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Os Jogos Parapan-Americanos de Santiago, no Chile, foram históricos para o Brasil, que encerrou a competição com a melhor campanha da sua história. O País terminou no topo do quadro geral pela quinta vez consecutiva, com 343 medalhas, sendo 156 de ouro, 98 de prata e 89 de bronze, mais do que o dobro dos Estados Unidos, o segundo colocado geral.

A campanha em Santiago superou a mais vitoriosa até então, registrada nos Jogos de Lima-2019, onde o Brasil conquistou 308 pódios (124 de ouro, 99 de prata e 85 de bronze). O nadador carioca Douglas Matera, que tem deficiência visual, foi um dos que mais contribuíram = para essa façanha. Ele encerrou esta edição dos Jogos como o maior colecionador de medalhas de ouro do País, com oito douradas.

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O presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Mizael Conrado, classificou o resultado como "extraordinário". O dirigente é bicampeão paralímpico de futebol de cegos (Atenas-2004 e Pequim-2008) e já foi eleito o melhor jogador do mundo em 1998.

"Mais de 100 medalhas conquistadas por atletas jovens. Realmente uma competição espetacular! Saímos daqui muito orgulhosos e muito emocionados com esse feito extraordinário dos nossos grandes atletas", comemorou.

A delegação brasileira viajou para o Parapan de Santiago com 324 atletas, sendo 190 homens e 134 mulheres, que representam 24 estados brasileiros em 17 modalidades. Entre eles, 132 (40,7%) eram estreantes, o que mostra um rejuvenescimento do grupo.

ÚLTIMO DIA DE PARAPAN

No último dia de provas, atletas brasileiros do ciclismo e do badminton foram ao pódio para receber um total de 11 medalhas, cena que acabou se tornando rotineira durante os dez dias de competições. Foram cinco ouros e seis pratas no domingo.

A brasiliense Daniele Souza foi uma das estrelas, vencendo no badminton e levando a medalha de ouro na classe WH1, título que dedicou à família e à comissão técnica. Hoje com 30 anos, ela contraiu uma infecção hospitalar ao nascer que atingiu a coluna e causou paraplegia.

"Muita emoção. É gratificante saber que o trabalho que eu andei fazendo deu certo e dessa vez o ouro foi meu, mas ele vai para a minha família e meus técnicos. Agradeço, principalmente, a Deus. Foi uma grande vitória por tudo que passei nesse ano e esse ouro foi muito bom mesmo", disse.

DE OLHO EM PARIS

Com os Jogos Paralímpicos de Paris-2024 no horizonte, o presidente do CPB projeta que o Brasil repita a campanha de superação alcançada em Santiago. "Nossa expectativa, e estamos trabalhando intensamente para isso, é registrar na Cidade Luz o melhor resultado de todos os tempos, desde a primeira participação do Brasil em 1972", afirma. O evento acontecerá entre 28 de agosto a 8 de setembro do ano que vem.

Depois de obter sua melhor campanha da história nos Jogos Pan-Americanos de Lima, em 2019, a delegação brasileira deve brigar pelo Top 3 do quadro de medalhas no Pan de Santiago, que começa nesta sexta-feira, no Chile. Esta é a meta estabelecida pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB).

"A expectativa é muito grande. Sempre queremos fazer hoje melhor do que fizemos ontem. O resultado de Lima foi sensacional, o sarrafo de resultados aumentou, mas queremos fazer melhor. Sabemos que podemos evoluir, mas confiantes em todo o trabalho que foi feito nestes últimos quatro anos. Queremos consolidar também nossa posição entre os três primeiros países na classificação final no quadro geral de medalhas", projetou Rogério Sampaio, diretor-geral do COB e chefe da Missão Brasileira em Santiago.

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Há quatro anos, o Brasil registrou sua melhor campanha da história numa edição de Pan ao ficar em segundo lugar no quadro de medalhas. Foram 168 medalhas, sendo 54 de ouro, 45 de prata e 69 de bronze. A delegação nacional só ficou atrás dos Estados Unidos, donos de 293 de medalhas (122 de ouro).

Para o Pan de Santiago, a expectativa é de que o Canadá deve rivalizar com o Brasil na disputa pela segunda posição. Em Lima-2019, os canadenses terminaram no quarto lugar geral, com 152 medalhas (35 de ouro), atrás do México (138 medalhas, sendo 37 de ouro).

"A expectativa é grande. Sabemos da importância dos Jogos Pan-Americanos, principalmente já pensando no nosso resultado na Olimpíada de Paris-2024. Temos uma grande quantidade de vagas que estão classificando equipes e atletas diretamente para os Jogos Olímpicos. Nosso sucesso lá depende muito do nosso sucesso aqui em Santiago", disse Sampaio.

Embora as disputas já tenham começado em Santiago na quarta-feira, a abertura oficial do Pan acontece apenas nesta sexta-feira, às 20 horas (de Brasília). "Está tudo pronto, os atletas já chegaram. Nossa estrutura está toda montada, todos os serviços já estão sendo oferecidos aos atletas: parte médica, fisioterápica, massoterapia, área de saúde mental. Todas as áreas estão disponíveis aos atletas. Estamos num misto de ansiedade e confiança para o início da competição."

Na última sexta-feira (9), a pernambucana Kawani Sofia chegou ao número de cinco medalhas conquistadas nos jogos da Juventude, que acontecem em Ribeirão Preto, São Paulo. No segundo bloco de disputas da competição, que ocorreu entre os dias seis e oito de setembro, a atleta garantiu a medalha de prata na categoria individual e bronze, na categoria de dupla mista, em parceria com Guilherme Pedra, que havia conquistado a terceira colocação no individual.

"Todos sonham, mas eu nunca imaginei que esse sonho se tornaria realidade tão rapidamente. Com muito esforço e dedicação, consegui medalhas no ciclismo e no triatlo. A conquista no triatlo foi inesperada, estou muito feliz com todas essas conquistas. Saio daqui com a sensação de dever mais que cumprido e quero agradecer a Deus, à minha mãe, aos meus treinadores e a todas as pessoas que me apoiaram incondicionalmente", afirma Kawani.

