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Contando com a participação de produtores de cachaça e aguardente de cana do Estado de Pernambuco, a Câmara Federal realizou uma audiência pública, nesta quinta-feira (7), para discutir o Projeto de Lei 1187/07, que estabelece regras para o setor. A sessão pública foi solicitada pelos parlamentares Mendonça Filho (DEM) e Pedro Eugênio (PT) que estão contra a matéria. Os deputados relatam que a proposta poderá engessar o setor. O PL está em tramitação na Casa Legislativa há seis anos e já foi aprovado na Comissão de Agricultura e agora aguarda apreciação na Comissão de Finanças e Tributação. 

“Na prática, as mudanças impactam a própria definição do que é Cachaça, estabelece categorias - “cachaça” e “cachaça de alambique” – e compromete a inovação no processo de produção ou de comercialização bebida”, disse o deputado Mendonça Filho. O Brasil vem tentando obter reconhecimento da Cachaça como bebida típica e exclusiva do Brasil.

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De acordo com o democrata, a matéria coloca a cachaça como a única bebida alcoólica a ser regulamentada por Lei específica. Segundo ele, nenhum outro destilado é subdivido com base na tecnologia de destilação. “A norma atual já permite ao produtor utilizar no rótulo frontal a indicação do processo de destilação de sua cachaça como, por exemplo, “Destilada em Alambique””, ressaltou.

O projeto prevê mudanças no método de destilação com a divisão da cachaça em categorias diferentes, altera a definição da aguardente de cana limitando sua existência somente com teores alcoólicos entre 48% e 54% a 20ºC. No entendimento do setor, a proposta prejudica toda a construção da denominação ou IG Cachaça, definida como a Aguardente de Cana exclusivamente produzida no Brasil e afronta milhões de consumidores que, seguindo as tendências mundiais para destilados, consomem sua Aguardente de Cana com teor em média de 40%.

A matéria ainda cria a possibilidade de existir Aguardente de Cana ou Destilado Alcoólico Simples de origem estrangeira. O que vai de encontro ao esforço de valorização da Cachaça como bebida tipicamente brasileira. Outro ponto polêmico é o que estabelece a possibilidade de descentralizar as atividades de fiscalização para Associações de Produtores de um mesmo Estado desde que tenham no mínimo 10 produtores individuais. Se for aprovado o texto como está, os produtores terão de lidar com uma perigosa dualidade de posição, uma vez que essas Associações serão fiscalizadores e fiscalizados concomitantemente.

Com informações da assessoria.

Mesmo depois da presidente Dilma Rousseff (PT) vetar 85 pontos do Projeto de Lei, limitando a liquidação dos débitos, os produtores de cana do nordeste ainda podem ter a esperança de renegociar as dívidas federais. O presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB) falou à União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida) e suas associações filiadas, e às Federações da Agricultura da Paraíba e de Alagoas, que o Congresso Nacional vai avaliar os itens retirados para tentar restabelece-los. 

A Casa Legislativa tem até o dia 20 para apreciar os vetos. Um grupo de parlamentares já está avaliando a questão. A pauta vai diretamente para apreciação do Plenário do Congresso, independente de ser enviado um parecer dessa Comissão Parlamentar. Se não for votado no prazo limite, ficará trancada a pauta do Congresso Nacional. 

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Os agricultores também foram convocados a se mobilizarem junto aos parlamentares dos estados nordestinos. Neste sentido, a Unida, junto com suas associações de produtores, prepara uma operação de sensibilização dos deputados e senadores para votar favorável à derrubada dos vetos. De 13 a 15, os dirigentes estarão buscando apoio ao pleito no Congresso. Dez dos 85 pontos vetados prejudicam diretamente os plantadores de cana. Dentre eles, o veto ao artigo 8º, impedindo que o produtor negocie suas dívidas parceladamente até o final de 2014. 

Os produtores de cana-de-açúcar estão sofrendo com as consequencias da longa estiagem na Região Nordeste. Devido a este problema os trabalhadores se reunem nessa quarta-feira (23) na Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP), na cidade do Recife. Dirigentes das associações regionais do setor, elaborarão um programa para solicitar recursos ao governo do Estado. O resultado do debate será encaminhado ao Ministério da Integração nacional.

Os trabalhadores solicitam manutenção e agilidade no benefício do programa de subvenção financeira do governo federal, alé do rejuste do reajuste no valor do auxílio para R$ 10 por tonelada de cana fornecida na safra de 2011 e 2012.”A atividade canavieira precisa de atenção governamental urgente, sobretudo, porque é um importante pilar de sustentação socioeconômica para o povo nordestino”, afirma o presidente da União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida) Alexandre Lima.

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A seca atrapalhou os agricultores que se encontram com poucos recursos financeiros e acabaram sem poder fazer nenhum investimento no cultivo de cana-de-açúcar. Por conta das dificuldades dos trabalhadores, a previsão é de novos déficits na próxima safra.

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