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Pâmela Rosa não conseguiu avançar à final do Super Crown, última etapa da SLS, principal liga de skate de rua de mundo, para buscar seu terceiro título, mas estava tranquila ao deixar a pista do Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, neste sábado. Atendeu um fila de fãs e assinou 'shapes' e fotos, antes de prestigiar a disputa masculina. Tudo isso foi feito com a cabeça no Mundial de Street, campeonato válido pela corrida olímpica, que será disputado em Tóquio, no Japão, do dia 10 ao dia 17.

Na quarta-feira, Pamela já viaja rumo à capital japonesa. "Eu vim aqui, me diverti, e só de estar no Brasil já é muito gratificante. Então, agora Tóquio é a última competição, depois é dar uma descansada, tirar um pouco de férias", comentou a skatista, em entrevista ao Estadão, após uma recepção calorosa dos fãs durante ação da G-Shock, sua patrocinadora.

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Aos 24 anos, Pamela já foi campeã da SLS em 2019 e 2021, além de acumular medalhas no X-Games e títulos da Dew Tour. Agora, seu principal objetivo é ir atrás de uma medalha olímpica. Nos Jogos de Tóquio, em 2021, foi atrapalhada por um inchaço no tornozelo e não foi à final. "Estou deixando um legado e agora o meu foco é a Olimpíada. Todas as competições que eu participei eu já fiquei no pódio, falta a Olimpíada".

Atual nona colocada do ranking da World Skate, ela está no caminho para Paris-2024, e o Mundial de Tóquio faz parte da corrida pela classificação. A SLS, diferentemente do que ocorreu no ciclo olímpico anterior, não vale vaga para a Olimpíada.

Diante de um calendário tão pesado, Pamela realizou o sonho de construir a própria pista de skate, em sua cidade natal, São José dos Campos, mas nem isso tem ajudado tanto na logística complexa em meio a tantos campeonatos. "Ali eu me divirto também, estou com meus amigos consigo treinar e chegar a 100% das competições, mas com uma competição atrás da outra, não tem nem tempo de treinar ali. Agora, acabando, a gente vai dar uma focada melhor para chegar no ano que vem da melhor agora".

A última etapa do Skate Total Urbe (STU) desembarca no Recife. Nesta quinta-feira (9), foi dado o "start" do circuito brasileiro da modalidade, que será realizado entre os dias 10 e 12 de novembro, no Skatepark da Rua da Aurora, localizado na área central da capital pernambucana.

A cerimônia de abertura contou com a presença de grandes nomes do Skate, como Pâmela Rosa, medalhista de prata no Pan-Americano de Santiago, e Lucas Rabelo e Augusto Akio no masculino. Além deles, o prefeito João Campos (PSB) também esteve presente.

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"Queria desejar uma boa sorte a todos os participantes, que pratiquem o esporte da melhor forma possível, e saiba que vocês são referência. Os mais novos que vão ver vocês competindo, futuramente podem se tornar uma esportiva de respeito. Que a gente possa inspirar através da juventude. Que cada ato, cada manobra que vocês praticarem, vai inspirar as crianças", disse João.

No Recife, duas categorias da modalidade estarão em disputa: o Skate Street e o Skate Park. O Street tem Gabi Mazzeto na liderança do ranking no feminino, com Pâmela Rosa aparecendo logo atrás. Já no masculino, Giovanni Vianna e Ismael Henrique são os grandes favoritos.

"É a minha primeira vez aqui no STU, venho aqui várias vezes, meu avô mora aqui. Mas para competir vai ser a primeira vez. Sobre a pista, eu estava até comentando com o pessoal...Tinha esquecido o quanto essa pista é boa. Que seja uma grande competição e que vença aquele e aquela que estiver mais preparado", frisou Pâmela.

Pelo Park feminino, os melhores índices são de Isadora Pacheco, à frente de Sofia Godoy, de apenas 14 anos. Entre os homens, os destaques são  Augusto Akio e Kalani Konig, primeiro e segundo colocados no STU nacional, respectivamente.

A principal ausência fica por conta da medalhista olímpica Rayssa Leal. Por conta de compromissos profissionais, ela não estará no Recife, assim como Raicca Ventura, prata no Pan de Santiago. 

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Rayssa Leal faturou o primeiro ouro do Brasil nos Jogos Pan-Americanos de Santiago no skate street feminino e se tornou a primeira campeã pan-americana da modalidade. Ela superou a também brasileira Pâmela Rosa, que ficou com a prata, e a americana Paige Hayn, terceira colocada.

A Fadinha terminou a disputa do street com 236.98, seguida por Pâmela, com 211,34 e por Paige Hayn, que terminou com nota 176,35. Rayssa liderou durante toda a prova e também teve a maior nota entre todas as manobras individuais: 84,23.

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"Eu estou muito feliz. Com todas as conquistas que tivemos esse ano, pelo Brasil e com metas pessoais. Estou muito feliz com este ano, pude representar muito bem o Brasil. Eu e a Pâmela fizemos dobradinha, então é só gratidão", disse Rayssa Leal em entrevista ao Canal Olímpico.

