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A economista Maria Silvia Bastos Marques, nova presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), encontrará uma instituição maior do que aquela em que trabalhou 25 anos atrás. Com o também economista Luciano Coutinho, de 2007 a 2015, o BNDES viu seu ativo crescer 360% e os desembolsos anuais atingirem R$ 190 bilhões no auge, em 2013.

O desafio de Maria Silvia, que toma posse nesta quarta-feira, será pilotar a redução do banco, sinalizada na decisão do governo do presidente em exercício Michel Temer de antecipar R$ 100 bilhões da dívida do BNDES com a União.

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Coutinho comandou a gestão mais longeva da história do banco - e colecionou polêmicas. Entre elas estão o custo dos aportes bilionários do Tesouro, o socorro às empresas na crise dos derivativos, em 2009, o apoio à consolidação e internacionalização de empresas nacionais (a política de "campeões nacionais"), além do financiamento às obras das empreiteiras no exterior e de empresas envolvidas na operação Lava Jato.

Na gestão de Maria Silvia, espera-se um BNDES menor e focado nas concessões em infraestrutura, ainda que com empréstimos menores do que na era Coutinho. Na direção do BNDES, a executiva trabalhou no programa de privatizações, em 1991 e 1992, no governo Fernando Collor.

Uma das críticas feitas à gestão de Coutinho diz respeito ao custo do crescimento do BNDES. De 2008 a 2014, o Tesouro aportou R$ 440,8 bilhões em empréstimos no banco. Com juros, a dívida está em R$ 514 bilhões.

Após acusações de falta de transparência, o Ministério da Fazenda passou a calcular os custos dessas operações. Em valores atuais, o custo será de R$ 287 bilhões em 50 anos.

O crescimento começou com a explosão da crise internacional, em setembro de 2008. Com recursos do Tesouro, o BNDES ganhou musculatura para oferecer crédito de imediato na seca.

Fernando Nogueira da Costa, professor da Unicamp e vice-presidente da Caixa no primeiro governo Lula, considera a ação dos bancos públicos "fundamental" em 2008. Na época, o Tesouro emitia os títulos com boas taxas, o "Brasil era a bola da vez" e políticas anticíclicas eram pedidas pelo setor privado.

Para Costa, além de aliviar a crise, o crescimento do BNDES elevou o pagamento de dividendos à União e reduziu a dependência de dívida externa.

Outra crítica é dirigida ao destino dos empréstimos, seja para a formação de grandes grupos - como o frigorífero JBS, a telefônica Oi, a fabricante de lácteos LBR e a desenvolvedora de softwares Totvs - seja para obras das empreiteiras no exterior e projetos envolvidos na operação Lava Jato.

O BNDES chegou a ser alvo de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). Procurado, Coutinho recusou os pedidos de entrevista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A vereadora Isabella de Roldão assume, nesta sexta-feira (18), o comando do PDT no Recife. A cerimônia de posse vai acontecer na Câmara Municipal do Recife, às 10h30. O presidente nacional, Carlos Lupi, e o estadual, deputado Wolney Queiroz, participam do evento. Ela substitui o atual presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Paulo Rubem, que abriu mão de disputar a Prefeitura do Recife (PCR) e do comando da legenda, endossando assim o desejo da vereadora de disputar o cargo. 

Apesar de não assumir claramente o desejo pela disputa, Roldão também não descarta a possibilidade. De acordo com ela, a direção nacional do PDT já determinou que terá candidato a prefeito em todas as capitais brasileiras. 

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“É importante que a gente saiba que o PDT terá candidatura própria nas capitais. [No Recife] O partido tem outros nomes e eu já me coloquei à disposição. Mas o momento agora não é pensar nos nomes, mas se estruturar para enfrentar esta realidade que não é boa”, observou em conversa com o Portal LeiaJá, fazendo uma sutil crítica à gestão do prefeito Geraldo Julio (PSB). 

Isabella de Roldão é a primeira mulher a assumir a presidência de um diretório do PDT. Segundo ela, além deste marco, a nomeação acontece um “um ano bem tenso politicamente falando”. “É um ano efervescente e de muita discussão”,  destacou.

Indagada sobre os planos para a legenda, Roldão afirmou que um dos pontos principais é a apresentação de propostas internas sobre “O Recife que o PDT quer”.  “Vamos, acima de tudo, movimentar o partido, pois o PDT é importante, tem história. Além disso, vamos também começar a discutir de forma mais enfática e até institucionalmente o Recife que a gente quer, realizar encontros, reavivar toda a militância”, frisou. 

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