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 A Justiça Federal do Rio de Janeiro determinou que um inquérito investigue a conduta dos agentes que participaram da prisão de uma mulher que xingou o presidente Jair Bolsonaro (PL) no ano passado, na cidade de Resende, no interior do Rio de Janeiro. A decisão acolhe o pedido do Ministério Público Federal (MPF), que apura possível abordagem indevida dos policiais rodoviários federais e policiais federais no caso. O novo inquérito deve ser conduzido pela Delegacia da Polícia Federal em Volta Redonda, no Rio de Janeiro.

O MPF defende que há "necessidade de colher maiores elementos para embasar eventual medida judicial cabível". O envolvimento da instituição no caso se deu no âmbito de uma representação criminal feita pela Frente Ampla Democrática pelos Direitos Humanos. "A narrativa dos representantes sugere que a atitude dos agentes federais envolvidos na abordagem e na condução da nacional até a delegacia de polícia poderia configurar, em tese, além de eventuais atos de improbidade administrativa, também crime de constrangimento ilegal e/ou alguma espécie de abuso de autoridade", declara a procuradora Izabella Marinho Brant, em ofício.

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Uma petição enviada ao MPF pelos advogados Felippe Mendonça e André Lozano Andrade, que integram a Frente Ampla Democrática pelos Direitos Humanos, pede que os policiais, o delegado e o escrivão envolvidos na prisão sejam identificados. Também são questionadas as circunstâncias da abordagem e a existência ou não de manifestação do presidente às provocações. Os advogados argumentam que, caso o presidente tivesse se sentido ofendido, apenas ele próprio ou o ministro da Justiça poderiam dar início a um processo de persecução penal.

A mulher, uma profissional de saúde de 30 anos, foi detida e levada à delegacia depois de xingar Bolsonaro na via Dutra, em novembro de 2021. O presidente estava na cidade com o intuito de participar da cerimônia de formatura dos cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman).

Na reunião ministerial do dia 22 de abril, o presidente Jair Bolsonaro xingou João Doria, Wilson Witzel e Arthur Vigílio Neto, respectivamente prefeitos das cidades de São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Manaus (AM), por suas políticas em combate à covid-19. Witzel foi chamado de "estrume", enquanto Vigílio e Doria foram classificados como "bosta". 

"Os caras querem nossa hemorroida", afirmou Bolsonaro, sobre os prefeitos. O presidente disse ainda que as medidas adotadas por estados e municípios impedem "direito de ir e vir" e que iria a qualquer lugar do Brasil quando bem entendesse, independementemente da pandemia da covid-19.

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