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No triatlo, Kawani recebeu a prova de Guilherme na quarta posição, tendo conseguido alcançar a terceira colocação graças à sua boa performance na natação.  A dupla de Goiás ficou em primeiro lugar, seguida pela equipe do Paraná, em segundo. A estreia do triatlo nos Jogos da Juventude contemplou as categorias individual masculino e feminino, além do revezamento misto, com percurso de 300 metros de natação, seis quilômetros de ciclismo e 1,7 quilômetros de corrida. 

No início da competição, a pernambucana já havia conquistado três medalhas: ouro na resistência, prata na velocidade e bronze na potência máxima. Com participação de jovens atletas de todo o país e 18 modalidades inclusas, os Jogos da Juventude são considerados os mais relevantes do país. Em 2023, eles tiveram início em 31 de agosto e acontecerão até o dia 16 de setembro.

O Brasil fechou sua participação no Mundial de Atletismo Paralímpico de Paris com recorde de medalhas na competição e na segunda colocação no quadro geral de medalhas. Só nesta segunda-feira (17), último dia de competição, o país conquistou sete pódios, sendo dois ouros, duas pratas e 3 bronzes.

Ao todo o Brasil ficou com 14 medalhas de ouro, duas a menos do que a líder China. No geral, o Brasil medalhou mais que os chineses e superou os números de 2019, que até então era sua melhor participação. Em 2019 foram 39 medalhas, neste ano foram 47. 

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"A campanha foi extraordinária. Tanto na pista quanto no campo, os atletas performaram muito bem. Ganhamos também em todas as áreas de deficiência, seja visual, intelectual ou física. Estamos muito satisfeitos. O desempenho do Brasil foi muito positivo e alinhado com o nosso planejamento estratégico, com cerca de um terço das medalhas do nosso país conquistadas por atletas que participaram pela primeira vez de um Mundial. As mulheres também, com atuações muito fortes. Tivemos também 10 atletas com medalhas de ouro. Então, foi uma campanha que nos orgulha muito e que nos cria uma expectativa ainda maior para os Jogos Paralímpicos de Paris no ano que vem", disse Mizael Conrado, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).

A equipe olímpica brasileira de boxe mostrou mais uma força, ao conquistar, neste domingo, quatro medalhas de ouro no tradicional torneio Belgrado Winner, na Sérvia. Luiz Gabriel Oliveira (o Bolinha), Wanderley Pereira, Wanderson Oliveira e Keno Machado foram campeões do torneio. Abner Teixeira ficou com a prata.

Como demonstração da força da equipe brasileira, duas conquistas foram sobre pugilistas locais. E por unanimidade. Entre os 71 quilos, Wanderson "Shuga" Oliveira bateu Igor Rogic, enquanto Keno Machado, nos 92 quilos, superou Miladin Kostic.

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Nos 57 quilos, Luiz Gabriel Oliveira, neto do lendário Servílio de Oliveira (bronze na Olimpíada do México/1968), não teve problemas para superar o italiano Michele Baldassi e venceu em decisão unânime dos jurados.

Já Wanderley Pereira teve muito trabalho frente ao russo Beshto Shavlaev na decisão dos 80 quilos. Depois de cada atleta vencer um assalto a decisão foi para o terceiro. O brasileiro, esbanjou preparo físico, conseguiu uma queda e venceu também por decisão unânime dos jurados. Wanderson foi eleito o destaque da competição.

A única derrota do Brasil foi na última luta do torneio, quando Abner Teixeira perdeu a decisão dos super pesados (+92kg) para o francês Djamili Moindze em decisão dividida.

"Nós estamos satisfeitos com o desempenho físico, técnico e tático da equipe. Agora é voltar para o Brasil e fazer os ajustes para viajar para o Usbequistão dez dias antes para o Mundial. Estamos indo fortes", disse Mateus Alves, técnico principal da seleção olímpica permanente do Brasil. O Mundial Masculino de boxe acontece entre os dias 30 de abril e 14 de maio em Tashkent, no Usbequistão.

O Brasil terminou na liderança do quadro de medalhas do torneio masculino do Belgrado Winner, com quatro medalhas de ouro e uma prata. França, Rússia e Sérvia levaram as outras medalhas douradas, com três cada.

Em 2022, os atletas brasileiros iniciaram muito bem o ciclo para os Jogos de 2024, com importantes conquistas em mundiais. Foram 16 competições, quando se considera apenas as modalidades que estão no programa em Paris, com 87 medalhas (sendo 26 de ouro). 

Um dos destaques da temporada foi a histórica campanha no Mundial de natação paralímpica, disputado no Complexo de Piscinas Olímpicas de Funchal, na Ilha da Madeira (Portugal), em junho. A delegação brasileira ficou na terceira posição geral com 53 medalhas (19 ouros, 10 pratas e 24 bronzes), o melhor desempenho do Brasil na história da competição.

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Este foi o primeiro grande evento da modalidade desde a aposentadoria do multicampeão Daniel Dias, após a Paralimpíada de Tóquio (Japão). E o desempenho brasileiro na Ilha da Madeira confirmou o cenário observado na capital japonesa: uma dependência, cada vez menor, dos resultados de um ou dois nadadores para a classificação no quadro de medalhas.

Na competição, o Brasil teve 15 campeões entre os 29 integrantes da delegação que viajou a Portugal, sendo sete em provas individuais: Carol Santiago, Cecília Araújo, Gabriel Araújo, Gabriel Bandeira, Gabriel Cristiano, Mariana Gesteira e Samuel Oliveira. Apenas três dos nadadores retornaram ao Brasil sem medalhas. Ou seja: quase 90% dos brasileiros estiveram no pódio em Funchal. 

