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A Rússia declarou nesta terça-feira (28) que visa a rendição da Ucrânia, um dia após um bombardeio russo que matou 18 pessoas em um shopping em Kremenchuk e apesar do firme apoio e da unidade reafirmada pelo G7.

"A parte ucraniana pode acabar (com o conflito) no dia de hoje" se "ordenar" aos seus soldados que "entreguem as armas", afirmou Dmitri Peskov, porta-voz de Vladimir Putin.

Mas o ataque russo ao centro comercial na segunda-feira revigorou ainda mais a determinação ucraniana.

Em uníssono com as condenações ocidentais, o G7, reunido no sul da Alemanha, denunciou um "crime de guerra".

"Dezoito mortos... Minhas sinceras condolências às famílias e entes queridos. Os socorristas continuam trabalhando", declarou o chefe interino da administração regional de Poltava, Dmytro Lunin, sobre o bombardeio que atingiu a cidade localizada 330 km a sudeste de Kiev e a mais de 200 km da frente de combate.

- "Terrorismo" -

O edifício ficou em ruínas, cercado por estruturas de concreto e vidro, observou um jornalista da AFP no local.

Quatro guindastes gigantes foram instalados no local para retirar os detritos pesados. O estacionamento do shopping foi transformado numa zona de emergência onde trabalham socorristas e bombeiros.

É "um dos atos terroristas mais vergonhosos da história europeia", denunciou o presidente ucraniano Volodimir Zelensky, pedindo que a Rússia seja designada como "Estado patrocinador do terrorismo" após este ataque a "uma cidade pacífica, um shopping comum".

Em Nova York, o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, lembrou que os beligerantes estavam obrigados pelo direito internacional a "proteger os civis e infraestruturas civis", considerando o novo ataque "totalmente lamentável".

Uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU sobre os últimos bombardeios russos contra alvos civis na Ucrânia está programada para hoje às 16h00.

O exército russo, por sua vez, alegou ter atingido um depósito de armas, causando explosões que, segundo Moscou, incendiaram um shopping center abandonado.

De acordo com a Força Aérea ucraniana, o shopping foi atingido por mísseis antinavio Kh-22 disparados por bombardeiros de longo alcance Tu-22 da região russa de Kursk.

A Ucrânia é confrontada há cinco meses a "uma brutalidade" sem precedentes "desde a Segunda Guerra Mundial", lamentou o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg.

"A Rússia não pode e não deve vencer" a guerra e as sanções contra ela serão mantidas "enquanto for necessário", acrescentou o presidente francês, Emmanuel Macron, ao final do G7, que concluiu seus trabalhos nesta terça-feira.

Os ocidentais, liderados pelos Estados Unidos, prometeram assim apertar o cerco contra Moscou, visando a indústria de defesa russa em particular.

A maratona dos ocidentais continua esta noite com uma cúpula da Otan em Madri, um encontro no qual Zelensky também deve participar remotamente.

- Petróleo -

Também pretendem desenvolver um "mecanismo para limitar o preço do petróleo russo em nível global". Outra alavanca operada pelo Ocidente: o G7 "coordenará o uso de taxas alfandegárias sobre produtos russos para ajudar a Ucrânia".

O objetivo geral é "aumentar" os custos da guerra para a Rússia, resumiu o chanceler alemão Olaf Scholz, anfitrião da cúpula.

O G7 também promete participar da reconstrução do país por meio de uma conferência e plano internacionais.

Neste contexto, a Rússia baniu de seu território 25 americanos, incluindo a esposa e a filha do presidente Joe Biden.

Mas apesar do peso das sanções que atingem a economia russa, o Kremlin assegurou que "não há razão" para falar de default.

As autoridades russas, no entanto, reconheceram que, por causa das sanções, duas parcelas não chegaram aos credores até o prazo de domingo. Trata-se, de fato, de um "calote", estimou nesta terça-feira a agência de notação Moody's.

- Cidade em "ruínas" -

Poucas horas após o anúncio do bombardeio de Kremenchuk, as autoridades ucranianas anunciaram outro ataque mortal russo contra civis em Lyssychansk, um reduto estratégico de resistência ucraniana na bacia do Donbass (leste).

