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Nesta terça-feira (31), em Divinópolis, região Centro-Oeste do estado, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) cumpriu mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão contra um médico, de 37 anos, investigado por crime sexual ocorrido na cidade de Nova Serrana.

Conforme o delegado responsável pela ação, Diógenes Caldas, as investigações tiveram início em maio deste ano.

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"A partir da denúncia de uma paciente atendida por ele em uma unidade de saúde pública em Nova Serrana, iniciamos os levantamentos e identificamos outras quatro vítimas das cidades de Cláudio, São Sebastião do Oeste e Divinópolis. De posse dessas informações, representamos pelos mandados judiciais cumpridos nesta manhã, no bairro Niterói, em Divinópolis", explicou.

As investigações seguem em andamento na Delegacia Regional de Polícia Civil em Nova Serrana.

Uma paciente internada na emergência clínica do Hospital da Restauração, na área central do Recife, recebeu sua refeição com uma barata viva dentro de um dos recipientes. Ela denunciou nas redes sociais e no programa TV Jornal Meio Dia. 

A artesã Ana Paula contou que não parecia uma cena real. “Eu fiquei chocada, nunca imaginei isso. Foi inacreditável. Coisa que só vemos em filme de comédia. Quando abrimos a marmita, a barata estava viva comendo a comida”, disse em entrevista ao programa. 

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O LeiaJá entrou em contato com a assessoria de comunicação do hospital, que informou que não recebeu “nenhuma reclamação da família da paciente, mas está apurando o que pode ter acontecido”. A instituição disse ainda que todas as refeições são fiscalizadas antes de serem servidas. 

Confira a nota na íntegra: 

“O Hospital da Restauração (HR) explica que não recebeu oficialmente nenhuma reclamação da família da paciente, mas está apurando o que pode ter acontecido. O Serviço de Nutrição do HR mantém a qualidade das refeições servidas a pacientes e acompanhantes através das Boas Práticas de Manipulação de Alimentos, e fiscaliza todas as refeições antes de serem servidas.” 

 

A médica Sandra Lucia Boyer, agredida durante o plantão que dava em um hospital público na zona norte do Rio de Janeiro, no último dia 16, afirmou que André Luiz do Nascimento Soares, um dos agressores, dizia estar armado e que teria ameaçado os profissionais que trabalhavam no local. "Ele chegou com a mão na cintura, dizendo que ia estourar todo mundo", disse Sandra, em entrevista exibida no Fantástico, da TV Globo, neste domingo (23).

A reportagem mostrou detalhes do momento em que André, a filha Samara Kiffin do Nascimento Soares e outra mulher, ainda não identificada, invadem o Hospital Municipal Francisco da Silva Telles e passam a agredir os funcionários e quebrar as instalações da unidade.

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A confusão pode ter provocado, ainda, a morte de uma paciente de 82 anos, que estava sendo monitorada com quadro de enfarte agudo no miocárdio, e não pode ser socorrida no momento do tumulto.

As imagens de segurança da unidade médica, apresentadas na reportagem, registraram o trio empurrando uma enfermeira, arremessando cadeiras, quebrando portas e depredando a sala hospitalar.

André Luiz, que deu entrada na unidade com um corte no dedo, teria se irritado ao saber que não seria atendido de imediato, uma vez que o seu caso não era grave e nem precisava de ponto, segundo Sandra. Em determinado momento, ele saiu do hospital, mas, ainda irritado, retornou com a mão na altura da cintura e fazendo um gesto semelhante ao de quem vai sacar uma arma.

"Ele entrou dizendo, com uma mão atrás da bermuda, que ia estourar todo mundo. Saiu da sala, me encontrou no corredor e partiu para cima de mim. Primeiro, levei um soco, caí no chão, levei um empurrão, um chute no sacro e, quando fui me levantar, levei um pisão nessa perna onde tem uma marca, que dá pra ver que foi um pé", relatou a médica à reportagem.

Os vídeos mostram ainda que os agressores invadiram uma área proibida do hospital, e próximo aos pacientes internados com o quadro clínico mais delicado. Sandra Lúcia disse ainda que ela era a única médica de plantão no momento, e que cerca de 60 pacientes estavam sob seus cuidados, sendo 20 em estado grave. Este era o seu quinto plantão, seguido, sozinha, de acordo com a profissional.

Paciente morre durante confusão

A paciente Arlene Marques da Silva, 82 anos, morreu durante o tumulto. A suspeita de Sandra Lúcia é de que a idosa tenha reinfartado durante a briga, o que foi comprovado pelo laudo do Instituto Médico Legal (IML). "Ela estava internada por infarto, e pode ter morrido por reinfarto. E eu não pude atender porque estava no chão", disse a médica.

Elaine Marques da Silva, filha de Arlene, contou à reportagem que tinha recebido a informação de que a mãe estava se recuperando e que ela receberia alta. Uma neta da vítima afirmou: "Eles foram desumanos. Só pensaram neles. Foi com a minha avó, mas poderia ser pior".

Pai e filha presos

Após a confusão, a Polícia Militar foi acionada e pai e filha foram levados para o 38.º Distrito Policial. Mesmo na frente dos policiais, a filha teria ameaçado "matar na porrada" a médica que já havia sido agredida. A profissional recebeu cinco pontos na boca em razão dos ferimentos.

Conforme a Polícia Civil do Rio, pai e filha foram presos, suspeitos do crime de homicídio doloso, na modalidade de dolo eventual, pela morte da paciente. Eles vão responder também por dano ao patrimônio público e desacato, sendo que ele responderá ainda por lesão corporal dolosa.

