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O Supremo Tribunal Federal aprovou nesta quinta-feira, 29, os candidatos que irão compor a lista tríplice para a vaga a ser aberta em maio com a aposentadoria do ministro Tarcísio Vieira, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os indicados são os ministros substitutos Carlos Bastide Horbach e Carlos Mário Velloso Filho e a advogada Marilda Silveira - o presidente Jair Bolsonaro é constitucionalmente obrigado a escolher um dos três nomes.

A vaga de Tarcísio é uma das duas que serão abertas no mês que vem. A outra é a cadeira do ministro Sérgio Banhos, que ainda pode ser reconduzido pelo presidente por mais dois anos.

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Ambos integram a classe dos juristas. Por ser um tribunal híbrido, o TSE é formado por sete integrantes titulares e ministros do Supremo Tribunal Federal (3), Superior Tribunal de Justiça (2) e outros dois advogados, escolhidos pelo presidente a partir da lista aprovada pelo STF.

O nome escolhido pelo presidente deverá atuar na análise de casos relativos à eleição de 2022. A Corte também é ponto de interesse do presidente devido às denúncias de supostas irregularidades em sua campanha com Hamilton Mourão, em 2018, e a quebra do sigilo bancário e fiscal do empresário Luciano Hang, dono da Havan.

Em abril de 2019, Bolsonaro nomeou Sérgio Banhos para um mandato de dois anos para a Corte. Segundo o Estadão apurou, a tendência é que o ministro seja reconduzido ao cargo no mês que vem. Interlocutores do presidente avaliam que os ministros juristas, por atuarem na advocacia, são mais ponderados, em contraponto à ala punitivista do tribunal, capitaneada pelo vice-presidente, Edson Fachin.

O presidente Jair Bolsonaro decidiu reconduzir o advogado Tarcísio Vieira como ministro titular do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pelo período de mais dois anos. A nomeação foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União nesta sexta-feira, 10.

É a segunda nomeação de Bolsonaro para a Corte eleitoral - no mês passado, ele já havia escolhido o advogado Sérgio Banhos para a vaga de Admar Gonzaga, que desistiu de tentar ser reconduzido.

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Tarcísio assumiu a cadeira de titular em 2017, nomeado pelo então presidente Michel Temer, na véspera do julgamento que livrou o emedebista da cassação do mandato. O advogado possui doutorado em direito do Estado pela Universidade de São Paulo (USP) e é professor-adjunto da Universidade de Brasília (UnB).

O TSE é formado por sete ministros titulares. Três são oriundos do Supremo Tribunal Federal (STF), dois do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e outros dois são advogados. Enquanto os ministros do STF e do STJ seguem um esquema de rodízio para atuar no TSE, os representantes da classe de juristas são escolhidos por meio de lista tríplice submetida ao presidente da República.

As escolhas para o TSE são importantes para o Planalto já que a campanha de Bolsonaro à Presidência da República é alvo de oito processos que apuram supostas irregularidades, como disparo em massa de mensagens no WhatsApp contra o PT, ataque cibernético ao grupo de Facebook Mulheres Unidas contra Bolsonaro e outdoors espalhados com o nome de Bolsonaro em diversos municípios brasileiros. A defesa da campanha nega irregularidades.

O ministro Tarcísio Vieira, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou há pouco que o tribunal jamais subestimou os impactos desastrosos de notícias falsas no processo eleitoral. "Notícias falsas catapultadas por recursos de alta tecnologia, principalmente em campanhas de curta duração", disse durante entrevista coletiva neste domingo na sede do TSE, em Brasília.

Segundo Vieira, o TSE fez esforços para tornar a eleição de 2018 um ambiente fértil para circulação de ideias e destacou a preocupação da corte com as fakes news que questionam a segurança e confiabilidade das urnas eletrônicas. "TSE está especialmente preocupado com fake news que abalam e colocam desconfiança sobre a votação eletrônica e a justiça eleitoral", disse.

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Presente também à coletiva, o vice-procurador-geral eleitoral, Humberto Jacques, afirmou que as urnas são seguras e não foram violadas. "Em todas as urnas havia um lacre e em nenhuma delas ele foi quebrado ou adulterado", disse.

Estão presentes na entrevista na sede do TSE, além da presidente da corte, ministra Rosa Weber, o ministro Tarcísio Vieira e o vice-procurador-geral eleitoral, o ministro de Segurança Pública, Raul Jungmann; o ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Sergio Etchegoyen; a ministra da Advocacia-Geral da União, Grace Mendonça; o diretor de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, Elzio Vicente da Silva; e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Claudio Lamachia.

