Tópicos | Penitenciária Agroindustrial São João (PASJ)

Com informações da Juliana Isola

Diante da rebelião que resultou na morte de dois detentos e pelo menos dez pessoas feridas, na Penitenciária Agroindustrial São João (PASJ), em Itamaracá, na Região Metropolitana do Recife (RMR), o promotor de execuções penais do Ministério Público de Pernambuco (MPPE), Marcello Ugiette, deu sérios depoimentos no início da tarde desta quinta-feira (13). O promotor entrou no presídio e conversou com cerca de 100 presos que revelaram os motivos do tumulto. Segundo eles, os visitantes estão sendo mal tratados e humilhados, e isso vem ocorrendo desde a chegada do novo diretor da PASJ, Ricardo Pereira

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De acordo com Ugiette, os detentos disseram que as revistas femininas estão sendo realizadas por agentes penitenciários homens e as mulheres visitantes são obrigadas a entrar no presídio sem as peças de roupa íntimas. O promotor também disse que as mortes aconteceram dentro da própria unidade prisional, e não a caminho do hospital. 

Segundo o promotor, o cenário na penitenciária é de destruição. Ele também constatou que 80% dos detentos do sistema semiaberto estão sem trabalhar, o clima de insatisfação pelo tratamento dado a eles é grande e há escassez de comida. Ugiette ainda descreveu como grave o fato de acontecer uma rebelião em um sistema prisional semiaberto e informou que se reunirá novamente com os presos, em uma situação formal. O objetivo é debater os problemas e comunicá-los ao MPPE.

Alerta – A reportagem do LeiaJá conversou com a esposa de um preso que não quis se identificar. A mulher contou que recebeu uma ligação do marido pedindo que ela chamasse a imprensa, porque ainda hoje acontecerão mortes na unidade prisional. Segundo a Seres, a rebelião está contralada e os policiais já saíram do presídio. A única movimentação em frente ao presídio é de familiares dos presos que querem saber os nomes dos mortos.   

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