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As negociações com a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), referente aos atrasos dos repasses financeiros do edital 2013/2014 do Funcultura começam a avançar. Durante reunião fechada, realizada nesta quarta-feira (15), o secretário de cultura de Pernambuco, Marcelino Granja, a presidente da Fundarpe, Marcia Souto e o superintendente do Funcultura, Gustavo Araújo, receberam uma comissão formada por seis produtores independentes, que aguardavam parecer sobre o caso.

A pauta imediata, que tratava da liberação do recurso, foi considerada como uma vitória, pelos produtores culturais. Marcelino Granja garantiu aos profissionais, que a Secretaria da Fazenda estaria liberando a partir de hoje, cerca de R$22 milhões, para as primeiras parcelas do edital 2013/2014 e os atrasados dos lançamentos do Funcultura, desde 2010. 

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“Dessa vez tivemos uma sinalização mais concreta da Secretaria de Cultura. Marcelino Granja fez questão de frisar que a liberação do empenho para o pagamento de todos os restos a pagar desde 2010, até o presente  momento, seria feito às 15h de hoje. Agora é aguardar se eles vão cumprir o que se dispuseram”, comentou o pesquisador de políticas culturais, Afonso Chaves. 

O produtor ressaltou que a justificativa para o atraso nos pagamentos, apresentada pelos gestores culturais, foi a mudança de gestão, pois os empenhamentos teriam sido cancelados em detrimento da realização do balanço financeiro do governo passado. “O secretário falou que durante a mudança de governo é necessário que se faça uma averiguação das contas e empenhos da gestão anterior. Além disso comentou que para que a nova equipe de chefia da Fundarpe pudesse se apropriar dos processo demandou um pouco de tempo”, concluiu Afonso.

Presidente da Fundarpe Recebe Produtores nesta quarta (15)

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O produtor Thiago Dantas ressaltou que os empenhamentos começaram a ser realizados na última segunda-feira (13). E a Fundarpe teria, mais uma vez,  garantido que até o próximo mês toda a situação estaria regularizada. “Tendo em vista que os recursos já foram liberados pela Fazenda, o secretário afirmou que tudo será resolvido até maio. E a gente poderia confiar, pois essa garantia que eles estavam dando era porque receberam sinalização do Governo do Estado”, pontuou o integrante da comissão de produtores independentes, informando que o número do empenho, a partir de agora é um documento integrante do termo de compromisso. “A elaboração dos termos de compromisso se dará com base nesses empenhos que foram liberados pela Secretaria da Fazenda. Se eles conseguiram limite orçamentário para todo mundo a tendência é que quem não teve termo assinado agora tenha essa condição”. 

Apesar da sinalização positiva, em relação aos pagamentos atrasados do Fulcultura, outras questões ainda são passíveis de questionamento. A ausência de um ano de edital, reformulação dos moldes do Funcultura, espaço físico destinado a equipe que rege o Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura, que foram questionados pelos produtores durante a reunião da semana passada, não foram explicitados durante a audiência desta quarta. “É uma vitória dos produtores culturais de Pernambuco, mas existe muita coisa a ser esclarecida e resolvida”, concluiu Thiago Dantas.

 

Nesta quarta-feira (15), a presidente da Furdarpe, Marcia Souto, irá se reunir com uma comissão de produtores independentes que aguardam posicionamento sobre os repasses referentes ao Funcultura 2013/2014. O encontro será realizado no gabinete da presidência, na sede da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), por volta das 14h30. 

Segundo o produtor Thiago Dantas, a comissão é formada por 7 profissionais de diferentes áreas. Dentre os integrantes do grupo está a advogada Daiane Dultra, que vai garantir respaldo jurídico aos produtores.

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“Agora a Fundarpe não poderá dizer que foi pega de surpresa e terá que nos responder claramente aos questionamentos. Queremos saber onde está o dinheiro do Funcultura? Em qual conta o dinheiro está depositado? Qual o saldo, se é que existe? Quando os temos serão assinados e data de pagamento das primeiras parcelas?”, afirmou Thiago Dantas. 

A produtora Fátima Pontes ressaltou que a advogada irá contribuir com o aparato jurídico em relação as respostas apresentadas pelos gestores da Fundarpe. Também estará a cargo da advogada, a orientação para os novos passos do grupo, em caso de descumprimento do acordo firmado pela entidade. “Dessa vez queremos documentar tudo o que eles vão nos apresentar. Não vamos simplesmente ouvir o que eles têm a dizer, mas teremos um documento para comprovar tudo o que for firmado”, concluiu. 

Thiago ressaltou que a informação passada pela Fundarpe durante a reunião realizada na última quinta-feira (9), onde o superintendente do Funcultura Gustavo Araújo garantiu que até a primeira semana de maio os produtores teriam as primeiras parcelas pagas, não será cumprida.

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“A previsão deles já é desanimadora (R$4,5 milhões) e até agora nenhum dos produtores foi chamado para assinar o termo de compromisso. Eles não foram chamados porque como não tem limite orçamentário, não é possível empenhar. Se não há empenho, não existe possibilidade de realizar os termos de compromisso. Logo, aquela previsão de assinar no mês de abril e pagar em maio não vai acontecer”, completou Dantas. 

 

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Artista e produtores culturais se reuniram em um protesto pacifico, em frente a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), no Centro do Recife, para cobrar do Governo do Estado os atrasos nos repasses do Funcultura, equivalentes ao edital 2013-2014. Empenhos cancelados, projetos extremante atrasados e sem justificativa plausível. É o que alega o organizador da manifestação, Thiago Dantas. “São inúmeras as falhas da Fundarpe. Nós não tivemos esclarecimento sobre o motivo dos cancelamentos e atrasos dos repasses, pois o dinheiro tem que estar em caixa, já que um fundo é oriundo de  renuncia fiscal”.

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Os produtores também estão cobrando a prestação de contas do último exercício do Funcultura. Segundo Thiago, a apresentação do documento, no dia 31 de março, levanta dúvida sobre o cumprimento da lesgislação. “Isso demonstra que os recursos do Funcultura estão misturados com outros projetos do governo. O que não garante que os recursos estão sendo utilizados especificamente para a cultura. Essa é uma falha grave, que está infringindo a lei”, cravou Thiago.

A produtora Fátima Pontes, da Escola Pernambucana de Circo, tem quatro projetos cancelados, aguardando assinatura. De acordo com a produtora, os atrasos dificultam principalmente um dos projetos, que prevê recursos para a manutenção da escola. “Nosso projeto era para ter começado no inicio de março e nem assinamos os termos ainda. É necessário que o governo entenda que a arte e cultura também são fundamentais para a manutenção da economia e precisa de atenção”, reforçou.

“Desde a criação do Funcultura, ingressamos com projetos. E isso nunca aconteceu de um projeto ser aprovado e o empenho ser cancelado. A explicação é que a nova administração teve que rever todos os projetos”, afirmou José Antônio Gonçalves, autor da proposta Disse-me Dança.  

Os produtores solicitaram uma reunião com os gestores da Fundarpe para discutir todas as reivindicações em questão.

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A Fundarpe atendeu ao pedido, por meio do superintendente do Funcultura, Gustavo Araújo, que se posicionou sobre os atrasos. Diante de dezenas de produtores, no Espaço Pasargada, localizado na Rua da União, o superintendente declarou que os atrasos nos repasses são provenientes da burocracia fiscal, mas até meados de maio todos os termos devem ser assinados e parte das parcelas liberada. “Como existe um fluxo financeiro independente do edital corrente,  nós tivemos que reempenhar um conjunto desses projetos. Mas teremos que fazer isso com as programações financeiras dos outros projetos acontecendo.  O que cria dificuldades do ponto de vista da readequação financeira”, pontuou o gestor, reconhecendo as reivindicações da categoria. “Somos solidários a luta dos produtores. Estamos batalhando para colocar em dias o edita do independente. Reconhecemos a reivindicação dos produtores. Essa é uma situação atípica, que ao longo do mês de abril e inicio de maio iremos regularizar essas primeiras parcelas para que tenhamos todos os projetos acontecendo”, completou Araújo.

Mas os produtores não saíram satisfeitos com a justificativa. Thiago Dantas ressaltou que os valores informados pela superintendência para liberação dos recursos  não atendem a demanda dos profissionais. “R$ 4 milhões! Foi essa a verba que eles garantem liberar até o mês de maio. E os outros cerca de R$17 milhões que ainda restam, quando serão pagos? Esse mísero valor não é suficiente para a produção dos projetos”, informou o produtor, completando que irá dar continuidade ao processo de auditoria externa do Funcultura.

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