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O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, se colocou à disposição dos deputados para fazer uma acareação com o doleiro Alberto Youssef, que o acusa de receber dinheiro de propina para abastecer o partido. A informação foi repassada pelo advogado do tesoureiro, Luiz Flávio D'Urso, ao final da sessão, no início da noite desta quinta-feira, 9.

"Foi ele mesmo que falou. Ele está à disposição, desde o início, das autoridades. Se essa for a orientação da Casa, ele vai comparecer sem problema algum", afirmou o advogado.

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D'Urso disse que seu cliente respondeu a todas as perguntas, apesar de ter obtido no Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de ficar calado. "Ele compareceu mesmo tendo direito de ficar calado, respondeu a todas as indagações", disse o advogado. "Ele veio e respondeu a todas as perguntas, as mesmas respostas que ele levará no Paraná e no Supremo".

Mais cedo, o líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), confirmou que Vaccari buscou a liminar para evitar que recebesse voz de prisão na CPI. O advogado negou. "Não havia esse receio. Não há nada que possa trazer qualquer indício, qualquer suspeita de prisão".

D'Urso afirmou que a relação de Vaccari com Youssef é superficial. "Ele não tem relacionamento com o Youssef. Esteve uma única oportunidade, passou uma única oportunidade no escritório do Youssef, o Youssef não estava e ele foi embora. Ele nunca teve contato maior com ele", afirmou.

O presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), rebateu o tesoureiro petista, João Vaccari Neto, que depõe no momento na CPI da Petrobras. Em sua estratégia de defesa, o dirigente do PT tem procurado mostrar que o partido recebeu, proporcionalmente, a mesma quantidade de recursos de empresas investigadas na Operação Lava Jato que PMDB e PSDB.

"O PT passou boa parte da sua existência querendo provar que era diferente dos outros. Hoje, faz um esforço enorme para se mostrar igual aos outros. Mas não somos iguais ao PT. Não recebemos financiamento em troca de superfaturamento de obras, de desvio de recursos públicos, como aconteceu com o PT segundo as inúmeras delações premiadas feitas", disse Aécio.

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O tucano disse considerar "triste" o fato de, em tão pouco tempo, o responsável pelas finanças do PT passar pela segunda vez por "constrangimentos" como o que sofre hoje Vaccari. O ex-tesoureiro petista Delúbio Soares foi envolvido e condenado no processo do mensalão.

Para Aécio Neves, o recurso de Vaccari ao Supremo Tribunal Federal de conseguir na noite de ontem uma liminar para ter direito de "não falar a verdade" é uma confissão de culpa "absoluta e definitiva".

O tesoureiro petista, João Vaccari Neto, afirmou à CPI da Petrobras que o PT não está envolvido no esquema de corrupção que envolve a estatal. "Senhor deputado, não", respondeu o dirigente partidário a questionamento feito pelo deputado Marco Feliciano (PSC-SP). Ele repetiu que "não são verdadeiras" as declarações que o envolvem feitas nas delações premiadas do doleiro Alberto Youssef e do ex-gerente da estatal Pedro Barusco.

Questionado pelo deputado Altineu Côrtes (PR-RJ), o petista disse que recebe um salário como dirigente do PT, mas não quis revelar o valor. "Sou remunerado pelo PT, o valor faz parte do sigilo do meu imposto de renda", respondeu.

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Vaccari criticou o fato de Côrtes perguntar somente sobre o jeton que recebia como integrante do Conselho de Administração da Itaipu Binacional. Ele já havia dito que esteve no posto, indicado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, entre 2003 e janeiro de 2015. "O que me estranha é o seu questionamento sobre o meu vencimento, obrigado", disse, laconicamente.

Antes da uma pausa na sessão da CPI, o tesoureiro rebateu o deputado Efraim Filho (DEM-PB), que o criticou pessoalmente e disse que testemunha é prova, sim. "Delação não é prova. Eu não aceito as ofensas que o senhor fez à minha pessoa", disse.

O servidor Márcio Martins de Oliveira, que soltou hoje cinco roedores no plenário onde ocorre a CPI da Petrobras, foi liberado no início da tarde desta quinta-feira, 9, após prestar depoimento no Departamento de Polícia (Depol) da Câmara dos Deputados. Oliveira ocupa cargo comissionado na segunda vice-presidência da Câmara e deixou a Casa sem falar com jornalistas. Ele soltou dois ratos, dois hamsters e um esquilo da Mongólia. Hoje a CPI ouve depoimento do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), determinou a exoneração do servidor. Antes de ocupar o cargo atual, Oliveira era secretário parlamentar no gabinete do deputado Paulinho da Força (SD-SP), onde ficou entre abril de 2012 e março deste ano. Desde o dia 9 do mês passado, ele trabalhava na segunda vice-presidência.

