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O código-fonte de Tim Berners-Lee para a World Wide Web é o mais recente Token Non Fungible (NFT) que sai à venda.

A casa de leilões Sotheby's de Nova York vende o programa que abriu o caminho para a Internet que conhecemos hoje, mais de 30 anos depois de sua criação.

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A venda começou em 23 de junho e termina na quarta-feira (23). O lance alcançou os 2,8 milhões de dólares nesta sexta-feira (25).

O pacote inclui uma versão animada das quase 10.000 linhas do código de Berners-Lee e uma carta do próprio cientista da computação de origem britânica.

"Há dez anos, não poderíamos fazer isso", disse Cassandra Hatton, vice-presidente da Sotheby's, em referência ao recente auge das NFT.

Hatton disse que esta obra é única pela sua importância para a criação da World Wide Web.

"Isso mudou todos os aspectos de sua vida", disse Hatton. "Nós sequer compreendemos completamente o impacto que tem em nossas vidas, e que continuará tendo".

Um NFT é um objeto digital como um desenho, uma animação, uma peça musical, uma foto ou um vídeo com um certificado de autenticidade criado pela tecnologia blockchain que está por trás das criptomoedas. Não pode ser falsificado ou manipulado de forma alguma.

Os NFT geram atualmente várias centenas de milhões de dólares em transações todo mês.

As vendas de NFT são realizadas em criptomoedas como o bitcoin em sites especializados, mas as casas de leilão tradicionais estão tentando tirar proveito do fenômeno.

O NFT mais caro da história foi vendido pela Christie's em março por 69,3 milhões de dólares.

Um grupo de 80 organizações, lideradas pelo criador da World Wide Web, Tim Berners-Lee, divulgou proposta de novo contrato para a internet, com o objetivo de servir como guia para a formulação de medidas e políticas públicas relacionadas ao ambiente online. Governos, empresas e entidades da sociedade civil são convidadas a endossar o documento, disponível em um site específico.

A iniciativa surge em meio a críticas acerca de malefícios associados ao mundo virtual, da difusão de notícias falsas e discurso de ódio ao abuso no tratamento dos dados e falta de segurança, com vazamentos e crimes cibernético. O propósito é que a internet seja acessível aos cidadãos e possa voltar a ser um espaço seguro para seus usuários.

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O documento é formado por um conjunto de princípios, materializados em metas a serem assumidas pelos diversos agentes. Para os governos, um dos compromissos é garantir que todos possam se conectar à internet. Entre as metas estão conectividade a 90% da população até 2030, assegurar que pacotes de 1 giga não custem mais de 2% da renda média em 2025 e 70% dos jovens com habilidades de lidar com tecnologias digitais até 2025.

Os autores sugerem políticas públicas de incentivo fiscal para estimular investimentos, compartilhamento de infraestrutura e medidas de acesso aberto nas grandes redes de atacado, além de autoridades regulatórias com poder para promover essas ações. Essas estratégias devem ser estruturadas em torno de planos nacionais de banda larga voltados a atender parcelas excluídas da população.

Direitos

Também dirigido aos governos está o princípio de respeito à privacidade e a direitos relacionados aos dados dos usuários. A concretização passa por leis disciplinando a coleta e o tratamento de dados, assegurando como base a obtenção do consentimento livre, informado, específico e não ambíguo. Tais normas devem trazer os direitos aos titulares de acessar suas informações, opor-se a um tratamento ou a uma decisão automatizada, corrigir registros e fazer a portabilidade para outros controladores.

A promoção desses direitos envolve também limitar o acesso a dados de pessoas por autoridades ao que é necessário e proporcional ao objetivo, ancoradas em leis claras, vinculadas a ações motivadas pelo interesse público e sujeitas à análise do Judiciário. O texto recomenda que os próprios órgãos públicos diminuam a coleta de dados dos cidadãos e fiscalizem essa prática pelas empresas, de modo a verificar se ela corresponde à legislação e é feita de forma transparente.

