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A cantora brasileira Gal Costa, que morreu nesta quarta-feira (9), aos 77 anos, transformou em hino inúmeras composições da música popular brasileira graças ao seu timbre de voz "cristalina", tornando-se a musa eterna da Tropicália.

De cabelos cheios, sorriso largo e lábios sensuais, Gal imortalizou canções de seu querido amigo Caetano Veloso, de Tom Jobim, Chico Buarque e Milton Nascimento, entre muitos outros compositores brasileiros, ao longo de seus 57 anos de carreira.

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Entre suas interpretações mais populares estão "Baby", "Que pena", "Quando você olha para ela", "Chuva de prata" e "Divino maravilhoso", incluídas nos mais de 30 discos que lançou.

Na adolescência conheceu figuras em Salvador (Bahia) que marcariam sua trajetória: Veloso, a irmã dele, Maria Bethânia - outra voz brasileira histórica - e Gilberto Gil, com quem seguiu para o Rio de Janeiro nos anos 60 para cultivar sua carreira.

"Gal tinha vindo da Bahia, como eu, na esteira de Bethânia e Gil, para tentar profissionalizar-se. Ela nunca tinha querido nada em sua vida a não ser cantar", conta Veloso em seu livro "Verdade Tropical".

Em 1967, lançou seu primeiro LP, "Domingo", com Caetano e no ano seguinte os dois juntaram-se a Tom Zé, Gil e ao grupo Os Mutantes, entre outros, para o disco "Tropicália ou Panis et Circensis", ponto de partida do movimento tropicalista, que misturava samba, bossa nova, jazz e rock psicodélico com uma encenação experimental que contrastava com a formalidade da bossa nova.

Foi porta-voz da contracultura do tropicalismo quando Veloso e Gil se exilaram em Londres em 1969, após serem presos nos primeiros anos da Ditadura Militar (1964-1985).

No entanto, Gal afirma que nunca foi "interrogada" ou teve "problemas" com os militares, exceto pela censura da capa de seu álbum "Índia", no qual exibia os seios.

- Uma voz "encomendada" -

Nascida em Salvador em 26 de setembro de 1945 como Maria da Graça Costa Penna Burgos, Gal teve o apoio incondicional de sua mãe, Mariah Costa Penna, chamada "Dedé", para dedicar sua vida à música, uma aspiração que foi estimulada desde o ventre materno.

Dedé pressionava a barriga contra o rádio, com a intenção de deixar Gal absorver a musicalidade das canções. "Minha filha, você vai ser uma grande cantora", dizia a ela segundo Tom Zé, seu vizinho de infância.

"Então, quando a menina saiu já veio com a voz, a voz foi encomendada", acrescentou Zé.

Cantora intuitiva, porque nunca estudou canto, Gal atribuiu grande influência ao seu estilo ao pai da bossa nova, o baiano João Gilberto, que depois de uma audição improvisada lhe disse: "Você é a maior cantora do Brasil", segundo ela mesma contou.

Pelo timbre da voz e pela afinação delicada, Gal se tornou a musa do tropicalismo, mas foi sua sensualidade transgressora durante a ditadura, especificamente no espetáculo "Fa-tal" (1971), que lhe rendeu o título de "musa do desbunde", chegando a ser comparada a Janis Joplin.

Com uma encenação - algumas vezes mostrando os seios - e seus trajes sensuais e coloridos ou seus cabelos "black power", Gal foi construindo uma identidade artística que a transformou em símbolo sexual, abandonando a timidez de sua juventude.

- Reinvenção permanente -

Depois do tropicalismo, Gal passou por diferentes fases, desde a interpretação dos sambas mais populares do carnaval passando pelo rock'n'roll, soul, disco até dezenas de canções para as famosas telenovelas.

Na pandemia de coronavírus, Gal celebrou seus 75 anos com um show transmitido pela Internet e a TV e gravou à distância o disco "Nenhuma Dor", no qual revisitou seus maiores sucessos junto a uma nova geração de compositores como Zeca Veloso (filho de Caetano), Tim Bernardes, Seu Jorge e o uruguaio Jorge Drexler.

Ganhadora do Grammy Latino à Excelência Musical em 2011, Gal sempre foi politicamente comprometida, mas discreta.

Reivindicou o feminismo e repudiou as políticas no setor cultural do governo de Jair Bolsonaro.

Administrou sua vida privada longe das câmeras, por isso surpreendeu quando publicou em 2021 em suas redes sociais uma foto de seu filho adotivo Gabriel para parabenizá-lo pelos seus 16 anos.