No registro feito na polícia, constam ainda os crimes de ameaça, coação no curso do processo e dano qualificado ao patrimônio público. Depois de receberem voz de prisão, Soares e Samara foram encaminhados para unidades prisionais distintas.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que repudia os fatos ocorridos na unidade e que todas as emergências da cidade atendem por classificação de risco, com prioridade absoluta aos pacientes com quadros de maior gravidade. "Casos de menor risco são atendidos na sequência ou encaminhados a outros serviços. Os profissionais das unidades trabalham com seriedade e devem ser respeitados pelos usuários", disse.

A defesa de pai e filha presos alega que a culpa da morte é da prefeitura, responsável pelo hospital.

Um homem e sua filha foram presos em flagrante, na madrugada de domingo (16), após agredir uma médica e tumultuar o atendimento em um hospital público de Irajá, zona norte do Rio de Janeiro. Eles exigiam tratamento imediato a um ferimento sem gravidade e invadiram a sala de emergência, interrompendo o atendimento a uma paciente em estado grave, que acabou morrendo. Segundo a Polícia Civil, além de outros crimes, ambos vão responder por homicídio com dolo eventual pela morte da paciente.

Conforme a polícia, André Luiz do Nascimento Soares, de 48 anos, chegou ao Hospital Municipal Francisco da Silva Telles com um corte em dedo da mão, acompanhado da filha Samara Kiffin do Nascimento Soares, de 23. Com a unidade lotada, os funcionários pediram para que aguardassem, pois pacientes em estado mais grave estavam sendo atendidos. Irritados com a demora, pai e filha teriam iniciado um quebra-quebra na unidade de saúde.

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Segundo o relato de funcionários e testemunhas, após quebrar vidros de portas e janelas, o homem invadiu a sala vermelha do hospital, onde ficam os pacientes mais graves, e agrediu com socos a médica de plantão. Aos gritos, Soares fazia menção sobre estar armado, causando pânico entre os funcionários, que se refugiaram até nos banheiros.

Uma paciente de 82 anos que estava sendo monitorada com quadro de enfarte agudo no miocárdio morreu durante o tumulto. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde do Rio, a idosa entrou em parada cardiorrespiratória às 4 horas, e a equipe não conseguiu reverter o quadro.

A Polícia Militar foi acionada e pai e filha foram levados para o 38º Distrito Policial. Mesmo na frente dos policiais, a filha teria ameaçado "matar na porrada" a médica que já havia sido agredida. A profissional recebeu cinco pontos na boca em razão dos ferimentos.

Conforme a Polícia Civil do Rio, pai e filha foram presos, suspeitos do crime de homicídio doloso, na modalidade de dolo eventual, pela morte da paciente. Eles vão responder também por dano ao patrimônio público e desacato, sendo que ele responderá ainda por lesão corporal dolosa.

No registro feito na polícia, constam ainda os crimes de ameaça, coação no curso do processo e dano qualificado ao patrimônio público. Depois de receberem voz de prisão, Soares e Samara foram encaminhados para unidades prisionais distintas. Os dois devem ser apresentados à Justiça em audiência de custódia nesta terça-feira, 18.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que repudia os fatos ocorridos na unidade e que todas as emergências da cidade atendem por classificação de risco, com prioridade absoluta aos pacientes com quadros de maior gravidade. "Casos de menor risco são atendidos na sequência ou encaminhados a outros serviços. Os profissionais das unidades trabalham com seriedade e devem ser respeitados pelos usuários", disse.

A defesa de pai e filha presos informou que espera que a prisão seja revertida na audiência de custódia. "Inicialmente a defesa entende, com a máxima vênia, que acusar os réus de homicídio de um paciente que já estava internado naquela unidade, possivelmente com um quadro clínico ruim, é forçoso demais. Réus esses que também estavam naquela unidade desesperados por um atendimento que não alcançaram", disse, em nota.

Na manhã deste sábado (8), um falso médico foi preso em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, quando acompanhava um paciente em transferência. Ele havia atendido o homem no município de Jatobá, no Sertão, e determinado sua transferência em uma UTI móvel para o Hospital Mestre Vitalino (HMV), no Agreste.

Foi a equipe médica da unidade em Caruaru que denunciou o falsário. De acordo com a polícia, o paciente, identificado como Ailton Sérgio Rodrigues da Silva, de 44 anos, é da cidade de Paulo Afonso, na Bahia. 

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Por meio de nota, o HMV informou que o paciente chegou ao local em parada cardíaca e foi atendido na Sala Vermelha, "onde foram efetuados os procedimentos de reanimação, mas sem êxito, sendo constatado o óbito". Ainda segundo o texto, durante o atendimento, os médicos desconfiaram da conduta do suposto profissional que estava acompanhando o paciente no trajeto.

A equipe do HMV, então, verificou que o profissional não possuía registro no Conselho Federal de Medicina (CRM). O suspeito foi conduzido à delegacia por equipe da Polícia Militar, para a realização dos procedimentos cabíveis. 

"Pedimos a identificação dele, mas ele não tinha CRM para atuar como médico. Apresentou apenas um documento como enfermeiro. Ele tem um curso de medicina no currículo, mas foi formado fora do país e não tem autorização para atuar aqui", disse o policial militar Renan Miranda, ao G1.

Em nota, a Polícia Civil afirmou que o falso médico foi preso em flagrante delito. Um inquérito foi instaurado para investigar o caso.

Em coma há um ano, James Howard-Jones teve morte cerebral confirmada e, pouco antes dos aparelhos que lhe mantinham vivo serem desligados, conseguiu recuperar a consciência. O paciente de 28 anos sofreu danos cerebrais graves após tomar um soco em uma briga em abril de 2022. 

A confusão que quase matou o rapaz começou em um bar em Cheltenham, na Inglaterra. James e um amigo acompanhavam uma luta de boxe e se desentenderam com um grupo que estava no estabelecimento. Após deixarem o local, eles se depararam com os homens que estavam dentro do bar e reiniciaram a briga na rua.  

