Tópicos | Thiago Braz

Thiago Braz, o novo campeão olímpico do salto com vara, sempre foi fascinado por voar. Talvez por este motivo ele tenha investido grande parte de um prêmio recebido em uma competição para comprar um pequeno avião de motor e controle remoto, uma de suas paixões.

O mundo da aviação é uma das paixões do jovem de 22 anos, novo herói nacional ao conquistar a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos Rio-2016. Se não fosse atleta, seria piloto, como falava quando era criança. E ele escolheu a prova do salto com vara, a disputa do atletismo onde se chega mais alto. O caminho para sua inesquecível noite olímpica foi tudo menos fácil.

##RECOMENDA##

Sua mãe o abandonou quando ele era criança e foi criado pelos avós, que considera seus verdadeiros pais. Alguns parentes contam que durante muitos dias ele aguardava com uma mochila na costas o retorno da mãe, até que percebeu que isto não aconteceria.

Ele entrou para o atletismo graças ao tio Fabiano Braz, que foi decatleta. Ele tinha 13 anos quando começou a treinar sob a supervisão do tio. Jogou basquete por alguns meses no colégio, mas rapidamente voltou ao atletismo para não abandonar mais.

Aos 15 anos, entrou em contato por e-mail com Élson Miranda de Souza, marido e técnico de Fabiana Murer, e começou a treinar com ele. O potencial era mais que evidente e com apenas 16 anos participou dos primeiros Jogos Olímpicos da Juventude, em Cingapura-2010, quando conquistou a prata, em um ano em que também foi medalha de ouro no sul-americano juvenil.

Depois do ouro no Mundial Juvenil de Barcelona-2012, Thiago Braz entrou no mapa do salto com vara, quando tinha 18 anos. Sua primeira grande competição adulta foi o Mundial de Moscou-2013, quando não passou da fase classificatória. O mesmo aconteceu dois anos mais tarde no Mundial de Pequim-2015.

Entre as duas competições, ele chegou perto da medalha com o quarto lugar no Mundial Indoor de Sopot (Polônia) em 2014.

Religioso

O ano de 2014 foi muito importante para o atleta, que se casou, com apenas 20 anos, com Ana Paula Oliveira, atleta como ele, mas que não conseguiu vaga nas Olimpíadas no salto em altura. Os dois são muito religiosos e têm o hábito de divulgar mensagens cristãs na internet.

Na ficha que o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) preparou sobre os atletas fica evidente a profunda religiosidade de Thiago Braz, quando ele afirma que entre seus principais hábitos estão "ver filmes e ler a Bíblia". "Aceitar o que Deus tiver para mim", respondeu ao ser questionado sobre seus objetivos profissionais.

Em 2014, Thiago Braz mudou para a Itália para treinar com o mítico Vitaly Petrov, mentor de Sergey Bubka e Yelena Isinbayeva. No mesmo ano também sofreu uma fratura na mão esquerda, que exigiu uma cirurgia.

Ele custou um pouco a voltar a recuperar a força e a confiança, mas conseguiu com muito esforço. E agora concretizou o sonho de ser um campeão olímpico dentro de casa, na Rio-2016, mas por sua juventude este pode ser apenas o início de seu grande voo.

O brasileiro Thiago Braz deve chegar em grande forma para a disputa do salto com vara nos Jogos Olímpicos do Rio. Na noite de sexta-feira (22), ele venceu o Meeting Internacional de Salto com Vara, disputado na cidade de Schlanders, na Alemanha, com a marca de 5,90 metros, o seu melhor resultado nesta temporada.

O evento na Alemanha foi exatamente o último de Thiago Braz antes da sua participação na Olimpíada. E o brasileiro não teve muita concorrência na prova, tanto que o segundo colocado, o grego Konstantinos Filippidis, parou nos 5,65m. Já o bronze foi para o português Diogo Ferreira, com 5,55m.

##RECOMENDA##

Isso ocorreu também porque os principais nomes do salto com vara no mundo optaram por participarem da etapa de Londres de Diamond League, na última sexta. E quem se deu melhor lá foi o francês Renaud Lavillenie, com 5,90m.

De qualquer modo, Thiago Braz conseguiu o seu melhor resultado em 2016 na última sexta, superando os 5,85m que havia obtido em 24 de junho, em Leverkusen. A marca o deixa em quarto lugar no ranking mundial, atrás de Lavillenie, com 5,96m, do norte-americano Sam Kendricks, com 5,92m, e do canadense Shawnacy Barber, com 5,91m.