Gal revelou que não conseguiu engravidar devido a uma obstrução nas trompas, mas em 2007 - quando tinha mais de 60 anos - decidiu adotar seu filho: "Ele me deu muita energia, ele me rejuvenesceu", afirmou.

Neste sábado (19), a partir das 14h (horário de Brasília), acontece a palestra online com o escritor, jornalista, pesquisador e podcaster, Bento Araújo. O evento é chamado de “Arte, Delírio e Transgressão: As Capas de Discos do Brasil Pós-Tropicalistas” e vai trazer uma análise sobre as cores usadas no movimento artístico conhecido como Tropicália. Além de trazer informações sobre um dos principais nomes que trabalharam neste modelo de arte, como Rogério Duarte (1939 – 2016).

Tropicália foi um dos movimentos artísticos que marcaram a história do Brasil, que aconteceu no final da década de 60, durante a Ditadura Militar (1964 – 1985) . Assim, o movimento abrangeu o cenário musical, cinematográfico, das artes visuais e artes cênicas,além de trazer discussões políticas e estéticas nessas composições. As letras e melodias envolviam a mistura de diferentes estilos, desde o rock psicodélico até a cultura brega, além de envolver uma linguagem voltada para a paródia e o deboche.

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Nesta época também houve a expansão da fotografia, um elemento funcional nas capas de discos lançados na época. Um dos álbuns que mais se destacaram na época, foi o disco “Tropicalia ou Panis et Circencis” (1968), álbum de estúdio com participação de Caetano Veloso, Gal Costa, Gilberto Gil, Nara Leão, Os Mutantes e Tom Zé.  Na capa principal,  a foto dos participantes, em uma moldura com as cores verde, amarela e azul (em referência à bandeira brasileira).

Rogério Duarte foi um dos nomes que atuaram neste movimento artístico. É dele também o cartaz do filme “Deus e o Diabo na Terra do Sol” (1964). Duarte era amigo do diretor do filme, Glauber Rocha (1939 – 1981), e este foi um dos frutos artísticos na amizade entre ambos. Nos anos seguintes, ele também foi responsável por outras composições em cartazes de longas-metragens, como “O Desafio” (1965) e “A Opinião Pública” (1967).

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Primeiramente foi Tim Maia, lembrado e celebrado num show instrumental que cativou e emocionou o público no dia 16 de fevereiro. Agora, passado o carnaval, o Trio Igarité volta ao espaço de arte e gastronomia Casa do Fauno, em Belém, para revisitar o repertório da Tropicália, o movimento musical que implodiu a MPB há mais de 50 anos, com gritos e sussurros, guitarras elétricas, som eclético e vocação para causar polêmica. O show será neste sábado (9), a partir das 22 horas, com ingresso a R$ 15,00.

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Se é para ter um nome – porque nem tudo é improviso, afinal –, o grupo intitulou o show como “Trio Igarité toca Tropicália e outros sambas”. Será também um show instrumental no qual os virtuoses do grupo interpretarão temas como “Panis et circenses” e  “Baby”, dentre outros de compositores do movimento, mas também “Samba de uma nota só” e  “Desafinado”, que são Bossa Nova pura e destilada, e até composições do Beatles.

Misturar conceitos, referências e sonoridades era, de fato, especialidade dos tropicalistas, liderados por Gilberto Gil, Caetano Veloso, Tom Zé, Torquato Neto e Capinam, dentre outros. Em seu “Livro de Ouro da MPB” (Ediouro, 2003), o crítico e pesquisador Ricardo Cravo Albin assinala que “a estética do Tropicalismo ressaltava os contrastes da cultura brasileira, como o arcaico convivendo com o moderno, a cultura de elite com a cultura de massa. Foi assim que absorveu vários gêneros musicais como samba, bolero, frevo, música de vanguarda erudita e o pop-rock nacional e internacional, mas também as inovações da Jovem Guarda, como a incorporação da guitarra elétrica. E, dentro dessa mesma linha, buscou apropriar-se poeticamente de disparidades, que iam de Brasília a Carmen Miranda, da ‘palhoça’ – a habitação rústica do nosso Brasil interiorano – ao legado do Movimento Modernista de 1922”.

“Nesse contexto musical multifacetado da Tropicália, nossa ideia é desenvolver temas de jazz a partir das melodias, todas muito conhecidas do público, e interferir nesses temas com nossos improvisos e com nossos solos de bateria, baixo e guitarra”, diz o contrabaixista Maurício Panzera. Além dele, a formação do Igarité para o show inclui André Macleuri na bateria e a participação especial de Marcelo Viana na guitarra. “Como de hábito, abriremos espaço para canjas”, promete o contrabaixista.

