Em homenagem às nove medalhas de ouro conquistadas em jogos Pan-Americanos, o Comitê Olímpico Brasileiro escolheu o mesa-tenista Hugo Hoyama para ser o porta-bandeira do país na cerimônia de abertura dos jogos de Guadalajara. Em seis participações na competição continental o brasileiro subiu 14 vezes ao pódio.

O anúncio foi feito na tarde desta quarta-feira (12) pelo presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, em entrevista coletiva na cidade-sede dos Pan-Americano 2011. “Ele é o maior vencedor de medalhas em Pan da história. Esta é a maior delegação que participou de algum evento multiesportivo fora do Brasil. É um dos atletas mais exemplares que o Brasil tem”, afirmou Nuzman cometendo um equívoco. Na verdade o maior ganhador de medalhas em Pan-Americanos é o nadador Gustavo Borges, com 19 medalhas. Hoyama foi o que mais vezes ganhou a medalha de ouro.

Hugo se mostrou muito emocionado ao saber que será dele o privilégio de ir à frente da delegação brasileira na cerimônia da próxima sexta-feira. “Nunca vim para um Pan pensando em ser o porta-bandeira. Sempre tentei representar bem o país".

O recorde do mesa-tenista pode ser quebrado nesta edição do Pan. Vários países da América Central, desde 2007, naturalizaram atletas chineses para disputar a categoria. Nos jogos do Rio, Hugo Hoyama não conseguiu chegar às finais sendo medalhista apenas na competição por equipe. Quem pode ultrapassar o porta-bandeiras deste ano é o nadador Thiago Pereira. Ele terá sete chances de ampliar as seis medalhas de ouro conquistadas no Rio de Janeiro, em 2007.

A nadadora pernambucana Joanna Maranhão vai disputar cinco provas nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, que começa na próxima sexta-feira (14). Joanna tem uma história na competição. Em 2003 foi a revelação e conquistou a medalha de bronze nos 400 medley com apenas 16 anos. Em 2007, no Rio de Janeiro, ela terminou em quarto lugar nos 200m e 400 m medley.

Neste ano Joanna vai disputar as provas dos 200m e 400m medley, 200m costas, 200m borboleta e 400m livre. A pernambucana está em busca da vaga nos Jogos Olímpicos de Londres, ano que vem.  "Me vejo em Londres. Ainda não tenho o índice, mas estou otimista que conseguirei em mais de uma prova. Quero fazer nova final olímpica", disse a nadadora de 24 anos e que já disputou duas Olimpíadas.

Joanna cai na piscina logo no primeiro dia competição. No sábado (15), a partir do meio-dia, a nadadora participa dos 400m medley. A final está prevista para as 21h. “Estou preparada para todas as cinco provas. Sei que encontrarei fortes adversárias pela frente, mas sei que só dependo do meu desempenho para alcançar os resultados. Vou nadar as cinco provas. Se tivesse mais, nadaria numa boa e com prazer. Sei do meu potencial e não preciso provar nada para ninguém”, afirmou a atleta pernambucana.

Bicampeão da patinação artística nos Jogos Pan-Americanos, o brasileiro Marcel Stürmer vai a Guadalajara em busca da sua terceira medalha de ouro. No México, o atleta gaúcho irá apresentar, no programa longo - responsável por 75% da nota final dos juízes -, uma trilha sonora baseada nos filmes do agente secreto James Bond, o 007 dos cinemas.

"Busquei unir alguns fatores importantes para a escolha da música. Primeiro, que ela fosse de conhecimento popular. Depois, que se baseasse em um personagem corajoso, valente, determinado, que são as características primordiais para se conseguir conquistar o que almejo. E, por último, o prazer de poder interpretar este personagem através da minha arte", explica Stümer, que diz ter "as melhores expectativas" para a prova.

No programa curto, a música tema para a apresentação do brasileiro também será inspirada em um filme, Cisne Negro, obra baseada no balé O Lago dos Cisnes. "Interpretarei o personagem do príncipe, que fica na dúvida entre escolher o amor e a delicadeza da Cisne Branca e a bravura da Cisne Negra. Para todo esse clima, tive que trazer o suspense para a música e demonstrar o drama que ele passa nesta escolha", conta o patinador.

Stümer viaja para Guadalajara no próximo dia 16, quando o Pan já estará em andamento. Ele compete no dias 23 e 24. "Já estou vivendo o clima do Pan. Sinto várias vezes por dia aquele frio na barriga que para mim é fundamental antes de qualquer disputa."

A seleção brasileira feminina de vôlei iniciará no próximo sábado, às 22 horas (de Brasília), contra a República Dominicana, a sua caminhada em busca do título dos Jogos Pan-Americanos de 2011. E a atacante Sheilla, campeã olímpica em 2008, afirmou que não vê os Estados Unidos entre os maiores rivais do Brasil nesta edição do Pan, em Guadalajara, no México.

Atuais campeãs do Grand Prix, derrotando justamente a seleção brasileira na final, as norte-americanas não usarão sua força total no Pan, fato que faz Sheilla acreditar que o time comandado pelo técnico José Roberto Guimarães precisa se preocupar, principalmente, com outros dois rivais em solo mexicano.

"Sabemos que os Estados Unidos não estarão com o time completo, mas Cuba e República Dominicana levarão as equipes principais. As cubanas e as dominicanas serão nossas principais adversárias", afirmou Sheilla, lembrando que não encara com revanchismo o reencontro com Cuba, campeã pan-americana em 2007, no Rio, após derrotar o Brasil por 3 sets a 2 na decisão.

"Ganhar ou perder faz parte do esporte. Para falar a verdade não lembro direito daquela final. Passamos por muitos episódios desde então", opinou a campeã olímpica, que já terá as cubanas pela frente logo no terceiro jogo da primeira fase do Pan, no próximo dia 17, depois de o Brasil enfrentar as dominicanas no sábado e o Canadá no domingo, em confrontos válidos pelo Grupo A. O Grupo B conta com Estados Unidos, Porto Rico, México e Peru.

A seleção brasileira embarcará na noite desta terça-feira, no Aeroporto Internacional de em Guarulhos (SP), rumo ao México. Em Guadalajara, o Brasil tentará ser campeão pan-americano pela quarta vez no vôlei feminino, depois de ter ficado em primeiro lugar nas edições de 1959, 1963 e 1999 da competição.