sueli Quincas comentou que já esperava pela decisão que determinou a retirada da Nossa Senhora. Porém, ao veículo, ela desabafa que se sentiu constrangida ao ter que pagar uma indenização à moradora.

"Ela foi extremamente cruel. Vejo que o que ela queria era dinheiro, realmente, isso deixa bem claro. Estou muito chocada com tudo isso. Vou recorrer e não posso deixar de graça esse assunto, mas a juíza ignorou um abaixo assinado com 31 assinaturas dos 32 apartamentos. Essa mulher é uma patricinha cheia de vontades", criticou a aposentada.

Sueli alega que, logo após a decisão judicial, retirou a imagem da entrada do prédio e segue indignada alegando que a santa "foi expulsa do lugar dela". "Nossa senhora foi julgada, foi expulsa do lugar dela, e eu, com todo carinho da minha vida, porque sou devota, abracei ela na minha casa. Mas vou lutar para que ela volte ao lugar dela. E vão ter que me dar uma bela de uma explicação, porque se a decisão cabe para um, cabe para todos", expôs ao G1.

A cantora Priscila Senna liberou, nesta sexta-feira (11), o resultado de um trabalho em parceria com a cervejaria pernambucana Nossa. Priscila lançou nas plataformas digitais a canção Um Gole Para Esquecer, que foi composta pelo músico Elvis Pires. O single traz dois elementos que moldaram a trajetória sonora da artista: traição e sofrência.

Na letra, Priscila Senna conta a história de uma mulher que tenta esquecer a traição tomando cerveja, buscando de uma vez por todas afogar as mágoas que afetaram seu relacionamento. Os fãs poderão ver o clipe da nova aposta musical da eterna Musa neste sábado (12), em pleno Dia dos Namorados. Para celebrar a data romântica, Priscila Senna fará no seu canal do YouTube uma live recheada de hits.

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Os cidadãos pernambucanos ganharma uma bebia para chamar de sua, ou melhor, 'Nossa'. Este é o nome que batiza a nova cerveja da Ambev, produzida em Pernambuco e criada com o objetivo de enaltecer a cultura local. 

A Nossa chega ao mercado pernambucano com vestida com as cores do Estado e ancorada em três pilares: o engajamento social, o desenvolvimento da economia local e a valorização da gastronomia e da cultura de Pernambuco. 

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Para desenvolver a bebida, um time de mestre-cervejeiros da cervejaria Ambev criou uma receita com um ingrediente típico da região, a mandioca. Os insumos são cultivados por pequenos agricultores do norte de Pernambuco, no entorno da cidade de Araripina. Para divulgar a novidade, será realizado o Festival Nossa Comunidade, em diversos bairros do Recife, com a presença de vários artistas. Os nomes e datas dos shows serão divulgados em breve.

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O comerciante Luiz Ananias Gonçalves só consegue equiparar o frenesi causado pela suposta aparição de Nossa Senhora do Carmo, em pleno Centro do Recife, ao do traumático boato do estouro da barragem de Tapacurá, em 1975, que assombrou a população pela possibilidade de reedição de uma das enchentes mais violentas do Estado: a cheia do Rio Capibaribe, que ocorrera poucos dias antes. A diferença é que o curioso caso da Santa teve como cenário uma inofensiva terça-feira de sol, dia 30 de julho de 2002, de movimento regular para o comércio aos olhos de Ananias, que se estabeleceu com seu quiosque de cocos na Avenida Dantas Barreto em 1968. Metade do comércio já havia parado quando o boato chegou à sua barraca: a imagem da Virgem teria se projetado espontaneamente nos vidros de uma das janelas da Basílica de Nossa Senhora do Carmo. 

Curioso, Ananias correu até a fachada da edificação. “Que eu vi, eu vi. Aquele detalhe feito um contorno de Nossa Senhora, uma imagem que deixou o povo confuso, como um sonho. Mas não era a santa.”, afirma. Embora tenha considerado a imagem que viu “idêntica”, em suas palavras, à da santa, o comerciante não acredita que tenha presenciado uma aparição. “Sou evangélico, respeito toda religião, mas acho que as coisas não são assim. É como o camarada jogar um copo d’água, espalhar e dizer: ‘olha é um cachorro!’. Mas o povo acreditou e teve fé”, completa.