Outro episódio marcante da temporada foi a conquista do Mundial de vôlei sentado pela seleção feminina. O feito foi alcançado em novembro após a vitória de 3 sets a 2 sobre o Canadá em Sarajevo (Bósnia e Herzegovina). De quebra, as brasileiras garantiram vaga na Paralimpíada de Paris.

No goalball o Brasil também garantiu vaga nos Jogos de 2024 após a conquista do Mundial, mas com a equipe masculina. Em uma decisão emocionante com a China, que terminou com vitória de virada de 6 a 5, a seleção garantiu o tricampeonato da modalidade em dezembro em Matosinhos (Portugal).

Em novembro, Bruna Alexandre e Paulo Salmin conquistaram em Granada (Espanha) a medalha de ouro do Campeonato Mundial Paralímpico de tênis de mesa, na Classe XD17, ao derrotarem os dinamarqueses Peter Rosenmeier e Thea Nielsen por 3 sets a 0 (parciais de 12/10, 11/5 e 11/6).

Nas modalidades individuais, Alana Maldonado e Wilians Araújo triunfaram em suas respectivas categorias no Mundial de Judô Paralímpico, que foi disputado em Baku (Azerbaijão) em novembro. 

A paulista de 27 anos garantiu o bicampeonato (ela já havia garantido um ouro na edição de 2018 disputada em Portugal) na categoria até 70 kg para atletas J2 (baixa visão) após derrotar na final a turca Raziye Ulucam. Já o paraibano de 31 anos venceu na decisão dos pesados (acima de 90 kg) da classe J1 (cegos totais), com um ippon inapelável, o azerbaijano Ilham Zakiyev, que é dono de quatro medalhas paralímpicas (dois ouros e dois bronzes).

Também é importante destacar o ouro da pernambucana Andreza Vitória no Campeonato Mundial de bocha paralímpica, disputado em novembro no Parque Olímpico da Barra da Tijuca. Na decisão, da classe BC1 (para pessoas que podem jogar com as mãos ou com os pés e que contam com a opção de um auxiliar), a brasileira superou a croata Dora Basic por 3 a 1.

No Mundial de Paracanoagem disputado em agosto em Halifax (Canadá) o ponto alto foi o ouro de Igor Tofalini na prova do VL 200 metros. Na mesma disputa, Fernando Rufino terminou na segunda posição.

Estudantes da Rede Estadual conquistaram medalhas de ouro e prata na Olimpíada Brasileira de Química (OBQ) e na Olimpíada Brasileira de Química Júnior (OBQJR). A solenidade de premiação foi realizada no dia 16 de novembro, no auditório da Faculdade Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro.

O estudante João Victor Sales, do 2º ano do ensino médio, da Escola de Aplicação do Recife, da Universidade de Pernambuco (UPE), recebeu a medalha de ouro na OBQ na modalidade A, sendo o primeiro aluno pernambucano de escola pública a conquistar uma medalha de ouro nessa modalidade. Ele competiu com estudantes do 1º e 2º ano do ensino médio. 

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Os estudantes que participaram da OBQJR tiveram que responder a dois exames on-line com 30 questões objetivas. Os melhores classificados foram premiados com medalhas de ouro, prata e bronze e menção honrosa. Participaram da olimpíada estudantes do 6º ao 9ª ano do Ensino Fundamental de escolas públicas e privadas do Brasil.

A estudante Ana Clara Alves, do 9° ano, também da Escola de Aplicação do Recife FCAP/UPE conquistou medalha de ouro na competição, tendo seu nome gravado no Troféu Destaque das Escola Públicas - OBQJr e no Troféu Blanka Wladislaw "Mulheres na Química". Já Ana Rebeca de Oliveira, do 9º ano, do Colégio da Polícia Militar do Recife conquistou a medalha de ouro na OBQJR e também teve seu nome gravado no Troféu Destaque das Escolas Públicas do Brasil.

Aconteceu neste sábado (22) a etapa nacional da modalidade prática da Olimpíada Brasileira de Robótica em São Paulo. No nível 1, para estudantes do 1º ao 8º ano do ensino fundamental, duas escolas da rede municipal de Recife se classificaram em 1º e 2º lugar, com medalha de ouro e prata.

O evento contou com a presença de estudantes de todo Brasil que se classificaram para as provas nacionais através de etapas regionais e estaduais. Do Recife, cinco equipes do Nível 1 conseguiram classificação: A Robotnik, Águia de Prata, PH Robótica, Supremos e Refúgios Tech Robotics.

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A modalidade prática exigia que os estudantes desenvolvessem uma estratégia de resgate de vítimas apenas com seus robôs completamente autônomos. No pódio final, Robotnik levou a medalha de ouro e a Águia de Prata levou a medalha de prata. Além das medalhas, a cerimônia também entregou à equipe Refúgios Tech Robotics um prêmio de ‘Melhor Estratégia de Resgate'.

 

A brasileira Laura Amaro fez história nesta terça-feira (14) ao conquistar a primeira medalha de uma pesista do país em um Campeonato Mundial de levantamento de peso. A carioca de 21 anos foi vice-campeã na prova do arranco, onde o atleta levanta a barra até acima da cabeça de uma vez, sem apoiá-la no corpo. A competição é realizada em Tashkent (Uzbequistão).

Laura, que compete na categoria até 76 quilos, ergueu a barra com 108 quilos na terceira e última tentativa, ficando atrás só da russa Iana Sotieva, que levantou quatro a mais. A norte-americana Martha Ann Rogers, que teve 107 quilos como melhor marca, completou o pódio do arranco.

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“Ler uma história é muito legal, mas essa sensação de escrever, saber que o nome vai ficar marcado, saber que vou abrir portas para outros brasileiros dominarem o mundo, não tem preço para mim. Sou a primeira mulher a conquistar uma medalha em Mundial, é de uma representatividade muito grande. Esse trabalho começou no Brasil com meu treinador Saul [Carlos Aveiro], minha nutricionista Dani, meu fisioterapeuta Vitor. Estou muito feliz. O Brasil não vai mais participar não. A gente vai vir para dar trabalho e cada vez mais fazer história”, comemorou Laura, segundo publicação do site da Confederação Brasileira de Levantamento de Peso (CBLP).

