Tópicos | Pernambuco no Clima

Pernambuco sedia, entre esta sexta (31) e o próximo sábado (2), o evento Pernambuco no Clima. O encontro contará com debates e apresentações sobre a questão climática em todo o planeta e vai reunir especialistas de todo o mundo. A conferência dá continuidade aos encontros realizados em 2012 nas cidades do Rio de Janeiro e Recife, após a Rio +20.

Na abertura do seminário, realizada esta manhã no Parque Dona Lindu, no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife, o governador Eduardo Campos falou sobre a importância de sediar um evento desse porte. “Esse é um importante encontro que Pernambuco tem a satisfação de sediar para que daqui saiam várias decisões importantes. Para nós é uma oportunidade também de falar o que estamos desenvolvendo, os investimentos que somam quase R$ 11 bilhões na área ambiental e um desafio de fazer de Fernando de Noronha o primeiro território de carbono zero”, afirmou.

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Ainda segundo Campos, em dezembro será inaugurada a primeira unidade de produção de energia solar em Fernando de Noronha e provavelmente até meados de 2014 a segunda unidade. “Isso já responde por 20% da produção de energia necessária para que a Ilha funcione”, complementou.

“Nosso objetivo é com o plano que foi desenhado ampliar o debate com a comunidade de Noronha, com todos que interagem, e inclusive os que transportam, porque metade da emissão que tem na ilha é o transporte aéreo feito para a ilha”, concluiu. 

De acordo com Eduardo, o secretário Estadual de Meio Ambiente, Sérgio Xavier, já se reuniu com a empresa área Gol para propor a utilização de biocombustível nos aviões que transportam até à Ilha. "Tomamos essa medida para que através disso possamos conseguir essa meta ousada, mas importante, de fazer de Fernando de Noronha o primeiro território de carbono zero", concluiu.

Conforme o deputado federal do Rio de Janeiro, Alfredo Sirkis, a ideia do carbono zero surgiu no ano passado durante a Rio+20. “O objetivo é fazer um inventário da emissão de gases em Noronha e elaborar uma estratégia para a neutralização”, declarou.

Segundo o deputado, metade da emissão de gases no arquipelágo, que causam o efeito estufa, está associada ao transporte aéreo e 23% ligado a usina elétrica a óleo que abastece a Ilha. A ideia é utilizar fontes sustentáveis, bem como energia solar em residências e estabelecimentos, além de trocar a frota de veículos por carros híbridos ou elétricos. Também é importante promover o reflorestamento no continente para compensar.

“A proposta é que Noronha seja modelo mundial de carbono zero, sendo o primeiro lugar a implantar o projeto. A questão é que o clima é o mais importante para o planeta no momento e isso depende da colaboração de todos de forma ampla, consciente e transformadora"

Com informações de Elis Martins

Nesta quinta-feira (31), especialistas internacionais participarão de uma conferência que irá debater e apresentar questões sobre a situação climática em todo o planeta. O evento Pernambuco no Clima 2013 acontece no Teatro Luiz Mendonça, no parque Dona Lindu, localizado no bairro de Boa Viagem, Zona Sul do Recife.

No mesmo dia também será lançado o projeto Noronha Carbono Zero, que visa tornar o arquipélago de Fernando de Noronha o primeiro território carbono-neutro do Brasil, reduzir ou compensar na ilha todas as emissões de gases causadores do efeito estufa (GEE), de forma direta e indireta. No arquipélago pernambucano, escolhido para ser o primeiro distrito com carbono zero do país, serão testadas iniciativas que englobam desde o descarte do lixo até mudanças na matriz energética.

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Entre os destaques estão a apresentação do Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa da ilha de Fernando de Noronha e do seu Plano de Neutralização, a apresentação dos projetos de energia solar, eólica, veículos elétricos, redes inteligentes de energia (smart grid), tratamento de resíduos e reflorestamento vinculados à estratégia de neutralização das emissões da ilha e a apresentação de projetos para a região do semiárido pernambucano.

No encontro, participarão especialistas de renome mundial como o secretário Executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, Luís Pinguelli Rosa, a vice-presidente do IPCC, Suzana Kahn, o representante da ONU/PNUD Jorge Chediek, além do líder dos verdes no Parlamento Europeu, Daniel Cohn-Bendit. No sábado (2), o evento acontecerá na ilha de Fernando de Noronha. 

O estado de Pernambuco começou a discutir, na tarde desta sexta-feira (13), os rumos para minimizar os impactos ambientais do planeta. O evento foi preparatório do Rio Climate Challenge, Rio Clima (RCC), evento paralelo a Rio+20. Proposta do "Pernambuco no Clima" é estabelecer metodologias e propor uma agenda de trabalho do RCC.

Márcio Macedo, que é presidente de Mudanças Climáticas do Congresso Nacional, começou cumprimentando o governador do Estado a quem chamou de “jovem talento da política brasileira". Depois de rasgar elogios ao governador, o deputado disse que o Rio+20 será um momento significativo para o País. “Poder traçar novas estratégias para o desenvolvimento sustentável para o planeta, fazer correções de rumo desses vinte anos (em relação ao que foi deliberado no Rio 92) e amplificar os acertos que foram feitos no Rio+20 estão entre nossas prioridades”, afirmou.

