Tópicos | tunisianos

Milhares de tunisianos foram às ruas da capital, Túnis, neste sábado (15), protestar contra o presidente Kais Saeid, a quem responsabilizam pela grave crise econômica do país, marcada pela recorrente escassez de produtos básicos e pela inflação elevada.

Liderados pela Frente de Salvação Nacional, uma coligação de partidos da oposição que inclui o Ennahdha, de inspiração islâmica, os manifestantes marcharam pelas principais ruas da capital da Tunísia, pedindo a saída do presidente.

##RECOMENDA##

"Vá embora!", "Rebelião contra o ditador Kais!", "O povo quer destituir o presidente!", gritava a multidão.

Sufocada por uma dívida de mais de 100% de seu Produto Interno Bruto (PIB) e incapaz de se endividar nos mercados internacionais, a Tunísia negocia um empréstimo de em torno de US$ 2 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

O país também está mergulhado em uma grave crise política desde o golpe do presidente Saied, que assumiu plenos poderes em julho de 2021.

O Partido Desturiano Livre (PDL), uma legenda de oposição anti-islâmica, também convocou um protesto, na capital, contra a deterioração das condições de vida no país.

Cerca de 1.500 pessoas participaram do ato organizado pela Frente de Salvação Nacional, e em torno de mil, do PDL, informou o Ministério do Interior à AFP.

O "Ocean Viking", um navio de resgate da ONG europeia SOS Méditerranée, resgatou outros 88 migrantes no mar nos últimos dias, depois de ter socorrido 44 pessoas na última quinta-feira, disse a organização no domingo.

Com um total de três operações desde quinta-feira, com quatro barcos resgatados, o "Ocean Viking" ajudou 132 pessoas no total, entre elas 9 mulheres e 40 menores, informou um porta-voz da SOS Méditerranée.

##RECOMENDA##

Esses resgates, que ocorreram principalmente em uma zona de busca e salvamento perto de Malta, na costa da Líbia, incluíram três barcos de madeira e um de fibra de vidro, que tinham sido infiltrados por água e combustível.

Entre os resgatados estão líbios, sudaneses do sul, egípcios, gambianos, tunisianos e sírios.

Em 1º de maio, o "Ocean Viking" desembarcou na Sicília, na Itália, 236 migrantes resgatados do Mediterrâneo.

Depois, o navio passou várias semanas em um dique seco em Nápoles para fazer reparos.

Recentemente, a ONU solicitou que a Líbia e a União Europeia (UE) reformem suas operações de busca e resgate no Mediterrâneo, alegando que suas práticas atuais privam os migrantes de seus direitos e dignidade, quando não os levam à morte.

Desde o início de 2021, 866 migrantes perderam a vida tentando cruzar o Mediterrâneo para chegar à Europa, segundo dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM, uma agência da ONU).

A SOS Méditerranée afirma, por sua vez, ter ajudado mais de 30.000 pessoas desde fevereiro de 2016, primeiro com o navio "Aquarius" e depois com o "Ocean Viking".

A Itália ordenou nessa quarta-feira (15) a prisão preventiva de cinco jovens tunisianos suspeitos de terrorismo internacional e ligação com o grupo Estado Islâmico (EI). Mas os mandados não puderam ser executados devido a impedimentos processuais. Os cinco são investigados por terem criado na Itália uma organização filiada ao EI. Três deles já estavam em prisão domiciliar por crimes de substâncias ilícitas. Os outros dois estavam em liberdade, sendo que um deles já tinha sido expulso da Itália em 2016.

A Promotoria de Turim pedira a prisão dos jovens em 17 de maio, mas um juiz rejeitou a solicitação em 21 de junho. O promotor Andrea Padalino, então, recorreu a um tribunal de Piemonte, que autorizou os mandados de detenção preventiva. A ordem, no entanto, não pode ser cumprida, pois não é executiva, já que os suspeitos ainda têm a possibilidade de recorrer à Corte de Apelação.

##RECOMENDA##

A investigação contra os jovens começou após as autoridades constatarem falsas declarações de matrícula na Universidade de Turim, apresentadas pelos estrangeiros para obter visto de permanência na Itália.

Da Ansa

Leianas redes sociaisAcompanhe-nos!

Facebook

Carregando