Quem nunca pensou em ser ator? Não é difícil encontrar pessoas que sonham ou já tiveram o desejo serem um grande artista de cinema, do teatro ou da televisão. Para quem ainda quer brilhar no meio artístico, existe formação profissional para isso.
Os profissionais que se formam em teatro (licenciatura) podem atuar como professor da área, como ator/atriz ou como arte-educadores em empresas, ONGs, organizações, centro culturais, entre outros espaços. Há campo também para a gestão cultural, através da coordenação de projetos artísticos e sócio-culturais, tendo relação com a pedagogia do teatro.
##RECOMENDA##
Outra possibilidade de trabalho para o ator é a área das técnicas teatrais. O procedimento de iluminação é um serviço bastante requisitado e ajuda na formação e preparação visual de espetáculos variados. Entretanto, grande parte das pessoas que ingressam na graduação ainda preferem atuar na televisão ou em outros grandes centros artísticos.
“Muita gente quer chegar na Globo. Mas, o bom do teatro, é que existe trabalho para todo mundo. Tem gente que não é bom ator, mas que é um ótimo técnico, por exemplo”, comenta o coordenador do curso de licenciatura em teatro da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Luiz Reis (foto).
O coordenador destaca que a área cultural é um campo em expansão - como na capital pernambucana - e, por isso, a demanda por artistas é intensa. “Recife tem um campo cultural muito grande, e muitas pessoas precisam do trabalho de profissionais de teatro”, diz Reis. De acordo com o coordenador, as empresas privadas também estão dando espaço para atores. Ele conta que existem campanhas, treinamentos, e muitas outras atividades que necessitam do serviço artístico.
Atores na sala de aula
O curso de licenciatura em teatro da UFPE tem duração de quatros anos. “É um curso gostoso e divertido, mas, é muito puxado. Tem uma carga de leitura muito grande. A graduação trabalha bastante com história, português, literatura e línguas estrangeiras”, explica Reis. Segundo o educador, o grau de evasão do curso é muito pequeno - só existe uma entrada por ano com 35 vagas e, ao final da graduação, cerca de 20 conseguem concluir o curso.
Ao contrário do que muita gente pensa, a timidez não é um obstáculo para os indivíduos que querem ser atores. “Grandes atores se dizem pessoas tímidas. A ideia de que todo ator é desinibido é um equívoco”, conta Luiz Reis.
Contrariando a opinião de amigos e alguns familiares, Luiz Gutemberg, de 25 anos, tomou uma grande decisão em sua vida profissional. Ele cursava o 6° período de engenharia civil na Universidade de Pernambuco (UPE), e deixou a graduação para ingressar no curso de teatro da UFPE. “Fazia teatro de forma amadora há pelo menos 14 anos. Mas o teatro era muito desvalorizado pelos meus pais e não era considerado como profissão. Até que passei por áreas comerciais da arte e descobri que esse era o meu caminho de verdade”, relata Gutemberg. “É isso que me faz feliz, muito mais do que qualquer outra coisa que eu fosse fazer na vida”, completa.
Atualmente, o estudante está no terceiro período da graduação, e continua realizando diversos trabalhos na área teatral.
Ator é profissional
Regina Campello se formou em teatro na década de 1980, e boa parte da sua experiência foi com o teatro animado. “Me interessei por teatro de formas animadas. Depois, fui para os Estados Unidos e trabalhei como atriz manipuladora, com marionetes e mamulengos”, conta a artista.
Ainda no contexto do segmento manipulador, Regina foi professora de manipulação de bonecos e quando voltou ao Brasil continuou trabalhando na função. Hoje, Regina trabalha na UFPE, compondo a parte técnica teatral da instituição.
[@#video#@]