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Dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) apontam que o Brasil sofre com a falta de 3.305 leitos de Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) específicos para o acolhimento de crianças que nasceram antes de nove meses e que representam problemas de saúde graves ou que necessitam de observação médica.

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), no país nascem quase 40 bebês prematuros por hora ou mais de 900 por dia. A entidade estima que a proporção ideal de leitos de UTI neonatal é de no mínimo quatro para cada grupo de mil nascidos vivos.

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Por essas razões, a SBP lançou a campanha “Nascimento Seguro” para alertar sobre a necessidade de garantir atendimento imediato de intercorrências e da qualificação de médicos e de outros profissionais da saúde. “É indispensável e fundamental que exista toda segurança necessária em cada nascimento. Incluindo sempre a presença do pediatra para assistir o recém nascido, assim como de todos os outros membros da equipe, incluindo o obstetra e a enfermeira. Assim, assegura-se o bom atendimento para a mãe e o recém-nascido”, afirmou em nota a presidente Luciana Rodrigues.

Atualmente, de acordo com a CNES, existem em funcionamento 8.766 leitos do tipo no país, na rede pública e privada, que correspondem a 2,9 leitos para cada grupo de mil nascidos vivos. Se considerados apenas os leitos oferecidos pelo Sistema único de Saúde (SUS) a taxa cai para 1,5 leitos a cada mil nascidos vivos, levando em conta as 4,677 unidades disponíveis para essa rede.

A Maternidade Frei Damião disponibiliza banho de ofurô na UTI Neonatal, tornando o atendimento mais humanizado principalmente para os bebês prematuros de baixo peso que precisam ficar internados. A técnica é usada por obstetras e enfermeiras para transmitir aos bebês as mesmas sensações do útero da mãe. O banho promove qualidade de vida para o bebê e para a mãe, reforça o vínculo entre eles, além de promover maior interação humana entre a puérpera e a equipe assistencial.

De acordo com a técnica de enfermagem Suênia Almeida, o método oferece ao recém-nascido a sensação de relaxamento, funcionando também como analgésico e organizador, semelhante ao ambiente intra-uterino, o que ajuda na eliminação dos estados de agitação, insônia e cólica nos bebês. “O banho de ofurô tem propriedade terapêutica, portanto faz com que o bebê lembre o ambiente no útero da mãe, ocasionando o relaxamento e provocando muitas vezes o sono do recém-nascido durante o procedimento, além de auxiliar no combate a gases, cólicas, insônia, constipação e melhorando a frequência respiratória”, descreveu Suênia.

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O serviço é oferecido por uma equipe composta por 56 profissionais, entre médicos, enfermeiras, fisioterapeutas, fonoterapeutas e técnicas de enfermagem, sendo as técnicas de enfermagemresponsáveis pelo procedimento do banho. O método é disponibilizado para bebês que estão internados e que apresentam quadro de saúde estável, estando ou não entubados.

“A técnica torna mais suave a rotina em hospital, já que, por causa dos procedimentos e medicamentos, o bebê fica um pouco estressado. Mas presenciar minha filha tranquila após o banho me deixa muito feliz e confiante na equipe que está cuidando dela. Senti que ela ficou mais relaxada e calma após o procedimento, além da respiração que também melhorou”, relatou Jéssica Kelly, estudante de 20 anos, mãe de Ana Vitória. A criança nasceu prematura, uma gestação de apenas 26 semanas, e deu entrada na UTI Neonatal da maternidade com 720g. 

O bebê está liberado para o banho após seis horas do nascimento e a técnica consiste em um banho no balde apropriado, com água morna (entre 36º e 37°) e com o acompanhamento de um técnico capacitado. A água não deve ultrapassar a altura do peito do bebê e o balde deve ter bordas arredondadas. A cabeça do recém-nascido deve ser segurada durante todo o banho, e no caso do bebê prematuro, deve ser retirado da incubadora, envolvido em uma mantinha, que só deve ser retirada após alguns minutos dentro do balde, sem a necessidade de uso de produtos de higiene. O banho dura de 10 a 15 minutos em um ambiente tranquilo e com uma música relaxante. 

Na tarde desta terça-feira (12), a gestão do Pronto-Socorro Cardiológico Universitário da Universidade de Pernambuco (Procape/UPE) informou que a UTI Neonatal da unidade ficará fechada temporariamente por falta de médicos.

Em nota, a diretoria do Procape informou sobre a suspensão do atendimento até o final do mês de abril e da possibilidade do retorno das atividades antes do prazo estipulado. 

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O documento informa que “a gestão do Procape/UPE ressalta que o fechamento do serviço foi devido à falta de cardiologista pediátrico disponível no quadro. O profissional da especialidade que estava na escala entrou de licença médica”.

