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Uma mulher de 26 anos e mãe adotiva de três meninos, que na semana passada tornou-se a primeira a passar por um transplante de útero nos Estados Unidos, foi apresentada nesta segunda-feira à imprensa.

A mulher, identificada apenas pelo primeiro nome, Lindsay, nasceu com uma condição conhecida como fator de infertilidade uterina, o que significa que não é possível utilizar o útero, ou que ele não funciona corretamente, inviabilizando a gravidez.

Este transtorno afeta entre três e cinco por centro das mulheres em todo o mundo, e cerca de 50.000 mulheres nos Estados Unidos. No caso de Lindsey, ela contou que foi informada que não poderia ter filhos quando tinha 16 anos. "E a partir deste momento rezei para que Deus me desse a oportunidade de experimentar a gravidez e aqui estamos hoje no início dessa viagem", disse a mulher em coletiva de imprensa.

Em 26 de fevereiro, a mulher recebeu um útero de uma doadora de 30 anos que havia dado à luz previamente e morreu de forma repentina, informaram os médicos da Clínica de Cleveland, em Ohio (nordeste). A cirurgia levou nove horas.

Lindsey, que se reuniu com a imprensa dez dias após a operação e falou sentada numa cadeira de rodas, expressou uma "imensa gratidão pela família da doadora". "Eles me deram um presente que nunca serei capaz de pagar e estou imensamente agradecida".

Uma sueca de 36 anos é a primeira mulher a dar à luz com um útero transplantado, revelou nesse sábado (4) a revista médica britânica "The Lancet". Esse importante progresso na luta contra a infertilidade permitiu à mulher, que nasceu sem útero, dar à luz um menino saudável, em setembro, após 31 semanas de gestação, destaca a revista.

O bebê nasceu com 1,775 kg. A mãe nasceu sem útero, devido a uma afecção genética. Sua identidade não foi revelada. Ela deixou o hospital três dias após o parto, enquanto a criança recebeu alta da unidade neonatal dez dias depois do nascimento. Ambos passam bem, acrescenta o periódico.

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O útero transplantado era de uma mulher de 61 anos, que entrou na menopausa há sete anos, após ter sido operada. "Esse sucesso se baseia em mais de dez anos de pesquisas intensivas em cobaias e treinamento cirúrgico da nossa equipe e cria a possibilidade de tratar um bom número de jovens mulheres no mundo que sofrem de infertilidade uterina", disse à revista o professor Mats Brännström, especialista em Ginecologia Obstetrícia da Universidade de Gotemburgo, que liderou a investigação.

"Além disso, demonstramos a viabilidade do transplante de útero de uma doadora viva, mesmo quando esta última se encontra na menopausa", completou. De acordo com os especialistas, "a falta de útero era o único tipo de infertilidade feminina considerado, até agora, fora do alcance das possibilidades terapêuticas".

Em Paris, o professor René Frydman, pai científico do primeiro bebê de proveta francês, recebeu "com entusiasmo" essa "etapa", que ele considerou comparável à do "transplante de coração para as patologias cardíacas". A mulher tratada tinha os ovários intactos, sendo, portanto, capaz de produzir os óvulos que foram fecundados pelas técnicas de fecundação in vitro (FIV) antes do transplante. Com isso, foi possível dispor de 11 embriões congelados.

Um ano depois do transplante de útero, os médicos transferiram um único embrião para o útero transplantado, o que levou à gravidez. "Observamos um único episódio de fraca rejeição durante a gravidez, tratado com corticoesteroides, e a mulher trabalhou em tempo integral até a véspera do parto", destacou Brännström.

O crescimento do feto e a irrigação sanguínea pelas artérias uterinas e pelo cordão umbilical foram normais até a 31ª semana. Nesse momento, ela teve de ser internada, devido à eclampsia, e foi submetida a uma cesárea. A eclampsia é uma patologia marcada, sobretudo, pela hipertensão e representa um risco para o feto.