Com o feito no skate, o Brasil chegou à sua terceira medalha nesta edição dos Jogos Pan-Americanos. Além do ouro e da prata da Rayssa e Pâmela, há também um bronze conquistado por José Gabriel Marques, atleta de Mountain Bike que ficou em terceiro lugar no Cross Country Masculino neste sábado.

A DISPUTA

Rayssa foi a melhor na primeira volta. Ela teve nota de 76,03, contra 70,24 de Pâmela Rosa e 65,18 da americana Paige Hayn. Na segunda, Pâmela aumentou sua nota, chegando a 73,17 pontos, ainda atrás da melhor volta de Rayssa. Na sua segunda tentativa, a Fadinha tentou manobras mais difíceis, cometeu erros e ficou com 44,82 A americana ficou com 69,52 e não conseguiu alcançar as brasileiras na segunda volta.

Nas manobras, Pâmela errou as duas primeiras tentativas e chegou a ter suas chances de pódio ameaçadas. Mas conseguiu 60,73 em sua terceira manobra e 77,44 na quarta, voltando à segunda posição.

Rayssa foi ainda melhor. Conseguiu 76,72 na sua terceira tentativa e 84,23 na quarta, a maior nota recebida nesta disputa do street feminino.

Principal skatista do Brasil na atualidade, Rayssa Leal está em mais uma final e com enorme expectativa de subir ao pódio neste sábado. A Fadinha avançou à decisão do Pro Tour Skate Street, disputado em Lausanne, na Suíça, com a melhor nota das semifinais. Ela cravou 236.64. A também brasileira Pâmela Rosa se garantiu entre as oito finalistas com a sétima marca: 225.60.

Além das brasileiras, a final contará com quatro japonesas, Yumeka Oda (235.89 pontos), Funa Nakayama (233.73), Momiji Nishiya (228.34) e Coco Yoshizawa (227.99), a americana Paige Heyn (234.54) e a holandesa Roos Zwetsloot (222.70).

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A competição vale pontos para o ranking da World Skate, e terminar bem é importante para as brasileiras na definição da vagas para Paris-2024. Serão três representantes por país na olimpíada, e Rayssa é a primeira colocada atualmente.

O Brasil teve seis representantes na modalidade feminina em Lausanne. Rayssa já entrou nas quartas, fase nas quais Pâmela Rosa chegou com 4ª melhor nota na primeira fase, seguida de Gabi Mazetto, 6ª, Kemily Suiara, 14ª, e Ariadne Souza, 15ª. Somente Carla Karolina não se garantiu entre as 16 melhores.

Na busca para avançar às semifinais, Gabi Mazetto e Ariadne Souza acabaram eliminadas, e Rayssa deu um susto ao somar notas ruins e ficar somente no 11º lugar. A resposta de que tudo estava tranquilo veio nesta sexta-feira, com desempenho em alto nível. A vontade da Fadinha de brilhar era tanto que ela quase "fura a fila" da disputa, ao se posicionar na hora da volta de Kemily, eliminada com a 15ª nota.

Rayssa chega entre as favoritas para o título em Lausanne, em briga que deve ser acirrada com a campeã olímpica Momiji Nishiya e a americana Paige Heyn. Segunda da semifinal, Yumeda Oda corre por fora na disputa, mas é candidata à surpresa.

As finais do street no Skate Total Urbe (STU) em Criciúma na tarde deste domingo tiveram reviravolta na reta final e muita emoção. A etapa, que abre a temporada brasileira de skate em 2023, terminou com Pâmela Rosa campeã após fazer uma última volta perfeita e superar Gabriela Mazetto. No masculino, o campeão foi Ismael Henrique. As disputas aconteceram na pista Parque Municipal Prefeito Altair Guidi.

Após passar apagada nas duas primeiras voltas, na quarta colocação, Pâmela Rosa fez uma última volta perfeita, conseguiu nota de 63.10 para ficar com o título. Ela superou Gabi Mazetto, que tinha nota de 61.11 e não completou a última volta. O bronze ficou com Ariadne Souza, com nota de 50.06.

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Campeã do Mundial de Skate Street no começo do mês de fevereiro, Rayssa Leal não participou da etapa de Criciúma por causa das comemorações do seu aniversário de 15 anos. No ano passado, a Fadinha disputou e venceu a etapa de Criciúma.

Gabi Mazetto começou na frente com ótima nota de 61.11. Logo em sua primeira volta, Ariadne Souza mostrou que iria buscar a vitória e fez nota de 50.06. A segunda volta terminou com Gabi ainda na liderança, seguida por Ariadne e Daniela Vitória. Pâmela Rosa, quarta colocada, deixou o melhor para o fim. Ela acertou a manobra no corrimão e pulou para a liderança da etapa.

No masculino, o título da primeira etapa do STU National ficou com Ismael Henrique, que conseguiu nota de 70.56. O segundo colocado foi Vinicius Costa, que passou perto com nota de 68.65. Giovanni Vianna fechou o top 3 com marca de 61.19.