Esperanças de medalhas para o Brasil no Mundial Indoor de Atletismo, Fabiana Murer e Thiago Braz decepcionaram na disputa do salto com vara da competição, no início da madrugada desta sexta-feira, em Portland, nos Estados Unidos. Campeã mundial indoor em 2010, Murer ficou apenas em sexto lugar da prova feminina, enquanto Braz, terceiro colocado no ranking mundial indoor e que nesta temporada chegou a superar o recordista mundial Renaud Lavillenie, foi somente o 12º colocado. Para completar o dia ruim do País em solo norte-americano, Augusto Dutra foi o 14º nesta mesma prova masculina.

Na competição que irá até este domingo no Centro de Convenções do Oregon, Murer conseguiu ultrapassar o sarrafo a 4,50m e 4,60m nas primeiras tentativas, mas depois não teve sucesso ao tentar passar dos 4,70m.

##RECOMENDA##

Assim, ela ficou fora da disputa por medalhas e viu a norte-americana Jennifer Suhr, campeã olímpica, faturar o ouro ao saltar 4,90m, novo recorde mundial indoor, superando a marca de 4,86m que a russa Elena Isinbaeva havia conseguido em 2004.

O resultado levou ao delírio a torcida que lotou os 7 mil lugares do Centro de Convenções do Oregon e ainda viu outra atleta do país, Sandi Morris, conquistar a medalha de prata ao com um salto de 4,85m, isso depois de ter se sagrado campeã norte-americana na semana passada. Já o bronze ficou com a grega Ekaterini Stefanidi.

Também medalhista de bronze no Mundial Indoor de 2008, Murer lamentou o resultado ruim amargado nos Estados Unidos. "Estou bem física e tecnicamente, mas alguns detalhes não deram certo. Claro que queria um resultado melhor, que estou chateada. Agora é fazer bem feito o meu trabalho e saltar alto na Olimpíada", disse a atleta em entrevista ao canal SporTV.

Já na prova masculina, Thiago Braz ficou na decepcionante 12ª posição ao saltar apenas 5,55m. Depois de abrir mão de saltar 5,65m e falhar nas duas vezes em que buscou 5,75m, ele também fracassou ao tentar ultrapassar o sarrafo a 5,80m. Outro brasileiro na prova, Augusto Dutra passou pelos 5,40m em sua segunda tentativa, mas depois fracassou ao tentar superar o sarrafo a 5,55m, terminando a final da prova apenas em 14º lugar.

Já o ouro acabou ficando com o favorito francês Renaud Lavillenie, que ainda cravou o novo recorde mundial indoor ao saltar 6,02m, melhor marca da competição desde 2010. Ele ainda tentou bater o seu próprio recorde mundial indoor (6,16m), mas não conseguiu superar o sarrafo nas três tentativas de passar o sarrafo a 6,17m.

Após ficar fora do pódio na madrugada desta sexta, o Brasil voltará a competir no Mundial Indoor com Darlan Romani e Eliane Martins nas respectivas finais do arremesso do peso e do salto em distância, enquanto Fabiana Moraes irá participar das preliminares dos 60 metros com barreiras nesta sexta-feira.

O fim de semana já é histórico para o atletismo brasileiro. No sábado, dois recordes sul-americanos foram batidos por atletas brasileiros durante a realização do ISTAF Indoor de Berlim, na Alemanha. Thiago Braz bateu o recorde absoluto do salto com vara ao superar o sarrafo a 5,93m, enquanto Rosângela Santos estabeleceu a melhor marca histórica dos 60m rasos, prova disputada apenas em ambiente indoor.

Thiago já era detentor do recorde sul-americano absoluto, tendo saltado 5,92m em Baku (Azerbaijão) no ano passado, numa competição ao ar livre. Como o Brasil tem um único local para provas indoor, inaugurado recentemente, os atletas brasileiros pouco competem nestas condições. Por isso, o antigo recorde indoor, do próprio Thiago, era baixo: 5,76m.

##RECOMENDA##

O resultado em Berlim foi relevante não só pela altura alcançada mas porque o brasileiro deixou para trás o francês Renaud Lavillenie, campeão olímpico e atual recordista mundial, e o alemão Raphael Holzdeppe, campeão mundial de 2013.