Prestes a assumir a vaga de titular no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Tarcisio Vieira disse que o julgamento da chapa de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB) será um "fardo bastante pesado" que a Corte Eleitoral saberá enfrentar. O ministro, atualmente um dos substitutos do TSE, vê com normalidade um eventual pedido de vista que poderá atrasar a análise da ação que apura se a campanha da petista e do peemedebista cometeu abuso de poder político e econômico para se reeleger, em 2014.

Nomeado pelo presidente Michel Temer para a vaga de Luciana Lóssio, Vieira toma posse em 9 de maio e participará da continuidade do julgamento, que ainda não tem data para ser retomado. "Do ponto de vista jurídico, este é um processo muito complexo. Envolve muitas questões processuais, materiais, que devem ser descortinadas com muito critério, método e serenidade", afirmou.

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"O juiz julga segundo seu livre convencimento, que tem de ter base documental, e para isso há necessidade, em processos de alta complexidade, de exames mais profundos, com pouco mais de tempo para análise de todos os detalhes. Não seria de se estranhar pedidos de vista num contexto de processos complexos", completou.

Antes mesmo do início do julgamento, o ministro Napoleão Nunes já havia sinalizado a colegas que deverá pedir mais tempo para análise do caso.

No dia 4 de abril, os ministros do TSE decidiram reabrir a fase de coleta de provas do processo, com a realização de quatro novos depoimentos, entre eles do ex-marqueteiro de Dilma, João Santana, ouvido nesta segunda-feira (24).

Os principais pontos da ação foram reunidos pelo ministro Herman Benjamin em um relatório de 1.086 páginas, ao qual o ministro ainda não teve acesso.

Ônus

Para Vieira, o atual contexto político, marcado pelos desdobramentos da Lava Jato, tem testado todas as instituições jurídicas. "Mais do que nunca, a população confia no Poder Judiciário, que tem se mostrado muito sóbrio no enfrentamento desses temas e tenho absoluta certeza de que o tribunal vai se desincumbir bem desse ônus, desse fardo pesado que será julgar um processo histórico como esse", disse.

No Palácio do Planalto a percepção é de que as chances de absolvição de Temer aumentam com a efetivação de Admar Gonzaga (que toma posse na quinta-feira) e de Vieira, dois ministros que levariam em consideração a estabilidade política em seus votos. A especulação não incomoda o ministro.

"Não formei ainda juízo de valor em torno do processo. Não estudei a causa com profundidade e a partir de agora, legitimado pela nomeação, é que pretendo me debruçar sobre o processo e tirar minhas conclusões, que ainda estão em gestação."

Carioca de 44 anos e pai de dois filhos, o ministro tem mestrado e doutorado em Direito do Estado pela Universidade de São Paulo (USP) e dá aulas na Universidade de Brasília (UnB), onde fez a graduação. Só conheceu Temer em rápido encontro no Palácio do Planalto, no dia 13.

"Foi uma visita de cortesia, apenas para nos apresentarmos e eu falar dessa satisfação que será honrar a confiança que o País deposita na Justiça Eleitoral", afirmou o ministro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Marco Aurélio, designou o ministro substituto Tarcísio Vieira de Carvalho Neto para a função de ministro auxiliar que irá acompanhar a propaganda eleitoral em 2014. O integrante nomeado substituiu o ministro Humberto Martins, do Superior Tribunal de Justiça, que renunciou ao cargo no TSE. 

A partir de agora, Carvalho compõe o grupo de três ministros auxiliares que irão atuar nas eleições presidenciais de 2014, juntamente com os ministros Admar Gonzaga, também da classe dos juristas, e Maria Thereza de Assis Moura, do STJ.

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Conhecidos como “juízes da propaganda”, as principais atribuições dos ministros serão: a apreciação das reclamações, das representações e dos pedidos de direito de resposta dirigidos aos candidatos à Presidência da República. Os ministros e juízes auxiliares atuarão até a diplomação dos candidatos eleitos nas Eleições Gerais 2014.

Perfil - O ministro Tarcísio Vieira de Carvalho Neto tomou posse como substituto no Tribunal Superior Eleitoral no dia 25 de fevereiro de 2014 e assumiu uma das vagas de ministro substituto da representação dos advogados na Corte. Ele foi indicado para o cargo pela presidente da República, Dilma Rousseff (PT), após ter sido escolhido em lista tríplice apresentada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Natural do Rio de Janeiro, o ministro é graduado em Direito pela Universidade de Brasília (UnB) e mestre em Direito do Estado pela Universidade de São Paulo (USP), instituição na qual também cursa doutorado na mesma área. É subprocurador-geral do Distrito Federal, professor assistente da Faculdade de Direito da UnB e especialista em Direito Eleitoral. Tarcísio Vieira de Carvalho Neto também é membro da Comissão Especial de Direito Eleitoral, do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

*Com informações do TSE

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