Panzera adianta que o show “Igarité toca Tropicália e outros sambas” será ainda mais instrumental do que o que homenageou Tim Maia, com casa cheia e público interagindo a cada canção. O motivo, ele diz, é que as letras dos tropicalistas são mais complexas que as de Tim e também menos conhecidas, o que decerto vai diminuir a participação direta da plateia ‘nos vocais’. “Mas tudo bem! Embora a ênfase do show vá ser no instrumental, acreditamos que mesmo assim devem rolar trechos cantados. Ficaremos abertos para isso. Não vamos podar o público”, promete.

Serviço

Atração: Trio Igarité

Artistas: André Macleuri, Marcelo Viana, Maurício Panzera

Show: Trio Igarité toca Tropicália e outros sambas

Local: Casa do Fauno

Endereço: Rua Aristides Lobo, 1061, Reduto, Belém

   Data e hora: 9 de março de 2019, sábado, 22h

Ingresso: R$ 15

Informações: (91) 99808-2322

Da assessoria do evento.

O movimento artístico que ficou conhecido como Tropicália completa 50 anos este mês. A apresentação das músicas Alegria, Alegria e Domingo no Parque, em 21 de outubro de 1967, durante a final do III Festival Record, marcaram o início de uma série de experimentações que levaram a uma nova forma de compreender a música brasileira. Essas inovações estéticas continuaram nos discos seguintes dos músicos Gilberto Gil e Caetano Veloso e na obra coletiva Tropicália ou Panis Et Circencis, o disco manifesto lançado no ano seguinte às apresentações no Festival da Record.

>>> Confira o especial da Agência Brasil - Tropicália, 50 anos: A história do movimento que marcou a cultura nacional

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O clima tropicalista contagiou o Brasil e a efervescência se estendeu até dezembro de 1968, quando Caetano e Gil foram presos e, meses depois, obrigados a sair do país e irem para o exílio. A ditadura militar (1964-1985) acabava de iniciar sua fase mais dura, com Ato Institucional (AI) 5. A repressão não deixou passar o trabalho dos tropicalistas que, naquele momento, tinham sua máxima expressão em um programa semanal exibido na TV Tupi, emissora extinta no ano de 1980.

O pesquisador Frederico Coelho, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio) e especialista em Tropicália, relembra o que foi o movimento e a obra. Veja vídeo:

Nova MPB

No momento em que a Tropicália surgiu, o cenário musical do país tinha como principais expressões as canções politizadas e de protesto dos artistas da chamada Música Popular Brasileira (MPB) e o pop da Jovem Guarda, liderada por Roberto Carlos e seu iê-iê-iê, que mimetizava Beatles e Rolling Stones. Era o auge da ditadura militar.

A radicalização política no país também se expressava na música: de um lado os admiradores das canções de protesto, do outro, os fãs do iê-iê-iê. “Os tropicalistas buscavam justamente uma cena que fosse um pouco mais aberta, com menos preconceitos e mais liberdade de criação”, destacou em entrevista à Agência Brasil o escritor Carlos Calado, autor do livro Tropicália: história de uma revolução musical.

A Tropicália representou uma renovação no cenário musical do país ao investir em ritmos como o baião, bolero, marcha, música caipira, incluindo na mistura o pop e o rock. “A Tropicália era muito mais um ponto de vista crítico sobre a cena da música brasileira, sobre o repertório da música brasileira, do que propriamente uma maneira de se fazer música. Não existia uma forma tropicalista, na verdade os tropicalistas buscaram várias formas”, explica Calado.

Passados 50 anos do movimento, o autor considera que o disco Tropicália ou Panis et Circensis representa hoje seu principal legado por permanecer moderno e desafiador. “É um disco que não envelhece. Praticamente se tornou um clássico que você pode ouvir a qualquer momento e ainda se surpreender de alguma maneira”.

Para o poeta e compositor Salgado Maranhão, a Tropicália foi fruto de um momento do país e teve o papel de abrir caminhos e possibilidades no campo artístico. “A Tropicália nos deu uma modernidade e uma ousadia que não tínhamos”.

O também poeta e compositor Antônio Cícero destaca que o mais interessante no tropicalismo foi o fato de ser um movimento de vanguarda para a música popular. “Foi através da Tropicália que eu rompi com essa separação radical entre a cultura erudita e a cultura popular. Foi muito importante para o Brasil, representou a liberação de todas as possibilidades para a música brasileira”.