Apesar do recorde sul-americano, Thiago ainda ficou longe da melhor marca da temporada, os 6,00m alcançados pelo canadense Shawnacy Barber, de apenas 21 anos, atual campeão mundial e agora favorito ao ouro olímpico. O brasileiro até subiu o sarrafo para 6,01m em Berlim, mas falhou nas três tentativas.

Thiago Braz também está na lista de candidatos à medalha olímpica. No ano passado, só três atletas chegaram aos 5,93m que ele alcançou neste sábado: Lavillenie (6,05m), Holzdeppe (5,94m) e Barber (5,93m). Desde 2013, entretanto, só Lavillenie saltava acima disso. Dentre os quatro devem sair os três atletas do pódio do Rio-2016.

ROSÂNGELA - Pelo segundo final de semana seguido, Rosângela Santos bateu o recorde sul-americano dos 60m rasos, prova poucas vezes disputadas por brasileiras. Se Karlsruhe (Alemanha) ela igualou os 7s19 de Franciela Krasucki de 2014, neste sábado, em Berlim, estabeleceu uma nova melhor marca: 7s17.

A brasileira, entretanto, não está entre as melhores do mundo na distância. Quarta colocada em Berlim, ela divide a 11.ª colocação do ranking mundial, distante da fantástica holandesa Dafne Schippers, que correu 7s04 na semifinal e 7s00 na final.

MAIS RECORDE - Em São Caetano do Sul (SP), o ginásio da equipe BM&F Bovespa recebeu uma competição da Federação Paulista e viu um recorde nacional indoor: de Fabiana Moraes, que venceu os 60m com barreiras com 8s08, igualando a marca feita por Maila de Paula Machado em 2006.

De quebra, Fabiana Moraes, de 29 anos, conseguiu a qualificação para o Mundial Indoor de Portland (EUA), que será disputado de 18 a 20 de março. A própria Maila, que está com 34 anos, foi segunda colocada em São Caetano do Sul, com 8s40, longe do índice de 8s14. Nos 60m com barreiras masculino, Fábio Vaz fez 7s75 e ficou a apenas 0s03 do índice para Portland.

Justin Gatlin voltou a mostrar, nesta quinta-feira, que é o homem a ser batido no Mundial de Pequim, em agosto. Em Lausanne (Suíça), numa competição que contou com todos os melhores do mundo nos 100 metros (exceto Usain Bolt), o norte-americano sobrou e venceu com 9s75. O meeting valeu como etapa da Diamond League, mas esta prova, especificamente, não.

A marca de Gatlin nesta quinta-feira é a segunda melhor da temporada, ficando apenas atrás dos 9s74 que o próprio norte-americano fez em Doha (Catar), em maio. Segundo do ranking, o jamaicano Asafa Powell também foi segundo em Lausanne, com 9s92. Tyson Gay chegou em terceiro, com a mesma marca. Michael Rodgers (EUA) e Keston Bledman (Trinidad & Tobago) completaram em 10s03.

##RECOMENDA##

Outra prova muito esperada em Lausanne era os 5.000 metros para homens. Afinal, seria a volta do britânico Mo Farah, que desistiu de correr em Birmingham (Inglaterra), depois que seu treinador, Alberto Salazar, foi acusado de comandar um esquema de doping nos Estados Unidos.

Campeão olímpico, Mo Farah fez uma chegada equilibrada com Yomif Kejelcha, da Etiópia, e venceu com 13min11s77, passando o rival apenas na reta de chegada. Dois quenianos e dois etíopes completaram na sequência.

MELHOR PROVA DE TODOS OS TEMPOS - O grande resultado de Lausanne, entretanto, veio no salto triplo. E não foi com o cubano Pedro Pablo Pichardo, grande sensação da temporada do atletismo. Campeão olímpico, o norte-americano Christian Taylor deu show e venceu com 18,06m, superando inclusive Pichardo, que passou também incríveis 17,99m.

Para se ter uma ideia do feito, Taylor bateu seu recorde pessoal e igualou o recorde da Diamond League. O norte-americano chegou ao quarto lugar do ranking de todos os tempos da prova. O salto desta quinta-feira também é o quarto melhor da história.

