Pâmela Rosa não conseguiu avançar à final do Super Crown, última etapa da SLS, principal liga de skate de rua de mundo, para buscar seu terceiro título, mas estava tranquila ao deixar a pista do Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, neste sábado. Atendeu um fila de fãs e assinou 'shapes' e fotos, antes de prestigiar a disputa masculina. Tudo isso foi feito com a cabeça no Mundial de Street, campeonato válido pela corrida olímpica, que será disputado em Tóquio, no Japão, do dia 10 ao dia 17.
Na quarta-feira, Pamela já viaja rumo à capital japonesa. "Eu vim aqui, me diverti, e só de estar no Brasil já é muito gratificante. Então, agora Tóquio é a última competição, depois é dar uma descansada, tirar um pouco de férias", comentou a skatista, em entrevista ao Estadão, após uma recepção calorosa dos fãs durante ação da G-Shock, sua patrocinadora.
##RECOMENDA##Aos 24 anos, Pamela já foi campeã da SLS em 2019 e 2021, além de acumular medalhas no X-Games e títulos da Dew Tour. Agora, seu principal objetivo é ir atrás de uma medalha olímpica. Nos Jogos de Tóquio, em 2021, foi atrapalhada por um inchaço no tornozelo e não foi à final. "Estou deixando um legado e agora o meu foco é a Olimpíada. Todas as competições que eu participei eu já fiquei no pódio, falta a Olimpíada".
Atual nona colocada do ranking da World Skate, ela está no caminho para Paris-2024, e o Mundial de Tóquio faz parte da corrida pela classificação. A SLS, diferentemente do que ocorreu no ciclo olímpico anterior, não vale vaga para a Olimpíada.
Diante de um calendário tão pesado, Pamela realizou o sonho de construir a própria pista de skate, em sua cidade natal, São José dos Campos, mas nem isso tem ajudado tanto na logística complexa em meio a tantos campeonatos. "Ali eu me divirto também, estou com meus amigos consigo treinar e chegar a 100% das competições, mas com uma competição atrás da outra, não tem nem tempo de treinar ali. Agora, acabando, a gente vai dar uma focada melhor para chegar no ano que vem da melhor agora".