Inclusão

Para as empresas, o contrato inclui princípios como ofertar internet acessível, que não exclua ninguém de seu uso e construção. Esse compromisso está ligado à presença de serviços e ferramentas que atendam à diversidade da população, especialmente aos grupos mais marginalizados. É o caso da disponibilidade de recursos em diversas linguagens, inclusive de minorias étnicas.

Uma internet inclusiva envolve também um serviço com continuidade, o fomento a redes comunitárias, a proteção do princípio da neutralidade de rede (o tratamento não discriminatório dos pacotes que trafegam) e a preservação de velocidades equivalentes de download e upload, de modo que os usuários possam ser não somente consumidores mas produtores de informação.

Outro compromisso proposto às empresas é o de desenvolver tecnologias que promovam o bem-estar e combatam abusos, de modo a potencializar a web como bem público e colocar as pessoas no centro. Essas companhias devem considerar e serem acompanhadas sobre como suas inovações geram riscos e impactos ao meio ambiente ou promovem direitos humanos, equidade de gênero e os objetivos de desenvolvimento das Nações Unidas.

A efetivação da prática envolve, segundo os autores do contrato, a consideração da diversidade da sociedade por meio da criação de canais de escuta aos públicos usuários e atingidos por essas tecnologias. A representação de grupos diversos deve estar também na composição da força de trabalho empregada na produção desses equipamentos.

Cidadãos

Para os cidadãos, o contrato convoca à participação na web como criadores e colaboradores, construindo comunidades fortes e comprometidas com o respeito à dignidade humana, e não utilizando as tecnologias digitais para práticas nocivas, como abuso, assédio ou difusão de informação íntima que viole a privacidade dos indivíduos.

O documento conclama os cidadãos a lutar por uma internet mais democrática e empoderadora. A mobilização passa pelo alerta por ameaças contra a internet e seu emprego como instrumento que provoque danos por parte de governos, empresas ou grupos privados. Os agentes do setor devem olhar para o futuro da internet como um bem público e um direito básico, conclui o texto.

 

O criador da World Wide Web, Tim Berners-Lee, anunciou nesta segunda-feira, horário local, uma iniciativa global contra o mau uso da internet, apoiada por grupos como Microsoft e Google e governos como os da França e Alemanha.

Mais de 150 organizações, incluindo o Facebook, e milhares de particulares se uniram a este plano de ação, que fixou como meta "deter os abusos crescentes na rede", afirma a fundação do britânico em um comunicado divulgado em Berlim por ocasião de um fórum de governança da internet.

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Trata-se de um "plano de ação para construir uma internet melhor", estimou Tim Berners-Lee, citado no comunicado. "Os governos devem reforçar as leis e a regulamentação do mundo digital. Os grupos devem fazer mais para garantir que a busca pelo lucro não aconteça às custas dos direitos humanos e da democracia."

Os cidadãos devem proteger seus dados e "fomentar conversas equilibradas", assinalou Berners-Lee, referindo-se à perseguição na rede.

Em 12 de março de 1989 a World Wide Web (WWW) como conhecemos hoje começou a dar seus primeiros passos. O berço da rede foi um estudo publicado pelo cientista Tim Berners-Lee nomeado de “Gerenciamento de Informação: A Proposta”. O levantamento sugeria o desenvolvimento de uma maneira de ligar, compartilhar e gerenciar informações por meio de uma rede. E, nesta quarta-feira (12), 25 anos depois, diante de um cenário com protagonistas como a NSA, Edward Snowden e a GCHQ, a tão conhecida internet clama por uma regulamentação que deixe claro quais são os direitos dos seus usuários.

Por isso, a fundação World Wide Web encabeça a campanha “A internet que queremos”, que pretende dar suporte a iniciativas que apoiem o uso livre da web em qualquer parte do globo. Entre os objetivos a serem alcançados está o acesso a uma plataforma de comunicação universalmente disponível e a proteção da informação do usuário e do seu direito de se comunicar privativamente.