Ao contrário da disputa olímpica, que leva em conta apenas a soma dos resultados de arranco e arremesso (quando o pesista levanta a barra na altura do ombro, depois a ergue acima da cabeça e aguarda o sinal dos árbitros para soltá-la), nas provas do Mundial há premiação separada. No arremesso, Laura ficou em quarto lugar, com 132 quilos movimentados, dois a menos que a medalhista de bronze Suhyeon Kim, da Coreia do Sul.

Com 240 quilos erguidos ao todo, a brasileira também ficou na quarta posição geral, apenas dois quilos atrás de Sotieva, que ficou com o bronze. A carioca ainda estabeleceu a melhor marca de uma atleta do país, três quilos acima da alcançada por Jaqueline Ferreira e Monique Araújo em 2015.

“Foi sensacional. Perdemos por pouco outras medalhas, foi uma batalha fantástica. Laura se superou de um jeito absurdo, demonstrando que acertei quando falei que ela viria para brigar por medalha, que coloca o Brasil junto com todas as potências mundiais. Quando aparecer a tabela de medalhas, o nome do país estará lá escrito. É isso que importa no dia de hoje. Está mostrando a evolução que o nosso trabalho teve e esperamos que consigamos melhorar ainda mais”, destacou o treinador da seleção, Dragos Stanica, também à CBLP.

A prata de Laura foi a terceira medalha brasileira em um Mundial de levantamento de peso. Em 2018, Fernando Reis herdou dois bronzes (arranco e geral) depois do uzbeque Rustam Djangabaev, que havia terminado ambas as disputas em terceiro lugar, ser pego no doping e ter o resultado cassado. Atualmente, o próprio Fernando está suspenso por doping, flagrado em exame realizado em maio, que custou a participação na Olimpíada de Tóquio (Japão).

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Atletas mirins de escolas pernambucanas levaram para casa 53 medalhas nas Paralimpíadas Escolares 2021. Foram 31 medalhas douradas, 14 de prata e oito de bronze, acumulando 20 pódios a mais do que os conquistados na última edição da competição, em 2019. Na última oportunidade, a delegação levou 33 pódios, dos quais 14 foram ouros, 12 pratas e sete bronzes. A 14ª Paralimpíadas foi realizada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e Ministério da Cidadania, por meio da Secretaria Especial de Esporte, na cidade de São Paulo. 

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Das modalidades, liderou o atletismo, com o total de 37 pódios, sendo 25 ouros, sete pratas e cinco bronzes. Em seguida veio a natação, com nove medalhas (três de ouro e seis de prata); o parabadminton arrematou um ouro, uma prata e dois bronzes; o tênis de mesa ficou com um ouro e um bronze, e a bocha conquistou um ouro.  

O paratleta Júlio Gomes, que competiu pela segunda vez nas paralimpíadas, foi destaque pelo desempenho na natação. Competindo em cinco provas, o pernambucano arrematou medalha em todas, sendo uma de ouro e quatro de prata. Em 2019, ele já havia conquistado ouro nos 50m livre e nos 50m costas.  

“Estou muito feliz. Não só pelas medalhas, mas também porque consegui baixar meus tempos em todas as provas que disputei. Comemorei muito ao lado do meu treinador, que é quem está sempre comigo. Tudo isso me deixou muito feliz”, celebrou o nadador, que é aluno da Escola Estadual Argentina Castello Branco, em Olinda. Júlio foi ouro nos 50m livre e prata nos 400m livre, 100m costas, 100m livre e 100m borboleta.  

Além das medalhas, os pernambucanos ainda foram responsáveis por quebrar vários recordes. No atletismo, Évelyn Caroline foi ouro recordista nas três provas que disputou (100m rasos, 400m rasos e lançamento de disco), na classe F37. Luiz Henrique, também do atletismo, quebrou recorde nos 400m rasos e nos 100m rasos (classe T38). Na natação, Wagner Leonardo, medalha de ouro nos 100m borboleta, quebrou o recorde da prova na classe S10. 

“Avançamos 20 medalhas de uma edição para outra. E em relação a 2014, são 40 medalhas a mais. Isso mostra que quando ampliamos os incentivos e apoios a esse segmento, os resultados são muito fortes. Compartilhamos essa conquista com cada paratleta, técnico e os familiares. Cada um possui um papel essencial para esse resultado”, comemorou o secretário executivo de Esportes de Pernambuco, Diego Pérez.

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A 68ª edição dos Jogos Universitários Brasileiros (JUBs 2021), disputada em Brasília, terminou e os atletas das instituições do Ser Educacional comprovaram o favoritismo com diversos pódios. Ao todo, foram 47 medalhas, sendo 26 de ouro, 13 de prata e oito de bronze. A equipe de vôlei da UNAMA - Universidade da Amazônia brilhou na competição.

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“Nossa força no esporte universitário já é conhecida nacionalmente. Investimos durante todo o ano em treinamentos e acompanhamentos de profissionais com os atletas. Esses resultados são consequência desse trabalho e estamos muito felizes”, destacou o coordenador de Esportes do Ser Educacional, Hermógenes Brasil.

Entre os ouros, também se destacaram Alyson Silva, do caratê, Elivaldo Feitosa, do Wrestling, e a equipe de handebol da UNIVERSIDADE UNG, todos conquistaram o bicampeonato universitário em suas categorias. Henrique Pereira Silva (UNINASSAU PE) e Vitor Hugo da Costa (UNIVERITAS RJ), ambos do Decatlo, dominaram praticamente todas as provas que disputaram e fizeram a dobradinha para o Ser Educacional, com primeiro e segundo lugares, respectivamente.

A UNINORTE foi a grande força do wrestling, conquistando, além do ouro com Elivaldo, outro ouro – com Bryan Lucas –, duas pratas – com Ketellen Fernandes e Viviane Bentes – e um bronze – com o atleta David Moreira.

