A falta de conhecimento dos procedimentos adequados para socorrer um paciente com parada respiratória pode causar sequelas ou até mesmo a morte do paciente. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Anestesiologia, 80% dos casos de paradas cardíacas ocorrem nas residências e são testemunhados por familiares. Apesar de a reanimação cardíaca poder dobrar a chance de vida do paciente, menos de 10% das vítimas sobrevivem, possivelmente devido à falta de iniciativa dos membros da família.
A parada cardiorrespiratória é caracterizada pela ausência da atividade mecânica do coração devido à falta de estímulos verbais e táteis. Para identificar uma situação como essa, é preciso observar se a vítima não se mexe, responde ou se respira anormalmente – em alguns casos, a respiração pode cessar completamente. Após o reconhecimento desses sinais, deve-se acionar um serviço de emergência médica, como o Samu.
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“Quando o coração para, ocorre a morte clínica. Quanto mais ele se mantém parado, menor probabilidade de voltar a bater. A reanimação é, portanto, uma verdadeira corrida contra o relógio e deve ser iniciada nos primeiros minutos após o coração parar”, frisa Nádia Duarte, da Cooperativa dos Anestesiologistas de Pernambuco.
Segundo Nádia, é importante comprimir o peito da vítima numa frequência ritmada, em média de 100 compressões por minuto. O procedimento ajudará o sangue a circular e fará com que órgãos como o cérebro não sejam afetados rapidamente. No caso das crianças, que possuem estrutura torácica delicada, a massagem cardíaca pode ser feita com apenas uma das mãos.
“O ideal é que pessoas não treinadas, que não tenham feito cursos, não manipulem vias aéreas. Caso sejam treinados, devem realizar esta ventilação com abertura da via aérea com a manobra da extensão da cabeça e elevação do queixo. Assim, desobstrui-se a via área e auxilia a passagem do ar que irá ao pulmão”, informa a anestesiologista. Nos adultos, é importante que a compressão tenha uma profundidade de, em média, 5cm. Caso seja possível, também é importante revezar os reanimadores, para que a massagem cardíaca continue com o mesmo vigor.
OBSTRUÇÃO DE VIAS AÉREAS – No caso de parada cardíaca por obstrução de vias aéreas por corpo estranho (OVACE), é preciso perceber se o paciente apresenta sintomas como falta de ar ou dificuldade para respirar, tosse sem ruídos, roxidão ou inconsciência. Para ajudar a vítima, é preciso posicionar-se atrás dela e fazer a Manobra de Heimlich, que consiste em fazer, de mãos cruzadas, compressões rápidas na boca do estômago para desobstruir as vias aéreas.
Com informações da assessoria