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Para alcançar tais metas, a campanha dá assistência para organizações com o mesmo objetivo que necessitam de recursos, além de incentivar a conscientização global sobre a importância de uma internet aberta. Para participar da empreitada, os internautas engajados devem se inscrever através do site para se manterem informados sobre o andamento do projeto.

O criador da web, Tim Berners-Lee, defende que esta campanha precisa ser comparada à lei dos direitos humanos e que todos os usuários devem utilizar a rede sem a sensação de ter alguém os “observando sobre os ombros”, afirma o cientista em referência à NSA. “É hora de fazermos uma grande decisão pública. Temos duas estradas para caminhar. Qual caminho vamos seguir?”, questionou.

Comemoração – Para soprar as 25 velas virtuais em comemoração ao aniversário da internet, os usuários podem utilizar a hashtag #web25 para discutir sobre os direitos dos usuários. Além disso, os interessados podem visitar a página webat25.org, onde poderão encontrar mensagens de usuários de todo o mundo, além de uma agenda com eventos e ações mundiais que apoiem os direitos dos internautas. 

Alguns conceitos fundamentais da Internet remontam aos anos 1950, mas a história pública da "world wide web" começou realmente há 25 anos.

Estes são os acontecimentos principais:

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- 12 de março de 1989: o especialista em informática britanico Tim Berners-Lee faz circular sua "proposta de gestão da informação" no interior da organização europeia para a pesquisa nuclear (CERN), cimentando as bases da Internet mundial. Os códigos de programação foram divulgados no ano seguinte, junto ao primeiro navegador batizado de "WorldWideWeb".

- 1993: uma equipe da universidade de Illinois (norte dos Estados Unidos), liderada por Marc Andreessen, desenvolve Mosaic, um navegador com uma interface intuitiva que ajuda a publicar na Internet e serve de plataforma para o navegador Netscape, lançado no ano seguinte.

- 1994: nasce a livraria online Amazon.com. A China entra na Internet, mas filtra seus conteúdos. A Casa Branca lança seu site web, www.whitehouse.gov, mas alguns usuários, querendo acessar o site, digitan o endereço .com e encontra um site pornográfico.

- 1995: primeira conexão de Internet na África. O grupo de informática Microsoft inicia uma "guerra de navegadores" ao lançar o Internet Explorer, que termina liquidando o Netscape, enquanto o eBay começa suas vendas online. Em todo o mundo são 16 milhões de internautas, 0,4% da população.

- 1996: o grupo finlandês Nokia lança o primeiro celular com conexão à Internet.

- 1998: as autoridades dos Estados Unidos confiam a regulamentação mundial dos nomes de domínio (extensões como .com, .gov e outras) a um organismo privado, mas baseado em seu país, o ICANN. Primeiros passos do Google, que se transfomará no principal site de busca.

- 2000: o vírus ILOVEYOU infecta milhões de computadores no mundo, gerando danos de bilhões de dólares e chamando atenção para a segurança na rede. A febre provocada pela Internet e seus start-ups eleva o índice da bolsa americana Nasdaq, que trabalha com informática, a um recorde inédito de 5.048 pontos. A explosão da "bolha" faz cair até 1.114 pontos em 2002.

- 2001: a justiça dos Estados Unidos fecha o popular serviço de compartilhamento de música online Napster, símbolo dos debates sobre os direitos autorais na rede.

- 2005: a Internet chega a bilhões de usuários.

- 2007: a Estônia organiza a primeira eleição legislativa online.

- 2012: a rede social Facebook supera 1 bilhão de usuários. O robô Curiosity da Nasa se registra no aplicativo de localização Foursquare no planeta Marte. A França acaba com sua rede telemática Minitel.

- 2012: a ONU adota, com a adesão de 89 estados, um tratado sobre a regulamentação das telecomunicações que é recusado por outros 55 países, entre eles os Estados Unidos, em nome da liberdade da Internet. Alguns países criticam o excessivo peso dos Estados Unidos na rede.

- 2013: 40% da população mundial, cerca de 2,7 bilhões de pessoas, acessam a Internet. O chinês supera o inglês como língua dominante.

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