Precisando de pelo menos um ponto para garantir a permanência na Série A do Campeonato Brasileiro, o Náutico não poderá contar com dois importantes jogadores para o confronto com o Bahia. Suspensos pelo terceiro cartão amarelo, os atacantes Rhayner e Kieza desfalcam a equipe comandada por Alexandre Gallo.

O jogo será no próximo domingo, às 16h (horário do Recife), em Pituaçu. Válido pela 37ª rodada da competição, essa será a última partida dos alvirrubros como visitantes. E o desempenho longe dos Aflitos, por sinal, é a grande preocupação do Timbu. Até o momento, em 18 partidas, apenas seis pontos (1 vitória, 3 empates e 14 derrotas, 11% de aproveitamento). Lanterna nesse ranking da competição.

Mas não só notícias negativas podem pintar no Náutico para o jogo contra o Bahia. A expectativa é de que os volantes Elicarlos e Martinez sejam liberados pelo departamento médico e, assim, voltem ao time titular. Para o ataque, Araujo, Kim e Dimba são as opções.

Se o empresário de Rhayner fosse criar um DVD dos melhores momentos do atleta no Náutico, teria um pouco de trabalho para selecionar  os gols do meia-atacante. Isso porque o jogador ainda não marcou nenhum pela equipe pernambucana. Mas engana-se que esse motivo gera dor de cabeça ao clube.

Voluntarioso dentro de campo e peça fundamental no esquema tático do técnico Alexandre Gallo, Rhayner pode não ter balançado as redes, mas ajudou e muito a criar jogadas de ataque que culminaram em bolas na rede para o Timbu. Ele é ainda o segundo jogador que mais sofre falta no campeonato e um dos que mais efetua dribles certos.

Com um cartel suficiente para compensar a ausência de gols – já são 65 jogos sem marcar –  o atacante despertou o interesse de equipes do eixo Sul-Sudeste, como o Santos. Mesmo admirado pelo interesse do Peixe, Rhayner ratificou a vontade de permanecer no time alvirrubro em 2013. “ Meu irmão viu na internet algumas notícias sobre o interesse do Santos, mas eu comentei com meu empresário que só falo sobre isso no final do campeonato”, afirmou a “Formiguinha” dos Aflitos.

Com Rhayner focado no Timbu, os pernambucanos enfrentam o Internacional neste domingo (4), às 18h30 (horário de Recife).  Os três pontos valem não somente o fim do risco do rebaixamento, como também um passo importante na luta por uma das oito vagas da Sul-Americana.

Nunca Rhayner esteve tão próximo de marcar quanto no jogo deste sábado (29), na vitória por 2x0 do Náutico ante a equipe do Atlético-GO, nos Aflitos. Foram duas chances claras de marcar e em ambas as vezes o atacante parou no travessão. O gol não saiu, mas os jogadores e o técnico Alexandre Gallo foram só elogios ao desempenho do “X-Tudo” Timbu.

“O Rhayner é um jogador excepcional. Vem nos ajudando em todas as funções e tem pedido pra treinar finalizações. Acho que a ansiedade atrapalhou um pouco, mas nós sabemos que a função principal dele não é marcar os gols. Ele vem sendo fantástico para a equipe e na hora certa eu tenho certeza que o gol vai sair”, ponderou Gallo.

Kieza ratificou as palavras do comandante Timbu. “ Ele é um cara que ajuda na marcação e lá na frente também, dando o sangue pelo time”, analisou o camisa 9. O artilheiro também comentou sobre as brincadeiras acerca da fama de perde gols do companheiro de ataque. “Eu não gosto de brincar com isso, até porque também sou atacante e posso uma hora ficar sem marcar gols”, completou o atacante.

Ele está de volta. Recuperado totalmente de um incômodo na coxa, o atacante Kieza finalmente voltará a campo com a camisa alvirrubra, no duelo contra o Atlético-GO, no sábado (30), às 18h30, nos Aflitos.

Foram seis rodadas longe do time, período em que o Náutico sofreu para balançar as redes. Foram apenas seis gols, sendo dois de atacantes (um de Araújo e um de Kim) e ambos longe dos Aflitos. A escassez de bola na rede está diretamente ligada a ausência do camisa 9. Com o artilheiro de volta, a única dúvida do técnico Gallo é quem será seu companheiro de ataque.

