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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revisou o volume de serviços prestados em agosto ante julho, de uma queda de 0,9% para um recuo de 1,3%, na série com ajuste sazonal, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços divulgados nesta terça-feira (14).

A taxa de julho ante junho passou de alta de 0,4% para aumento de 0,6%, a de junho ante maio saiu de +0,2% para +0,1%, e a de abril ante março passou de -1,7% para -1,8%.

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A previsão de crescimento do Produto Interno Bruto do setor agropecuário foi revisada de 1,7% para 1,2% em 2021, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). As reduções nas estimativas de produtividade e produção no milho e um cenário menos favorável para a produção de leite foram os motivos considerados para os ajustes feitos pelos pesquisadores do Grupo de Conjuntura do Ipea.

Conforme o relatório, o valor adicionado da produção vegetal em 2021 foi revisto para baixo: de 1,7% para 1,2%, em virtude da revisão para a estimativa de produção do milho, que deve apresentar queda de 15,5% - de acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Apesar disso, o resultado para o componente deve ser positivo, sustentado pelas significativas altas nas produções de soja (+10,1%), arroz (+4,3%) e trigo (+32,9%). Entre as culturas com maior participação no componente, a soja é a única que apresenta perspectiva de crescimento no ano. As demais culturas de maior importância devem influenciar negativamente para o resultado deste componente por questões climáticas: milho (-15,5%), cana-de-açúcar (-3,7%) e café (-21,2%).

A produção animal foi revista com alta de 1,8% para 1,2% este ano. Apesar do crescimento na produção de aves (+6,8%), suínos (+8,7%) e ovos (+1,4%), a projeção é de queda nos dois produtos com maior participação no valor adicionado: bovinos (-0,9%) e leite (-0,4%). Entre esses, a revisão da projeção para o leite foi a principal responsável pela estimativa de crescimento mais baixo para a produção animal.

O pesquisador associado do Ipea, Pedro Garcia, um dos autores da nota, disse que "o aumento do custo de produção é um fator que tem desincentivado a produção de leite". Apesar da leve recuperação no consumo de carne bovina, a alta no preço da proteína e o impacto negativo da pandemia sobre o mercado de trabalho resultaram em um cenário mais desfavorável.

2022

Para 2022, a estimativa foi revisada marginalmente com alta de 3,3% para 3,4% no PIB do setor agropecuário, com crescimento de 2,2% na produção animal (ante alta de 1,8% na publicação mais recente) e 3,9% na produção vegetal (mantida desde a previsão anterior).

"Há perspectiva positiva por conta de expectativas de crescimento nas culturas de soja e milho; de recuperação do crescimento da produção de bovinos (após dois anos consecutivos de queda) e de nova alta estimada para a produção de suínos", informa o Ipea.

Os pesquisadores sinalizam que o cenário de riscos da produção agropecuária continua em linha com o que foi divulgado anteriormente, no mês passado. Para 2021, há possibilidade de efeitos residuais do fenômeno climático La Niña sobre culturas ainda em colheita, como a cana-de-açúcar.

A produção animal poderá continuar a sofrer os efeitos da mudança nos preços relativos e elevação nos custos de produção. "Para 2022, ainda há dúvidas sobre o ciclo climático que prevalecerá na safra, sua intensidade e os efeitos sobre a produção vegetal; mas na produção animal, o cenário é de normalização da oferta de bovinos", destacam os pesquisadores.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) fará uma nova revisão dos parâmetros de ajuste sazonal da Pesquisa Mensal de Comércio no ano que vem. O procedimento ocorre periodicamente e já estava previsto antes da pandemia de Covid-19, mas assimilará tendências captadas ao longo da crise sanitária, explicou Cristiano Santos, gerente da pesquisa do IBGE.

"A gente faz esse tipo de revisão geralmente a cada quatro anos. É um detalhe dentre todos os procedimentos que a gente faz para ajustar todo o cálculo", afirmou Santos, lembrando que o acerto ocorrerá na divulgação dos dados referentes a janeiro de 2022.