Antes de saltar 18,06m, ele havia alcançado 18,02m na sua quinta tentativa. Isso significa que Lausanne viu, nesta quinta-feira, três dos 12 melhores saltos de todos os tempos. Só este ano foram feitas seis dessas marcas, incluindo um 18,08m e um 18,06m de Pichardo e um 18,04 de Taylor. Na história, só quatro atletas passaram de 18 metros. Além dos dois este ano, também o britânico Jonathan Edwards (18,29m, em 1995) e o americano Kenny Harrison (18,09m para ganhar o ouro olímpico em 1996).

BRASIL - Dono de três dos nove melhores saltos da temporada, Thiago Braz quebrou sua sequência de grandes resultados. Atrapalhado por um vento forte, passou o sarrafo apenas a 5,61m e terminou em sexto no salto com vara. A vitória ficou com o polonês Pawel Wojciechowski, que passou 5,84m.

O francês Renaud Lavillenie, melhor do mundo e líder do ranking mundial, falhou nas três tentativas de 5,92m e acabou apenas em terceiro, com 5,76m. Entre eles, o alemão Raphael Holzdeppe, também com 5,76m.

Thiago Braz fez bonito neste sábado ao conquistar a medalha de prata do salto com vara da etapa de Paris da Diamond League. Embora tenha sido superado pelo grego Konstadinos Filippidis, o brasileiro levou a melhor sobre o recordista mundial Renaud Lavillenie, francês que sequer conseguiu subir ao pódio na capital do seu país. Para completar o bom dia do Brasil no salto com vara, Fabiana Murer faturou o bronze da prova feminina da competição.

Ao saltar 5,86m, Braz só não conseguiu ser melhor do que Filippidis, atual campeão mundial indoor, que ultrapassou o sarrafo a 5,91m, novo recorde grego, para ficar com o ouro. O bronze foi conquistado pelo norte-americano Sam Kendricks, outro a frustrar a torcida local ao obter a marca de 5,81m.

##RECOMENDA##

Líder do ranking mundial, Lavillenie ficou apenas em sexto lugar, sendo superado também pelo seu compatriota Kévin Ménaldo, quarto colocado, derrotado por Kendricks no critério de desempate.

Já na disputa feminina, Fabiana Murer conquistou o bronze ao saltar 4,63m, depois de também ter superado o sarrafo inicialmente a 4,53. Depois, porém, ela não conseguiu ultrapassar a altura de 4,73m. O ouro ficou com a grega Nikoleta Kiriakopoulou, com a marca de 4,83m, enquanto a prata ficou com a cubana Yarisley Silva. Com 4,73m.

Assim como seu compatriota Filippidis, Kiriakopoulou também quebrou o recorde grego do salto com vara com a melhor marca do ano, enquanto Yarisley Silva desponta como grande adversária de Murer nesta prova nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, que começam na próxima semana. Murer, por sua vez, agora figura na terceira posição do ranking, com os 4,80m que conseguiu na etapa de Nova York da Diamond League.

100m - Em outras disputas do dia, destaque para as provas dos 100m. Na feminina, Shelly-Ann Fraser-Pryce foi ouro com o tempo de 10s74, a melhor marca do ano. A medalha de prata ficou com a nigeriana Blessing Okagbare-Ighoteguonor, com 10s80, enquanto o bronze foi obtido pela norte-americana English Gardner, com 10s97.

Já na disputa masculina dos 100m, o jamaicano Asafa Powell ficou com o ouro ao cravar o terceiro melhor tempo do ano. Ele cruzou a linha de chegada após 9s81, enquanto o francês Jimmy Vicaut foi prata com 9s86. O bronze ficou com o norte-americano Michael Rodgers, com 9s99, que superou por pouco o jamaicano Nesta Carter, quarto colocado com 10s02.

QUEDA FATAL - Outro que brilhou neste sábado foi o queniano Jairus Kipchoge Birech, que cravou a melhor marca do ano na prova dos 3.000m com obstáculos ao marcar 7min58s83. O curioso é que essa marca foi atingida depois de o norte-americano Evan Jager, que liderava a prova, sofrer uma queda após passar pelo último obstáculo da corrida. Ele ainda se levantou para ter ao menos a prata com o tempo de 8min00s45.