Medalhista de prata na Olimpíada de Tóquio, Rayssa Leal voltou a brilhar neste sábado. A "Fadinha", como é mais conhecida, garantiu uma vaga na final do STU Open Rio ao bater a melhor pontuação entre todas as competidoras. Pâmela Rosa, Gabriel Mazetto e Marina Gabriela também se garantiram entre as oito finalistas.

Pâmela Rosa ficou na segunda colocação, mas quem surpreendeu mesmo foi a australiana Chloe Covell, de apenas 12 anos, que brigou pelas primeiras posições com as brasileiras.

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Gabriela Mazetto ficou em quinto lugar, seguido por Marina Gabriela, em sexto. Também obtiveram a classificação: a chinesa Zheng Wenhui, a belga Lore Bruggeman e a espanhola Nataliz Munoz.

"Tinha dito para a minha mãe que queria muito acertar essa manobra hoje (Frontside Hurricane). Acabou ficando para a última tentativa. Preferia garantir logo de início, para ficar mais tranquila, mas deu tudo certo. A torcida ajudou muito também. Que na final possa ter um bom desempenho de novo", contou Rayssa.

A primeira bateria teve a brasileira Carla Karolina como destaque. A skatista tirou uma boa nota, mas acabou eliminada quando as principais atletas entraram na segunda bateria. Neste sábado, foram realizadas duas voltas de 45 segundos e cinco manobras.

Rayssa tirou a pontuação mais alta do dia ao acertar um "Frontside Hurricane", a qual lhe rendeu 6,84. Pâmela chegou muito perto ao virar um "Big Spin Rockslide": 6,57.

Ambas elogiaram a torcida que esteve presente no STU Open Rio. "Já tinha falado quando cheguei que estou aqui para me divertir, acima de tudo. Quanto mais o tempo passa, mais experiente e mais calma a gente fica e, assim, mais conseguimos acertar as manobras. Sem falar que essa vibe do público brasileiro é sensacional", completou Pâmela Rosa.

A final será decidida neste domingo, a partir das 18h, com Rayssa Leal e Pâmela Rosa dentre as favoritas ao título.

As brasileiras Rayssa Leal e Pamela Rosa confirmaram presença na final do Pré-Olímpico de skate street, realizado em Roma, neste sábado. Em uma semifinal bastante disputada, Rayssa terminou o dia em segundo lugar com 246,47 pontos. A sua compatriota ficou com a sétima vaga e obteve a pontuação de 224.28.

Já Gabi Mazetto, que era a outra representante do Brasil, acabou ficando na 14ª colocação. O primeiro lugar ficou com a japonesa Funa Nakayama, que fez 252.41. A final feminina do Pré-Olímpico de skate street, em Roma, acontece às 14h deste domingo com transmissão do Sportv e do site oficial das Olimpíadas.

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A decisão do torneio, que vale pontos para o ranking olímpico, reserva quase que um duelo à parte com a escola japonesa de skate. Entre as oito classificadas, cinco são do Japão (Funa Nakayama, Rizu akama, Coco Yoshizawa, Momiji Nishiya e Yumeka Oda). A australiana Chloe Covell, de apenas 12 anos, ficou com a última posição e completa das candidatas ao título da competição.

Na disputa, Funa Nakayama e Rayssa Leal se revezaram pela primeira posição com atuações seguras e manobras arrojadas. A Fadinha obteve três notas acima dos 78 pontos e, com o segundo lugar na semi, vai ter a vantagem de ser a penúltima a entrar em ação.

Pâmela teve um início irregular, mas cresceu nas últimas voltas ao utilizar corrimãos e usar elementos de Flip. O bom desempenho garantiu a brasileira entre as oito finalistas sem sustos. A briga mais acirrada foi pelo último posto e ficou entre a holandesa Roos Zwetloot e a australiana Chloe Covell, que assumiu o oitavo lugar no final.

Rayssa Leal e Pâmela Rosa proporcionaram fortes emoções neste domingo (16), durante a decisão STU Street de Criciúma, primeira etapa do circuito nacional da categoria. Em uma disputa intensa, a adolescente maranhense ficou com o título após ultrapassar a pontuação de Pâmela na última tentativa de manobra da competição. Gabriela Mazetto ficou com o terceiro lugar.

"O STU tem uma vibe muito incrível. Estou super feliz de estar aqui com todo mundo reunido, estar aqui com meu pai. Obrigado mãe, obrigado pai, por me apoiarem sempre. Obrigado a todos, obrigado pela vibe e 'é nóis'", comentou Rayssa em entrevista ao programa Esporte Espetacular.

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Oito skatistas participaram da final para a formação de um top 4 que define a chamada superfinal, disputada logo na sequência. Rafaela Murbach, Virgínia Fortes Água, Giovana Dias e Karen Feitosa foram eliminadas, enquanto Rayssa Leal, Gabi Mazetto, Pâmela Rosa e Marina Gabriela avançaram.

Debaixo de um sol forte em Criciúma, já perto do meio-dia, as super finalistas protagonizaram uma competição acirrada, definida apenas na última manobra. Pâmela Rosa roubou a liderança de Rayssa na bateria final, ao fazer uma volta avaliada em 4,82 e somar 14,08 no total, mas dependia de uma pontuação baixa da jovem de 14 anos para vencer.