Para que o problema seja sanado com mais rapidez, a diretoria afirma que “já trabalha para disponibilizar um outro médico do próprio quadro do hospital ou suspender as férias de um outro profissional da especialidade”. 

Atualmente, recebendo atendimento há três crianças internadas, das quais, duas serão transferidas para o Hospital das Clínicas. “Com relação à outra paciente que chegou ontem ao hospital, a equipe médica irá avaliar se ela será transferida para a enfermaria ou se permanecerá na UTI”. A gestão do hospital adianta que, “caso haja a necessidade da permanência da paciente na UTI, ela será encaminhada para o hospital que tiver leito vago de acordo com a indicação da Central de Regulação de Leitos”.

Bebês prematuros que nascem no Hospital Regional de Santa Maria, região administrativa localizada a 26 quilômetros de Brasília, estão sendo colocados em minirredes de algodão, adaptadas dentro das incubadoras, como uma alternativa para melhorar o conforto. A UTI Neonatal também usa o recurso da música clássica e instrumental como som ambiente para acalmar os recém-nascidos.

De acordo com o supervisor de Enfermagem da UTI Neonatal, Wilian Barbosa, o trabalho é complementar e não chega a ser classificado como tratamento, mas auxilia os bebês que nasceram com menos de 37 semanas no ganho de peso e antecipa a alta médica. “Todas as medidas de conforto que podemos oferecer auxiliam no tratamento”, explicou.

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Segundo ele, o bebê colocado na minirrede fica em posição similar à posição intrauterina. A prioridade é dada aos prematuros mais agitados ou mais chorosos e também aos que não contam com o acompanhamento da mãe durante o tratamento (seja por abandono ou por morte após o parto).

Dependendo da aceitação da criança, o período na minirrede pode durar até quatro horas seguidas. Já a música clássica e instrumental é usada durante todo o dia para ajudar a tranquilizar os bebês e só é desligada à noite.

“A maioria das crianças está internada para ganhar peso. E, quanto mais confortável a criança fica, mais peso ela ganha. A criança fica mais calma e isso diminui o tempo de internação”, disse Barbosa.

“Doe o amor que vem do peito: ajude a salvar vidas” é o tema da atual campanha anual de doação de leite materno do Instituto de Medicina Integrada Professor Fernando Figueira (Imip) que começa nesta terça-feira (4), a partir das 9h.

A ação também tem o intuito de divulgar a importância da doação para bebês, sobretudo para os internados em UTI Neonatal. No evento, haverá ainda um espaço para a que as mulheres possam desmamar. 

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O evento faz parte das comemorações em torno do 53º aniversário do IMIP, que acontece no mês junho. Além das doações de leite, o setor também precisa da doação dos recipientes para o armazenamento do leite. Os frascos devem ser de vidro, de café solúvel ou maionese, com tampa plástica. 

Ano passado o Banco de Leite Humano do IMIP recebeu 732 doadoras e 3.600 litros de leite coletado.  Desse total, 885 litros foram de doação material insuficiente para beneficiar uma média de 3.198 de receptores. 

Com informações de assessoria

Oito bebês internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Conjunto Hospitalar de Sorocaba, o maior hospital público da região, apresentaram sintomas de infecção hospitalar. A unidade, que recebe pacientes de 48 cidades da região, foi interditada para novas internações. A medida tem caráter preventivo, e segue recomendação da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar do CHS, uma vez que os setores estão com leitos ocupados em sua capacidade máxima.

As crianças internadas apresentaram agravamento de seu quadro clínico nos últimos dias em decorrência de infecção. Os bebês foram isolados e recebem tratamento com antibióticos. Um deles está em estado grave e os demais, estáveis. Até ontem não havia óbitos em razão dessa infecção. Amostras de sangue dos pacientes foram colhidas para exames de cultura, que devem ficar prontos na próxima semana.

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De acordo com a direção do hospital, a suspensão de novas internações foi motivada pelo possível risco aos pacientes. A UTI tem dez vagas e 11 bebês internados - um acima da capacidade. Três desses bebês apresentaram a bactéria klebsiela pneumoniae, restrita ao ambiente hospitalar e relacionada com o uso de antibióticos, conforme relatório do serviço de controle de infecção hospitalar. O relatório alertava a direção do conjunto para um aumento na prevalência de casos de infecção hospitalar na unidade. Os cuidados foram redobrados no berçário que, ontem, tinha 14 crianças, quatro acima da capacidade.

A direção do hospital reconheceu que a presença da bactéria em mais de uma criança é um forte indício de infecção hospitalar. O Conjunto Hospitalar já avisou às prefeituras da região e também à central de regulação de vagas, que fica em São Paulo, que por enquanto não vai mais receber crianças de fora do hospital. O hospital é referência para partos de alto risco e os bebês internados na UTI geralmente são recém-nascidos prematuros, muitos portadores de patologias graves.

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