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Com o carro estacionado na saída das ambulâncias da garagem da Sede do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu), localizado no bairro da Boa Vista, no Centro do Recife, a reportagem foi avisada do primeiro chamado por volta das 11h. Um homem de cerca de 60 anos de idade, após um mal estar, entrou às pressas no Hospital de Boa Viagem (CMUB) e ligou para a central. Ao ser atendido, via telefone, por um médico, ele teve seu quadro avaliado como suspeito para a Covid-19.

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A partir de então, o procedimento padrão adotado pela Prefeitura do Recife é posto em prática. Quatro socorristas são deslocados em ambulância até local do chamado, trajando, por cima do tradicional fardamento, botas, luvas, máscaras, viseiras e óculos de proteção, além dos macacões impermeáveis (e descartáveis, já que não podem ser reutilizados), adquiridos pela administração municipal ainda em janeiro. No Recife, a vestimenta recomendada pelo Ministério da Saúde- avental, gorro, luvas e máscara- só é utilizada para ocorrências categorizadas como leves pelo médico responsável pelo contato inicial com a central. Por um dia, o LeiaJá acompanhou os trabalhos de resgate do Samu, que viu sua demanda crescer em até dez vezes em decorrência da pandemia do novo coronavírus.

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O quarteto de socorristas só precisa de cerca de quinze minutos para retirar o paciente do interior do CMUB e acomodá-lo em uma maca no interior da ambulância. Assim como qualquer outro ambiente fechado, o veículo oferece mais riscos de contaminação do que ambientes abertos. Por isso, é possível observar que a viatura segue por todo o itinerário com as janelas abertas e com o ar condicionado desligado, para possibilitar a troca de ar com o ambiente  obedecendo aos protocolos de segurança da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O trajeto é concluído na Policlínica Amaury Coutinho, em Campina do Barreto, na Zona Norte do Recife. Após o procedimento e retorno à central, a equipe retira e descarta todos os equipamentos de proteção utilizados no resgate.

De acordo com o coordenador geral do Samu Metropolitano do Recife, Leonardo Gomes, a aquisição antecipada dos equipamentos foi fundamental para o aperfeiçoamento do serviço em  tempo hábil. “O treinamento também começou em janeiro, muito antes da pandemia, para que as equipes aprendessem a vestir e tirar a roupa. Os profissionais também receberam orientação sobre a avaliação de um possível caso de síndrome respiratória aguda grave”, comenta o coordenador geral do Samu Metropolitano do Recife, Leonardo Gomes.

Demanda

No início da tarde, outro quarteto de socorristas recebeu a tarefa de transferir um paciente de cerca de 60 anos internado no Hospital Evangélico, no bairro da Torre, na zona norte do Recife, para o Hospital de Campanha dos Coelhos, no centro da cidade, destino previamente decidido pela central antes da saída da viatura. Apesar disso, a Secretaria Municipal de Saúde já admite que, como consequência da maior busca pelos hospitais, também cresceu o tempo em que as ambulâncias circulam com os pacientes até que consigam entregá-los em segurança às unidades de saúde.

“No início, a gente teve uma queda de 20% da demanda, com a menor circulação de pessoas: menos pedestre, menos carros, menos bicicletas, menos acidentes. Só que agora, mesmo com essa baixa, o Samu passou a ser muito mais solicitado, então estamos com mais atendimentos do que antes”, comenta o coordenador geral do Samu Metropolitano do Recife, Leonardo Gomes.

Segundo os dados oficiais, entre os dias 12 de março e 26 de abril, foram registrados 877 atendimentos de casos suspeitos da Covid-19. Enquanto em abril de 2019, por exemplo, a central registrava de três a cinco ocorrências do tipo por dia, no mesmo mês deste ano, o número equivalente é de 50 ocorrências. Para responder às diligências, o Samu Metropolitano conta com um total de 500 profissionais disponíveis para irem às ruas e 30 ambulâncias, das quais 24 são Unidades de Suporte Básico e seis consistem em Unidades de Suporte Avançado (UTIs móveis).

Socorristas contaminados

Apesar dos treinamentos e vestimentas específicas para lidar com os pacientes acometidos pela covid-19, não há garantia total de que os socorristas escaparão da contaminação. No momento, o Samu mantém 97 profissionais afastados por terem apresentado sintomas da doença. “O pior ainda não chegou. A melhor forma de salvar vidas e ajudar esses profissionais a diminuir a sobrecarga é ficar em casa”, enfatizou o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo.

Leonardo Gomes lamenta o descompasso entre a orientação dada pelo governo federal, resistente ao isolamento social, e aquela adotada em conjunto por Prefeitura do Recife e Governo de Pernambuco. “O isolamento social é fundamental para que a doença não chegue ao mesmo tempo para um maior número de pessoas. Imagine o Samu recebendo 50 notificações ao mesmo tempo? Não conseguirei de atender a 20. Nenhum ser humano vivo passou por um momento como esse e nós profissionais de saúde enfrentamos o maior desafio de nossas vidas. Fique em casa para nos ajudar e ajudarem a si próprios”, apela Leonardo Gomes.

Confira o equipamento de proteção para casos de alto risco:

 

Fotos: Júlio Gomes/LeiaJá Imagens

Não foi uma, mas duas vezes: a atriz e cantora Barbra Streisand revela que clonou sua amada cachorrinha de estimação antes de sua morte - de acordo com entrevista publicada na terça-feira (27) pela revista "Variety".

A cachorra Samantha - uma Coton de Tulear - faleceu no ano passado. Seus clones se chamam Miss Violet e Miss Scarlett.

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Streisand, de 75 anos, não deu muitos detalhes do processo, mas contou ter coletado células da boca e do estômago de seu bichinho de estimação.

Sobre os novos cães e Samantha, Barbra disse que "estou esperando que fiquem mais velhos para ver se têm seus olhos castanhos e seriedade".

Quando a atriz as levou para casa, vestiu-as de cores diferentes para conseguir distingui-las.

Barbra tem um terceiro cão, uma parente distante de Samantha, chamada Miss Fanny.

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