A Associação Internacional de Atletismo (IAAF) homologou, nesta quinta-feira (25), o novo recorde sul-americano do salto com vara. Na véspera, o brasileiro Thiago Braz saltou 5,92m em uma competição de Baku (Azerbaijão), mas havia a dúvida se o resultado seria homologado porque a disputa ocorreu na rua e não em uma pista oficial.

Com a homologação do salto, Thiago melhora em seis centímetros o antigo recorde, que durou apenas 20 dias. O garoto, de apenas 21 a anos, é o recordista sul-americano desde 2013, quando saltou 5,83m. A marca permaneceu como a melhor da América do Sul por um ano e meio, até ser novamente batida por ele no início do mês.

##RECOMENDA##

Campeão mundial juvenil em 2013, Thiago Braz vem colhendo os frutos da polêmica decisão de abandonar o técnico Elson Miranda (marido e treinador de Fabiana Murer), mudar-se para Fórmia (Itália) e trabalhar exclusivamente com o ucraniano Vitaly Petrov. O treinador formou os dois maiores nomes do salto com vara em todos os tempos: a russa Yelena Ysinbayeva e o ucraniano Serguei Bubka.

Em 40 dias, Thiago venceu o Troféu Brasil (5,55m) e o Meeting de Ostrava (5,75m), foi prata em Roma (5,86m, novo recorde sul-americano) e novamente ganhou ouro em uma competição em Praga (5,75m). Em Baku, foi prata, mas saltou o mesmo que o campeão mundial Raphael Marcel Holzdeppe, da Alemanha, que também fez o melhor resultado da carreira.

Thiago e Holzdeppe agora dividem o segundo lugar do ranking mundial, atrás apenas do francês Renaud Lavillenie, que é disparado o melhor do mundo e já passou de 6,05m esta temporada. Na década, só Lavillenie e os alemães Bjorn Otto (6,01m, em 2011) e Holzdeppe saltaram tão alto quanto o brasileiro.

Pela segunda vez em apenas 20 dias, o salto com vara tem um novo recorde sul-americano. E novamente o responsável pelo feito foi Thiago Braz. Nesta quarta-feira, em Baku, o garoto de Marília (SP) passou o sarrafo a 5,92m para melhorar, de uma vez só, seis centímetros o antigo recorde, que havia sido batido no último dia 4. Agora ele é o terceiro melhor saltador da década em todo o mundo.

O site da competição, denominada Street Athletics Baku, não dá maiores informações sobre a competição, mas informa que Thiago saltou 5,92m, mas ficou com a prata. O ouro foi para o alemão Raphael Marcel Holzdeppe, que também bateu seu recorde pessoal, com a mesma marca que o brasileiro. O polonês Piotr Lisek passou 5,82m para ficar com o bronze. O torneio não tem relação com os Jogos Europeus, que também estão acontecendo em Baku.

##RECOMENDA##

Campeão mundial juvenil em 2013, Thiago Braz vem colhendo os frutos da polêmica decisão de abandonar o técnico Elson Miranda (marido e treinador de Fabiana Murer), mudar-se para Fórmia (Itália) e trabalhar exclusivamente com o ucraniano Vitaly Petrov. O treinador formou os dois maiores nomes do salto com vara em todos os tempos: a russa Yelena Ysinbayeva e o ucraniano Serguei Bubka.

Até agora, Thiago vai mostrando que a escolha foi acertada. Em 40 dias, venceu o Troféu Brasil (5,55m) e o Meeting de Ostrava (5,75m), foi prata em Roma (5,86m, novo recorde sul-americano) e novamente ganhou ouro em uma competição em Praga (5,75m).

Thiago e Holzdeppe agora dividem o segundo lugar do ranking mundial, atrás apenas do francês Renaud Lavillenie, que é disparado o melhor do mundo e já passou de 6,05m esta temporada. Até esta temporada, o melhor resultado do brasileiro era 5,83m, recorde sul-americano feito em 2013. Agora, coloca seu nome na história. Só Lavillenie e os alemães Bjorn Otto (6,01m, em 2011) e Holzdeppe saltaram tão alto nesta década.

O brasileiro Thiago Braz ganhou a medalha de ouro no salto com vara no Meeting Internacional de Genebra, neste sábado (14), na Suíça. Competindo pela equipe da BM&F Bovespa, Thiago passou o sarrafo a 5,61m no seu melhor salto para ficar com a vitória. Até agora, em céu aberto, seu melhor resultado na temporada era 5,47m, feito em Oslo (Noruega), na quinta-feira.