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O presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse na noite desta segunda-feira (30) que não foi discutida na reunião com dirigentes estaduais do partido o afastamento do tesoureiro do partido, João Vaccari Neto. A Justiça Federal aceitou, na semana passada, denúncia contra Vaccari, no âmbito da operação Lava Jato. Segundo Falcão, foram apresentadas apenas duas cartas, pelos diretórios de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, pedindo genericamente que pessoas citadas na investigação sejam afastadas.

Falcão tentou evitar qualquer avaliação pessoal sobre o caso de Vaccari, mas argumentou que "quem é acusado não é culpado". Disse que qualquer iniciativa desse tipo no partido tem de partir de uma decisão coletiva, seguindo os ritos internos. "Não há nenhuma proposta, até o momento, para que o companheiro Vaccari seja afastado de suas funções", afirmou.

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Questionado sobre a posição do ex-governador Tarso Genro, que participou de outra reunião com lideranças petistas pela manhã e início da tarde, no mesmo hotel em São Paulo, e que defendeu o afastamento preventivo do tesoureiro, Falcão disse que opiniões têm de ser respeitadas e ouvidas mas que Tarso não apresentou uma proposta em instância formal. "Ele poderá apresentar na reunião do diretório nacional no dia 17 (de abril)."

Sobre o envolvimento do partido com as denúncias envolvendo desvios bilionários na estatal, Falcão repetiu a argumentação de que nenhum diretor envolvido até agora ou delator da Lava Jato é filiado ao PT. Disse também que além do PT são suspeitas movimentações financeiras para partidos como o PMDB, PSDB e PSB. "Por que para os outros partidos é doação e para o PT é propina?", perguntou.

Volta às origens

Falcão comentou os termos mais polêmicos do manifesto dos diretórios estaduais, divulgado após a reunião. O documento falou no combate ao "pragmatismo pernicioso" e ao "cretinismo parlamentar". Falou ainda em um reencontro com o partido dos anos 1980, retomada da "radicalidade" partidária e aproximação das massas e movimentos sociais, além de citar o apoio à reforma agrária e a uma reforma tributária, com taxação de grandes fortunas.

Falcão afirmou que a "radicalidade" não é de sair "quebrando coisas", mas de retomada das bandeiras históricas do PT. Com relação a política econômica de linha mais ortodoxa, adotada pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse haver um consenso no partido que os ajustes são necessários para a retomada do crescimento e que essa retomada é prioritária para o país. "Subir e baixar juros não é questão de princípio para o PT. O importante pra nós é que a população não seja prejudicada com a volta da inflação, do desemprego."

O presidente do PT afirmou que Levy "está propondo um contingenciamento orçamentário que é possível fazer". Mas disse que certos ajustes, como as medidas que tocam seguro-desemprego, abono salarial, pensão por morte e seguro-defeso, precisam ser negociadas, com o Congresso Nacional e com os movimentos sociais. "As medidas, do jeito que estão, não serão aprovadas na minha opinião", afirmou.

PMDB

Perguntado se sair da "teia burocrática", do "pragmatismo pernicioso", não exigiria uma revisão da aliança com o PMDB, Falcão foi evasivo. Disse que o PT, como instância partidária, tem que discutir nacionalmente a política de alianças. Ressalvou, contudo, que há poucos partidos programáticos no País e que há realidades regionais muito distintas. "É muito difícil no Congresso, no quadro atual, você ter um quadro de alianças sem o PMDB", justificou.

Ao comentar as falas recentes do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, de que o PMDB finge ser governo, Falcão também evitou polemizar. Disse apenas que Cunha é o presidente de uma instituição e que precisa ser considerado.

O tesoureiro do PT, José Vaccari Netto, comunicou, informalmente, na noite de quinta-feira, 30, na reunião preliminar do Conselho da Hidrelétrica de Itaipu, que vai se desligar do órgão, conforme antecipou o Estado. Na reunião, que antecedeu o encontro oficial do Conselho, realizada ontem, em Foz do Iguaçu, Vaccari afirmou que "estava sendo injustamente acusado" e negou que seria o operador de um esquema de corrupção que envolvia desvio de recursos da Petrobras e Fundos de Pensão para o Partido dos Trabalhadores, se dizendo "inocente".

De acordo com um dos participantes da reunião, ao defender sua inocência, Vaccari explicou que, como tesoureiro, tem o papel de arrecadador de recursos para o PT e sempre fez isso, "mas não junto a Petrobras". "Não seria adequado", afirmou ele, de acordo com este interlocutor, justificando que as arrecadações eram feitas "apenas junto a empresas privadas".

