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A Coordenação do Cinema da Fundação promove, entre os dias 16 e 19 de julho, o 2º Encontro de Cinema Acessível que contará com cursos, master classes e debates na sede da Fundaj, localizada no bairro do Derby, área central do Recife.

O encontro é direcionado a estudantes, profissionais e estudiosos na área de acessibilidade comunicacional. Durante os quatro dias de evento, serão oferecidos cursos de legenda para surdos e ensurdecidos (LSE) e de narração de audiodescrição, além de master classes que abordarão o som e a imagem no cinema.

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"Vamos aproveitar o encontro pra fazermos um balanço do projeto Alumiar, lançado em outubro do ano passado numa parceria com a TV Escola/MEC. Até o momento já atraímos mais de 1300 pessoas, e tornamos acessíveis e exibimos 15 filmes nacionais com Libras, LSE e audiodescrição”, explica Ana Farache, idealizadora e coordenadora do projeto Alumiar.

Os interessados em participar dos cursos podem se inscrever através do site do Cinema da Fundação. Para as demais formações, as inscrições serão no local do evento. Todas as atividades do 2º Encontro Alumiar serão gratuitas e fornecerão certificados. Confira a programação completa:

 Segunda (16) -  14h30: Abertura do Encontro Alumiar + Sessão Alumiar com o filme Cromossomo 21 + Debate 18h às 21h30: Curso LSE para Cinema com Deise Medina (BA)

Terça (17) - 9h às 12h: Curso Narração de Audiodescrição para Cinema com Marcia Caspary (RS)

13h30 às 15h: Master Class – O Som no Cinema, com Rodrigo Carreiro (UFPE)

15h30 às 17h: Mesa – Cinema, Som e Acessibilidade, com Carlos Di Oliveira (Intérprete de Libras), Liliana Tavares (Audiodescritora) e Robson Souza (Legendista)

18h às 21h30: Curso LSE para cinema com Deise Medina (BA)

Quarta (18) - 9h às 12h: Curso Narração de Audiodescrição para Cinema, com Marcia Caspary (RS)

13h30 às 15h: Master Class – Como Ler Imagens, com Paulo Cunha (UFPE )

15h30 às 17h: Mesa – Cinema, Imagem e Acessibilidade, com Ana Farache (coordenadora do projeto Alumiar), Deise Medina (Legendista), Rogério Pinto (Editor) e Túlio Rodrigues (Audiodescritor)

18h às 21h30: Curso LSE para cinema com Deise Medina (BA)

 Quinta (19) - 9h às 12h: Curso Narração de Audiodescrição para Cinema, com Marcia Caspary (RS)

14h às 15h30: Master Class – Voice Over/Leitura de legendas com Márcia Caspary (RS)

15h30: Encerramento do Encontro Alumiar

Serviço

2º Encontro de Cinema Acessível

Segunda (16) a Quinta (19)

Fundaj (R. Henrique Dias, 609 - Derby, Recife )

Gratuito

Um novo circuito de salas de cinema, com programação focada nos filmes de arte, está prestes a se formar no Recife. A capital, cuja relação com a sétima arte não comercial é de dar inveja a outras cidades do Brasil, deve ganhar três espaços de exibição até o fim do próximo. “Acredito que em 2015 teremos o melhor cenário de distribuição de filmes que Recife já teve. A rede daqui será melhor do que a de cidades como Belo Horizonte e Salvador”, explica Paulo Cunha, professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e responsável pela implantação de um cinema no campus da UFPE, na Cidade Universitária.

Paulo Cunha tem motivos para tanto otimismo. Se em 2014 a capital pernambucana acolhe apenas dois equipamentos culturais do tipo - o Cinema São Luiz, na Boa Vista, e o Cinema da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), no Derby -, a expectativa é que no ano que vem o Recife conte ao todo com cinco cinemas de arte. Além do Cinema da UFPE, na Cidade Universitária, as novidades são o Cinema do Museu, em Casa Forte, e o Cinema do Porto, no Bairro do Recife. Neste novo cenário, apenas a Zona Sul do Recife não será atendida diretamente por um cinema alternativo.

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Sétima Arte no campus da universidade

O primeiro a ser instalado na Zona Oeste do Recife, o Cinema da UFPE é um projeto com mais de dois anos de existência e orçado em R$ 2 milhões. O equipamento será implantado num dos galpões do Centro de Convenções da UFPE, e a previsão é que seja inaugurado entre setembro e outubro deste ano. Além disso, a proposta é o valor das entradas ser abaixo do que cobram os cinemas comerciais.