Nesta cidade gêmea de Severodonetsk, recentemente tomada pelos russos, pelo menos oito civis ucranianos foram mortos e mais de 20 outros, incluindo duas crianças, ficaram feridos enquanto "recolhiam água de uma cisterna", anunciou o governador da região de Lugansk, Sergei Gaïdaï.

Lysytchansk é a última grande cidade a ser conquistada pelos russos nesta província.

"Nossos defensores mantêm a linha, mas os russos reduzem a cidade a ruínas com artilharia, aviação (...) A infraestrutura está completamente destruída", detalhou Gaïdaï.

A conquista do Donbass, já parcialmente controlado por separatistas pró-Rússia desde 2014, tem sido o objetivo prioritário dos russos desde que se retiraram dos arredores de Kiev no final de março.

A Rússia também lançou 11 foguetes durante a noite em Mykolaiv (sul), segundo o chefe distrital desta cidade. Alguns foram interceptados, mas três pessoas morreram em Ochakiv, incluindo uma menina de 6 anos.

O chefe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Polícia Federal no Rio, Carlos Eduardo Thomé, afirmou que Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157, chefe do tráfico de drogas na favela da Rocinha, zona sul do Rio, indicou que poderia se entregar, na última sexta-feira, 22. De acordo com delegado, um parente muito próximo de Rogério telefonou para a PF e disse que o traficante queria se entregar.

O suposto parente deu informações que, confirmadas pela PF, levaram o órgão a ficar de prontidão para uma possível apresentação do criminoso às autoridades. O interlocutor, porém, disse que retomaria o contato com a Polícia no sábado de manhã, o que não aconteceu.

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"Esse interlocutor, que tem um laço bem próximo a ele, disse que seria a intenção de Rogério se entregar, uma vez que ele estava temendo pela sua integridade física, principalmente depois do cerco das Forças Armadas. Possivelmente, ele foi demovido da ideia de se entregar por medo, ou até pela dificuldade de voltar a falar com os seus parentes, uma vez que ele está sendo procurado por forças de segurança estaduais, federais e até por criminosos rivais", disse o delegado.

De acordo com Thomé, a situação de Rogério "é bem complicada" e o melhor é ele se entregar. "Se ele entende por bem se entregar, que baixe as armas e se entregue. Não tenho a menor dúvida de que ele vai ser capturado ou morto em confronto", disse.

Segundo o delegado, no sábado, agentes da PF estiveram em dois endereços utilizados por Rogério, no alto da Rocinha, baseados em informações obtidas pelo setor de inteligência. Nesses locais, eles encontraram duas residências de luxo, equipadas com piscinas e eletrodomésticos de ponta.

"As casas de Rogério são bastante luxuosas e destoam muito do restante das moradias da Rocinha", disse o delegado. Ele afirmou que não houve resistência de traficantes durante a incursão até o local, feita por agentes da equipe tática da PF, em parceira com o Bope.

Acabou a rebelião dos presos do Complexo Penitenciário Advogado Antonio Jacinto Filho, em Aracaju. Todos os 131 reféns - três agentes penitenciários e 128 familiares de presos - foram liberados e os policiais do Batalhão de Choque da PM já iniciaram a revista dos presos dentro do presídio de segurança máxima.

O secretário estadual de Segurança Pública, João Eloy, que integrou a comissão de negociação com os rebelados, prometeu apurar as denúncias de maus tratos e espancamentos e vai encaminhar outras reivindicações pertinentes ao Poder Judiciário, a exemplo de mais agilidade nos processos judiciais. A rebelião durou 26 horas. Ninguém foi ferido.

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Durante a manhã desta segunda-feira os presos começaram as liberar parte dos reféns e depois aceitaram entregar as armas que haviam retirado do presídio, a exemplo de duas escopetas e uma pistola taser (elétrica). Uma de suas reivindicações, de mudança da direção do presídio, foi negada.

De acordo com assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança Pública, o Primeiro Comando da Capital (PCC) liderou a rebelião, que abrangeu os 476 presos do complexo. Os cinco presos que lideraram a rebelião foram transferidos.

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