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O IBGE revisou o resultado das vendas no varejo em junho ante maio, de uma queda de 1,7% para uma alta de 0,7%. Segundo Cristiano Santos, a revisão acentuada é decorrente do próprio modelo de ajuste sazonal, sem influência de mudança em dados primários enviados pelos informantes da pesquisa.

"A estrutura do padrão do consumo está muito distinta por conta da pandemia", lembrou Santos, reconhecendo que esse período atípico afeta o modelo de ajuste sazonal.

O pesquisador ressalta, porém, que a leitura mais correta da trajetória do varejo é a do último dado divulgado. Com a revisão da informação referente a junho, o varejo passou a acumular um ganho de 8,1% no volume vendido em quatro meses consecutivos de avanços.

Santos explica que a Pesquisa Mensal de Comércio coleta a receita bruta de revenda de mercadorias, que é ajustada para retirar os efeitos da inflação e para neutralizar influências sazonais, como Natal e Páscoa, por exemplo.

"A pandemia desorganizou a estrutura tanto de demanda quanto de receita, demanda das famílias e a demanda de empresas também por bens produzidos. Essa desorganização faz com que hoje não exista um modelo que possa ser colocado no que seria o momento", justificou Santos sobre a volatilidade da série histórica com ajuste sazonal. "Tem a ver com o fato ainda de serem meses muito atípicos. Neste ano já tinha oferta de ovo de Páscoa em janeiro", completou.

Santos disse não acreditar que haja uma nova estrutura de consumo e sazonalidade no Brasil e no mundo, mas que o IBGE estuda continuamente para identificar se eventuais mudanças são apenas transitórias ou permanentes.

"Num primeiro momento não haverá reformulação de modelo (de ajuste sazonal). O que há é um estudo sob a luz dos dados. É um estudo contínuo", disse ele. "O modelo (de ajuste) está definido, ele continuará sendo o mesmo, o que haverá será uma atualização dele", acrescentou.

A Pesquisa Mensal de Comércio trará também em breve uma nova atividade varejista, além das 10 já investigadas: o setor de atacado de supermercados. A mudança ainda não tem previsão de ser implementada, mas Santos revela que o objetivo é "entender o atacarejo".

O Ministério da Cidadania prorrogou por mais 90 dias a suspensão de revisões cadastrais e de procedimentos operacionais do Programa Bolsa Família e do Cadastro Único para programas sociais do governo federal. A portaria foi publicada hoje (18) no Diário Oficial da União.

De acordo com o texto, a medida visa a “evitar aglomerações e exposição à infecção pelo novo coronavírus de integrantes de famílias beneficiárias, de pessoas em busca de atendimento para cadastramento, e, ainda, de cidadãos que trabalham em unidades de cadastro”. Além disso, a operação dos programas continua prejudicada, sobretudo nos municípios, por situações como suspensão de aulas, direcionamento de atividades das unidades de saúde para atender aos infectados pela Covid-19 e alteração no funcionamento de alguns centros e postos de cadastramento.

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A suspensão vale para procedimentos como os de averiguação e revisão cadastral, bem como as ações de bloqueio, suspensão e cancelamento de benefícios financeiros decorrentes do descumprimento das regras de gestão.

Também está suspenso o cálculo do fator de operação do Índice de Gestão Descentralizada do Programa Bolsa Família e do Cadastro Único, para apuração dos valores que são transferidos aos municípios, estados e ao Distrito Federal. Nesse caso, será utilizado o fator de operação do índice de fevereiro de 2020.

Após o prazo de 90 dias, o cálculo do fator passará a utilizar os dados mais recentes disponíveis da Taxa de Atualização Cadastral (TAC) e da Taxa de Acompanhamento da Frequência Escolar (TAFE), mantendo suspensa a atualização da Taxa de Acompanhamento de Saúde (TAS) por mais 90 dias.

O Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (8) traz publicada a Medida Provisória 739, que dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e institui bônus especial para médicos peritos do INSS. A MP vai permitir a execução das revisões que o governo Michel Temer pretende fazer na concessão de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez.