De acordo com Paulo Cunha, o projeto já conta com a parte física, faltando apenas a instalação dos pisos, alguns ajustes na estrutura e a implantação dos equipamentos. “O prédio tem condições adequadas para receber um equipamento do porte, com boa altura, largura e tamanho e fundo da tela. O projeto surgiu de uma decisão, representada pelo reitor Anísio Brasileiro. A UFPE, que já ocupou um papel preponderante na cultura local, tem feito uma reformulação de suas políticas culturais”, ressalta o professor. 

O Cinema da UFPE contará com um café na entrada, equipamento de projeção DCP 4K, som Dolby 7.1, 230 poltronas e uma tela com 7m de largura. “O pé direito do Cine UFPE terá uma inclinação excelente, ou seja, as pessoas da frente não atrapalham as que estão atrás. Estamos também tendo cuidado com as questões de acessibilidade. Neste sentido, posso adiantar que teremos sessões com audiodescrição e sinalização em braile, entre outras coisas”, revela Paulo Cunha.

No que diz respeito à integração do equipamento neste novo circuito de cinema no Recife, a UFPE está em diálogo com outras instituições. “Já conversei tanto com o Luiz Joaquim como com o Kleber Mendonça, curadores do Cinema da Fundaj, para que possamos participar dos próximos festivais. Nada impede que façamos parte da Janela Internacional de Cinema, por exemplo. Mas também estamos em diálogo com o Governo do Estado, sobre o Cinema São Luiz, e com o Porto Digital, que vai implantar em breve uma sala do Portomídia. Futuramente, vamos conversar também com a Prefeitura de Olinda, a respeito do Cine Olinda”, explica o professor.

Ainda segundo o professor da UFPE, alguns detalhes da gestão do equipamento já foram resolvidos, mas ainda assim será necessário um investimento em profissionalização de mão de obra. “Teremos que realizar treinamento técnico de projeção, som, gestão financeira, cursos de curadoria. Vamos contratar curadores profissionais, mas também colocaremos pessoas novas para montar a programação. Vamos também treinar as pessoas daqui da universidade porque a mão de obra voltada para operacionalização de cinemas está bastante escassa”, adianta Cunha.

Cinema de arte em Casa Forte

Também integrante desta nova leva de cinemas no Recife, o Cinema do Museu, que está em construção do Museu do Homem do Nordeste, faz parte de uma iniciativa da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) para dar vazão ao Cinema da Fundaj, instalado no Derby. Orçada em R$ 950 mil e com recursos do Ministério da Cultura, a obra no bairro de Casa Forte envolve compra de equipamentos e readequação do auditório do Museu do Homem do Nordeste para receber a telona. 

Segundo Luiz Joaquim, responsável pelo Cinema da Fundaj ao lado de Kleber Mendonça Filho, a inauguração deste equipamento cultural é uma das prioridades da Fundação Joaquim Nabuco. “A gente quer acreditar que a inauguração será realizada entre novembro e dezembro deste ano. A ideia é que a sala seja uma referência, e não digo apenas a nível estadual, mas uma referência em todo o Brasil”, comenta Luiz Joaquim, dando pistas de que haverá de fato uma rede colaborativa entre os cinemas alternativos do Recife. “Extraoficialmente houve uma conversa preliminar entre a UFPE e a Diretoria de Memória, Educação e Arte (MECA) da Fundaj. Agora é aguardar que os termos de colaboração sejam assinados”, revela.

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A sala terá 180 poltronas, projetor DCP 4k, som Douby 7.1, projetor 33mm e possivelmente um projetor 16mm. “A inclinação obedece a legislação para auditórios de cinema e a tela será um pouco maior que a sala do Derby, que tem 6,5m de largura e 2,80m de altura” explica o responsável pelo equipamento. A cabine de projeção conta com um detalhe especial, um vidro que transparece o trabalho do projecionista – profissão pouco conhecida pelo público em geral. 

O modelo de gestão do Cinema do Museu é um tema em estudo pela Fundaj, mas possivelmente será o mesmo em uso no Derby, onde uma terceirizada é responsável pela operacionalização do espaço. Em relação à programação, o diferencial deste equipamento é a exibição de trabalhos voltados à memória e história, o que não o impede de receber outros títulos. 

Cinema high tech no Bairro do Recife

Como parte da estruturação do Portomídia, o Porto Digital vai implantar o Cinema do Porto no 16° andar do Edifício Vasco Rodrigues, um dos prédios do parque tecnológico no Bairro do Recife. Segundo Francisco Saboya, presidente do Porto Digital, os investimentos giram em torno de R$ 1,5 milhão, com recursos do FINEP, Ministério da Ciência e Tecnologia, Ministério da Comunicação e Governo de Pernambuco. Além disso, a previsão é de que o espaço seja inaugurado no segundo semestre de 2015.