A nova mamãe é uma das nove suecas que aceitaram um transplante de útero de doadoras vivas em 2013. Do mesmo modo que sete delas, apresentava a síndrome MRKH, que leva à ausência - total ou parcial - de vagina e de útero. Essa circunstância afeta uma em cada cinco mil mulheres de forma congênita.

No Reino Unido, estima-se em mais de 12 mil o número de mulheres em idade reprodutiva que apresentam fatores de infertilidade de origem uterina, aponta "The Lancet". Antes dessa façanha, outras tentativas de transplantes com úteros de doadoras - vivas, ou não - já haviam sido realizadas, mas fracassaram.

A primeira vez foi na Arábia Saudita, em 2000. Depois de três meses, o útero da paciente necrosou. Outra tentativa foi na Turquia, em 2011, quando se recorreu ao útero de uma doadora falecida. A gravidez teve início, mas acabou em aborto.

Uma equipe médica da Suécia informou nesta segunda-feira (13) que nove mulheres fizeram com sucesso transplante de útero doado por parentes e em breve poderão ficar grávidas. As mulheres, que estão na faixa dos 30 anos, nasceram sem útero ou foram obrigadas a removê-lo por motivos de saúde, fazem parte da experiência pioneira de transplante de útero com o objetivo de engravidar.

Transplantes de órgãos - coração, fígado, rins - para salvar vidas são feitos há décadas e os médicos estão aprimorando cada mais transplantes de mãos, faces e outras partes do corpo para melhorar a qualidade de vida dos pacientes. O transplante de útero realizado na Suécia - o primeiro temporário e com o objetivo apenas de procriar - significa um avanço da medicina, mas salienta novas preocupações.

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Duas tentativas anteriores de transplante de útero foram feitas na Turquia e Arábia Saudita, mas as duas não resultaram em gravidez. Cientistas no Reino Unido, Hungria e de outras partes também planejam cirurgias similares, mas a Suécia avançou no processo.

"Este é um novo tipo de cirurgia", afirmou Mats Brannstrom, chefe do departamento de obstetrícia e ginecologia da Universidade de Gothenburg, que liderou a iniciativa. No próximo mês, ele e seus colegas administrarão o primeiro workshop sobre como fazer um transplante de útero e planejam publicar um trabalho científico sobre seus estudos.

O médico disse que as nove mulheres que fizeram o transplante estão bem. Uma delas teve uma infecção logo após a cirurgia e outras tiveram episódios menores de rejeição, mas nenhuma das transplantadas ou doadoras precisaram de cuidados intensivos após a cirurgia. Os transplantes começaram a serem feitos no final de setembro e entre as doadoras estão mães e outros parentes das receptoras. Pacientes e doadoras não foram identificadas.

Especialistas classificaram o projeto como significativo, mas salientaram que não há conhecimento sobre se os transplantes resultarão em crianças saudáveis. A técnica usada na Suécia, usando doadores vivos, é controversa. No Reino Unido, médicos também planejam este tipo de cirurgia, mas usarão apenas úteros de doadoras mortas. Este foi também o caso da Turquia no ano passado.

"Mats fez algo impressionante e entendemos completamente porque ele tomou esse caminho, mas nos preocupamos com decisão", afirmou Richard Smith, médico e diretor de um serviço de assistência que está tentando levantar 500 mil libras para levar à frente cinco operações deste tipo no Reino Unido.

Para Smith, o transplante de útero é uma histerectomia radical, mas é de alto risco para a doadora. O médico disse que autoridades britânicas não consideram ético permitir que essas doadoras corram esse risco em uma operação que não tem como objetivo salvar vidas. Fonte: Associated Press.

Durante o Seminário Estadual de Enfrentamento ao Câncer de Mama e do Colo de Útero, que ocorre na manhã desta quinta-feira (14), no Centro de Convenções, em Olinda, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, afirmou que a procura pelos os exames que previnem as doenças ainda é muito baixa no Estado.