Dezessete anos depois da última reunião completa, com o disco Infinito Circular, a banda Novos Baianos está de volta. Com repertório marcante, o grupo surgido na Bahia, composto por Baby do Brasil, Pepeu Gomes, Moraes Moreira, Paulinho Boca de Cantor e Luiz Galvão, tornaram-se febre nos anos 1970, com influências da emergente Tropicália e inovações nas canções que percorrem desde gêneros da música popular brasileira ao rock.

De acordo com o Estadão, a nova turnê, que leva o tema Acabou Chorare: Os Novos Baianos se Encontram, é baseada no álbum homônimo clássico, e já tem locais confirmados, como em São Paulo, nos dias 12 e 13 de agosto, no Citibank Hall (antigo Credicard Hall), além de Rio de Janeiro (no Metropolitan, dias 2 e 3 de setembro) e Belo Horizonte (BH Hall, dia 10 do mesmo mês).

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Recentemente, o cantor Moraes Moreira esteve na capital pernambucana, em apresentação solo, cantando sucessos que já se tornaram clássicos dos brasileiros, como Mistério do Planeta, Brasil Pandeiro, Preta Pretinha e o próprio título emprestado da nova turnê, Acabou Chorare.

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Acabou a espera: o projeto Terça do Vinil volta com tudo e promete esquentar essa terça-feira (8) ao som da vitrola do DJ 440. Na agulha só as melhores do samba, jazz, samba rock, tropicália, guitarrada e outros ritmos brasileiros. E você também pode participar, basta levar seu vinil para enriquecer o setlist da noite.


Serviço:

Terça do Vinil | 20h
Fabrica Bar (Praça do Fortim, Olinda)
R$ 3
9751.3503

Depois de uma semana em cartaz, o documentário brasileiro Tropicália segue na programação do cinema Apolo desta semana. Entre os dias 5 e 7 de novembro, o filme ocupa a sala do Apolo às 17h e 19h, a preços populares.

O filme de Marcelo Machado conta a história do movimento que mudou a cultura nacional nos anos de 1960 e revelou nomes como Gal Costa, Gilberto Gil, Rita Lee, Arnaldo Baptista, Tom Zé e Caetano Veloso. O filme conta com entrevistas, arquivos da época e muitas canções dos anos de 1967 a 1969.

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Serviço
Cinema Apolo
Segunda (5) a quarta-feira (7), 17h e 19h
Ingressos: R$ 4 (Inteira)  R$ 2 (Meia-entrada)
Cinema Apolo (Rua do Apolo,121 - Bairro do Recife)
Informações: (81) 3355-3321 / 3355-3118

Para quem pensou que o documentário Tropicália encerrou a temporada de exibição no Cinema Apolo na última terça-feira (31), o filme volta a integrar a programação do local nesta segunda (5), terça (6) e quarta (7). Dirigido por Marcelo Machado, o documentário traz imagens inéditas de arquivo, entrevistas e muitas canções do movimento que revolucionou a cultura nacional nos anos 1960. Responsável por projetar nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Arnaldo Baptista, Rita Lee e Tom Zé, o Tropicalismo abriu espaço para que a música brasileira, o rock'n'roll e arte pop ocupassem, juntas, o mesmo espaço.

As sessões acontecem às 17h e às 19h com ingressos a preços populares, R$ 4 (inteira) e R$ 2 (meia).

Serviço:

Cinema Apolo (Rua do Apolo, 121, Recife Antigo)
Informações: 3355 3321 | 3355 3118

De 29 a 31 de outubro, a comédia O Ditador e o documentário Tropicália dividem as sessões do cinema Apolo. Os dois longas-metragens são apresentados ao público a preços populares, com exibições às 15h e 19h.

Em O Ditador, o Almirante-general Aladeen (Sacha Baron Cohen) é sequestrado e barbeado. A comédia conta a aventura do governante da República de Wadiya que precisa provar à todos que é quem diz ser. Para isso, Aladeen conta com a ajuda de uma feminista do Brooklyn, por quem acaba se apaixonando.

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Já o documentário Tropicália, de Marcelo Machado, conta a história do movimento que mudou a cultura nacional nos anos de 1960 e revelou nomes como Gal Costa, Gilberto Gil, Rita Lee, Arnaldo Baptista, Tom Zé e Caetano Veloso. O filme conta com entrevistas, arquivos da época e muitas canções dos anos de 1967 a 1969.

