Tópicos | Thiago Aragão

Por unanimidade, a 1ª Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região, no Rio de Janeiro, manteve nesta quarta-feira, 15, as prisões preventivas do vice-presidente de futebol do Flamengo e braço direito de Eike Batista, Flávio Godinho e do advogado Thiago Aragão, ex-sócio da mulher do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB) Adriana Ancelmo.

Ambos tiveram a prisão decretada na Operação Eficiência, deflagrada por ordem do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal no Rio, para investigar um esquema de corrupção e lavagem de US$ 100 milhões envolvendo Cabral, Eike Batista e outros investigados. Atualmente os dois são réus na Justiça Federal no Rio acusados de corrupção e lavagem e entraram com habeas corpus no TRF2 para tentar sair da prisão.

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As decisões do colegiado atendem às manifestações da Procuradoria Regional da República da 2ª Região (PRR2) de que não há constrangimento ilegal contra a liberdade dos dois. Para a Procuradoria,a prisão impede a reiteração de crimes econômicos e atos a tentativa dos réus de impedir, embaraçar ou ocultar outros crimes.

Para o Núcleo Criminal de Combate à Corrupção da PRR2, deve continuar fortalecida pelo TRF2 a jurisprudência dos tribunais superiores de que a gravidade da conduta e a periculosidade social do acusado justificam a prisão para "resguardar a ordem pública", também em casos de crimes econômicos.

"Diversas circunstâncias demonstram a gravidade concreta dos fatos criminosos, como o valor dos recursos envolvidos, os sujeitos envolvidos nos crimes, o desperdício de recursos públicos com elevados gastos do Estado para beneficiar empresas privadas, que não proporcionaram vantagens relevantes à sociedade e ainda causaram prejuízos ao meio ambiente, contribuindo para acarretar a falência que o Estado do Rio de Janeiro ora enfrenta", frisou a PRR2 num dos pareceres acolhidos.

Quanto a Flávio Godinho, a PRR2 ressaltou que, embora ele tenha deixado o grupo de Eike Batista em 2013, ele continuou auxiliando o empresário "de modo a garantir a ocultação do crime de corrupção e o prosseguimento de crimes de lavagem de dinheiro cometidos no período em que atuou com Eike".

No caso de Thiago de Aragão, sua liberdade foi vista pelo MPF como um risco concreto à sociedade tanto pelo cerceamento das investigações como por seu envolvimento no grupo do ex-governador Sérgio Cabral.

"Ainda que não se possa vincular a gravíssima crise pela qual passa o Estado exclusivamente à corrupção que se instalou no governo, desconsiderar este laço é impossível", dizem os procuradores regionais da República Silvana Batini, Mônica de Ré, Carlos Aguiar e Andréa Bayão. "A população sofre, de forma pública e notória, os efeitos de um governo de incúria, cujo líder máximo acumulou, no mínimo, 100 milhões de dólares. A resposta imediata da justiça no encarceramento dos principais membros desta organização é forma de preservar a dignidade da justiça e também garantir a ordem pública, hoje seriamente ameaçada."

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Acostumado a formar grandes campeões, o automobilismo brasileiro passa por um hiato de títulos importantes no esporte. E isto acontece devido à falta de apoio na formação dos pilotos, que acontece no kart. Em Pernambuco, a Federação organiza apenas uma competição e torna difícil a vida de quem quer iniciar ou seguir a carreira.

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O principal exemplo é o do pernambucano Rafael Câmara, de apenas oito anos. Ele é uma das esperanças do automobilismo no Brasil e teve de deixar o Estado para treinar na Granja Viana, em Cotia, São Paulo, devido à falta de apoio.

“Aqui tudo ainda é muito atrasado com relação ao restante do Brasil. No Nordeste, Pernambuco só fica atrás da Bahia, mas ainda assim não é grande coisa porque em lugares como Natal não tem nem pista. No Sul e Sudeste eles respiram automobilismo”, afirmou Thiago Aragão, que corre pela equipe DPKin e irá participar do Brasileiro de Endurance, na Granja Viana, em setembro.