Então, Rayssa foi para sua última tentativa, acertou a manobra no corrimão e recebeu a nota 4,32. Com isso, somou 15,24 e passou Pâmela para conquistar o título.Gabi Mazetto ficou em terceiro, com 9,38, e Marina Gabriela terminou em quarto, com 8,87.

FINAL MASCULINA - Na disputa masculina, o título ficou com Lucas Rabelo. Vice-campeão mundial na Super Crown de Jacksonville, medalhista de ouro nos Jogos Pan-Americanos Júnior de Cali e campeão do STU Open Rio no ano passado, o cearense iniciou 2022 com mais uma excelente apresentação, motivo de muita comemoração.

"Comecei o ano como eu gostaria, primeiro campeonato do ano e já ser campeão. É maravilhoso sentir o calor da galera", disse o skatista em entrevista após a vitória. "Eu venho focado no meu skate, buscando evolução, para ter oportunidade de ganhar campeonatos e estar sempre preparado. Consegui achar manobras diferentes, achar obstáculos legais para conseguir fazer as manobras", completou.

A conquista veio após uma disputa equilibrada na superfinal. Rabelo conseguiu uma nota 8,81, a mais alta do evento, e quase foi alcançado por Wilton Souza, que fez 8,21. No fim das contas, somou 23.33 na pontuação final e ficou em primeiro lugar, seguido por Wilton em segundo, Eduardo Neves em terceiro e João Lucas "Xuxu" em quarto. Julio Zanotti, Vinícius Costa, Douglas Molocope e Luiz Neto também disputaram a final e foram eliminados na formação do top 4.

Depois das definições dos vencedores do feminino e do masculino do street, o próximo final de semana está reservado para a disputa do STU Park. A modalidade conta com mais estrelas do skate, como Pedro Quintas, Isadora Pacheco, Dora Varela e Yndiara Asp.

Medalhista de prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, Rayssa Leal foi a campeã do STU Open Rio da categoria skate street, disputado neste domingo, na Praça Duó, no Rio de Janeiro. Em disputa acirrada com a bicampeã mundial Pâmela Rosa, Rayssa se segurou na primeira colocação durante toda a prova para faturar o título.

Após liderar as classificatórias no sábado, Rayssa somou 16,30 pontos para somar mais um troféu na temporada 2021. Pâmela terminou na segunda colocação e Virginia Fortes Águas completou o pódio da última competição do ano válida pelo ranking brasileiro da Confederação Brasileira de Skate (CBSK).

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A "Fadinha", apelido de Rayssa, resumiu o ano como "irado" e celebrou o fim da temporada ser no Brasil. "Foi muito importante para mim terminar esse ano incrível aqui no Brasil, de estar com a minha família, com a torcida. Eu estou muito feliz. Esse ano foi irado", afirmou.

Rayssa e Pâmela disputaram nota a nota o título. Mas quem levou o caneco para casa foi a primeira, que fez uma atuação exemplar abusando das manobras de alto nível de dificuldade. A bicampeã mundial terminou com 15,56 pontos.

Masculino

No masculino, Lucas Rabelo foi o grande campeão do skate street do STU Open. A modalidade fechou a competição com atuações impecáveis dos grandes nomes do skate brasileiro. O atual vice-campeão mundial liderou a competição do início ao fim. O cearense se sagrou campeão com uma manobra espetacular de 9.62 pontos. Eduardo Neves e João Lucas Alves completaram o pódio.

O STU marca um fim de uma ano mágico na carreira de Lucas Rabelo. O skatista foi vice-campeão do Mundial de Skate Street e medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos Júnior, tudo isso em um intervalo de menos de um mês.

"É o melhor ano da minha vida, posso dizer assim. Eu pude andar de skate, mais feliz do que nunca, estar de volta na minha casa, no Brasil. E poder ter ganhado aqui foi sensacional. Depois de ter vindo de outras vitórias, outras competições, nada melhor do que chegar e ganhar em casa, recebendo esse carinho brasileiro", disse Lucas após sua vitória.

Foto: Bruno Martins/FuturaPress/EstadaoConteudo

A medalhista olímpica Rayssa Leal (foto acima) e a bicampeã mundial Pâmela Rosa garantiram neste sábado suas vagas na final do skate street feminino no STU Open Rio, competição disputada na Praça Duó, na Barra da Tijuca. Rayssa encerrou as semifinais na primeira colocação, enquanto Pâmela ficou com o segundo lugar.

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As duas estrelas do skate brasileiro competiram na terceira e última bateria, que teve uma disputa acirrada entre todas as participantes. Gabi Mazetto, Virginia Fortes e Marina Gabriela também se destacaram e conseguiram se classificar para a final, marcada para a noite de domingo.

Karen Feitosa, Isabelly Avila e Vitoria Mendonça disputaram a mesma bateria e ficaram de fora. Os outros três nomes que completaram a lista de oito finalistas são Giovana Dias, Ariadne Souza e Kemily Suiara, participantes das baterias anteriores.