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Para a deputada federal do Rio de Janeiro, Aspásia Camargo, é necessário que os políticos ponham o assunto em pauta com urgência. “Precisamos criar desenvolvimentismo sustentável, mas para isso, é necessário ação. É preciso que os políticos acordem para este problema, assim como estão fazendo alguns políticos jovens e experientes que aqui estão. É importante que a temática seja discutida e que entre na pauta política”, avaliou. Segundo ela, o Rio+20 iria cometer um erro em não discutir um tema de tanta relevância, quanto é o clima.

Sarney Filho (PV-MA) pontuou as mudanças climáticas que o mundo vem sofrendo e frisou que tais situações sugerem uma “pré-catástrofe”. “Há três anos tivemos a grande seca na Amazônia. Vivemos com a realidade de muita chuva em lugares que normalmente fazem sol e muito sol nos lugares que normalmente chove. Portanto, duas são as questões que o assunto nos impõe: primeiro, precisamos mitigar o aquecimento global e, segundo, nos adaptarmos a ele. Se temos um grande fórum que é o Rio+20 temos que focar na questão do aquecimento global”.

O deputado maranhense teceu críticas à Lei Ambiental que será votada no Congresso. “O Brasil tem uma responsabilidade muito grande. Nós, diferentemente de muitos países, somos emissores não por causa da indústria, mas por causa do desmatamento, por causa do uso do solo. E agora, perto do Rio+20, tendo um fórum como este, dessa importância, não podemos nos omitir. O congresso, ao invés de estar discutindo formas de preservar os nossos biomas, maneiras de cobrar pelos serviços ambientais que a Amazônia presta ao Brasil e ao mundo, está discutindo um retrocesso na legislação ambiental”. E concluiu fazendo uma chamada à sociedade: “Pressionem o congresso para que não aja na contramão da história”.

Também participaram da mesa o ex-ministro da cultura, Gilberto Gil, o governador Eduardo Campos (PSB), os deputados Sarney Filho (PV-MA), Márcio Macedo (PT-SE), Aspásia Camargo (PV-RJ) e Fernando Ferro (PT-PE), o prefeito do Recife, João da Costa (PT), o secretário estadual de Meio Ambiente, Sérgio Xavier (PV), o coordenador-geral da Prefeitura do Rio de Janeiro para a Rio+20, Sergio Bessermann, representando o prefeito Eduardo Paes; líderes das subcomissões da Rio+20 da Câmara dos Deputados e do Senado, além dos facilitadores internacionais e nacionais.

 

Protesto - No momento em que os políticos discursavam, o integrante do Grupo #OcupeEstelita e cineasta Cláudio Assis subiu ao palco para entregar uma carta de solicitação ao governador Eduardo Campos para que o projeto Novo Recife não seja concretizado. “O Recife não precisa de mais um projeto de verticalização”, disse Cláudio, que teve o áudio do seu microfone cortado pela organização do evento.

O grupo irá se reunir novamente, no próximo domingo (16), das 9h às 16h, nas calçadas dos armazéns do Cais José Estelita, no bairro do Recife, com o apoio de diversos segmentos da sociedade. Segundo a página criada no Facebook para o evento, "o #OcupeEstelita não se opõe apenas à criação, na região central do Recife, de ao menos 12 torres, algumas com mais de 40 andares. O movimento busca manter vivo o debate sobre o modelo de ocupação verticalizado que a cidade adotou nas últimas décadas. No alvo, também está a controversa construção de quatro viadutos sobre a Avenida Agamenon Magalhães".

Depois de cumprir agenda nos Estados Unidos, o governador Eduardo Campos participa na tarde desta sexta-feira (13), no Arcádia Boa Viagem, da cerimônia de abertura do “Pernambuco no Clima”, prévia do Rio Climate Challenge, Rio Clima (RCC), um evento paralelo a Rio+20. O encontro, que reúne o ex-ministro Gilberto Gil, líderes das subcomissões da Rio+20, da Câmara dos Deputados e do Senado, além de especialistas internacionais e nacionais,servirá para elaboração de documento propondo alternativas para o controle de gases carbônicos na atmosfera, para ser apresentado no RCC, em junho, no Rio de Janeiro.

O Rio Climate Challenge buscará estabelecer consenso sobre uma nova medida para calcular a emissão de gases de efeito estufa (GEE) que são lançados na atmosfera. A meta é que a concentração dos GEE esteja abaixo das 450 partes por milhão e sejam estabelecidos compromissos de redução, adaptação e financiamento de ações para atingir este objetivo. O evento “Pernambuco no Clima” é fruto das articulações da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade.

Após a abertura do "Pernambuco no Clima", o governador irá inaugurar a nova sede do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais - Depatri. Na mesma solenidade serão entregues medalhas do Mérito Policial Civil a 16 autoridades, além da promoção de 177delegados da Polícia Civil, sendo 89 por merecimento e 88 por antiguidade. A nova delegacia recebeu investimentos de pouco mais de R$1 milhão e vai proporcionar uma melhor condição de trabalho aos servidores e de atendimento ao cidadão.





 

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