Tópicos | Palanques desmontados

As articulações do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB) para uma reaproximação entre a legenda socialista e o PT, efetuadas nas últimas semanas, não estão sendo bem vistas por lideranças petistas estaduais. As manifestações brandas de realinhamento ao governo, apesar do PSB se colocar como independente, de acordo com a presidente do PT de Pernambuco Teresa Leitão não passam do discurso. Para ela, é “melhor deixar tudo como está”.

“Não existe nenhuma reaproximação real. Só no discurso. Ele (Fernando Bezerra Coelho) está pregando dentro do PSB uma reaproximação que tem encontrado resistência do próprio partido”, avaliou. Mesmo sem citar nomes, a petista quando observou a resistência interna do PSB fez menção principalmente à ala pernambucana que atualmente comanda a legenda no âmbito nacional, o governador Paulo Câmara e prefeito do Recife, Geraldo Julio.

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“Um partido que tem um prefeito (Geraldo Julio) que chamou Dilma de ‘aquela mulher’ deve primeiro fazer uma autocrítica”, disparou. “O tempo da política hoje não é do PSB aliado ao PT. Muita água vai rolar ainda debaixo dessa ponte”, afirmou a dirigente. 

Adversário político de Bezerra Coelho nas últimas eleições, o deputado federal João Paulo (PT) esclareceu que a possibilidade de juntar os socialistas e petistas novamente na mesma ala não está na pauta da legenda. “Não há nenhuma discussão interna sobre isso”, resumiu. 

De passagem por Brasília, preparando o terreno para assumir o mandato, Fernando Bezerra Coelho conversou com os ministros petistas da Casa Civil, Aloizio Mercadante; da Defesa, Jaques Wagner; e das Comunicações, Ricardo Berzoini. “O que devemos fazer é buscar unir as forças políticas do Estado em torno do nosso projeto de desenvolvimento, sem receios e com firmeza buscar a reaproximação política com o governo central”, afirmou na ocasião.

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