Opções do técnico Gallo

Kieza, Araújo e Rhayner

O trio de ataque vinha jogando pelo Náutico pode retornar no sábado. Araújo, que não pode atuar contra o Fluminense devido a cláusulas contratuais (o jogador pertence ao clube carioca), estará a disposição do treinador. Rhayner também segue como opção. Se o técnico optar por repetir o esquema, a tendência é que Kieza fique mais pelo lado esquerdo, enquanto Rhayner atue pelo setor direito, com Araújo mais recuado.

Kieza, Araújo e Rogério

Rhayner e Rogério têm características comuns. São rápidos, gostam de atuar pelas pontas do gramado e sofrem na hora de finalizar, dado esse que preocupa os alvirrubros. O esquema não teria muita mudança.

Kieza, Rogério e Rhayner

Sem Araújo e com a dupla de velocista, Kieza jogaria mais centralizado, enquanto seus companheiros de ataque atuariam bem abertos . A qualidade no passe, característica que tem sido aprimorada pelo “Samurai” dos Aflitos seria trocada por um ritmo mais acelerado em campo.

Ele pode não marcar gols, mas sua função na equipe é elogiada por todos. Rhayner é um jogador multiuso nos Aflitos. Auxilia na marcação, ajuda na armação das jogadas e ainda por cima aparece sempre de forma perigosa no ataque. Só que o Timbu precisará aprender a jogar sem o camisa 11 no domingo (2), às 18h30, contra o Cruzeiro

Na vitória por 3x2 contra o Figueirense, Rhayner recebeu o terceiro cartão amarelo e está fora do duelo contra a raposa. Sem o meia, o técnico Alexandre Gallo tem as opções de Rico, Breitner, Cléverson e Rogerinho. Esse último é o mais cotado para assumir a posição. Outro que poderia brigar pela vaga era Cascata, mas o jogador está próximo de deixar o clube e fechar com o ABC.

Rhayner é o maior ladrão de bola do Náutico e o que mais sofre falta, sendo o terceiro que mais apanha no brasileirão. Além disso, é o segundo jogador da Série A que mais deu assistências (5) e o terceiro que mais dribla, perdendo apenas para Lucas, do São Paulo e Bernard, do Atlético-MG.

Rhayner recebeu bom passe, saiu na cara do goleiro Márcio, do Atlético-Go, mas bateu por cima. Rhayner sai cara a cara com Vanderlei, do Coritiba, e desperdiça mais uma chance. Rhayner limpa o zagueiro e chuta, mas Edson Bastos defende. Rhayner faz fila na zaga da Ponte Preta, tenta driblar o goleiro, mas perde. Rhayner passa no meio de dois e fica na frente do Rogério Ceni, isolando a bola.

A sina de Rhayner vem sendo assim. Ele cria boa jogada, aparece livre, mas na hora de marcar nunca aproveita. Contra o São Paulo foi só mais um dos vários momentos onde o torcedor do Náutico se deu conta que, por mais voluntarioso que o jogador seja, marcar gols não é seu forte.

Peça importante nas jogadas em velocidade e também na marcação, Rhayner só não é unanimidade entre os torcedores por conta do aproveitamento lastimável nas finalizações. Em sua defesa,o atleta conta que sempre está em busca de aprimorar o fundamento. Enquanto não acerta o pé, o jogador lembra que, mesmo sem balançar as redes, tem conseguido ajudar a equipe a sair com as vitórias. No segundo gol contra o São Paulo, foi dele o chute que Rogério Ceni rebateu no pé de Araújo, fato parecido também num dos gols de Kieza, contra a Ponte. Mesmo assim, Rhayner sabe que ainda falta a “cereja do bolo” que fica escondida atrás da linha que cruza as duas traves.

Rhayner um tanto Rogério

Tem torcedor alvirrubro se recordando do início de campeonato de outro jogador, que também tinha na velocidade sua principal arma, mas pecava –e muito – na hora de balançar as redes. Rogério, que se recupera de lesão, foi muito criticado pela sua falta de gols na Série B do ano passado. Nesta temporada, ele até que conseguiu manter uma boa média inicial, mas a lesão esfriou sua fase goleadora.