“Alguns resultados a gente realmente já esperava, pois são trabalhos vitoriosos inclusive internacionalmente. Mas essa edição nos deixou ainda mais felizes por termos conseguido pódios com atletas que estão em suas primeiras participações, ou que ainda não tínhamos medalha”, comemorou Hermógenes.

Além das premiações, dois grandes destaques foram as quebras dos recordes universitários pelos atletas da UNG Alexsandro Melo – no salto triplo – e Thiago Moura – no salto em altura. Os dois também participaram das Olimpíadas de Tóquio, no primeiro semestre, e chegaram ao JUBS em alto nível.

A UNG se destacou no atletismo, tendo conquistado outros dois ouros – com Guilherme Kurtz nos 800m e 1.500m rasos – e uma prata – com Kaio Lira, nos 400m rasos. O Ser Educacional teve a maior delegação dos JUBs 2021. No total, as Instituições mantidas pelo Grupo levaram cerca de 400 atletas para a competição nacional.

As instituições do Ser Educacional têm despontado como celeiros de novos atletas no Brasil e ajudado eles a competirem em alto nível nacional e internacionalmente.

Por Rayanne Bulhões.

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Ao lado do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, presidente Jair Bolsonaro participou na manhã desta sexta-feira de solenidade alusiva ao Dia do Aviador e ao Dia da Força Aérea Brasileira, na Base Aérea de Brasília e fez entrega de medalhas da Ordem do Mérito Aeronáutico ao filho senador, Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) e aos ministros Anderson Torres (Justiça e Segurança Pública), Milton Ribeiro (Educação) e Wagner Rosário (Controladoria-geral da União).

Outros aliados do governo igualmente foram agraciados com a condecoração. Entre eles, os deputados federais Hélio Lopes (PSL-RJ) e Carla Zambelli (PSL-SP), da tropa de choque de Bolsonaro no Congresso Nacional. Mais distante do Executivo, o senador Álvaro Dias (Podemos-PR) recebeu a medalha, além de servidores da FAB e embaixadores. O Podemos articula a candidatura do ex-ministro da Justiça Sergio Moro à Presidência da República.

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Em um gesto incomum, Bolsonaro chegou ao evento utilizando máscara de proteção contra a Covid-19. Poucos minutos depois, contudo, deixou de fazer uso do item, recomendado por especialistas para reduzir as infecções pelo novo coronavírus.

Equipes pernambucanas conquistaram desempenho de destaque na Olimpíada Nacional de História (ONHB). Ao todo, foram 17 medalhas, sendo três de ouro, seis de prata e 8 de bronze. Pelo segundo ano consecutivo, a premiação, promovida pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), foi realizada de forma virtual, no último domingo (12).

A região Nordeste foi a que mais somou medalhas, com 57 premiações. Em seguida, São Paulo conseguiu 15 medalhas para equipes participantes. No total, a competição premiou 90 grupos, que foram divididos em 20 de ouro, 30 de prata e 40 de bronze. A final contou com 414 equipes ante 9.300 que participaram da competição. A composição era entre professores e alunos. A competição foi realizada em seis fases, que aconteceram de forma virtual, além da final onde realizaram uma prova dissertativa também on-line.

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A cerimônia contou com a participação de Coordenadores da ONHB, professores e o pró-reitor de extensão e cultura da Unicamp, Voldei Araújo, entre outros representantes. “Buscamos entender as fronteiras da história ensinada e da história crítica, formando cidadãos", discursou Cristina Meneguello na cerimônia de premiação.

Confira os estados com equipes medalhistas:

AL - 1 (1 bronze)

BA - 14 (3 ouro, 4 prata, 7 bronze)

CE - 13 (2 ouro, 5 prata, 6 bronze)

MG - 4 (3 ouro, 1 bronze)

PA - 1 (1 prata)

PB - 1 (1 ouro)

PE - 17 (3 ouro, 6 prata, 8 bronze)

PI - 1 (1 bronze)

PR - 5 (3 prata, 2 bronze)

RJ - 4 (2 ouro, 2 prata)

RN - 12 (3 ouro, 3 prata, 6 bronze)

SC - 1 (1 prata)

SE - 1 (1 prata)

SP - 15 (3 ouro, 4 prata, 8 bronze)

As inscrições para a 1ª Olimpíada Nacional em História do Brasil Aberta para Todos (ONHB-A), uma versão da competição aberta ao público e que prevê diferentes modalidades de participação, seguem até 24 de setembro e podem ser feitas pelo site do evento.

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) participou, na manhã desta quarta-feira (1º), da solenidade de entrega da "Medalha Mérito Desportivo Militar", evento realizado no Cefan (Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes), no Rio de Janeiro, e que coroou medalhistas olímpicos deste ano. Após a entrega, o mandatário disse que uma guerra não se ganha com flores e "quem quer a paz" precisa "se preparar para a guerra".

"Com flores não se ganha guerra não, pessoal. Quando se fala em armamento, quem quer a paz, se prepare para a guerra", afirmou. A sequência veio após discurso feito no evento, celebrando a prática esportiva no país. Na mesma ocasião, ao entregar uma medalha especial para o boxeador Hebert Conceição, campeão olímpico Tóquio, ele se despediu dizendo: "enfia a porrada, guerreiro".

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Na cerimônia, Bolsonaro, que mais uma vez não utilizou máscaras contra o coronavírus, desobedecendo o que determinam as autoridades de sanitárias, ele coroou os boxeadores Hebert Conceição (medalha de ouro), Beatriz Ferreira (medalha de prata) e Abner Teixeira (medalha de bronze). Daniel Cargnin, que garantiu o bronze no judô, também marcou presença no evento e foi homenageado. Durante a entrega das medalhas, o presidente conversou rapidamente com cada um dos atletas, que bateram continência após a premiação.