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James levou um soco no rosto e ficou inconsciente. Ele foi socorrido ao hospital, onde ficou em coma por um ano. Nesse período, passou por diversas cirurgias de emergência, mas sem resposta efetiva. 

Os médicos declararam morte cerebral e anunciaram o desligamento dos aparelhos, mas ele acordou pouco antes da eutanásia. A equipe que o acompanha contou sobre o ocorrido e explicou sobre a necessidade de cuidados a longo prazo. Os médicos relatam que ele apresenta um quadro de depressão severa desde que acordou no leito. 

O agressor foi identificado com Ben Davies, de 24. Ele foi preso por dois anos e quatro meses por lesão corporal grave, mas disse que não teve intenção de causar a gravidade dos danos. A defesa ressaltou que suas ações foram "totalmente fora de personagem" e que o incidente também lhe causou um "profundo impacto". 

Um técnico de enfermagem contatado pela Secretaria de Saúde do Amazonas (SES) foi preso por suspeita de estuprar uma paciente recém-operada dentro Hospital e Pronto-Socorro João Lúcio, em Manaus. O homem, de 41 anos, foi detido no sábado (27), dentro da unidade. 

Familiares denunciaram o abuso e apontaram que o técnico teria se aproveitado do momento da troca de curativo da cirurgia de apêndice da paciente para tocar na vagina dela. A vulnerabilidade da vítima foi constatada pela falta de meios de defesa. 

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O suspeito foi levado ao 4º Distrito Integrado de Polícia, onde ficou à disposição da Justiça. A SES informou que ele integrava o quadro de servidores em regime temporário e confirmou a exoneração após tomar ciência do caso. Uma sindicância foi aberta para apurar o ocorrido e ajudar nas investigações. 

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O Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) foi o local escolhido pela paciente Esther Camilly para selar a união com o noivo Bruno Augusto, nessa quinta-feira (25). A capela central foi toda decorada com flores e ocupada por funcionários do hospital, familiares e amigos, que acompanharam a marcha nupcial e os votos do casal.

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Esse foi o primeiro casamento solidário após a pandemia. A celebração foi organizada pela Rede Feminina - grupo de apoio voluntário que acolhe pacientes do hospital -, que buscou parcerias para viabilizar desde os trajes dos noivos até a filmagem da cerimônia. 

A noiva de 22 anos é paciente do setor de Pediatria da unidade desde adolescente. Ela chegou ao HCP com diagnóstico de câncer ósseo e precisou amputar uma das pernas. Esther afirmou que a unidade foi escolhida por fazer parte da sua história com Bruno.

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Ela escolheu o médico e vereador do Recife, Tadeu Calheiros (Podemos), como um dos padrinhos. Momentos antes do início da cerimônia, Ester o surpreendeu com um convite para levá-la até o pai, no meio da capela, antes de seguir ao altar. 

"Pensem na emoção! Mesmo com todas as dificuldades, cansaços e desafios do nosso dia a dia no SUS, são momentos como este que fazem a Medicina valer a pena. É gratificante poder celebrar a realização dos sonhos dos nossos pacientes. Felicidades eternas aos queridos noivos, Ester e Bruno!", publicou o médico. 

Um socorrista do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi filmado caindo em cima de um paciente durante um atendimento em Novo Gama, no Distrito Federal. O vídeo viralizou nas redes sociais, ultrapassando a marca de 3 milhões de visualizações.

A situação foi registrada na última sexta-feira (19), quando o Samu foi acionado para uma batida envolvendo um carro e uma moto. Na ocorrência, uma das vítimas ficou com escoriações nos joelhos e precisou ser imobilizada para seguir para uma unidade de saúde. 

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O socorrista se desequilibrou em razão do derramamento de óleo na pista, que não havia sido percebido pelo socorrista. A repercussão do vídeo fez com que o profissional, Gustavo Rios, gravasse um depoimento sobre o caso para seus seguidores no Tik Tok.

Com bom humor, ele ressaltou que o tropeço não machucou o paciente em atendimento, que não apresentava estado de saúde grave. “Estamos montando um top 10 com as melhores piadinhas [...] Esclareço para vocês que isso foi um acidente. Não machucou o paciente, o paciente não teve nenhuma lesão. Inclusive, a gente brincou que se o vídeo viralizasse a gente ia dividir os ganhos com o Tik Tok”, afirmou. 

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que a União e o Estado de Pernambuco devem fornecer medicamento à base de canabidiol à paciente com condição específica de saúde. No julgamento realizado nessa terça-feira (16), a 2ª Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu seguir entendimentos do Ministério Público Federal e do Tribunal Regional da 5ª Região.  

Ficou determinada a liberação do uso do remédio à base de canabidiol para tratamento de uma menina menor de idade com condição específica de saúde. A substância química da Cannabis Sativa deve estar acompanhada de prescrição médica que indique dosagem e tempo de uso.  

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 Após um primeiro julgamento do caso no TRF, a União e o Estado de Pernambuco entraram com recurso contra a determinação alegando, entre outros fatores, o fato de não haver registro do remédio na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); ausência de estudos que comprovem a eficácia do medicamento; além da existência de leis que vedam o fornecimento do remédio.

Por outro lado, o Ministério Público Federal argumenta que existe, no caso concreto da paciente, uma excepcionalidade que justifica a utilização do medicamento mesmo que a substância não tenha autorização da Anvisa.   

O Tribunal considerou que não há provas da ineficácia do canabidiol, que inclusive já possui autorização da Anvisa para importação da droga; que há uma prescrição médica recomendando o uso do medicamento; e que os tratamentos alternativos disponíveis no Sistema Único de Saúde não surtiram o efeito desejado. As informações constam do laudo do perito judicial.   