A melhor nota de todas as competidoras foi de Rayssa Leal, que avançou com 13.13. Pâmela Rosa, com 12.24, e Virgina Fortes, com 10.31, ficaram logo atrás. Depois, vieram Marina Gabriela (9.94), Gabi Mazetto (9.39), Ariadne Souza (8.22), Kamily Suiara (6.6), Giovana Dias (6.50).

Além da final do street feminino, o domingo será de final para o street masculino, assim como para a modalidade park, tanto no masculino quanto no feminino.

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Pâmela Rosa conquistou no domingo o bicampeonato mundial de skate no street, modalidade que utiliza degraus, rampas e corrimões para fazer manobras ousadas. Ela ganhou a medalha de ouro, ficando à frente de Rayssa Leal, outra brasileira, no evento disputado nos Estados Unidos.

Já de volta para casa, ela foi recebida com festa em sua cidade, São José dos Campos, no interior paulista, e conversou com exclusividade com o Estadão e contou um pouco de seus projetos de carreira e de como o segundo título mundial ajuda a minimizar a frustração de ter saído dos Jogos Olímpicos de Tóquio sem medalha - ela competiu machucada.

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Qual a sensação de conquistar o bicampeonato mundial de street?

É uma sensação de missão cumprida! Todo esforço valeu a pena. Cada sessão e sacrifício na fisioterapia foi recompensado. Trabalhei muito para me recuperar após a frustração dos Jogos Olímpicos.

Quais as semelhanças e diferenças entre o título de 2019 e este agora?

 

São momentos bem distintos. Em 2019 foi em São Paulo, na minha casa, e eu estava acompanhada da família e amigos. Na Flórida estava apenas com meu técnico, o Hamilton. Além disso, estava quase quatro meses fora de casa sem ver meus pais. Realmente foi algo muito especial para minha carreira e também para meu crescimento pessoal.

Como você conseguiu deixar para trás a frustração de não ter conquistado uma medalha em Tóquio por causa de lesão para confirmar seu ótimo momento no Mundial?

 

Nós atletas precisamos trabalhar nosso psicológico para as pressões que recebemos dentro e fora das pistas. Não tenho vergonha nenhuma em falar que faço terapia com a Carla Pierro. Sempre tive apoio do Hamilton (técnico) que está comigo há nove anos e me conhece muito bem. Acredito que se o meu treinador tivesse comigo em Tóquio, mesmo lesionada, poderia ter tido um resultado muito melhor. O Hamilton, inclusive, brincou comigo um dia antes da final. Disse que eu faria 21 pontos e foi justamente o que aconteceu (risos).

 

Coincidentemente, a Rayssa Leal ficou com a prata nas duas vezes que você ganhou o ouro. Como está a relação de vocês?

A Rayssa tem um baita talento além de ser muito técnica. Não somos melhores amigas, mas da minha parte tenho muito respeito como skatista e também brasileira que representa nosso País com orgulho no exterior.

A Rayssa é bem jovem, assim como você. Acredita que vocês duas vão manter o alto nível por muito tempo?

Espero que sim! Principalmente porque dessa forma cada uma puxa a outra indiretamente e ninguém fica acomodado. O nível dessa final em Jacksonville foi altíssimo. Isso só fortalece o esporte feminino.

O que esse título nos EUA te ajuda para a campanha olímpica até Paris-2024?

Mostra que estou no caminho certo! Foi um título da superação da minha lesão e da frustração por não ter conseguido uma medalha em Tóquio. Tenho muita esperança que em Paris será diferente. Só depende de mim.

Logo você vai embarcar para o Pan Júnior, na Colômbia. Qual sua meta?

 

A meta é vencer! Independentemente da competição que participo, entro sempre para vencer e representar meu país com orgulho.

O título mundial acaba te dando uma projeção internacional. Como está sua situação financeira e de patrocínios?

Felizmente tenho bons patrocínios, mas não sou rica (risos). Banco BV, Nike, TNT, Panasonic, MVituzzo, Prefeitura de São José dos Campos são alguns que me apoiam e acreditam no projeto. O mais importante neste momento é que consegui dar uma casa para os meus pais. Isso só me orgulha!

E o projeto de carreira para os próximos anos? Ficará treinando no Brasil mesmo?

Infelizmente neste momento não tem condição técnica de treinar no Brasil. As pistas nos Estados Unidos são ótimas e não dá nem para comparar com as do Brasil. Além disso, nos EUA tem várias opções de pistas, podendo variar o treinamento. Em 2022 certamente estarei treinando nos Estados Unidos para as etapas da SLS.

Com a confiança recuperada depois de muito tempo sofrendo com uma lesão no tornozelo esquerdo, Pâmela Rosa mostrou segurança na tarde deste domingo (14), em Jacksonville, na Flórida, e garantiu o bicampeonato mundial de skate street ao vencer a final da Super Crown, última etapa da Street League Skateboarding (SLS). Logo atrás dela, Rayssa Leal ficou com o vice, seguida pela campeã olímpica japonesa Momiji Nishiya.