Ao discursar para a plateia, Bolsonaro relembrou dois episódios envolvendo o seu período como atleta das Forças Armadas e disse que os medalhistas deram "orgulho" ao povo brasileiro.

As declarações, feitas em contexto aleatório à coroação, dão gás à tensão já existente sobre o que esperar dos protestos no próximo dia 7. No dia em que o Brasil comemora sua independência, grupos bolsonaristas devem ir às ruas, incentivados pelo próprio presidente da República, para manifestar “patriotismo’, pedir pelo fim do Supremo Tribunal Federal e das eleições via urna eletrônica, dentre outras pautas defendidas por grupos conservadores.

Ainda ontem (31), Bolsonaro usou um evento de inauguração de estação de tratamento de água em Uberlândia, Minas Gerais, para promover as manifestações do dia 7 setembro, dizendo que "nunca uma outra oportunidade será tão importante". O discurso do chefe do Executivo preocupa especialistas pelo teor autoritário e com alusões ao golpe de 1964.

O maior atleta paralímpico do Brasil encerrou a carreira. Daniel Dias nadou sua última prova nos Jogos de Tóquio, a final dos 50 metros livre da classe S5 (atletas com má-formação congênita ou amputados) e chegou em quarto lugar, atrás de três atletas chineses. Ele se despede com 33 anos e participação em quatro edições das Paralimpíadas.

Daniel não teve uma boa saída, mas se recuperou rapidamente e gradualmente foi ultrapassando os competidores - exceto os chineses. Daniel fechou a prova com o tempo de 32s12. O medalhista de ouro foi Tao Zheng (30s31), que quebrou o recorde paralímpico, Weiyi Yuan foi prata (31s11) e Lichan Wang chegou em terceiro (31s35).

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"Acabou, mas eu estou feliz. Só tenho de agradecer a Deus, louvado seja Ele. Deus me deu infinitamente mais do que eu pedi, se escrevesse não seria tão perfeito como foi. E agradecer à minha família. Cada braçada é para eles. Papai está chegando em casa", disse Daniel, emocionado, em entrevista ao canal SporTV.

Daniel tem 27 medalhas paralímpicas no currículo, sendo 14 de ouro, sete de prata e seis de bronze. Em Mundiais, o brasileiro tem 40 medalhas, sendo 31 de ouro, e em Jogos Parapan-Americanos, são 33 medalhas, todas de ouro.

Em Tóquio, Daniel aumentou a coleção de medalhas com mais três bronzes: nos 100m livre S5, nos 200m livre S5 e no revezamento 4x50m livre misto 20 pontos, que junta atletas de classes diferentes, mas cuja soma numérica tem que ser 20. Além disso, disputou as finais e acabou sem medalha em mais duas provas: foi sexto no 50m peito da classe S5 e quinto nos 50m costas S5.

No último ciclo olímpico, a natação passou por uma reclassificação e atletas que antes eram da S6 acabaram "caindo" para a S5. Dessa forma, Daniel teve que entrar em disputas contra competidores com deficiências menos severas, que dominaram as provas com grande vantagem para quem já era da S5.

Em Tóquio, Daniel demonstrou algumas vezes que isso o fez duvidar se conseguiria mais conquistas. Após alcançar segunda medalha de bronze em Tóquio, Dias disse ter tirado um peso das costas com a conquista da primeira, que havia acontecido no dia anterior.

Daniel inspirou muitos outros a se tornarem nadadores. Ele mesmo começou no esporte dessa maneira: com má-formação congênita nos membros superiores e na perna direita, começou a competir em 2006, inspirado em Clodoaldo Silva, e bateu todos os recordes possíveis.

"Sou muito grato pela natação. Jamais imaginei chegar aonde cheguei. Se eu fosse escrever, lá quando eu comecei, há 16 anos, tudo que eu conquistei, eu jamais iria conseguir escrever isso. Não seria tão perfeito como foi", afirmou, ao anunciar a aposentadoria, em janeiro.

Fora das piscinas, Daniel deve se dedicar mais ao Instituto Daniel Dias, criado em 2014 para fomentar o esporte paralímpico brasileiro, e também à atuação nos bastidores do esporte - ele é membro da Assembleia Geral do Comitê Paralímpico Brasileiro e na Comissão Nacional de Atletas.

Quadro de medalhas após as finais deste sábado (7) nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020:

Ouro Prata Bronze Total

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China 38 31 18 87

Estados Unidos 36 39 33 108

Japão 27 12 17 56

Comitê Olímpico Russo 20 26 23 69

Grã-Bretanha 20 21 22 63

Austrália 17 7 22 46

Alemanha 10 11 16 37

Holanda 10 11 12 33

Itália 10 10 19 39

França 9 12 11 32

Nova Zelândia 7 6 7 20

Brasil 7 4 8 19

Hungria 6 7 6 19

Canadá 6 6 11 23

Coreia do Sul 6 4 10 20

Cuba 6 3 5 14

Polônia 4 5 5 14

República Tcheca 4 4 3 11

Noruega 4 2 1 7

Jamaica 4 1 4 9

Espanha 3 8 6 17

Suécia 3 6 0 9

Suíça 3 4 6 13

Dinamarca 3 4 4 11

Quênia 3 4 2 9

Croácia 3 3 2 8

Irã 3 2 2 7

Bélgica 3 1 2 6

Eslovênia 3 1 1 5

Geórgia 2 5 1 8

Taiwan 2 4 6 12

Turquia 2 2 9 13

Sérvia 2 1 4 7

Bulgária 2 1 2 5

Uganda 2 1 1 4

Equador 2 1 0 3

Israel 2 0 2 4

Uzbequistão 2 0 2 4

Catar 2 0 1 3

Grécia 2 0 1 3

Bahamas 2 0 0 2

Kosovo 2 0 0 2

Ucrânia 1 5 12 18

Belarus 1 3 3 7

Romênia 1 3 0 4

Venezuela 1 3 0 4

Índia 1 2 4 7

Hong Kong 1 2 2 5

Eslováquia 1 2 1 4

Filipinas 1 2 1 4

África do Sul 1 2 0 3

Áustria 1 1 5 7

Egito 1 1 4 6

Indonésia 1 1 3 5

Etiópia 1 1 2 4

Portugal 1 1 2 4

Tunísia 1 1 0 2

Irlanda 1 0 2 3

Estônia 1 0 1 2

Fiji 1 0 1 2

Letônia 1 0 1 2

Tailândia 1 0 1 2

Bermuda 1 0 0 1

Marrocos 1 0 0 1

Porto Rico 1 0 0 1

Colômbia 0 4 1 5

Azerbaijão 0 3 4 7

República Dominicana 0 3 2 5

Armênia 0 2 2 4

Quirguistão 0 2 1 3

Mongólia 0 1 3 4

Argentina 0 1 2 3

San Marino 0 1 2 3

Jordânia 0 1 1 2

Nigéria 0 1 1 2

Arábia Saudita 0 1 0 1

Bahrein 0 1 0 1

Lituânia 0 1 0 1

Macedônia do Norte 0 1 0 1

Namíbia 0 1 0 1

Turcomenistão 0 1 0 1

Cazaquistão 0 0 8 8

México 0 0 4 4

Finlândia 0 0 2 2

Botsuana 0 0 1 1

Burkina Faso 0 0 1 1

Costa de Marfim 0 0 1 1

Gana 0 0 1 1

Granada 0 0 1 1

Kuwait 0 0 1 1

Malásia 0 0 1 1

Moldávia 0 0 1 1

Síria 0 0 1 1

Depois de superar o recorde de medalhas em uma mesma edição olímpica e confirmar 21 conquistas (falta definir a cor de duas delas), o Brasil igualou neste sábado a melhor marca em número de ouros. Com a vitória do futebol masculino diante da Espanha, o País chegou sete vezes ao lugar mais alto do pódio nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020. Esse foi o mesmo número dos Jogos do Rio-2016.

Em Tóquio, o Brasil já foi campeão olímpico com Italo Ferreira (surfe), Rebeca Andrade (ginástica artística), Martine Grael e Kahena Kunze (vela), Ana Marcela Cunha (maratona aquática), Isaquias Queiroz (canoagem), Hebert Conceição (boxe) e agora com o futebol masculino. Só neste sábado, o Brasil conquistou três ouros.

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O Brasil ainda tem duas possibilidades de superar esse recorde. Uma delas é a final do boxe feminino com Bia Ferreira contra a irlandesa Kellie Harrington. A outra chance é a final do vôlei feminino com os Estados Unidos. O Time Brasil já colocou 19 medalhas no peito (sete ouros, quatro pratas e oito bronzes).

Confira as medalhas de ouro conquistadas pelo Brasil em Tóquio-2020:

ÍTALO FERREIRA - SURFE

O potiguar de Baía Formosa chegou a Tóquio como atual campeão mundial de surfe e se despediu como o primeiro campeão olímpico da modalidade, que fez sua estreia. Na final, o brasileiro superou o japonês Kanoa Igarashi, que havia avançado nas semifinais sobre Gabriel Medina, após decisão polêmica dos juízes.

ANA MARCELA CUNHA - MARATONA AQUÁTICA

A baiana tem um arsenal tão grande de títulos na carreira que aos 19 anos já é um dos principais nomes da história da maratona aquática. Mas faltava uma medalha em olimpíadas. E não podia ter cor melhor. Na terceira participação dela no evento, Ana Marcela completou a prova de 10km com um corpo na frente, batendo na placa da linha de chegada em prmeiro lugar, com o tempo de 1hora59min30seg8. A prata ficou com a holandesa Sharonvan Rouwendaal e o bronze com a australiana Kareena Lee.

ISAQUIAS QUEIROZ - CANOAGEM VELOCIDADE

Isaquias Queiroz realizou o sonho de ser campeão olímpico. O baiano ganhou a medalha de ouro no C1 1.000m na canoagem velocidade. O feito reafirma a contribuição do treinador Jesus Morlán, que forjou outros campeões da modalidade, mas faleceu durante o ciclo para a Olimpíada. Isaquias está a apenas uma medalha dos recordistas brasileiros, os velejadores Robert Scheidt e Torben Grael, que somam cinco pódios olímpicos no currículo.

MARTINE GRAEL E KAHENA KUNZE - VELA (49er FX)

Martine e Kahena chegaram à medal race dependendo apenas de si para se tornarem bicampeãs olímpicas A dupla de velejadoras de 30 anos terminou na terceira colocação, com larga vantagem sobre as adversárias diretas. São duas participações olímpicas e dois ouros na classe 49er FX.

REBECA ANDRADE - GINÁSTICA ARTÍSTICA

Depois de emocionar o País com a prata conquistada no individual geral, Rebeca foi além. A ginasta se sagrou campeã olímpica no salto sobre a mesa. O pódio foi completado com a americana Mykayla Skinner, com a prata, e a sul-coreana Seojeong Yeo, com o bronze. Com o feito duplo, a ginasta de Guarulhos (SP) tornou-se a primeira brasileira a ganhar duas medalhas em uma mesma edição olímpica.

HEBERT CONCEIÇÃO - BOXE

O boxeador Hebert Conceição conquistou a medalha de ouro na categoria dos pesos médios (até 75 quilos), ao vencer, neste sábado, o ucraniano Oleksabdr Khyzhniak, por nocaute técnico, no terceiro assalto. Aos 23 anos, o baiano de Salvador repete o feito de Robson Conceição, campeão olímpico n Rio-2016.

FUTEBOL MASCULINO

O Brasil conquistou o bicampeonato olímpico com a vitória sobre a Espanha por 2 a 1, na prorrogação, neste sábado. Richarlison, um dos destaques da equipe, foi artilheiro da competição. O gol do título foi marcado pelo atacante Malcolm, do Zenit, da Rússia.