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Pessoas em oração diante da Basílica, outras em contemplação ou até ganhando dinheiro com o suposto milagre de Nossa Senhora do Carmo. Nem bem a notícia de que Nossa Senhora se manifestara em pleno Centro do Recife se espalhou, o cenário descrito pelo chaveiro Rogério Santos, um dos mais antigos da área, já era de comoção generalizada. “Eu enxergava o que todo mundo no momento também via: a imagem de Nossa Senhora. Muitas pessoas chegaram até a lucrar, vendendo fotos do vidro. Tiveram outras que colocavam a cadeira, faziam o sinal da cruz e ficavam em oração”, descreve.  

Chaveiro afirma que, até hoje, consegue ver contorno da Santa. (Chico Peixoto/LeiaJá Imagens)

O chaveiro, contudo, teoriza que a projeção não passava de um desgaste ocasionado no vidro pela luz solar. “Como se o material da janela tivesse sido marcado por uma foto ou adesivo colocada do lado de dentro. Já fiz algumas chaves para a Igreja, mas até hoje tenho curiosidade de ver se tem algo por detrás”, brinca. Rogério garante que vê o contorno da Santa até hoje. “É na janela da altura da bandeira branca. Se você olhar bem, ainda dá pra ver o contorno”, comenta. Apesar da descrença na aparição, ele reconhece que, durante alguns dias, o vertiginoso aumento do fluxo de pessoas do pátio foi positivo para seu negócio. “Fiquei mais conhecido, sou protegido por essa Santa. O roubo aqui é grande, mas já cheguei a passar um dia fora com a barraca toda aberta e ninguém triscar em nada. É aquela coisa: cada um faz o que gosta e vê o que quer”, conclui. 

"Acho que alguns nem viam e diziam que sim", opina Eriberto. (Chico Peixoto/LeiaJá Imagens)

Outro autônomo antigo na praça, Eriberto Rodrigues tem sua versão da história. “Lembro só que o comentário foi grande, teve até romaria se formando, mas nunca cheguei a ver nada. Acho que alguns nem viam e diziam que sim, talvez na imaginação da fé. Muita gente falando a mesma coisa”, coloca. 

Do lado de dentro

Atualmente residindo na Igreja de Nossa Senhora da Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, o frei Tito Figueiroa era um dos frades que habitavam o convento da Basílica quando a população, do lado de fora, passou a clamar pela atenção dos religiosos ao fato. “Vi do segundo andar uma agitação enorme das pessoas, cobrando dos frades que dessem acolhida a essa tal visão e aos tais visionários. Entramos em contato com a Arquidiocese e a recomendação foi a de que não incentivássemos tal manifestação e que não se admitisse a ‘aparição’ como fato público e notório”, conta. 

Frei Tito, na Igreja de Piedade, onde reside atualmente. (Chico Peixoto/LeiaJá Imagens)

De acordo com o carmelita, esta é, aliás, a conduta padrão da Igreja em casos do tipo. “A instituição nunca acolheu, sem mais nem menos, qualquer história de aparição, nem em eventos célebres como Lourdes, na França, ou Fátima, em Portugal”, acrescenta. O Frei Tito não interpreta o acontecimento da Basílica do Carmo como uma aparição da Virgem. “Quando acontece, vem de Deus e a tendência é a de esconder e não sair falando sobre a visão. O fato vai sendo revelado com a continuidade e com as poucas pessoas mais ligadas ao visionário ou ao grupo de visionários, como no caso dos pastorinhos de Fátima”, descreve. O religioso enfatiza que a Igreja possui uma metodologia em evento suspeitos. “Ela lança mão dos recursos e tecnologia existentes. Da psicologia, psiquiatria, história e teologia, que ensina que é possível haver comunicação especial com Deus, mas isso precisa ficar comprovado cientificamente”, destaca.

Na época, os representantes da Igreja Católica em Pernambuco confirmaram a posição de não considerar uma aparição a suposta imagem da janela. Há quem diga que os contornos se formaram através de um efeito químico oriundo de um produto de limpeza. 

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