“Do nada ou do muito pouco criamos um circuito de cinema, excetuando a Zona Sul, que pra mim poderia ser atendida pelo Parque Dona Lindu. É transformar aquele teatro (Luiz Mendonça) em cinema para poder atender aquela região”, opina Saboya. “Estão acontecendo várias coisas que não envolvem ações do governo. Acho que a Prefeitura é moralmente obrigada a pegar um espaço como aquele e transformar em cinema”, conclui.

De acordo com o presidente do Porto Digital, a experiência de uso híbrido de equipamentos culturais já deu bons resultados. “O Teatro Ribeira, por exemplo, funcionava como cinema de arte durante boa parte da década de 90. Era onde se via filmes que não estavam no circuito comercial”, pontua Saboya. Segundo ele, o Cinema do Porto terá uso híbrido e poderá também ser utilizado como auditório. “Vamos utilizar a experiência do Teatro Ribeira aqui. Será definido posteriormente como será este calendário”, explica.

Da parte técnica, já está certo que o espaço terá 185 poltronas e um projetor DCP 4k. Em relação ao som, o Porto Digital contratou um consultor para saber qual o melhor equipamento a ser adquirido. O tamanho da tela também é outro detalhe que será definido posteriormente. Seguindo a linha das iniciativas do Porto Digital, não haverá venda física de ingressos. “A entrada será comprada através de um sistema eletrônico, por um site ou aplicativo”, revela Saboya.

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E o Cinema do Porto também vai buscar um diálogo com as outras novas salas de cinema não comerciais. “Já que o Recife passa a ter cinco cinemas, eles precisam conversar. O que eu vejo no mapa é que teremos um circuito de cinema que atende metade da cidade, faltando a Zona Sul. Vamos buscar a integração com as demais salas e nos esforçar pra ter um diálogo com a Fundaj, com a UFPE, com o Governo do Estado, para criar um circuito que compartilhe de uma programação minimamente consensuada”, comenta o presidente do Porto Digital.

No que diz respeito à profissionalização neste campo, o Portomídia continuará investindo em pós-produção. “Não vamos investir em operação. Uma coisa é ser um iluminador, e outra coisa é ser um corretor de cor. Nossos cursos são realmente muito avançados. Este é o papel que o Porto Digital trouxe pra si. Trazer coisas mais sofisticadas para ajudar a puxar o setor para cima. Em novembro, por exemplo, começamos a implantar um estúdio de produção que atenderá quatro áreas: Cinema e televisão, música (gravação), stop motion e motion capture”, conclui Saboya.

Nesta quinta-feira (29), a cidade de Caruaru sediará a quinta edição do Café com Tendências. O evento visa possibilitar a troca de informações sobre o mercado de moda no estado, especialmente no que diz respeito ao segmento têxtil.

O evento é promovido pela Audaces - empresa especializada em soluções para automação dos processos produtivos de confecções - que também convidou alguns representantes do mundo fashion e dos negócios para interagir com os participantes. A estilista Erika Ikezili traz a palestra “Tendências do segmento jeanswear e Processo criativo comercial”, o consultor Francisco Roberto Piancó Jr. aborda o tema “Gestão da produção para incrementar resultados e Ganhar Competitividade” e no campo político Renato Jardim – Gerente da Área Internacional e de Economia da ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil) - apresenta propostas, ações e resultados da ABIT e do Governo Federal para o setor. Encerrando o encontro, o gerente da Audaces, Paulo Cunha propõe um debate sobre “Os desafios da inserção da tecnologia nos processos produtivos de confecções”.

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Com passagens pelas cidades de São Paulo, Blumenau e Fortaleza, o Café com Tendências tem seu conteúdo destinado a confeccionistas, estudantes e profissionais do setor. Entre os temas abordados estão as tendências internacionais da moda, a otimização do processo produtivo, a utilização de tecnologia nos processos de confecção, além da abordagem do cenário mercadológico e político da indústria da moda.

Programação
8h00 – Credenciamento e Welcome Coffee para os convidados
9h00 - Erika Ikezili
9h45 - Francisco Roberto Piancó Jr.
10h30 – Coffe Break
10h45 – Renato Jardim
11h30 – Paulo Cunha
12h00 - Almoço

Serviço
Café com Tendências Audaces - Caruaru
29 de março de 2012, das 8h às 12h30
Baco’s Recepções – BR 104, nº 62.000 (Km 62)

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