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A manifestação dos funcionários da Petroquímica (PQS), iniciada no começo da manhã desta segunda (12), na PE-09, Avenida Portuária, em Ipojuca, se encerrou após confronto com a Polícia Militar. De acordo com o Tenente Cleiton Miguel da Silva, oficial responsável pela intervenção no local, os trabalhadores incendiaram três ônibus e a PM precisou intervir com bombas de efeito moral e balas de borracha. 

Após o confronto, o trecho foi liberado e o trânsito, que estava completamente travado, começou a normalizar. Por falta de pagamento de funcionários demitidos e atuantes da empresa Emtep, o grupo decidiu se rebelar e exigia o pagamento imediato dos salários atrasados. “Representantes da Petroquímica vieram negociar, mas os manifestantes só entravam em acordo se o dinheiro chegasse na hora, em mãos, na própria via. Como não houve acordo, precisamos intervir”, afirmou o Tenente. 

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Segundo o membro do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem em Geral de Pernambuco (Sintepav-PE), Rogério Rocha, a falta de pagamento tem sido comum nas empresas atuantes no Complexo de Suape. “A Emtep diz que a Petroquímica não está passando dinheiro e não tem como pagar os trabalhadores. Por outro lado, a Petroquímica diz não ter dinheiro. Fica nesse jogo de empurra”, afirmou Rocha. Este é o segundo protesto realizado pelos trabalhadores.

Apesar de acompanhar o andamento das mobilizações, o Sintepav esclareceu, em nota, que a manifestação foi realizada de forma independente pelos trabalhadores, sem orientação do Sindicato. No texto, o Sintepav afirma que está "tomando as providências necessárias junto ao Ministério Público do Trabalho e ao Poder Judiciário para assegurar que os trabalhadores da Emtep tenham os seus direitos respeitados".  

A Polícia não soube informar se houve feridos durante o confronto. O Corpo de Bombeiros continua no local para finalizar o trabalho de contenção do fogo nos ônibus incendiados. 

No sexto dia de paralisação dos rodoviários de Porto Alegre, terceiro consecutivo de greve geral, nove ônibus foram depredados. Eles foram atacados com pedras quando circulavam com passageiros. Ninguém se feriu. Alguns coletivos de três empresas foram colocados nas ruas, mas, por medida de segurança, retornaram para as garagens logo depois, ainda no início da manhã.

Na tarde de sexta-feira, 31 de janeiro, uma assembleia da categoria decidiu pela manutenção da greve. Como o acordo feito com as empresas na quinta-feira não foi cumprido - a negociação previa o retorno total da frota neste sábado -, o sindicato está sendo condenado a pagar multa diária de 100 mil reais por dia parado.

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A vice-presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, desembargadora Ana Luiza Heineck Kruse, indeferiu o pedido do prefeito José Fortunati para que a Justiça ordenasse a força policial para desfazer os piquetes.

"As questões relativas à segurança pública são de conhecimento das partes envolvidas no litígio de greve e das autoridades municipais e estaduais responsáveis por garantir a segurança nesta cidade. Assim, entendo desnecessário que este juízo oficie para que a necessária segurança às operações seja prestada", escreveu em seu despacho. Cerca de 1 milhão de passageiros são prejudicados todos os dias com a falta de ônibus.

Neste sábado, a prefeitura autorizou veículos de transporte escolar a fazer as linhas dos ônibus. Devem ser disponibilizados 617 vans e micro-ônibus a uma tarifa de 4,20 reais, o mesmo preço dos táxis-lotação.

O governo do Maranhão informou na manhã deste sábado (4), por meio de nota, que os mandantes dos ataques ocorridos na sexta-feira em São Luís já foram identificados. A ordem teria partido do Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Nos ataques, quatro coletivos foram queimados e uma delegacia foi atingida por tiros.

Ainda conforme a nota oficial, o governo está reforçando o policiamento em São Luís e voltará a investir em vídeo monitoramento para tentar conter a onda de criminalidade que a cidade vive hoje.

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Em 2013, foram registrados 807 homicídios dolosos, o que indica um crescimento de mais de 300% nos registros deste tipo de crime nos últimos 10 anos. Grande parte destes crimes estão ligados ao tráfico de drogas.

Mal começou o ano de 2014 e presos continuam morrendo na principal penitenciária do Maranhão: um homem, identificado como Josivaldo Pinheiro Lindoso, de 35 anos, foi encontrado estrangulado dentro de uma cela do Complexo Penitenciário de Pedrinhas logo no primeiro dia do ano. Ele tinha sido preso no dia 31 de dezembro por causa de um mandado de prisão em seu nome, que estava em aberto, por roubo. Como a polícia intensificou a vigilância no presídio, os atos de vandalismo foram ligados a grupos que ali vivem, cumprindo pena.

Em 2013, 59 detentos foram assassinados dentro do complexo penitenciário, o que levou a uma "quase" intervenção federal nos presídios do Maranhão, a uma convocação da Força Nacional de Segurança, a uma denúncia na Organização dos Estados Americanos (OEA) e a um relatório do CNJ que confirma as denuncias feitas ao organismo internacional.

A reação do governo estadual foi no primeiro dia do ano criar um departamento, liderado pela Polícia Militar, para lidar com a situação. Os PMs já estão atuando no Presídio de Pedrinhas e na primeira revista foram aprendidas dentro das celas da penitenciária cerca de 300 armas brancas, dezenas de celulares, drogas e listas com o fluxo de negociação de drogas dentro da cadeia.

Uma das listas apreendidas estava dentro de uma bíblia. Este seria o fator principal da reação dos criminosos em espalhar o terrorismo em São Luís, disse uma fonte ligada à polícia local.

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