Outros três brasileiros participaram do Meeting de Genebra pela equipe paulista. Fábio Gomes da Silva não foi bem, parou nos 5,36m, mas a prova também não tinha bom nível técnico e ele terminou com o bronze. Augusto Dutra, que tem o melhor salto brasileiro da temporada, não marcou.

##RECOMENDA##

No feminino, Karla Rosa também foi ao pódio. A saltadora conquistou a medalha de bronze, com a marca de 4,25m. O resultado, porém, ainda a deixa a 10 centímetros do seu melhor salto na temporada. A atleta ocupa o 34.º lugar no ranking mundial. A liderança agora é de Fabiana Murer, que ganhou ouro na etapa de Diamond League de Nova York, neste sábado, com 5,80m.

Foi por muito pouco que o campeão mundial juvenil não se tornou medalhista no Mundial Indoor de Atletismo. Neste sábado (8), Thiago Braz, de 20 anos, se aproximou do recorde sul-americano, ficou a um salto do bronze, mas viu um rival acertar a última tentativa e terminou em quarto lugar na vara em Sopot (Polônia).

Deixando claro que buscava a medalha, Thiago Braz abriu mão do primeiro salto (5,40m), para chegar em vantagem num possível desempate, que leva em consideração o menor número de saltos. Com o sarrafo a 5,55m, porém, teve dificuldades de passar, o que só conseguiu na terceira e última tentativa.

##RECOMENDA##

Saltando alto, passou o sarrafo a 5,65m logo na primeira tentativa e superou 5,75m na segunda. Ao tentar 5,80m, que configuraria novo recorde sul-americano (ele marcou 5,76m em Donetsk, no mês passado), chegou a saltar bem, especialmente na terceira tentativa, mas bateu no sarrafo e acabou eliminado.

Naquele momento, dois atletas já haviam superado os 5,80m (o grego Konstadinos Filippidis e o alemão Malte Mohr). Thiago era o terceiro e precisava torcer contra o checo Jan Kudlicka, que tinha direito a mais um salto. O europeu conseguiu também superar os 5,80m com o melhor salto da sua carreira e tirou o bronze do brasileiro. Depois, ninguém conseguiu passar os 5,85m e o ouro acabou com o grego, ficando o alemão com a prata, em segundo.

Augusto - Outro brasileiro na prova foi Augusto Dutra. Companheiro de clube de Thiago na BM&F Bovespa, ele perdeu o recorde sul-americano indoor (5,71m) para o amigo e teve uma preparação para o Mundial prejudicada por uma entorse no tornozelo direito em Malmo (Suécia), no início da temporada indoor europeia.

Mesmo com dores, Augusto se superou. Acertou 5,40m na primeira tentativa, passou 5,55m na segunda e 5,65m na terceira, obtendo sua melhor marca na temporada. Depois, falhou três vezes ao tentar 5,75m e acabou eliminado no sétimo lugar.

Em ótima fase no salto com vara, o Brasil fez dobradinha no Meeting de Zagreb (Croácia), nesta terça-feira. O ouro da competição chancelada pela Iaaf (Associação das Federações Internacionais de atletismo) ficou com Augusto Dutra, enquanto seu conterrâneo Thiago Braz, também de Marília (SP), terminou com a prata.

Depois de não conseguir passar o sarrafo a 5,50m e ser eliminado de uma competição em Leverkusen (Alemanha), semana passada, enquanto Thiago Braz chegou a 5,82m e ficou a um centímetro de igualar o recorde sul-americano, Augusto quis dar o troco no companheiro de equipe na BM&F Bovespa.

##RECOMENDA##

Em Zagreb, os dois estavam empatados até 5,65m, já com a garantia de ouro e prata. Mas só Augusto conseguiu passar o sarrafo a 5,75m, conquistando o título, com o amigo em segundo.

"Os dois estão bem cansados, mas seguem muito bem, tanto que estão fazendo resultado mesmo no final da temporada", disse o técnico Elson Miranda. "O Augusto sentiu que ficou devendo um resultado melhor em Leverkusen e saltou mais alto que o Thiago agora em Zagreb".