Serviço
Cinema Apolo
Segunda (29) a quarta-feira (31)
O Ditador, 17h |Tropicália, 19h
Ingressos: R$ 4 (Inteira)  R$ 2 (Meia-entrada)
Cinema Apolo (Rua do Apolo,121 - Bairro do Recife)
Informações: (81) 3355-3321 / 3355-3118

Neste sábado (11), A Casa do Cachorro Preto, em Olinda, recebe as bandas Araçá Blu e Dunas do Barato para celebrar a música brasileira. O repertório da festa, que começa às 17h, conta com grandes nomes da música nacional, como Gilberto Gil, Caetano Veloso e Os Mutantes. Além das bandas, a festa intitulada Vocês Não Estão Entendendo Nada conta com o setlist do DJ Ravi Moreno.

Os shows começam às 19h com a banda Araçá Blu, formada por Marcello Rangel (voz e guitarra), Clara Torres (voz), Priscila Gama (voz e flauta), Henrique Almeida (baixo), Samuel Nóbrega (piano, escaleta, guitarra e cavaquinho), Pedro Santana (percussão e cavaquinho) e Ricardo Peixoto (bateria). 

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A Dunas do Barato sobe ao palco às 21h e promete um repertório com referências à tropicália. Natália Lins assume os vocais, acompanhada por Juvenil Silva (baixo), Diego Firmino (guitarra), Rodrigo Padrão (guitarra) e Gil Barros (bactéria). Para convidar os fãs, a banda divulgou um teaser do evento

Serviço
Vocês não estão entendendo nada, com Araçá Blu, Dunas do Barato e DJ Ravi Moreno
Sábado (11), 17h
A Casa do Cachorro Preto (Rua 13 de maio, 99, Olinda)
Ingressos: R$15

O festival É Tudo Verdade chega à sua 17ª edição este ano de forma mais plural. Sem uma temática única e marcado por uma variedade de registros e formas. O evento vai apresentar uma seleção de 80 documentários de 27 países que variam, segundo seu fundador e diretor Amir Labaki, “do filme-diário ao afresco planetário, da revisita ao passado íntimo ao exame da atual conjuntura socioeconômica mundial”.

“Acho essencial a existência de uma janela nobre anual para a nova safra do documentário brasileiro e internacional. Também, importante é a oportunidade para discutir a estética e a economia específicas do cinema não ficcional, como fazemos deste a primeira edição”, disse Labaki à Agência Brasil.

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A edição do festival deste ano também apresenta uma grande variedade de filmes nacionais. “O documentário brasileiro vive um período de grande vitalidade. A produção é crescentemente diversa. É notável a busca de novas linguagens. O documentário tem se consolidado como um espelho fundamental para o Brasil do século 21”, declarou.

Na seleção internacional será exibido o vencedor do Oscar de curta-metragem deste ano, Saving Face, de Daniel Jung e Sharmeen Obaid. Entre os brasileiros, os destaques são para os filmes Tropicália, de Marcelo Machado, que abre o festival em São Paulo, no dia 22, e Jorge Mautner – O Filho do Holocausto, de Pedro Bial e Heitor D’Alincourt, que abre a versão carioca no dia 23.

Haverá também uma projeção especial do filme Light Up NipponHá Um Ano do Terremoto Japonês, de Kensaku Kakimoto, que apresenta o projeto Light Up Nippon, liderado por jovens de Tóquio que levantaram fundos para organizar espetáculos de fogos de artificio em dez das localidades mais atingidas pelo terremoto que atingiu o Japão no ano passado, como símbolo de resistência e recuperação.

Este ano, os homenageados especiais do festival são os documentaristas argentino Andrés di Tella e o brasileiro Eduardo Coutinho. “Coutinho é um entrevistador sem igual. O grau de intimidade com que desenvolve seus diálogos diante da câmera não tem paralelo. Segundo, há sua inquietação. O Coutinho de Cabra Marcado para Morrer é distinto do Coutinho de Edifício Master, que é diferente do Coutinho de Jogo de Cena, por sua vez também diverso do de Moscou. Ele é um dos dínamos criativos do cinema brasileiro contemporâneo”, disse Labaki.

O festival começa na próxima quinta-feira (22) e vai até 1º de abril nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. Este ano também estgará em Brasília, por onde passará entre os dias 10 e 15 de abril, e em Belo Horizonte, em maio. “Este ano, o que ampliamos é nosso circuito, voltando a ter uma itinerância em Brasília, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), e estreando em Belo Horizonte. É uma expansão muito importante ao atender novos públicos”.

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