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Na reunião de quinta à noite, apenas os integrantes do Conselho, do lado brasileiro, estavam presentes. Era uma reunião preliminar, que tradicionalmente é realizada, para discutir assuntos mais delicados para obter consenso de posições do grupo a serem levadas ao encontro oficial com a presença dos paraguaios, marcado para o dia seguinte.

Neste encontro, o tesoureiro do PT fez uma explanação aos demais conselheiros de Itaipu dos motivos que o estava levando a se afastar do Conselho. Em uma longa explicação, Vaccari disse que estava se sentindo "incomodado" porque toda hora apareciam acusações contra ele, "sem nenhum fundamento". E, justamente por não querer continuar sendo alvo destes ataques feitos por uma pessoa que estava tentando se beneficiar de uma delação premiada e que "não merecia nenhuma credibilidade", iria apresentar ao governo, seu pedido de afastamento de Itaipu. Ele se referia ao ex-diretor da Petrobrás, Paulo Roberto Costa, e ao doleiro Alberto Youssef, que o denunciaram.

Vaccari informou que iria se dirigir formalmente ao governo federal pedindo para sair do Conselho, mas não precisou data. A intenção inicial do tesoureiro do PT é não mais participar das reuniões do conselho, a partir de 2015. O pedido de afastamento não foi e não é formalmente apresentado à Itaipu. Por isso, ele não apresentou carta de renúncia ao colegiado. Quem nomeia os conselheiros é o presidente da República e Vaccari, em sua terceira e última recondução, foi nomeado pela presidente Dilma, em maio de 2012. Seu mandato só venceria em 16 de maio de 2016. Ele está como conselheiro de Itaipu há 11 anos e 10 meses, desde janeiro de 2003, quando foi nomeado pela primeira vez para o cargo.

Vaccari vai acertar com o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, que também integra o Conselho, como será a formalização de sua saída. O tesoureiro do PT comunicou que deixaria o cargo a três dias das eleições presidenciais. Cada conselheiro de Itaipu ganha, por mês, R$ 20.804,13. O Conselho realiza seis reuniões ordinárias por ano, de acordo com calendário aprovado na última reunião do exercício anterior. Ainda não está marcada a data da próxima reunião. Mas a expectativa é de que um novo encontro seja realizado ainda este ano.

O tesoureiro do PT não respondeu aos contatos da reportagem. Fontes da Itaipu e um dos participantes da reunião confirmaram que Vaccari comunicou informalmente a sua saída do conselho.

Além de Vaccari, integram o Conselho de Itaipu, pelo lado brasileiro, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, o ex-governador do Rio Grande do Sul Alceu Collares, o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Luiz Pinguelli Rosa, o ex-governador do Paraná Orlando Pessutti, diretor de transmissão da Eletrobrás, José Antônio Muniz Lopes.

Atingido pelas denúncias de corrupção no escândalo da Petrobras, o tesoureiro do PT, João Vaccari Netto, deve apresentar amanhã sua carta de renúncia do Conselho de Administração da hidrelétrica de Itaipu, na reunião que acontecerá a partir das 9h, em Foz do Iguaçu, conforme antecipou o jornal O Estado de S. Paulo. O mandato de Vaccari só expiraria em dia 16 de maio de 2016, mas o petista decidiu deixar o cargo pressionado, para evitar maiores problemas para o governo, em tempos de campanha eleitoral. Mas a justificativa oficial apresentada para a sua saída é a intenção de se dedicar integralmente às atividades partidárias.

Segundo a assessoria da hidrelétrica Itaipu, o pedido de desligamento de Vaccari ainda não tinha sido apresentado ou a intenção informada até o início da noite desta quinta-feira. De acordo com a assessoria do petista, a ideia de Vaccari é comunicar ao colegiado, na reunião de sexta, que deixará as funções no ano que vem. Ele está como conselheiro de Itaipu há 11 anos e 10 meses, desde janeiro de 2003, quando foi nomeado pela primeira vez para o cargo. Depois, foi reconduzido para mandatos sucessivos de quatro anos em maio de 2004, maio de 2008 e maio de 2012.

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Além do petista Vaccari, integram o Conselho de Itaipu, pelo lado brasileiro, o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, o ex-governador do Rio Grande do Sul Alceu Collares (PDT), o professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Luiz Pinguelli Rosa, o ex-governador do Paraná Orlando Pessutti (PMDB), diretor de transmissão da Eletrobrás, José Antônio Muniz Lopes. Cada conselheiro da Itaipu ganha, por mês, R$ 20.804,13. O Conselho realiza seis reuniões ordinárias por ano, de acordo com calendário aprovado na última reunião do exercício anterior e, excepcionalmente, podem ser convocadas reuniões extraordinárias.

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