Presente em todas as finais desde que começou a disputar o circuito, Pâmela entrou na pista defendendo o título, já que foi campeã em 2019, também com a pequena maranhense como vice. No ano seguinte, o torneio não foi realizado em razão da pandemia de Covid-19. Já Rayssa, que não precisou disputar as semifinais porque assumiu a liderança do ranking ao vencer as duas etapas anteriores, esperava bater um novo recorde e se tornar a mais jovem campeã da SLS, mas não conseguiu. Assim, a marca segue com Nyjah Houston, campeão aos 15 anos em 2010.

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Apesar de não ter alcançado o objetivo, a menina de apenas 13 anos teve uma ótima apresentação, assim como a grande campeã. Ambas, no entanto, encontraram dificuldades no começo. Na volta de 1min45s antes das rodadas de manobras únicas, Pamela chegou a cair, mas se recuperou e somou 4.6 pontos. Já Rayssa caiu e até saiu da pista, em uma volta bastante empolgada, que, apesar de conter boas manobras, rendeu apenas 3.8 em razão dos erros.

As duas conseguiram se recuperar na apresentação de manobras. Rayssa foi muito consistente e somou 6.0, 6.9 e 6.3 em suas melhores voltas, avançando ao final four, etapa em que as quatro melhores fazem mais duas exibições para decidir o título. Pâmela também passou, em quarto lugar, ao somar 6.0, 6.9 e 6.3.

Quem terminou a primeira parte mais animada, contudo, foi a japonesa Momiji Nishiya, que fez 8.0, a maior nota do dia até aquele momento, na última volta, mas pontuou menos que Rayssa na soma das outras duas notas e ficou em segundo, acima de Samarria Brevard, que fechou a classificação.

Pâmela abriu o final four somando 7.7, antes de Brevard e Nishiya não completarem suas manobras, assim como Rayssa, na sequência. Confiante após a excelente nota, a brasileira correu até o meio da pista e passou vela no corrimão antes de partir para a rodada final. Na hora da decisão, encaixou um frontside smith que a deu 8.1 pontos e garantiu o bicampeonato, já que nenhuma das oponentes conseguiu alcançar seu 21.8 pontos na soma.

Rayssa Leal e Pâmela Rosa se classificaram para a final da primeira etapa da SLS, a Liga Mundial de Skate Street, realizada em Salt Lake City, nos Estados Unidos. As outras duas brasileiras na disputa, Letícia Bufoni e Marina Gabriela, não conseguiram vaga e ficaram pelo caminho na fase preliminar, realizada nesta sexta-feira.

Esbanjando talento, Rayssa, medalhista de prata nos Jogos Olímpicos de Tóquio, fez grandes manobras e se garantiu na decisão com a segunda maior nota entre as competidoras (17,7). Pâmela ficou em quinto, com 13,4 pontos, e se colocou entre as oito melhores do torneio.

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Ao todo, 18 atletas se dividiram em duas baterias para que fossem conhecidas as oito classificadas. Em formato semelhante ao da Olimpíada, cada skatista pôde realizar uma volta de 45 segundos, e depois, quatro manobras para formar a pontuação final. A estreante Maria Gabriela foi a primeira a ir para a pista, recebendo 2,2 dos juízes em sua primeira tentativa. Apesar do belo flip na última manobra, que rendeu à paulista 5,4 pontos, ela não conseguiu ir para a final.

Na segunda bateria, o Brasil teve Rayssa, Pâmela e Letícia na briga. A vencedora do torneio de exibição em Paris há uma semana fez uma boa volta, com 3,6 pontos, mas cometeu erros nas últimas duas manobras e terminou a preliminar em décimo lugar. Rayssa teve desempenho impressionante e ganhou nota 6,0 na volta inicial. Pâmela tirou 3,6.

Nas manobras, Fadinha acumulou 5,8 e 5,9 em seguida e se garantiu na decisão. A campeã mundial em 2019 foi menos espetacular, mas conseguiu vaga na final com notas 4,2, 5,6 e 3,0, somando 13,4.

Medalhista de bronze em Tóquio, Funa Nakayama registrou o maior somatório do primeiro dia, ainda na primeira bateria, com 18,3 pontos. Momji Nishiya, campeã da competição de estreia do esporte na Olimpíada, fechou as preliminares em quarto lugar (14,1).

A final feminina está marcada para este sábado, às 17h30. Antes disso, Kelvin Hoefler, prata no Japão, Felipe Gustavo, Luan Oliveira, Tiago Lemos, Lucas Rabelo e Filipe Mota tentam se classificar para a decisão do masculino, programada para às 19h desta sexta.

Letícia Bufoni participa na próxima quarta-feira (18) do primeiro evento de skate street pós-Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. As brasileiras vão desafiar Aori Nishimura, Nyjah Huston e outras estrelas da modalidade em uma competição em Paris, próxima sede olímpica, na Praça do Trocadero, com vista para a Torre Eiffel.

"Acredito que agora as competições vão ser mais leves, mais tranquilas do que antes, porque os Jogos Olímpicos tinham um peso muito forte", disse Bufoni. "É uma cidade que gosto muito e vai ser incrível competir em frente à Torre Eiffel", completou.