A intenção de promover um pente-fino na concessão dos benefícios foi anunciada na quinta-feira, 7. As medidas têm potencial para proporcionar uma economia anual de R$ 7,1 bilhões. Estão na mira benefícios pagos há mais de dois anos e que não foram revisados desde então. Nessa categoria, há 840 mil auxílios-doença, que consomem R$ 1 bilhão mensalmente dos cofres do governo, e três milhões de aposentadorias por invalidez, cujo gasto mensal chega a R$ 3,6 bilhões.

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Também serão reavaliadas 4,2 milhões de inscrições no Benefício de Prestação Continuada (BPC), concedido a idosos ou pessoas com deficiência com renda familiar per capita menor que ¼ do salário mínimo. Em 2015, o gasto com o BPC chegou a R$ 39,6 bilhões.

A MP ainda cria o Bônus Especial de Desempenho Institucional por Perícia Médica em Benefícios por Incapacidade (BESP-PMBI), com duração de até 24 meses. O bônus será pago ao médico perito do INSS, no valor de R$ 60 por perícia médica realizada nas Agências da Previdência Social. "O BESP-PMBI gerará efeitos financeiros de 1º de setembro de 2016 a 31 de agosto de 2018, ou em prazo menor, desde que não reste nenhum benefício por incapacidade sem revisão realizada há mais de dois anos, contados da data de publicação desta Medida Provisória", diz o texto.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) atualizou as informações sobre o Produto Interno Bruto (PIB) de 2014 ante 2013. O dado geral não sofreu alteração - a variação da atividade foi de 0,1% no período -, mas os componentes da oferta e da demanda acabaram tendo mudanças em seus resultados devido à incorporação de pesquisas estruturais e das Contas Anuais definitivas de 2012 e 2013, anunciadas em novembro.

Segundo o órgão, o PIB da agropecuária cresceu 2,1% no ano passado, bem mais do que o avanço de 0,4% estimado inicialmente. "As pesquisas estruturais que a gente incorporou mostraram queda menor das lavouras de milho, soja e cana, que têm peso de 60% na agricultura. Além disso, pecuária e exploração florestal também tiveram variação para cima", explicou Claudia Dionísio, gerente de Contas Trimestrais do IBGE.

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No caso da agropecuária, foram adicionados os dados da Produção Agrícola Municipal (PAM), da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM) e da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS).

Indústria

Além disso, o PIB da indústria caiu 0,9% em 2014 ante 2013, menos do que o recuo de 1,2% estimado antes pelo IBGE. A melhora foi motivada pela incorporação dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2014, que mudou as informações referentes à mão de obra na construção. Houve ainda incorporação de dados conjunturais de produção industrial que eventualmente tenham sido revisados nos últimos meses.

Serviços

Já nos Serviços, o avanço do PIB no ano passado ficou menor, passando de 0,7% para 0,4%. "Nas atividades imobiliárias, foram incorporados os dados Pnad 2014. Percebemos que imóveis construídos foram menores e mais afastados, ou seja, imóveis de menor valor agregado do que estávamos prevendo. O número cresceu, mas é uma questão de qualidade", explicou Claudia.

Além disso, também houve contribuição menos positiva da administração pública, diante da revisão dos dados de saúde pública, bem como a incorporação de revisões da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS).

"Todas as mudanças pela ótica da produção refletem na demanda. Por isso, pode ser que tenhamos mudanças nos resultados pela ótica da despesa", notou a gerente do IBGE.

Demais aberturas

No caso do consumo das famílias, o crescimento em 2014 passou de 0,9% para 1,3% a partir dos dados revisados. Já o consumo do governo foi revisado de 1,3% para 1,2%. Permaneceram inalteradas as variações de exportações (-1,1%) e importações (-1,0%) em 2014 ante 2013.

Na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), a taxa de -4,4% apurada inicialmente pelo IBGE foi revisada para uma queda de 4,5%, anunciou há pouco o órgão.

Para a insatisfação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que na semana passada reagiu com vigor a uma projeção de crescimento de 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, começa a ganhar corpo no mercado um grupo de analistas que preveem expansão da economia abaixo de 2%. As expectativas vão de 1% a 1,9%. O Ministério da Fazenda insiste em afirmar que a economia crescerá 4% em 2012 e que a atividade deslanchará no segundo semestre. O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, tem recorrido às projeções da Pesquisa Focus, com as quais diz estar de acordo, para mostrar que a economia chegará ao quarto trimestre crescendo 4% em termos anualizados.