Alheio à Federação, acontece o Desafio Pernambucano de Kart Indoor DPKin, que terá a sua próxima etapa no dia 31 de agosto, às 14h, no GKI Kart Aeroporto, com 60 pilotos de elite. Este já é o 12° ano que a competição é realizada sem nenhum apoio da FPA, presidida por Waldner Bernardo de Oliveira.  

As dificuldades não são apenas para quem está começando. Por amor ao esporte, muitos precisam conciliar as pistas com outros empregos. Thiago Aragão é administrador de empresas e seu companheiro de equipe, Gustavo Valença, é publicitário. 

“O custo para manter uma equipe é de, no mínimo, R$ 3 mil por mês. Por isso precisamos de patrocínio. Só assim conseguimos diminuir nossos custos”, explicou Gustavo.

Sem uma boa formação de base, o Brasil sofre sem grandes pilotos nas principais categorias de automobilismo mundial, como por exemplo, na Fórmula 1. O último brasileiro campeão mundial na categoria foi Ayrton Senna em 1991.

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A paixão por um esporte pode vir de berço ou até mesmo demorar um pouco mais e surgir durante a infância e pré-adolescência. Mas é na fase adulta que ela se consolida. Porém, nem sempre são como o futebol, que se precisa apenas de uma bola para a prática. Há aqueles mais caros, que necessitam de todo um aparato, como o automobilismo. No entanto, nenhum empecilho foi capaz de impedir que um grupo de abnegados representasse Pernambuco, formando a equipe DPKin, no Campeonato Brasileiro de Kart Endurance, realizado na famosa Granja Viaja, em Cotia.

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A competição já vai para a terceira etapa, marcada para acontecer no dia 15 de setembro. E a DPKin, única do Estado na disputa, vai levar três carros e oito pilotos, sendo eles: Gustavo Valença, Thiago Aragão, Luiz Andrade, Felipe Calado, Alexandre Meireles, Francisco Rabelo, Jarbas Dal Lago e Wendson Antônio.

Todos eles estão se preparando para as cinco horas de corrida. Nas duas primeiras etapas, a DPKin ficou entre os 20 primeiros e, por isso, na classificação geral ocupa a excelente sétima colocação, de um total de 55 equipes. Mesmo assim, o pensamento é melhorar os próximos resultados.

“A DPKin está chegando sempre na frente, estamos sempre buscando os cinco primeiros lugares. Mas, somos realistas e sabemos que ainda não dá para ganhar. Algumas equipes treinam lá diariamente e conhecem bem a pista da Granja Viana”, afirmou Gustavo Valença, um dos pilotos do time pernambucano.

O Brasileiro de Endurance é disputado por 55 equipes e a largada é feita por sorteio. A grande mudança de posições entre os carros acontece nas cinco paradas de três minutos que as equipes são obrigadas a fazer. Neste momento, é possível trocar de piloto e abastecer os karts. 

Mesmo com o grande número de competidores, cada piloto pode passar em média 1h30min na pista. E a preparação antes da corrida é fundamental. “Usamos a experiência do passado para realizar os treinamentos específicos para as próximas corridas”, explicou Thiago Aragão.

Contudo, não é só a parte física que é preponderante no desempenho dos pilotos. “O estresse é muito grande. Tem a fome, a ansiedade e inúmeros outros fatores. O psicológico influencia muito. Prova de longa duração é um desafio”, contou Gustavo.

A terceira etapa do Brasileiro de Endurance vai servir também como preparação para as 500 Milhas da Granja Viana, que será realizado no dia 13 de novembro. “Nossa ideia é dar rodagem a todos os pilotos visando as 500 Milhas. A pista é difícil e os carros são mais rápidos, chegam à 100 KM/h. Além disso, a corrida dura 12 horas, mais do que no Brasileiro”, disse Thiago Aragão.

Sem apoio da Federação Pernambucana de Automobilismo, a DPKin conta apenas com a colaboração dos próprios pilotos e dos patrocínios de empresas como a CCMBrasil, Lets Pump, Dpi, Virgulinos, Grupo Acesso e Ambev. Todas elas contribuem com a elevação de Pernambuco no cenário nacional do kart.

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