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Quarta melhor do mundo, Letícia Bufoni era uma das principais esperanças de medalha do Brasil em Tóquio, mas a skatista caiu na classificatória. Líder do ranking mundial, Pamela Rosa volta às pistas após revelar que competiu no Japão com uma lesão no tornozelo, o que a atrapalhou na busca por uma vaga na final da modalidade.

Apesar de não ser oficial, o evento conta com 36 skatistas, desde os principais nomes do esporte até uma nova geração visando Paris-2024. Entre os confirmados, estão o peruano Angelo Caro - que ganhou notoriedade por celebrar a prata de Kelvin Hoefler -, o francês Vincent Milou, quarto em Tóquio, e o português Gustavo Ribeiro, melhor europeu no ranking mundial.

O Red Bull Paris Conquest acontece a partir das 12h30 (de Brasília) e pode ser acompanhado ao vivo pelo site oficial da marca.

Chegando com o status de favorita aos Jogos Olímpicos de Tóquio, a brasileira Pâmela Rosa não conseguiu chegar à decisão do skate, disputada na madrugada desta segunda-feira, pelo horário de Brasília. Ela ficou na 10ª posição, somando 10,06 contra 11,77 da norte-americana Alexis Sablone, última classificada à final.

Líder do ranking mundial, Pâmela foi a primeira brasileira a ir para a pista. Estava na terceira bateria, ao lado de duas japonesas, uma francesa e uma norte-americana. Ela errou três das suas sete tentativas - três notas são descartadas - e mandando manobras com baixa pontuação.

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Após a eliminação precoce, a skatista brasileira usou as redes sociais para revelar que tinha uma grave lesão no tornozelo, que impediu que seu desempenho fosse o esperado. Em uma foto, Pâmela mostrou o tornozelo inchado e roxo. Esse tipo de lesão é comum no skate, mas dificulta a realização dos movimentos, principalmente no street, em que as manobras exigem flexibilidade dos pés e força para o impacto.

"Mais uma vez enfrentei uma competição lesionada, mas essa lesão não me parou, fui até onde consegui. Agradeço imensamente todas as energias positivas, toda torcida e todo o apoio", disse Pâmela pelas redes sociais.

Mais tarde, Rayssa Leal foi a única brasileira a avançar à final - Leticia Bufoni também foi eliminada na fase classificatória. E, aos 13 anos, a adolescente faturou a medalha de prata, a segunda do Brasil no skate. No sábado, Kelvin Hoefler também levou a prata no street.

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Com milhares de quilômetros de praias e suas megalópoles, o Brasil oferece um fabuloso playground para seus surfistas e skatistas, que dominam as duas modalidades que estreiam nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

No mar, o Brasil é representado por dois campeões mundiais em Tóquio, Gabriel Medina e Ítalo Ferreira, enquanto na prova street do skate competem a nº 1 do mundo Pâmela Rosa e a nº 2ª Rayssa Leal, de apenas 13 anos.

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"É como na maioria dos países, e especialmente naqueles onde há grande pobreza. Quando não há oportunidades de fazer coisas e você é criança sai pra brincar na rua. Ou na praia para nós com este imenso litoral que temos", explicou à AFP Eduardo Musa, presidente da Confederação Brasileira de Skate.

Segundo estudo recente encomendado pela entidade, o Brasil tem 8,5 milhões de skatistas entre 212 milhões de habitantes, relata Musa. "Na faixa etária de 8 a 18 anos, somos o segundo esporte no Brasil".

"O surfe também é muito importante em nosso país, mas é um pouco mais caro do que o skate, onde você só precisa de um skate para se divertir", continua Musa, acrescentando que esses dois esportes estão no centro de um setor econômico em expansão no país.

- Efeito olímpico -

No skate são principalmente as garotas que ocupam a cena, impulsionadas nas áreas para a prática da modalidade que se multiplicam em alta velocidade.

"Quando comecei a andar de skate, não tínhamos o costume de ir ao skatepark", conta à AFP Dora Varella, especialista em park, uma das duas provas olímpicas, e que tem apenas 19 anos.

"Agora há mais skateparks, provavelmente por causa das Olimpíadas. Temos novas estruturas, ótimos lugares para treinar e muito mais coisas para andar de skate", explica a paulistana em Tóquio e que ainda tem dúvidas sobre como ganhar a vida com sua paixão.

O skate está na moda e seus adeptos às vezes têm status de estrela como Letícia Bufoni, profissional do street - a outra prova olímpica. Bufoni (nº 4 do mundo), também nas Olimpíadas, é acompanhada de perto por uma emissora de TV dedicada à aventura, o Canal Off, onde também encontramos a prodígio Rayssa Leal, que cresceu em um bairro pobre de Imperatriz, no Maranhão.

O skate explodiu nos últimos anos, assim como o surfe, que, entretanto, é mais antigo. Mas os brasileiros não conseguiam rivalizar com os reis do esporte, americanos, havaianos e australianos.

- Anos 2000 -

Em um documentário, o diretor Andy Burgess explica que o Brasil e seus 6.437 km e litoral careciam de um "local de referência importante para atrair os melhores e fazer avançar os locais, impossibilitados de viajar devido à inflação econômica.