A temporada dos dois ainda tem mais uma prova, na sexta-feira: a etapa final da Diamond League, em Bruxelas, na Bélgica. "Bruxelas vai ser uma competição totalmente diferente. Os competidores serão mais fortes, a competitividade entre eles maior. Mas o Augusto e o Thiago estão bem e podem chegar a um bom resultado", avalia o treinador.

Thiago Braz, de apenas 19 anos, já tem estreia garantida no mundo dos adultos. Nesta sexta-feira, ele alcançou o índice do salto com vara para o Mundial de Moscou, em agosto, ao conquistar o vice-campeonato do Troféu Brasil de Atletismo com a marca de 5,60 metros - a altura é, também, a melhor de sua carreira.

O jovem saltador é o atual campeão mundial juvenil: o título foi conquistado em Barcelona, no ano passado, com a marca de 5,55 metros. Em 2011, na primeira edição da Olimpíada da Juventude, em Cingapura, foi medalha de prata. Uma evolução gradual, mas constante, do pupilo do técnico Elson Miranda, o mesmo da campeã mundial Fabiana Murer e do atual recordista sul-americano, Augusto Dutra.

##RECOMENDA##

"O Thiago é um caso à parte. Foi vice-campeão olímpico, campeão mundial, estava buscando o índice para o seu primeiro Mundial adulto e conseguiu. Isso mostra que o salto com vara masculino está crescendo", disse Elson Miranda. "Ele fez 5,60 metros, mas ainda dá para melhorar, ele tem muito o que crescer. Espero que ele faça 5,70 metros ainda antes do Mundial."

"Estava triste porque não tinha conseguido o índice ainda. Agora saiu, e o foco é diferente", disse Thiago, que ainda não sabe muito bem o que vai encontrar em Moscou. "O Mundial Juvenil já foi uma experiência bem bacana, gostei muito. Fiquei um tempo fora (do País) me preparando e isso me ajudou a saltar bem. Vamos fazer de novo essa preparação e eu estou querendo ver como é o ritmo de um Mundial adulto. Mas só de participar vai ser muito legal, quero viver essa experiência."

MARÍLIA EM MOSCOU - Thiago Braz é natural de Marília, assim como Augusto Dutra, atual recordista sul-americano da prova com 5,81 metros. Um está com 19 anos e o outro, com 22 anos. Os dois começaram juntos no salto com vara na cidade natal, no interior de São Paulo, e seguiram para a extinta equipe Rede Atletismo, em Bragança Paulista (SP). Em 2009, Thiago passou a treinar com Elson Miranda. Augusto se transferiu para a equipe BM&F Bovespa dois anos depois. Agora, os amigos e rivais dão outro passo importante na carreira em conjunto.

"A gente começou junto, o pai dele sempre me incentivou", lembrou Thiago. "Estamos na batalha. O Augusto não estava bem no passado, mas agora encaixou os saltos. Vamos seguir saltando juntos, 5,80m, 5,90m, cada um batalhando com o seu." Augusto venceu a prova desta sexta-feira, com 5,70 metros, mas vibrou mesmo quando viu que o amigo havia conquistado o índice para Moscou. "Estava torcendo muito por ele, não temos rivalidade."

Thiago Braz é o 18º atleta brasileiro pré-classificado para o Mundial de Moscou. E o salto com vara é a prova que mais terá representantes do Brasil na Rússia. Além de Thiago e Augusto, estão garantidas Fabiana Murer e Karla Rosa da Silva. Fábio Gomes também obteve o índice, mas sofreu uma lesão no tendão calcâneo do pé direito, no GP de Belém, foi operado e não poderá disputar a competição.

Confira os atletas com índice para Mundial de Moscou:

Masculino

200 metros - Bruno Lins e Aldemir Gomes

400 metros - Anderson Henriques

800 metros - Kleberson Davide

400 metros com barreiras - Mahau Suguimati

Salto em distância - Mauro Vinícius da Silva, o Duda

Salto com vara - Augusto Dutra e Thiago Braz

Lançamento do disco - Ronald Julião

Decatlo - Carlos Chinin

Maratona - Solonei Rocha e Paulo Roberto de Almeida Paula

Feminino

100 metros - Franciela Krasucki e Ana Cláudia Lemos

200 metros - Ana Cláudia Lemos

Salto triplo - Keila Costa

Lançamento do dardo - Jucilene Lima

Salto com vara - Fabiana Murer e Karla Rosa da Silva

Páginas

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando