Tópicos | O Ditador

De 29 a 31 de outubro, a comédia O Ditador e o documentário Tropicália dividem as sessões do cinema Apolo. Os dois longas-metragens são apresentados ao público a preços populares, com exibições às 15h e 19h.

Em O Ditador, o Almirante-general Aladeen (Sacha Baron Cohen) é sequestrado e barbeado. A comédia conta a aventura do governante da República de Wadiya que precisa provar à todos que é quem diz ser. Para isso, Aladeen conta com a ajuda de uma feminista do Brooklyn, por quem acaba se apaixonando.

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Já o documentário Tropicália, de Marcelo Machado, conta a história do movimento que mudou a cultura nacional nos anos de 1960 e revelou nomes como Gal Costa, Gilberto Gil, Rita Lee, Arnaldo Baptista, Tom Zé e Caetano Veloso. O filme conta com entrevistas, arquivos da época e muitas canções dos anos de 1967 a 1969.

Serviço
Cinema Apolo
Segunda (29) a quarta-feira (31)
O Ditador, 17h |Tropicália, 19h
Ingressos: R$ 4 (Inteira)  R$ 2 (Meia-entrada)
Cinema Apolo (Rua do Apolo,121 - Bairro do Recife)
Informações: (81) 3355-3321 / 3355-3118

De segunda a quarta-feira os recifenses podem conferir dois novos filmes no Cinema Apolo, no Bairro do Recife. As sessões de O Ditador e de O Legado Bourne ficam em cartaz no espaço apenas nesta semana e estão disponíveis ao público a preços populares.

A comédia O Ditador conta a história do almirante-general Aladeen, um ditador da República de Wadiva, que é sequestrado em Nova York e tem seu visual repaginado pelos bandidos. Com uma nova aparência, ninguém acredita que ele seja o ditador, que acaba sendo dado como morto. Ao descobrir que foi traído por seu tio Tamir, Aladeen conta com a ajuda de uma feminista vegetariana do Brooklyn, por quem acaba se apaixonando.

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Já em O Legado Bourne, continua a história da trilogia do agente Aron Cross, que substitui Jason Bourne, dos outros filmes da série. Na trama, o governo contrata um assassino para um projeto secreto, que parece ser a versão aprimorada do Programa Treadstone.

Serviço
Programação Cinema Apolo
Segunda (8) a quarta-feira (10)
O Ditador - 17h
O Legado Bourne - 18h40
Ingressos: R$ 4 (Inteira) e R$ 2 (Meia-entrada)
Cinema Apolo (Rua do Apolo, 121- Bairro do Recife)
Informações: (81) 3355-3321 / 3355-3118

Sasha Baron Cohen é conhecido por suas paródias do olhar americano em relação aos estrangeiros. O Ditador (The Dictator, EUA) é mais um filho desta piada que parece não ter fim, embora apresente sinais de desgaste. O filme apresenta a jornada do General Almirante Lider Supremo Aladeen (sim, pronuncia-se Aladin), ditador do país fictício Wadhya, no noroeste africano.

Fictício é a chave para os sucessos e falhas do filme. A produções próprias anteriores de Cohen eram, de alguma forma, peças semidocumentais: pegadinhas que o comediante pregava em pessoas desavisadas, misturando cenas ensaiadas com um toque de realidade maníaca que dava um ar de que qualquer coisa podia acontecer em qualquer momento.  O Ditador é uma história linear fictícia comum, detalhando uma viagem de Aladeen (Cohen) aos EUA, onde ele é substituído por um sósia imbecil que deveria protegê-lo de assassinatos (Cohen), numa tentativa de golpe branco de Tamir (Ben Kingsley), seu segundo em comando.

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Sem poder e sem a barba que lhes são característicos, resta a Aladeen tentar recuperar o controle do seu país com a ajuda da verdureira vegana natureba Zoey (Anna Faris) e Nadal (Jason Mantzoukas), o físico nuclear refugiado que trabalha numa Applestore em Manhattan, antes que o país - horror dos horrores - se torne uma democracia.

O personagem de Cohen é uma combinação de Sadam Hussein, Kim Jong-il, Osama Bin Laden, Kadafi e ‪Mahmoud Ahmadinejad‬. Como geralmente são os personagens do comediante, ele é racista, sexista, antissemita, nojento e sem limites. Suas excentricidades são notórias: num dado momento, a atriz Megan Fox (Transformers) faz uma aparição na cama do ditador após uma noite de sexo por dinheiro, e sua foto é colocada num mural onde Halle Berry, Oprah Winfrey e Arnold Schwarzenegger também marcam presença. Mais na frente, o ator Edward Norton faz uma 'pontinha' similar. Nas olimpíadas do país, o Comandante Supremo atira em seus competidores para poder ser medalhasta olímpico nacional pela décima terceira vez,  e manda executar seu chefe de programa nuclear por que o míssil não é "suficientemente pontudo."


   

Porém, o filme sofre pelo sua atmosfera. O Ditador não possui um ritmo narrativo acertado, e que não é compensado pelo frescor da performance não ensaiada,  um ar misturado de brincadeira maldosa que pode ou não ser verdade presente em filmes anteriores do comediante, respectivamente Borat (2006) e Bruno (2009). Os atores secundários, Faris e Kingsley, mestres da comédia, são mal utilizados, e o próprio Alladeen é apenas o que aconteceria se Borat fosse líder supremo. A ausência da impressão de que tudo-pode-acontecer-em-qualquer-momento nos deixa sempre com uma sensação de tem algo faltando que nunca chega, uma piada que não tem clímax, em vários momentos.

Mas Baron Cohen também tem um humor de risos curtos, de canto de boca, algo que remete ao ritmo pastelão dos irmãos Marx com a maldade ácida dos bons trabalhos de Chico Anysio. É um humor político e humano que pode chocar os mais puritanos. Mas pelo menos não é uma adaptação de quadrinhos, um romance tornado filme, ou um remake de algo feito nos anos 80.

O Ditador pode ser visto como espelho maléfico de O Grande Ditador (1940): É essencialmente mesma estrutura, embora no lugar do discurso humanista de Charles Chaplin, a fala de Cohen aponte os preconceitos da sociedade dos EUA e suas atitudes na suposta guerra ao terror: na verdade, a democracia americana pode ser muito mais próxima de uma ditadura do que qualquer outro território do planeta.

Prestes a lançar seu novo filme, "O Ditador", o comediante Sacha Baron Cohen firmou um contrato de "first-look deal" com a Paramount Pictures com duração de três anos. O acordo significa que o estúdio terá prioridade em analisar os próximos projetos de Baron Cohen e de sua produtora, a Four By Two Films. A negociação inclui a criação de um fundo de desenvolvimento para o ator no Reino Unido, com o intuito de gerar novos projetos e identificar novos talentos.

"O Ditador" tem sua estreia mundial em 11 de maio. O filme conta a "heróica" história de um ditador que arrisca sua vida para assegurar que a democracia nunca chegue ao país que ele oprime. Além de Sacha Baron Cohen, a película conta com as atuações de Sir Ben Kingsley e Anna Farris e com a direção de Larry Charles.

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