Tópicos | Shirlene Coelho

O Brasil ganhou três medalhas de prata no atletismo na noite deste sábado (17) nos Jogos Paralímpicos do Rio, no Engenhão. Shirlene Coelho ficou em segundo lugar no lançamento de disco F38 (paralisados cerebrais andantes), Petrucio Ferreira nos 400 metros T47 (amputados) e Felipe Gomes nos 400 metros T11 (cegos).

Em sua primeira Paralimpíada, Petrucio, que foi considerado uma das grandes revelações do Rio-2016, conquistou sua terceira medalha (também ganhou ouro nos 100 metros e prata no revezamento 4x100m). Ele alcançou a marca de 48s87 em uma prova que não era sua especialidade. O brasileiro estava em último colocado e, na reta final da corrida, acelerou e conseguiu ficar na segunda posição, atrás apenas do cubano Ernesto Blanco, com 48s79. O austríaco Gunther Matzinger foi o terceiro colocado, com 48s95.

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"Deixei todos que estavam me assistindo com friozinho no coração, mas utilizei uma técnica de acelerar quando faltassem 100 metros. Saí desta Paralimpíada com a sensação de dever cumprido, pois ganhei três medalhas. Entro na pista, não para trabalhar, mas para brincar. Quem nunca brincou de apostar corrida? Assim, eu fico descontraído e dou o meu melhor", disse o atleta de 19 anos, que só começou a treinar profissionalmente há dois anos.

Já Shirlene bateu o recorde das Américas no lançamento de disco, com 33,91 metros. Ela havia faturado a medalha de ouro no lançamento de dardo. Em entrevista para a imprensa, a atleta falou de sua versatilidade em ganhar medalhas em diferentes provas.

"Treino de segunda a sábado, de quatro a oito horas por dia. Eu alterno as provas durante a semana porque são técnicas diferentes. Mas o lançamento de dardo é a minha melhor prova", disse a atleta brasileira, que foi superada pela chinesa Na Mi, com 37,60 metros. O bronze foi a irlandesa Noelle Lenihan, com 31,71m.

Já Felipe Gomes conquistou sua quarta medalha, sendo a terceira de prata - também levou um ouro - ao marcar 50s38. O espanhol Gerard Puigdeval venceu a prova em 50s22. Ananias Shikongo, da Namíbia, levou o bronze com 50s63 e uma vantagem de 0s3 para o brasileiro Daniel Silva.

"Um ginásio lotado, gritando o meu nome. Eu sou Shirlene Coelho, conhecida pelo público." Com esta frase, a atleta do lançamento de dardo classe T37, para desportistas com paralisia cerebral, demonstrava toda a empolgação ao conquistar o ouro neste sábado (10), nos Jogos Paralímpicos do Rio. Ela cravou a marca de 37,57m e virou bicampeã paralímpica. Os cinco lançamentos válidos feitos pela sul-matogrossense alcançaram marcas que a permitiriam ganhar a prova.

A trajetória da campeã brasileira passa muito pelo acaso ou pelo destino."Eu não cheguei ao esporte paralímpico, o esporte paralímpico chegou a mim, me abraçou e não me largou", diz Shirlene.

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Em 2005, quando procurou uma organização que ajudasse pessoas com deficiência a entrarem no mercado de trabalho, foi convidada a participar também do esporte e, graças a sua estrutura física, a convidaram para participar do basquete em cadeira de rodas. Ela conseguiu o emprego de assistente geral e a vaga no time, mas desistiu do basquete um mês depois.

"Eu não me adaptei, aí, em 2006, eu fiz um teste no atletismo paralímpico, no lançamento de disco. Com três meses treinando lançamento de disco, eu fui para a minha primeira competição regional em Uberlândia, onde o meu primeiro técnico falou para mim 'olha disco é a sua prova, o dardo e o peso você vai brincar'. E nesta brincadeira eu conheci o dardo um dia antes de viajar e com esta brincadeira bati o recorde brasileiro na competição, sem ao menos treinar o dardo. Eu peguei o gosto pela coisa e estou aqui hoje", conta sem esconder o sorriso estampado no rosto.

Continuou mais dois anos no emprego, conciliando os horários de treino com o de trabalho, até conseguir se dedicar apenas à vida de atleta e foi recompensada pela escolha e dedicação. Esta é a terceira medalha de Shirlene em Paralímpiadas. A atleta obteve um ouro em Londres 2012 e uma prata em Pequim 2008.

Ela compete ainda em outras duas provas na Rio 2016, no arremesso de peso e no lançamento de disco. Apesar de não serem a especialidade da atleta, ela diz que está com esperanças. "As duas provas eu vou competir, competindo vamos ver também o que vai acontecer, mas eu treinei também."

A atleta goiana Shirlene Coelho, medalhista de ouro paralímpica, será a porta-bandeira da delegação brasileira durante a abertura dos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Shirlene foi ouro nos Jogos de Londres 2012 e prata em Pequim 2008, no lançamento de dardo, na categoria F37 (atletas com paralisia cerebral).

A medalha de prata foi conseguida logo em sua estreia em paralimpíadas, em 2008. Quatro anos mais tarde, tornou-se campeã na modalidade, cujos recordes mundial e paralímpico são seus. Na Rio 2016, Shirlene, que tem paralisia cerebral desde a gestação, disputará mais duas provas, além do lançamento de dardo: o arremesso de peso e o lançamento de disco.

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A cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 será realizada na próxima quarta-feira (7), no Estádio do Maracanã, na zona norte da cidade.

A brasileira Shirlene Coelho conquistou mais uma medalha de ouro para o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Londres ao vencer neste sábado a prova do arremesso do dardo, classe F37/38. A atleta atingiu a marca de 37,86 metros, batendo o próprio recorde mundial, que era de 35,95 metros.

A chinesa Qianqian Jia ficou em segundo lugar, com 31,62 metros, e a australiana Georgia Beikkoff terminou na terceira posição, com 29,84 metros. "É muita emoção. Esperei quatro anos para sair de uma Paralimpíada com uma medalha de ouro e o recorde mundial novamente", disse Shirlene.

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"Na primeira (Paralimpíada, em Pequim/2008) teve recorde mundial, mas foi uma prata com gosto de ouro. Agora foi o ouro verdadeiro. A prata de Pequim estava engasgada, agora desengasgou total. Agora são mais quatro anos de treinos para fazer um bom resultado nos Jogos do Rio, em 2016", comemorou Shirlene.

A vitória no lançamento de dardo garantiu a 14ª medalha do Brasil no atletismo na Paralimpíada, sendo seis de ouro, seis de prata e duas de bronze. Porém, antes do ouro de Shirlene, o País só tinha faturado uma outra medalha em provas de campo do atletismo, com Jonathan Santos, que conquistou o bronze no arremesso de disco da classe F40.

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