Foi somente na década de 2000 e com certa estabilidade econômica que os surfistas brasileiros partiram em busca dos melhores pontos do mundo.

Gabriel Medina acabou com os complexos de seus compatriotas ao se tornar o primeiro brasileiro a vencer o circuito mundial profissional em 2014. No ano seguinte, Adriano de Souza foi o campeão.

Medina, agora em 1º lugar no ranking mundial, conquistou a segunda coroa em 2018. Ítalo Ferreira venceu o título mundial em 2019.

"Depois do meu primeiro título, o Brasil brilhou muito no surfe, todo mundo quis surfar, e mostrar o que os brasileiros sabiam fazer, viram que dava para ganhar. Melhorou muito, estou muito feliz de fazer parte dessa história", disse Medina em uma entrevista à AFP.

Em 2021, sete brasileiros estão entre os 20 primeiros do mundo. Nos Jogos Tóquio-2020, o Brasil poderia bater seu recorde de medalhas olímpicas graças ao skate e ao surfe.

Campeã mundial de street, a skatista Pâmela Rosa tem tudo para ser um dos principais nomes da delegação brasileira nos Jogos de Tóquio, quando a modalidade fará sua estreia no programa olímpico. A atleta de 21 anos vinha em um ótimo momento quando chegou a pandemia de Covid-19 e paralisou todas as competições esportivas.

Para não perder tempo, ela comprou obstáculos e adaptou um pequeno espaço na garagem de sua casa em São José dos Campos para continuar treinando suas manobras. O objetivo é chegar bem na Olimpíada e, quem sabe, confirmar o favoritismo e ganhar o primeiro ouro da história do skate nos Jogos. Confira a entrevista ao Estadão.

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Como você tem lidado com a pandemia de coronavírus?

Eu vinha de um 2019 muito bom, mas infelizmente aconteceu tudo isso e seguramos tudo o que estava programado. Foi ruim, mas por outro lado foi bom porque consegui treinar mais. Meus pais têm um pouco mais de idade, então procurei me cuidar.

Você conseguiu treinar nesse período?

A gente conseguiu comprar uns obstáculos e treinamos na garagem de casa. Então aproveitava isso para não ficar parada, pois uma atleta precisa sempre estar evoluindo. O nível no skate está crescendo bastante.

Você é considerada talvez a maior chance de ouro do Brasil em Tóquio. Esperava ter esse "peso" nas costas?

Eu não levo isso como algo ruim, eu levo como uma coisa boa, que as pessoas estão torcendo por mim. Vou dar meu melhor, mas tento pensar que será uma competição como outras. Vou fazer o que posso para trazer um bom resultado.

Curiosamente, as principais atletas que podem tirar o ouro de você são brasileiras, como a Rayssa Leal e a Leticia Bufoni. Como é a relação de vocês?

Todas as skatistas que estão entre as 20 classificadas têm como objetivo ganhar a competição, então eu coloco todas com chances. Cada dia que passa eu me surpreendo ainda mais com a qualidade delas. Sempre vai ser assim. Sobre a Rayssa e a Leticia, somos muito amigas. Nos campeonatos, sempre tem um incentivando o outro, isso é normal no skate, até com outras atletas. Claro que cada um está com um objetivo, mas a amizade continua.

Você é a atual campeã mundial de street e já tem deixado um grande legado no skate. Como se sente?

Eu fico muito feliz de estar incentivando e poder estar inspirando muitas meninas que estão começando a andar de skate. Tenho orgulho enorme de estar junto com elas, estamos ali para nos divertir. O skate mudou muito e estamos felizes porque está crescendo demais. Agora estamos muito focadas para ir bem na Olimpíada.

Você acabou de anunciar mais um patrocínio. Essa entrada do skate no programa olímpico também atraiu mais investimentos?

Eu acho que todo apoio vem para somar. Eu acabei de acertar com a BV e tenho ainda Nike, G-Shock, TNT, Avon. Sem contar Bolsa Atleta e recursos da CBSk. Acho importante ter patrocínios de fora do mundo do skate também, é uma tendência. Acabei de fechar agora com um novo patrocinador e outros atletas também. Tenho ainda a parceria de uma construtora de São José dos Campos. Antes era um esporte marginalizado, mas marcas de fora estão de olho.

Sua situação financeira melhorou também?

Todo mundo fala que eu estou ficando rica, mas não é isso (risos). A gente acaba investindo muito na minha carreira. Por exemplo, eu não viajo sem minha mãe ou meu empresário. Por isso ter patrocinadores ajuda muito. Na pandemia contei com personal, fisioterapeuta... Tudo que faço é para o nosso bem e cada dia que passa investimos mais.

Os atletas costumam ter pouco tempo para a vida social. Como é isso para você?

Eu consigo conciliar muito bem. Claro que tenho saudade do futebol ou da escola de samba, mas sei que meu momento agora é o skate. Ele é o nosso trabalho e depois que vierem os resultados vou poder curtir.

Está otimista para a disputa olímpica em Tóquio? Já colocou uma meta?

Eu curto cada competição, pode ser de Street League, STU ou qualquer outra. Não posso pensar na Olimpíada antes dela. Meu foco é assim.

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