Tópicos | sonegação de imposto

Um grupo empresarial, que atua no ramo de distribuição de medicamentos, suspeito de sonegar R$ 39 milhões em impostos, foi o alvo da operação Panaceia, deflagrada nesta segunda-feira (21) pela Polícia Civil da Bahia. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Salvador e Feira de Santana.

Segundo as apurações, o grupo criava empresas em nome de "laranjas" ou "testas-de-ferro" e utilizava empresas sem existência operacional, com o intuito de sonegar impostos. Também foram identificados prejuízos ao Fisco Federal.

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De acordo com as investigações, há ainda fortes indícios da prática do crime de lavagem de dinheiro, com significativo incremento econômico da composição societária das diversas empresas do grupo, por meio da criação de empreendimentos comerciais voltados à participação em outras sociedades e em investimentos patrimoniais imobiliários.

Além dos mandados, a Justiça determinou também o bloqueio dos bens do grupo, para garantir a recuperação dos valores sonegados.

Alvo é preso armado em prédio de luxo

Um empresário, considerado um dos principais alvos da Operação Panaceia, acabou preso em flagrante, por posse ilegal de um revólver.

Policiais civis realizavam as buscas, no apartamento de luxo onde mora o empresário, no bairro de Itaigara, em Salvador, quando localizaram a arma calibre 38. Computadores, telefones celulares e documentos também foram apreendidos no local.

Uma carga com cerca de 9.300.000 (nove milhões e trezentas mil) unidades de cigarros foi apreendida na última quarta-feira (17), no município de Salgueiro, localizado no Sertão de Pernambuco, por circular sem nota fiscal. A operação contou com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Força Tarefa contra Roubos e Furtos de Cargas de Pernambuco.

Segundo a Secretaria da Fazenda de Pernambuco (Sefaz-PE), foi constatado que o material, avaliado em mais de R$ 1.200.000 não era roubada ou furtada, mas estava circulando com uma nota fiscal irregular.

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Os cigarros foram autuados pela polícia, mas liberados após o dono da carga pagar aproximadamente R$ 500.000 de multa e imposto, referente à sonegação.

Uma grande quadrilha, acusada de realizar operações ilegais de câmbio e de remessas internacionais de divisas ao exterior, foi desbaratada na manhã desta terça-feira (29) dentro da Operação Grande Truque, realizada pela Polícia Federal em Pernambuco (PF-PE) com a Receita Federal do Brasil. A suspeita da polícia é que a quadrilha chegou a movimentar mais de R$ 100 milhões de reais com golpes contra o Sistema Financeiro Nacional.

A investigação apreendeu em uma agência de uma empresa de transporte de valores ainda não divulgada localizada no Recife uma quantia de cerca de R$ 30 milhões de reais em notas de vários países. Os indícios apontam que o local servia de banco clandestino para os integrantes da quadrilha.

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Segundo o Superintendente Regional da Polícia Federal em Pernambuco, Marcello Diniz, o principal objetivo do grupo era importar os produtos do exterior utilizando o sistema dólar-cabo, quando se remete divisas para instituições financeiras do exterior sem o conhecimento da Receita Federal do Brasil e do Banco Central do Brasil. “Os valores dos produtos que os empresários apresentavam nas instituições aduaneiras eram bem abaixo do preço original”, explica o superintendente. O empresário, então, utilizava de doleiros (profissionais que fazem conversão de moeda sem utilizar os meios legais) para entregarem o resto do dinheiro diretamente ao vendedor do exterior, diminuindo, assim, o recolhimento de impostos de importação.

Foram cumpridos nesta operação 30 mandados de busca e apreensão, 14 mandados de condução coercitiva e três mandados de prisão preventiva em doze empresas, como casas de câmbio (uma seria localizada em grande shopping do Recife), importadoras e empresa de segurança privada. Os locais onde as ações estão sendo realizadas são: Boa Viagem, Areias, Avenida Recife, Afogados, Paulista, Pombos, Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe, Jaboatão, Goiana, Estância, Olinda, Ibura, Águas Compridas e Pau Amarelo, além dos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Norte. 

As investigações da PF-PE também apontam também para o envolvimento de países como Bélgica, Inglaterra, Portugal, Itália e China. Uma empresa belga, liderada por doleiro brasileiro já está sendo investigada. Os principais subfaturados adquiridos pela rede eram produtos têxteis e produtos diversos chineses.  

Três doleiros foram presos nesta manhã, mas a PF-PE já conseguiu identificar mais cinco. Os detidos vão responder por evasão de divisas, instituição financeira clandestina, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Se condenados, os integrantes podem pegar até 23 anos de reclusão.

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