De acordo com o gestor, as doenças são as que mais matam mulheres jovens no País. No entanto, mesmo com a oferta dos exames, a procura ainda é muito baixa. Segundo ele, falta divulgação da disponibilidade da prevenção. “Nós temos mais ofertas de exames do que chegam mulheres para fazer na mamografia. De cada quatro consultas uma fica esperando a chegada da mulher. No citopatológico chega à metade. De cada duas consultas, uma fica esperando”, afirmou.

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Ainda de acordo com o governador, o seminário serve para orientar os profissionais de saúde, bem como divulgar a possibilidade de fazer o exame, já que muitas vezes as mulheres vêm do interior do Estado para realizar o preventivo. “Esse resultado era muito pior no passado porque não tinha os exames. Hoje em dia, todas as regiões do Estado a mulher pode fazer os exames pelo SUS e se tiver o resultado de algum diagnóstico garantir em até 90 dias o procedimento indicado pelo médico que muitas vezes tem cura”, alertou.

O secretário de saúde do Estado, Antônio Carlos Figueira, afirma que ainda há uma tendência cultural forte na região Nordeste e muito machismo que precisa ser ultrapassado para que as mulheres atentem para a necessidade de fazer os exames. “O fundamental é o diagnóstico precoce, com ele 100% dos casos de câncer do colo de útero são curados. No caso da mama, melhora em 90% das vezes. É preciso que tenha essa mobilização”, afirmou.

A partir do seminário será lançada uma campanha publicitária em rádios, TVs, jornais e em portais para orientar as mulheres a procurarem os exames que são gratuitos e se descobertos a tempo tem quase 100% de chances de cura. 

Com colaboração de Élida Maria

Será realizado nesta quinta-feira (14), um Seminário Estadual de Enfrentamento ao Câncer de Mama e do Colo de Útero. A solenidade ocorre às 9h, no Auditório Tabocas, no Centro de Convenções de Pernambuco, e faz parte da campanha de prevenção realizada pelo Governo do Estado durante o mês de novembro. 

O objetivo do evento é fortalecer as ações de enfrentamento ao câncer de mama e do colo do útero a partir da divulgação junto às mulheres pernambucanas sobre a importância da realização do exame preventivo e do exame de mamografia na rede de serviços do SUS.

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No evento, serão apresentados os investimentos que o Estado vem realizando para intensificar as ações de controle a um público estimado de 800 convidados, dentre eles, profissionais de saúde, gestores, sociedades científicas e sociedade civil organizada.

Só em 2012, mais de R$ 2,4 milhões foram investidos na contratação de novos serviços para ampliar a oferta de exames de detecção do câncer do colo do útero. Já em 2013 foram contratados dez novos serviços de mamografia, representando um acréscimo de 151.160 exames; um investimento de mais de R$ 6 milhões por ano.

Com informações da assessoria

A Secretaria de Saúde do Cabo de Santo Agostinho vai realizar nesta terça-feira (19), diversas ações para prevenção ao câncer de mama e colo do útero, com o objetivo de sensibilizar as mulheres sobre importância da realização dos exames preventivos.

A população poderá participar das atividades no Auditório Padre Antônio Carlos Vander Velden, localizado por trás da Escola Modelo em Pontezinha, a partir das 15h. Até o final da semana, outras localidades do município serão beneficiadas.

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Durante a ação, as mulheres vão poder participar de palestras de orientação, rodas de conversas e receber encaminhamento para realizar os exames clínicos de mama e testes citopatológicos (papanicolau) nas unidades de Referência em Saúde da Mulher.

As interessadas pelo serviço devem procurar o Centro, localizado na Rua Manoel Queiroz, s/n, no bairro da Torrinha. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone 3524-9080 ou pelo 3522-1669.

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