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Com o objetivo de ajudar os profissionais da educação a identificar os sinais de abuso e exploração sexual em crianças e adolescentes, o Guia Escolar – Rede de Proteção à Infância começou a ser distribuído, nessa quarta-feira (26). Receberão o material professores, coordenadores pedagógicos, diretores e servidores das escolas públicas da educação básica do Distrito Federal. 

O Guia foi entregue em 30 escolas públicas da cidade de Brazlândia, mas deve ser encaminhado para as demais unidades da rede distrital. Além do Guia Escolar, a Secretaria da Criança disponibilizará cursos para capacitar os profissionais da educação ainda este ano, com o objetivo de orientá-los quanto ao tratamento de proteção à criança. 

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Elaborado pelas secretarias da criança e da educação do Distrito Federal, o Guia traz os principais sinais que indicam que a criança vem sofrendo abuso e violência sexual, que podem ser desde mudanças no comportamento a oscilações no humor, o que deve chamar a atenção dos educadores. 

Dados preocupantes

Segundo dados do Centro de Referência da Criança e do Adolescente do Distrito Federal, no período de janeiro a abril de 2013, foram registradas 300 denúncias de violência contra crianças e adolescentes. Entre os tipos de violência relatados pelo centro, 72% são de negligência, 48% de violência psicológica, 39% de violência física e 23% de violência sexual. Também houve um aumento de 29,73% no número de denúncias desses casos, entre 2012 e 2013.

 

A vereadora Isabella de Roldão (PDT) propôs um projeto de lei (nº 283/2013) com a intenção de instituir no Recife o dia 12 de outubro como o de prevenção de gravidez na adolescência. A matéria está aguardando parecer das comissões temáticas da Câmara Municipal.

De acordo com a pedetista, a gravidez precoce não é planejada e nem desejada e acontece em meio a relacionamentos sem estabilidade. "Quando a menina engravida traz mudanças não só pra ela, mas para toda a família. É fundamental que cada um de nós possa garantir um futuro seguro para nossa sociedade. Que nossos jovens passem a ter o apoio não só dos setores públicos, mas de suas próprias famílias. O seio familiar é fundamental para um desenvolvimento físico e emocional saudável para todos os jovens", relatou a parlamentar.

Segundo a vereadora, o objetivo do projeto é alertar crianças e jovens sem estrutura familiar sobre o risco da gravidez na adolescência. "A gravidez precoce favoreceu o surgimento de uma geração cujos valores éticos e morais encontram-se desgastados. O excesso de informação e liberdade recebido por esse jovens os levam à banalização de assuntos como sexo, por exemplo. Essa liberação sexual, acompanhada de certa falta de limite e responsabilidade é um dos motivos que favorecem a incidência de gravidez na adolescência, com impactos profundos na vida do jovem, que fica em situação de vulnerabilidade", finalizou.

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O estudo anual "Situação da População Mundial", divulgado nesta quarta-feira, 30, pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), conclui que o Brasil conseguiria acumular R$ 7 bilhões a mais na arrecadação anual se "adolescentes adiassem a gravidez até depois dos 20 anos".

A pesquisa revela que, nos países em desenvolvimento, 70 mil meninas com menos de 18 anos dão à luz e 200 morrem por causa de complicações da gravidez ou parto, todos os dias. Em todo o mundo, 7,3 milhões de adolescentes se tornam mães a cada ano, das quais 2 milhões são menores de 15 anos. O estudo estima um aumento para 3 milhões até 2030, se a tendência atual for mantida.

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O documento do estudo intitulado "Maternidade Precoce: enfrentando o desafio da gravidez na adolescência" aborda, entre outras questões, "as implicações da gravidez na adolescência e o que pode ser feito para garantir uma transição saudável e segura para a vida adulta".

O estudo destaca ainda as consequências da maternidade precoce e não planejada para "a saúde, educação, emprego e direitos de milhões de meninas em todo o mundo, o que pode se tornar um obstáculo ao desenvolvimento de seu pleno potencial". Uma das consequências da gravidez na adolescência apontadas pelo relatório é a taxa de abortos inseguros realizados anualmente em países em desenvolvimento: até 3,2 milhões, envolvendo jovens de 15 a 19 anos.

A Universidade de Pernambuco (UPE), por meio do Mestrado em Hebiatria e o Núcleo de Estudos sobre Violência e Promoção da Saúde, realizará, no dia 18 deste mês, o “Seminário Pesquisa e Adolescência".

A ação acontecerá das 9h às 16h30 no auditório da Faculdade de Enfermagem Nossa Senhora das Graças, que fica na rua Arnóbio Marques, n°310, no bairro de Santo Amaro, no Recife.

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O seminário é voltado para alunos e professores da graduação e pós-graduação de cursos nas áreas sociais e de saúde. As inscrições devem ser feitas por meio de um formulário, que deve ser entregue na UPE. Clique AQUI e confira a programação completa do seminário. Mais detalhes pelo telefone (81) 3183-3626.

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