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O zoológico Pairi Daiza, na Bélgica, decidiu encurtar os chifres dos seus rinocerontes depois da morte de um exemplar no zoológico francês de Thoiry, abatido por indivíduos que levaram seu chifre principal, anunciou neste sábado o diretor do estabelecimento belga.

O veterinário do parque encurtará, "temporariamente e como medida adicional aos protocolos de segurança atuais", os chifres dos rinocerontes, explica Eric Domb na página de Facebook do Pairi Daiza.

"Este ato ignóbil é uma novidade na Europa, mas responde a uma sucessão de roubos de chifres perpetrados em vários museus europeus", aponta o diretor.

Em 6 de março, Vince, um rinoceronte branco de quatro anos do parque de Tohiry, ao oeste de Paris, foi morto com tiros na cabeça por vários indivíduos que serraram e roubaram seu chifre principal.

Os investigadores acreditam que se trata de um crime de tráfico organizado, geralmente destinado a países asiáticos onde são atribuídas diversas propriedades médicas sem fundamento científico aos chifres de rinocerontes, como curar o câncer ou a impotência sexual.

Os chifres são vendidos por até 60.000 dólares o quilo no mercado negro, cerca do dobro do preço do ouro.

"Usada com frequência em vários parques nacionais africanos, esta técnica é considerada atualmente a única ação realmente dissuasiva", diz Eric Domb em sua mensagem.

Os chifres de rinoceronte, feitos de queratina, são facilmente reduzidos e voltam a crescer, como as unhas e o cabelo.

O número de rinocerontes mortos por caçadores ilegais passou de mil e atingiu um recorde histórico na África do Sul em 2013, informou o governo do país nesta sexta-feira (17).

Dos 1.004 rinocerontes mortos ilegalmente no ano passado, cerca de 60% foram atacados dentro do Parque Nacional Kruger, informa a agência ambiental sul-africana. Em 2012, 668 rinocerontes foram mortos no país.

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Ainda de acordo com as autoridades sul-africanas, 343 pessoas foram presas no ano passado por matarem rinocerontes para roubar seus cobiçados chifres, um aumento de 30% em relação a 2012.

Chifres de rinocerontes são considerados símbolos de status e agentes de cura em partes da Ásia. Fonte: Associated Press.

O zoológico de Cincinnati, no estado americano de Ohio, tenta fazer com que um casal de rinocerones irmãos acasale, com o objetivo de evitar a extinção da espécie.

O zoológico quer que Harapan, 6 anos, acasale com a irmã, Suci, 9, na próxima semana, informaram os tratadores.

O projeto gerou polêmica, pelo risco de que as crias tenham anomalias genéticas e o esperma seja de baixa qualidade, disse à AFP Terri Roth, diretora do Centro Lindner, dedicado à pesquisa sobre as espécies em extinção.

"É um tema difícil e não temos alternativa", disse à AFP.

Segundo especialistas, resta apenas uma centena de rinocerontes de Sumatra selvagens na Indonésia e Malásia, enquanto há 10 espécies em cativeiro, das quais quatro possuem graus estreitos de parentesco.

Para Suci, os únicos candidatos possíveis são seus parentes, já que as técnicas de inseminação artificial nunca deram resultado em rinocerontes.

"A não ser que a Indonésia capture mais animais e um macho sem laços sanguíneos esteja disponível para nós, não teremos a diversidade genética de que precisamos", explicou Terri.

Segundo especialistas, as fêmeas de rinoceronte precisam usar seus órgãos reprodutores, para evitar tumores que causem infertilidade.

"As fêmeas que não se reproduzem têm tendência a perder a capacidade de reprodução. É usá-la ou perdê-la", explicou a diretora da International Rhino Foundation, Susie Ellis.

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