A vitória do Brasil diante da Coreia do Sul pela semifinal do vôlei feminino foi histórica. Com o resultado, o País bateu em Tóquio-2020 o recorde de medalhas em uma edição dos Jogos Olímpicos. A marca anterior havia sido conquistada na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, com 19 pódios.

Nos Jogos de Tóquio, o Time Brasil já colocou 16 medalhas no peito (quatro ouros, quatro pratas e oito bronzes) e tem mais quatro pódios garantidos. São duas finais no boxe, com Bia Ferreira e Hebert Souza, o futebol masculino, que decide o ouro diante da Espanha, e, claro, o vôlei feminino contra os Estados Unidos.

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Esse número ainda pode aumentar, já que o hipismo brasileiro está na final por equipes dos saltos, e Isaquias Queiroz tem boas chances de conquistar uma medalha na canoa individual, prova de 1.000m. Ele é um dos favoritos e já garantiu a prata nos Jogos Olímpicos do Rio-2016.

Até o momento, o Brasil conquistou ouro com o surfista Italo Ferreira - primeiro campeão olímpico da modalidade -, a ginasta Rebeca Andrade, no salto, a dupla Martine Grael e Kahena Kunze - bicampeãs olímpicas na classe 49erFX da vela-, e Ana Marcela Cunha, na maratona aquática.

No individual geral, a atleta da ginástica artística Rebeca Andrade também conquistou a prata, assim como os skatistas Kelvin Hoefler, Pedro Barros e Rayssa Leal.

O bronze veio com os nadadores Fernando Scheffer e Bruno Fratus, os judocas Daniel Cargnin e Mayra Aguiar, Alison dos Santos e Thiago Braz no atletismo, a dupla de tenistas Laura Pigossi e Luisa Stefani e no boxe com Abner Teixeira.

Após não conseguir participar dos últimos Jogos Olímpicos, no Rio de Janeiro, há cinco anos, em função de uma lesão no tornozelo às vésperas da competição, Gianmarco Tamberi viu a glória neste domingo (1°) na Olimpíada de Tóquio-2020. O italiano de 29 anos foi o atleta que voou mais alto no salto em altura, faturando a medalha de ouro.

Mas um fato curioso aconteceu no estádio Olímpico. O ponto mais privilegiado do pódio foi compartilhado com Mutaz Essa Barshim, do Catar, por ele ter atingido o mesmo número: 2,37 metros.

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Os atletas chegaram a tentar uma meta mais alta, de 2,39 metros, mas ambos falharam em suas tentativas. Com isso, Barshim não pensou duas vezes e disse: "Podemos ter dois ouros?", perguntou o atleta ao oficial da prova, que acenou positivo com a cabeça. Bastou o aval para ambos comemorarem juntos o ouro em Tóquio. Maksim Nedasekau, de Belarus, ficou com a medalha de bronze.

Já na final do salto triplo feminino, também disputada neste domingo, a venezuelana Yulimar Rojas ganhou a medalha de ouro com estilo. Ela quebrou o recorde mundial da prova, com 15,67 metros, ultrapassando a marca da ucraniana Inessa Kravetz de 15,50 metros, obtida em 1995.

A portuguesa Patricia Mamona ficou com a prata, com um salto de 15,01 metros, e a espanhola Ana Peleteiro saltou 14,87 metros, garantindo a medalha de bronze.

Primeira medalhista do boxe brasileiro em Olimpíadas, Adriana Araújo – bronze em Londres 2012 - participou neste sábado (31) do UOL News Olimpíadas e desabafou sobre a situação dos atletas brasileiros na questão apoio e patrocínio, contando sua experiência e fazendo críticas ao governo federal.

Em programa que teve a apresentação de Ivan Moré, Adriana Araújo deixou clara sua insatisfação com a forma com que o governo trata os seus atletas nas Olimpíadas.

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“Infelizmente essa é a realidade, a gente vive no Brasil, se eu tivesse na Olimpíada hoje, eu fosse campeã, medalhista novamente, eu não colocava a bandeira do Brasil no meu corpo, infelizmente. É triste, é inadmissível. De que adianta você ser medalhista dentro de um país onde você não tem incentivo, não tem apoio”, iniciou a pugilista.

“‘Existe patrocínio nas Olimpíadas’, mentira. Você pega um ano apenas, investindo num atleta, um ano e diz que é patrocinador do atleta, mentira. Patrocinador é aquele que está ali, lado a lado, desde o baixo, desde o momento difícil, até o momento bom da vida do atleta”, completou.

Motorista de aplicativo

Adriana continuou o desabafo, lembrando que mesmo após a conquista da sua medalha em 2012, teve de ser motorista de aplicativo em 2019 para poder se sustentar e disse que era até engraçado já que muita gente a reconhecia.       

“Vou ver bem sincera pra vocês, isso aqui (a medalha) já me deu vontade de vender, qualquer valor que viesse para pagar minhas contas. Alguns meses que estou sem trabalhar, sem ter dinheiro em mãos, já me deu vontade de vender isso aqui. Preciso pagar conta, preciso sobreviver, essa é a realidade, é um dos motivos para eu não colocar a bandeira do Brasil. Para que?”, questionou.

A pugilista refletiu também sobre os atletas que não conseguem ter um grande desempenho e recebem críticas, mas antes não receberam o apoio necessário para o levar a conquistar resultados positivos.

“É necessário que o governo brasileiro e os empresários, acordem para o país. É fácil a gente abrir a boca, criticar, falar e você não ter a ajuda merecida para fazer aquilo que é exigido de você. Muitos que vão lá fazer a diferença é só com a sua determinação e força de vontade”, criticou.

Adriana finalizou sua crítica falando sobre já se sentir realizada no esporte que disputou por tanto tempo, principalmente por tudo que viveu e conquistou. “Se o boxe acabasse hoje, eu sou uma pessoa totalmente realizada, porque eu sei de onde eu vim, sei do que eu passei, sei o que superei para conquistar essa medalha”.

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