Por trás das projeções entre 1% e 1,9% está a descrença dos economistas em relação a uma eventual melhora do cenário econômico mundial. Além disso, o baixo crescimento do PIB brasileiro no primeiro trimestre do ano e a redução da produção industrial em abril contribuíram para o rebaixamento das projeções. Mesmo os analistas que ainda trabalham com expectativa de um crescimento de PIB igual ou superior a 2% neste ano já embutem nas contas um forte viés de baixa da projeção à medida que veem pouco impacto dos esforços de ajuda às economias europeias.

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Em entrevista à Agência Estado, o ex-secretário de Política Econômica e sócio da MB Consultores José Roberto Mendonça de Barros disse que sua expectativa de crescimento neste ano está entre 1,5% e 2%. Mas como ele diz acreditar que a crise na Europa tende a piorar, não será uma surpresa se o PIB avançar apenas 1%.

Alvo da reação do ministro Mantega, que classificou a projeção de "piada", a equipe do Banco de Investimentos Credit Suisse revisou sua estimativa de PIB para 1,5% em relação à projeção anterior, de 2%. "Essa revisão se deve à redução da produção industrial em abril, à nossa expectativa de nova contração da atividade industrial em maio e às nossas projeções para os demais setores", afirmou, em relatório, a equipe de economistas do Credit Suisse.

No BBM Investimentos a expectativa é de que o PIB apresente expansão de 1,70% em 2012, inferior ao crescimento de 2,70% em 2011. Segundo o economista da instituição Hui Lok Sin, além da desaceleração natural da economia, há questões técnicas que justificariam um avanço mais baixo do PIB neste ano.

"Existe um 'problema' estatístico que é o fato de o PIB ter crescido muito pouco ao longo de 2011. Como o PIB voltou a apresentar fraco desempenho no primeiro trimestre de 2012, a situação se agravou", avaliou. Na avaliação de Lok Sin, como os primeiros dados do segundo trimestre não sugerem uma retomada forte da atividade, um aumento mais expressivo do PIB em 2012 ficou "meio comprometido".

"A crise lá fora, certamente, é preponderante para o baixo crescimento, em especial da indústria. Mas também temos os efeitos das medidas restritivas de política econômica que foram tomadas no início de 2011", disse Lok Sin.

Na Tendências Consultoria, o baixo crescimento de 0,20% do PIB no primeiro trimestre foi um dos motivos para a alteração na previsão do crescimento de 2012, agora em 1,90%. Antes da divulgação do PIB trimestral, a instituição trabalhava com uma expansão de 2,50%. Para que a nova estimativa se confirme, o economista Rafael Bacciotti calcula que o PIB precisará crescer, na margem, 0,50%, 1,4% e 1,2%, respectivamente, no segundo, terceiro e quarto trimestres deste ano.

Apesar dos recentes indicadores mostrarem desaquecimento da economia, por enquanto Bacciotti não espera mudar a previsão para o PIB de 2012, mas a possibilidade não está descartada. "Há sinais incipientes. Não dá para negar que o número (projeção de 1,90%) implica uma trajetória bem forte nos próximos trimestres. Com a atividade e os investimentos fracos, é uma projeção forte", afirmou Bacciotti.

Na SulAmérica Investimentos, o economista-chefe, Newton Camargo Rosa, também trabalha com previsão de 1,9% de expansão econômica neste ano. Para ele, o governo tem como estratégia incentivar o consumo, acreditando que aumento da demanda vai despertar maior apetite dos investidores. Mas não há, segundo Rosa, perspectivas de aumento dos investimentos, até por conta das projeções de baixo crescimento da economia.

Flávio Serrano, economista sênior do Espírito Santo Investment Bank (Besi Brasil), diz manter ainda em suas planilhas previsão de 2,2%, mas afirma que o viés é de baixa. "Estamos perto de 2%, mas o viés é de baixa", disse o economista.

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