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Por Madá Freitas
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Bastou soar o aviso de que o show iria começar para que as pessoas corressem para a frente do palco, gritassem e cantassem para a trupe O Teatro Mágico que, como sempre, não decepcionou e demonstrou todo o carinho que tem por Recife.
Logo no início o vocalista Fernando Anitelli deu as boas vindas ao público, com a célebre frase que é marca registrada de todos os shows: “Senhoras e sem dores, bem vindos à Sociedade do Espetáculo”, fazendo referência ao último lançamento do grupo - entretanto, o que foi possível escutar desde o início foi uma mistura do último e penúltimo trabalho, o “2º Ato”, de onde vem a música “Pena”, que fez com que todos dançassem juntos com o grupo a coreografia.
Esse grupo paulista, que tem influências de escritores brasileiros e europeus, possui uma relação muito forte com a capital pernambucana, uma vez que foram eles que entraram em contato para que pudessem realizar um novo show na cidade – o último havia acontecido em março desse ano. “Nossa história esbarra com Recife, temos uma relação muito próxima. É inevitável vir para cá por que o que a gente quer sempre estar aqui”, disse Anitelli, minutos antes de subir ao palco, quando explicou mais uma vez o motivo dessa relação tão íntima: “A gente sempre é bem acolhido aqui, por esse calor que emana de vocês”. Os fãs foram ao delírio e, em coro, entoaram um trecho da música de Alceu Valença, “Voltei, Recife”. É por isso que o próximo DVD do grupo, que tem previsão de lançamento para o próximo ano, terá imagens gravadas no Recife, além de cenas de Porto Alegre e do Rio de Janeiro.
Mesmo depois de quase dez anos de estrada, a ideia principal da trupe não se perdeu: eles continuam fazendo um trabalho aliando diferentes representações artísticas, fazendo um verdadeiro sarau em cima do palco, unindo a música ao teatro, circo, literatura e muitos outros. E é justamente por causa dessa mistura de vários elementos, que em cada show há um diferencial, um toque especial. O dessa noite foi a presença da inspiração da música “Zazulejo”, também do segundo álbum. Foi a partir da forma de se expressar gramaticalmente incorreta de Josilene Raimunda, uma pernambucana que trabalhava na casa de sua mãe, que Anitelli compôs a canção, que traduz a importância do conteúdo das palavras, e não das suas formas. Nessa noite, após cantar “Zazulejo”, ele a chamou ao palco e a apresentou ao público – situação que não tinha acontecido no show de meses atrás.
A trilogia composta por “Entrada para raros”(2003), “2º Ato”(2008) e “A sociedade do espetáculo”(2011) consolida esse grupo que desde o início tem a internet como grande aliada, disponibilizando as suas músicas de graça, além de manter um contato frequente com seus fãs, através das redes sociais. É justamente por causa desse número crescente de admiradores que eles foram indicados para a categoria de “Hit do ano” do VMB de 2012 com “Nosso pequeno castelo”, também do último CD - o que lembrou Anitelli no show dessa sexta (17) e brincou que nessa categoria deveriam concorrer algumas músicas de sertanejo universitário.
A noite acabou com a apresentação da pernambucana Mamelungos, formada em 2009 por seis amigos que partilhavam da mesma paixão por música e pela mistura musical, indo do rock ao samba, passando pelo reggae e o mangue beat. E foi justamente isso que eles apresentaram nessa sexta, representado músicas do seu álbum homônimo.
Para conferir mais detalhes, acompanhe o Classificação Livre dessa quarta-feira (22) que trará uma matéria especial sobre a noite.