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A treinadora do time feminino do Rio Branco-AC pediu demissão após o clube anunciar a contratação do goleiro Bruno Fernandes, condenado por homicídio triplamente qualificado pela morte de Eliza Samudio. Rose Costa estava no clube desde outubro de 2019. Nas redes sociais, ela disse que o acerto com o goleiro "legitima a ineficiência das leis em nosso país, socializa ainda mais a impunidade aos feminicidas e por fim, macula a imagem da nossa equipe."

O Rio Branco Football Club também perdeu sua patrocinadora por causa da mesma contratação. Bruno foi anunciado pelo cartola Neto Alencar, que afirmou em vídeo que o goleiro era uma das maiores contratações da história do clube.

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Ao jornal acreano Notícias da Hora, o dirigente disse que não fazia julgamentos. "O que ele fez na vida pessoal é problema apenas dele. (...) Chegará e mostrará o que tem de potencial profissional", comentou. "Eu penso que Bruno pagou o que ele devia para a sociedade. Quem nunca errou que atire a primeira pedra", afirmou em um segundo vídeo.

Em uma de suas publicações, a treinadora Rose Costa terminou o texto dizendo em letras maiúsculas que "nunca foi e nunca será só futebol". "Precisamos combater o MACHISMO de homens e, principalmente o propagado por mulheres, que em grande maioria das vezes é resultado de um processo cultural, que é conivente, vexatório, e que reproduz cada vez mais violência a mulher, em todas as instâncias e setores, e que em nosso estado está constatado, na triste realidade em sermos o estado com maior índice de violência a mulher do Brasil", assinalou.

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Essa semana, o desabafo da atleta Sofia Sena, atacante do Sport, tomou as redes sociais. Após o time pernambucano levar 9 x 0 do Santos, a jogadora deu uma entrevista falando das más condições oferecidas pelo Leão e também reclamou da logística que teria após o jogo, pois teriam que sair correndo do hotel para o aeroporto.

Mas as queixas sobre a organização do Campeonato Brasileiro Feminino não ficaram apenas do lado derrotado. Nessa segunda-feira (15), Emily Lima, treinadora do Santos, viralizou nas redes sociais com uma série de vídeos em que cobra da CBF uma maior atenção à categoria.

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Em Manaus, onde o Peixe desembarcou para encarar o Iranduba, nesta quarta-feira (17), às 21h, a técnica mostrou que não havia vagas no hotel onde o time deveria ficar hospedado e as atletas teriam que dormir no saguão.

“Essa é a organização do nosso futebol feminino no Brasil. Esse é o respeito que o povo tem ao futebol feminino no Brasil. Porque os EUA estão tão longe de nós?”, questiona. Emily, inclusive, cita a declaração da atleta do Sport reclamando do clube e ainda afirma que no Brasileiro sub-18, os times estão jogando “dia sim dia não”.

Em outra postagem, Emily disse que o elenco conseguiu hospedagem em um novo hotel, após suas postagens repercutirem entre os seguidores. Confira os posts:

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O Boletim Informativo Diário (BID) da CBF registrou nesta quinta-feira o primeiro contrato de uma treinadora. A responsável pelo acontecimento foi Nilmara Alves Pinto, técnica do Manthiqueira, clube de Guaratinguetá, em São Paulo, que subiu para a Série A3 do Campeonato Paulista na temporada passada.

Desde abril do ano passado, o Departamento de Registro, Transferência e Licenciamento de Clubes da CBF passou a registrar os contratos dos técnicos do futebol brasileiro, expediente anteriormente adotado apenas com os jogadores. E, nove meses depois, Nilmara se tornou a primeira mulher a obter o registro para a profissão.

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"É mais um passo para mostrarmos que as mulheres podem chegar onde almejam. Fico feliz em ter tudo assinado, em carteira, registrado direitinho. É o meu sexto ano aqui no clube e isso serve para coroar o trabalho que todos nós estamos desenvolvendo", celebrou ela, em entrevista ao site da entidade.

Nilmara está no Manthiqueira desde 2012 e exerceu diversas funções no clube antes de se estabelecer como treinadora. Ela é conhecida, inclusive, como uma das primeiras mulheres técnicas de um time masculino no Brasil e voltou a exercer o cargo no time paulista nesta temporada.

"Nos outros anos, eu achava estranho. Éramos profissionais que estavam trabalhando e não tínhamos estabilidade através de contrato. Nos sentíamos um pouco rejeitados. E agora, com contrato assinado, mesmo sabendo que o trabalho no clube pode ser de curto prazo, temos uma estabilidade. Sentimos que a profissão passa a ter mais confiança", avaliou ela.

A técnica Paula Navarro, de 45 anos, será a primeira mulher a comandar um clube profissional masculino no Chile. A treinadora vai assumir o comando do Santiago Morning, clube da segunda divisão do futebol do país. Paula tem o aval do presidente do clube Miguel Nassur. Ela já estava à frente do time feminino do Santiago Morning, além de ser coordenadora da base. 

Contudo, a notícia parece não agradar a todos. De acordo com veículos locais, o capitão do time, o goleiro Hernán Muñoz, não gostou gostou da decisão e se manifestou contra o acerto. "As mulheres já avançaram e têm capacidade suficiente, mas daí a entrarem em um vestiário masculino, não estou de acordo. Imagine uma conversa com ela, enquanto os jogadores precisam se trocar no vestiário? É fora de contexto. Penso na nossa comodidade e meus companheiros pensam o mesmo. Ficaram surpresos e acham que será incômodo para todos. Pelos argumentos que estou dando, seria imaturo me tratarem como machista. Não estou colocando em dúvida a capacidade dela. Sei que é uma boa treinadora, mas não sei se isso é correto. Penso como jogador, e não treinador", falou.

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Paula Navarro estudou Educação Física, e entrou para o INAF (Instituto Nacional de Futebol) do Chile, em 2001. Ela ainda realizou alguns cursos de psicologia esportiva e outros endossados pela Fifa (Federação Internacional de Futebol).

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