Na decisão, foi destacado ainda que a Anvisa já aprovou um total de 16 produtos medicinais à base de extrato de Cannabis Sativa, sendo que 10 deles são substâncias purificadas e isoladas a partir de canabidiol, não havendo assim proibição para uso no caso julgado. 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei 14.538/23, que garante às mulheres o direito de troca de implante mamário colocado em virtude de tratamento de câncer sempre que houver complicações ou efeitos adversos. O texto da lei foi publicado nesta segunda-feira (3) no Diário Oficial da União.

A regra vale tanto para o setor privado quanto para o Sistema Único de Saúde (SUS). No âmbito do SUS, a lei determina que o procedimento seja realizado no prazo de 30 dias após a indicação do médico assistente.

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A nova lei tem origem em projeto (PL 2113/19) da deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), aprovado na Câmara dos Deputados e no Senado.

A lei assegura ainda o acompanhamento psicológico e multidisciplinar das pacientes que sofrerem mutilação total ou parcial de mama decorrente de utilização de técnica de tratamento de câncer.

* Da Agência Câmara de Notícias

Na tarde dessa segunda-feira (20), um dentista de 54 anos foi preso em flagrante por abuso sexual de uma paciente, em Viamão, na Região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. A conduta do profissional de saúde, que não teve a identidade revelada, foi filmada pela vítima durante consulta.

Nas imagens, o dentista é flagrado tocando a paciente de forma indevida. À Polícia Civil, ela contou que decidiu gravar o atendimento porque já tinha sofrido abusos em em outra consulta, em outubro de 2022. 

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A mulher entregou o material à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) e, através dele, a prisão em flagrante foi possível. De acordo com a Polícia Civil, o dentista já respondeu a outras acusações de abuso sexual nas mesmas circunstâncias. 

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, nessa terça-feira (14), que médicos não podem denunciar pacientes por abortos clandestinos.

No Brasil, o aborto legal é permitido apenas em casos exepcionais, como de violência sexual e se a gestação oferecer risco à vida da mãe, até a 20.ª semana de gestação.

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Os ministros da Sexta Turma concluíram que os médicos precisam respeitar o sigilo profissional.

Relator do caso, o ministro Sebastião Reis Júnior disse que o médico é 'confidente necessário' e, por isso, está 'proibido de revelar segredo de que tem conhecimento em razão da profissão intelectual, bem como de depor sobre o fato'.

A decisão inédita foi tomada na análise de um processo de Minas Gerais.

O caso aconteceu em 2014. A mulher estava grávida de 16 semanas e teria tomado um remédio abortivo. Ela precisou ser internada e o médico responsável denunciou o caso à Polícia. Ele compartilhou o prontuário da paciente, para comprovar as acusações, e serviu como testemunha no processo.

O STJ trancou a ação penal contra a mulher por considerar que as provas reunidas no processo são ilícitas.

"A instauração do inquérito policial decorreu de provocação da autoridade policial por parte do próprio médico, que, além de ter sido indevidamente arrolado como testemunha, encaminhou o prontuário médico da paciente para a comprovação das afirmações; encontra-se contaminada a ação penal pelos elementos de informação coletados de forma ilícita, sendo, portanto, nulos", escreveu o relator.

A família de Geildon Ferreira da Silva, de 40 anos, busca informações do homem desde que ele foi considerado desaparecido, no último sábado (18). Natural de São José do Belmonte, no Sertão de Pernambuco, Geildon estava no Recife na semana passada, aguardando por uma cirurgia na cabeça, no Hospital da Restauração. Ele estava na Ala Vermelha da unidade de saúde, sob observação e, sem o conhecimento da família, assinou um termo de saída, negando a cirurgia. 

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O paciente estava internado desde o dia 10 de fevereiro, em sua cidade. De acordo com a família, Geildon sofreu um acidente de motocicleta em São José do Belmonte, mas a equipe médica local notou uma “mancha de sangue” na cabeça do homem, e recomendou aos familiares que ele fosse transferido para uma unidade na capital, com maior estrutura. A cirurgia ficou agendada para o dia 18 de fevereiro, no HR, mas por uma restrição de dieta, foi remarcada para o dia 19, no domingo. 

"Ele não estava consciente do que falava, disse que não queria fazer a cirurgia porque não estava doente e que queria ir para casa. Até avançou no irmão para ir para casa com ele", disse Thalles Ferreira Sobreira, primo do desaparecido.  

Quem acompanhou Geildon ao Recife foi um irmão, não identificado. O familiar precisou seguir à casa de apoio da unidade e retornou no domingo (19), durante o horário de visita. Lá, soube que o irmão havia sido liberado. 

"Domingo era dia de visita e o irmão dele foi ao hospital. Quando chegou na sala do hospital, não o encontrou e procurou a assistente social da Restauração. Ela pediu para procurá-lo nos corredores, ele revirou o hospital e não o encontrou. A assistente, na portaria, pegou a documentação de Geildon e confirmou que ele tinha assinado um termo e ido embora", completou o primo do paciente. 

Thalles reafirma que a família questionou a unidade de saúde e chegou a ter o apoio da assistente social para tentar localizar Geildon, mas sem sucesso. Em contato com o HR, o LeiaJá confirmou que o paciente deu entrada e saída ainda no dia 18 de fevereiro. Como Geildon tem apenas 40 anos e é considerado neurotípico, ele tem a autonomia de assinar o termo e sair. A família discorda e alega que o paciente estava claramente desorientado, sem condições de decisão. 

Mais informações 

Geildon não tem mais os pais, não é casado e nem tem filhos. Tem 40 anos e, quando desapareceu, vestia uma camisa estampada com mangas curtas, na cor rosa e com desenhos de folhas na cor verde. É loiro, magro, tem olhos verdes e barba. É conhecido como “Macaxeira”. Está desaparecido no Recife desde às 13h do dia 18 de fevereiro. 

Tem alguma informação? Entre em contato com a família 

(87) 9. 9635-5700 (Thalles) 

(81) 9. 9925-3554 

(87) 9. 9995-9353 

(81) 9. 9618-4410 

 

Após se apresentar como paciente, uma mulher roubou equipamentos de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) localizada em Abreu e Lima, no Grande Recife. De acordo com a Polícia Civil, ela devolveu todo o material levado da unidade de saúde, com valor avaliado em R$ 22 mil. A polícia informou que ela entrou no local dizendo que precisava ser atendida e alegou ter "ouvido vozes que mandaram levar os objetos", avaliados em R$ 22 mil.

À corporação, a mulher alegou ter cometido o crime após ter "ouvido vozes que mandaram levar os objetos". Ela chegou à unidade de saúde afirmando que precisava de um parecer cardiológico, em razão de uma suposta cirurgia que faria.

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Dentre os equipamentos roubados, estava um laringoscópio, usado para fazer a intubação de pacientes. Também foram levados: um monitor ambulatorial de pressão arterial, conhecido como MAPA; um holter, que monitora arritmias cardíacas; além de duas braçadeiras.

Imagens das câmeras de segurança da UPA mostram a mulher de pé nas proximidades da porta da sala onde estavam os aparelhos. Em seguida, ela entra no local, onde passa cerca de dois minutos. Por fim, deixa a sala e volta para a área de espera, posteriormente ainda sendo chamada para o atendimento. 

Na manhã da terça (31), a direção da UPA deu falta dos equipamentos e procurou a polícia. Após as diligências, a polícia conseguiu identificar a mulher, que havia guardado os objetos em uma gaveta. Ela disse que pretendia devolver tudo.

A suspeita não foi presa, mas o inquérito policial deve ser concluído até o final de semana, para ser remetido ao Ministério Público, que decidirá efetuar ou não denúncia à Justiça. A Polícia Civil acredita que a autuada é portadora de doença mental.

Hoje (17) é comemorado o Dia Mundial da Anestesia. E a primeira anestesia geral aplicada em um paciente foi em 1846. O método foi utilizado por meio de um aparelho inalador de éter antes de uma cirurgia de grande porte, resultando  em uma anestesia geral. O aparelho foi idealizado pelo americano Thomas Green Morton (1819-1868), que utilizava em seus procedimentos para a extração de dentes.  

No Brasil, a primeira anestesia geral foi realizada no Hospital Militar do Rio de Janeiro em 1847. O profissional capacitado para aplicar a anestesia em um paciente deve ser formado em Medicina e ter especialização em Anestesiologia. Mesmo as técnicas hoje em dia serem altamente modernas, o anestesiologista é o profissional capacitado para reduzir riscos e acidentes durante o procedimento e sua presença é indispensável.

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Segundo dados da Demografia Médica no Brasil, existem 25 mil profissionais especializados, sendo 13 mil pela Sociedade Brasileira de Anestesiologia. Esses profissionais garantem a segurança do paciente e a ética médica.  

A anestesia pode ser de dois tipos: geral (quando o paciente fica inconsciente e sem sensibilidade no corpo todo durante o procedimento cirúrgico) e a parcial, quando apenas o local da cirurgia é anestesiado – neste caso, o paciente pode ou não ficar consciente. A duração de cada anestesia varia de acordo com o tempo que a junta médica levará para realizar o procedimento cirúrgico. O anestesiologista é o profissional que possui o Registro de Qualificação de Especialidade no Conselho Federal de Medicina (RQE) e acompanhará o paciente em todos os processos da operação.  

Atualmente, são diversos os métodos utilizados para o ato anestésico e o anestesiologista deverá, previamente, avaliar o paciente de modo que, ao final, possa elaborar um planejamento da técnica anestésica adequada ao procedimento cirúrgico ao qual irá se submeter. As técnicas mais comuns são: a anestesia geral -  na qual podem ser utilizados agentes inalatórios (vapores ou gases) ou fármacos injetados diretamente na corrente sanguínea por uma punção venosa. Ou os conhecidos bloqueios nervosos, que podem ser diversos, além dos bloqueios do neuroeixo.  

Um paciente do Centro Clínico Pinheirinho, em Curitiba-PR, teve uma luva cirúrgica colocada na barriga no lugar de uma bolsa de colostomia. A unidade do grupo NotreDame Intermédica não tinha o coletor adequado e o médico sugeriu improvisar com o EPI. 

João Carlos dos Santos, de 35 anos, se recuperava de uma cirurgia no rim e o curativo que segurava o dreno para eliminar secreções não estava dando conta da quantidade de líquido. De volta ao hospital, no dia 22 de setembro, ele foi informado que a unidade não tinha bolsa de colostomia e o médico perguntou se aceitaria colocar uma luva temporariamente, com um retorno agendado para o dia seguinte. 

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“O médico falou que era medicina de guerra e colocou uma luva improvisando o procedimento. Saí da clínica com aquela luva pendurada na barriga, vazando muito. Em casa eu não tinha controle. Fiquei encharcado de secreção... Minhas roupas e cobertores ficaram todos molhados”, relatou ao G1. "No momento, eu até me achei bem acolhido, ele estava sendo simpático. Depois que caiu minha ficha. Pensei: ‘Cara, o que eu tô fazendo com isso aqui?’. Aí pedi ajuda para uma amiga”, acrescentou. 

A amiga de João trabalha em um hospital da cidade e fez a troca pelo coletor adequado. Em nota, a empresa lamentou o ocorrido e disse que o médico responsável pelo procedimento foi desligado. Questionada sobre a justificativa da falta de bolsas de colostomia e os possíveis prejuízos do uso da luva à saúde do paciente, a NotreDame Intermédica não respondeu à reportagem. 

Um áudio compartilhado nas redes sociais denuncia que uma paciente, de 46 anos, foi vítima de negligência médica na unidade Ilha do Leite da Hapvida Recife. Ela morreu neste mês com o intestino perfurado, 15 dias após passar por cirurgia na unidade. A Hapvida lamentou o caso. 

A paciente identificada apenas como Débora deixou o marido Roberto e dois filhos, uma menina de seis anos e um menino de 14. "Foi um choque geral [...] a negligência continuada que foi feita na Hapvida Recife foi muito danosa para a nossa família", relata Marluce Oliveira, cunhada da vítima. 

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No dia 2 de setembro, Débora passou por uma cirurgia de histerectomia parcial para retirada de miomas no útero, que lhe causavam sangramento intenso. No dia seguinte, ela apresentou um quadro diverso e informou que não estava bem. Mesmo assim, recebeu alta da cirurgiã. "[...] muitas dores, não estava conseguindo se alimentar e vomitando. Não havia feito cocô, nem conseguido andar", teria relatado à médica.  

Três dias depois, ela foi socorrida com muitas dores e ainda sem conseguir se alimentar. "Tudo que botava na boca, vomitava. O detalhe é que o vômito era podre, com cheiro de podre", descreveu a cunhada. Essa foi a primeira das seis vezes que foi socorrida para a urgência. A recomendação dos médicos era que ela tomasse remédios para enjoo e para dor, sem prescrever nenhum exame. 

Com mesmo quadro de dores fortes e mal-estar, a paciente voltou a ser socorrida no dia 15. Dessa vez, o marido exigiu que fosse realizado um exame de imagem. Débora passou por uma tomografia computadorizada e identificou um pedaço de gaze dentro da mulher. 

"O resultado dessa tomografia deu que ela esqueceu uma compressa de gaze dentro dela, medindo 7 por 4,5 cm, e a pessoa que fez o laudo deixou bem em destaque para que fosse tomado logo uma providência", afirmou Marluce. 

Uma nova cirurgia foi marcada para o dia seguinte e, dessa vez, o marido reivindicou que uma sobrinha da esposa, que é médica no IMIP, acompanhasse o procedimento. Ele teria sido informado que a presença da sobrinha seria respeitada, pois se tratava de um direito da família. Contudo, a nova cirurgia foi realizada sem que o direito fosse atendido. "Quando ela chegou lá, já estavam limpando e fechando. Não esperaram por ela para fazer a cirurgia", disse a cunhada. 

Débora morreu na madrugada do dia 17 e a necropsia teria constatado que seu intestino foi perfurado no hospital. A família acusa a Hapvida Recife de negligência continuada e pede que a cirurgiã responsável seja removida do quadro de atendimento. 

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Em nota, a Hapvida disse que o caso comoveu a todos que fazem parte da empresa e se solidarizou com os amigos e familiares da paciente. A companhia não citou o afastamento da cirurgiã e informou que vai apurar os fatos. 

Confira o comunicado na íntegra: 

A perda de uma vida sempre traz uma enorme comoção para a família e em todos que fazem parte do dia a dia da empresa. Lamentamos profundamente, e nos solidarizamos com familiares e amigos, pelo acontecido, no último dia 18 de setembro. Por isso mesmo, a companhia antecipa que vai apurar, com todo empenho, o relato dos familiares e está totalmente à disposição da família para prestar todo o apoio necessário”. 

Além de sintomas de febre, fadiga, dor de cabeça, dores musculares e aparecimento de lesões cutâneas, manifestações oculares também podem estar atreladas à varíola dos macacos. Na semana passada, o H.Olhos, referência em oftalmologia na capital paulista, identificou o primeiro caso de paciente com confirmação para a doença a partir de exame de coleta ocular.

Quatro dias após o surgimento de lesões na pele, associadas a outros sintomas de monkeypox como mialgia e cefaleia, um profissional de saúde, de 30 anos, que preferiu não se identificar, começou a apresentar também irritação ocular e lacrimejamento, quadro semelhante a uma conjuntivite. Enquanto ainda aguardava o resultado do RT-PCR, exame que se baseia na coleta de material genético presente nas lesões características da doença, decidiu procurar atendimento oftalmológico.

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"Os sintomas como mialgia e cefaleia duraram apenas um dia. As lesões na pele permaneceram e foram mudando o aspecto com o passar dos dias. Quatro dias após os sintomas, comecei a apresentar irritação ocular associada a lacrimejamento. Procurei atendimento oftalmológico para uma avaliação mais detalhada, por saber que há casos de pacientes têm conjuntivite no diagnóstico de varíola dos macacos", afirmou ele.

O paciente foi encaminhado para coleta de material microbiológico dos olhos. Em pouco tempo, a confirmação do diagnóstico oftalmológico foi feita, assim como saiu o resultado positivo do RT-PCR. "Além de isolamento em casa por 21 dias, com tratamento apenas sintomático, também precisei realizar cuidados com os olhos", disse o homem. Ele passou por acompanhamento em ambulatório de oftalmologia e utilizou compressa local, colírio antibiótico e lubrificante ocular.

"Esse paciente teve positividade para lesões em região inguinal e para lesões oculares. Comparamos as amostras coletadas em laboratórios diferentes e ambos identificaram uma concentração de carga viral elevada para a monkeypox. Ou seja, conseguimos correlacionar que os pacientes que têm lesões com positividade para exames cutâneos podem apresentar positividade para exames oftalmológicos, e daí, o exame do olho passa a ser também um exame de diagnóstico para a doença", acrescentou Pedro Antônio Nogueira Filho, chefe do Pronto-Socorro do H.Olhos.

Segundo o especialista, diversas situações podem estar presentes dentro da varíola dos macacos com manifestações oculares. Em razão do aumento do número de casos, recomenda-se ainda que os oftalmologistas incorporem a monkeypox como parte do diagnóstico diferencial quando chegarem aos consultórios casos semelhantes que apresentam manifestações oftalmológicas como conjuntivite, blefarite, ceratite ou lesões na córnea, por exemplo.

"Existem várias manifestações oculares que podem estar atreladas à varíola dos macacos. Em muitas ocasiões, as manifestações oculares são até mesmo mais frequentes que outras manifestações. Essas manifestações em si podem variar de quadros atrelados a dor de cabeça na região frontal, vermelhidão da região das pálpebras, quadros inflamatórios palpebrais, a própria conjuntivite, seguida de ulcerações nas córneas e dificuldade para olhar para a luz, entre outras lesões da córnea, além de baixa visual. Uma gama de situações que podem estar presentes dentro da condição da monkeypox", afirma Nogueira Filho.

Com o diagnóstico confirmado, o paciente precisou manter isolamento para evitar que outras pessoas pegassem a doença. "Pode haver até duas semanas de período de incubação e até três semanas de transmissibilidade, sendo possível o paciente que teve diagnóstico ocular positivo para a varíola dos macacos transmitir a doença. Tanto que identificamos a carga viral pela coleta de superfície ocular. Se o paciente está lacrimejando, a partir do momento em que há contato com outra pessoa, esse vírus pode se manifestar a partir dessa contaminação inicial. É possível não somente para lesão ocular, assim como para qualquer outra lesão da superfície dos olhos", orienta Nogueira Filho.

Kemi Salami, especialista em Oftalmologia pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) e Associação Médica Brasileira (AMB), afirma que as alterações oftalmológicas são menos comuns que as dermatológicas características da doença. "Além da conjuntivite, outras alterações podem aparecer, como formação de vesículas na região periocular, aumento dos gânglios linfáticos perioculares, blefarite, ceratite e úlcera de córnea", destacou Kemi.

Casos de varíola dos macacos

No mundo já são ao menos 49.961 casos confirmados e suspeitos da doença. Com mais de 4 mil casos, o Brasil é o terceiro país com mais registros de varíola dos macacos, atrás apenas dos Estados Unidos (17.995) e Espanha (6.459), conforme atualizações da Organização da Saúde (OMS) contabilizadas até a tarde desta terça-feira, 30. Desde 23 de julho, a doença é reconhecida como uma emergência de saúde global.

Dicas que podem prevenir varíola dos macacos e ajudar a evitar a contaminação dos olhos:

Lavar as mãos com frequência.

Evitar tocar os olhos, nariz, ouvidos com as mãos.

Não compartilhar colírios.

Não usar colírios por conta própria.

Não compartilhar objetos de uso pessoal como toalhas de rosto, talheres, lençóis e fronhas de travesseiro.

Uso de máscaras de proteção.

O Dia Nacional do Diabetes, celebrado neste domingo (26), reforça a importância de hábitos saudáveis para evitar a doença, que acomete mais de 537 milhões de adultos com idade entre 20 e 79 anos, representando 10,5% da população mundial nessa faixa etária. Os dados são do Atlas do Diabetes 2021, divulgado pela Federação Internacional de Diabetes (IDF).

O Brasil é o sexto país em incidência de diabetes no mundo e o primeiro na América Latina -- são 15,7 milhões de pessoas adultas com esta condição, e a estimativa é que, até 2045, a doença alcance 23,2 milhões de adultos brasileiros.

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A aposentada Walquiria Lopes, de 64 anos, teve o primeiro sinal de que poderia estar com a doença em um teste de rotina no escritório em que trabalhava. Após um mês de acompanhamento médico e aferição diária da glicemia capilar, ela recebeu o diagnóstico: diabetes tipo 2.

“Fiquei muito assustada pois já queriam até me aplicar insulina, porque já [o índice] estava muito alto. Aí comecei o tratamento com um endocrinologista. A descoberta é muito importante, porque eu não tinha sintomas, o diabetes é uma doença silenciosa. Eu não tinha sede, pois eu já tomava água por causa de cálculos renais. Já não comia muito doce, mas comia muito carboidrato, e não sabia que este também podia causar a doença”, lembra Walquiria. A aposentada destaca a importância dos exames e diz que foi com a picadinha no dedo que teve o alerta. A confirmação da doença veio depois, com exames de sangue.

Walquiria aprendeu a conviver com o diabetes, controlando a doença de forma adequada. “Continuo não tendo sintoma nenhum, mas convivo com a doença fazendo exames periódicos, tomo a medicação e vou ao médico regularmente.” Ela reforça que o exame é importante porque, se o diabetes for descoberto precocemente, a pessoa já pode iniciar o tratamento. Com o tratamento adequado, a vida é perfeitamente normal, afirma.

Tipos

Existem quatro tipos de diabetes, explica o endocrinologista e presidente da Associação de Diabetes do ABC, Marcio Krakauer. “O do tipo 1 acontece por uma doença autoimune, em que o corpo para de produzir insulina naquele momento (ou poucas horas e dias antes), e os sintomas são excessivos, como fome, sede intensa, perda de peso, visão embaçada, infecções urinárias e genitais, dores no corpo”.

Nesse tipo, quando se repõe a insulina, o indivíduo fica bom rapidamente. O diabetes do tipo 2 é uma doença que mistura o hereditário com o ganho de peso e vai surgindo de forma muito lenta na vida. Em geral, quando se faz um diagnóstico por causa de tais sintomas, estes já existem há cerca de cinco anos ou mais, acrescenta o médico. Segundo Krakauer, o diabetes do tipo 2 é completamente assintomático ou pouco sintomático.

Já o pré-diabetes é uma condição bem inicial. “Nós damos esse nome, mas, na verdade, a glicose já não está normal. O diagnóstico é feito por números de glicose na ponta do dedo, ou do exame hemoglobina glicada ou do exame de curva glicêmica. É o início da história do diabetes”, e aí as pessoas precisam ser tratadas para evitar que fiquem com diabetes, ressalta o médico. 

O diabetes gestacional é aquele que aparece por causa da gravidez. “Em geral, são mulheres obesas, que têm história de pais com diabetes tipo 2 e que, quando estão entre a 26ª e 28ª semanas de gestação, por conta dos hormônios da gravidez, podem apresentar a glicose elevada, o diabetes. Essas mulheres devem tratar-se porque pode haver muitas complicações para mãe e para o bebê”, observa Krakauer.

Conviver com a doença

Os riscos do diabetes são vários, mas há formas adequadas de controlar a doença. “Todos [os tipos de diabetes] precisam de mudança de estilo de vida: primeiro plano, alimentar-se de forma saudável, nutricionalmente adequada. Aqueles que estão acima do peso devem perder peso, os que estão abaixo do peso, ganhar ou manter o peso”, destaca o médico.

Ele acrescenta que é importante reduzir os carboidratos simples e dar preferência aos carboidratos integrais, ingerindo-os em pequena quantidade, e ter a alimentação fracionada ao longo do dia. O prato precisa ser composto de forma saudável: metade de legumes, verduras, saladas, um quarto de carboidratos integrais e um quarto de proteína, que pode ser vegetal ou animal.

Quem tem diabetes tipo 1 precisa fazer a reposição de insulina, já que não produz o hormônio, e manter hábitos de vida saudáveis. A insulina, hormônio produzido pelo pâncreas, é responsável por levar a glicose que está no sangue para o interior das células.
Já o diabetes gestacional, dependendo da situação, pode ser tratado só com alimentação saudável. “Se necessário, o diabetes gestacional pode ser tratado com insulina. Por enquanto, não se utiliza medicamento oral. Apesar de alguns estudos liberarem a metformina, por enquanto só se libera a insulina durante a gestação. E atividade física também. Aliás, a atividade física é importante para todos os tipos de diabetes e para todas as pessoas.”

De acordo com o médico, para conviver com a doença, é preciso monitoramento e educação. “É preciso fazer teste na ponta do dedo ou usar a medição da glicose continuamente para tomada de decisão, tanto para enxergar o efeito da alimentação, o efeito da parte emocional, da glicose no sangue, o efeito do exercício, dos remédios, da insulina. A monitorização é muito importante.”

Krakauer explica que, quando o diabetes está bem compensado, com parâmetros perto da normalidade, a chance de complicações crônicas é mínima. “Mas aqueles que estão [com o diabetes] mal controlado e por muito tempo, podem ter complicações nos olhos -- a doença é a maior causa de cegueira no mundo –, no coração e doenças arteriais periféricas.”

Podem advir ainda problemas neurológicos, alerta o médico. “Chamamos de neuropatia do diabetes, que aumenta muito a chance de perder a sensibilidade nos pés. Esses indivíduos podem ter infecções e sofrer amputações, além de doença renal do diabetes que leva à hemodiálise ou ao transplante de rim. E várias outras questões, como gordura no fígado, doenças pulmonares, pior resposta às infecções, como, por exemplo, a covid-19.”

O médico explica que quem tem diabetes responde mal à doença porque a glicose alta diminui a imunidade às infecções. “Quando a doença está controlada e bem compensada por muito tempo, isso não ocorre”.

Prevenção

A fórmula alimentação saudável e exercícios físicos é o meio mais efetivo de prevenir a doença, orienta o especialista. “A mistura é: alimentação saudável, perda de peso para quem está acima do peso, muito exercício físico, tomar muita água, dormir direito e reduzir o estresse,  quando possível.”

Krakauer enfatiza que alimentos ultraprocessados também aceleram a incidência da doença. “Ultraprocessados são alimentos com alto teor de farinha branca, açúcares e gorduras, que fazem mal ao organismo. O indivíduo que tem tendência ao diabetes tipo 2, pode, com o excesso de ultraprocessados, ganhar peso muito rapidamente na região da barriga e apresentar excesso de gordura no fígado e no pâncreas [esteatose hepática ou pancreática], o que é um fator de risco gigantesco para o aparecimento da doença.”

Ficar longe do cigarro e das bebidas alcoólicas é outra maneira de diminuir o risco de ter a doença, diz o médico. “Não fumar em hipótese alguma, reduzir as bebidas alcoólicas, para quem as toma em excesso, levar a vida de forma saudável, o máximo que conseguir. Algumas vezes, podem ser indicadas medicações capazes de reduzir o risco do diabetes em torno de 30%.”

Portal

Iniciativas que forneçam informações de qualidade contribuem para o gerenciamento adequado da condição é uma forma de ajudar quem busca conhecimento. Uma delas é o portal Tipo Você, que reúne conteúdos informativos e educacionais para que pacientes e familiares aprendam e aperfeiçoem o gerenciamento do diabetes.

Lançado na última semana pela Roche Diabetes Care, o portal visa auxiliar as pessoas com diabetes a entender as medidas adequadas e a cuidar cada vez mais da saúde.

Para o médico, informação é essencial para a mudança no estilo de vida de quem quer evitar o diabetes e de quem precisa conviver com doença. “É mudança de estilo de vida. E é preciso ter conhecimento, informação, educação para atingir a transformação.”

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