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Cerca de mil crianças e adolescentes, na faixa etária entre 10 e 19 anos de idade, cometem suicídio no Brasil a cada ano, de acordo com a série histórica levantada pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) entre 2012 e 2021. O dado se baseia em registros do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde.

A presidente do Departamento Científico de Prevenção e Enfrentamento das Causas Externas na Infância e Adolescência da SBP, Luci Pfeiffer, disse que, “com certeza” há um número muito maior subnotificado. “São aqueles casos [da criança ou adolescente] como se caísse, tomou remédio a mais, e ali tinha o desejo de morte”, explicou a pediatra nesta quinta-feira (28) à Agência Brasil.

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Ao todo, no período pesquisado, o Brasil registrou 9.954 casos de suicídio ou morte por lesões autoprovocadas intencionalmente. “Todo dia morrem três crianças por suicídio no Brasil”, disse Luci Pfeiffer, alertando para a existência de todo um arsenal de estímulos nas redes sociais de autoagressão e do suicídio como uma saída. “Daí a importância de se falar sobre isso, dos sinais de alerta para procurar ajuda, “porque há um problema a tratar”.

A maioria dos casos está consolidada entre os adolescentes. Foram 8.391 óbitos (84,29%) na faixa etária de 15 a 19 anos; e 1.563 mortes (15,71%) na faixa de 10 a 14 anos de idade. “Na verdade, até os 26 anos, é o maior número de casos no país e no mundo também”.

Prevalência

De acordo com os números apurados pela SBP, a maior prevalência de suicídio ocorre entre os jovens do sexo masculino. Ao longo da série histórica, de 2012 a 2021, os rapazes representam mais que o dobro de casos sendo homens 6.801 episódios (68,32%) e mulheres 3.153 (31,68%). Já pela distribuição geográfica, os estados que apresentam as maiores taxas, englobando meninos e meninas, são São Paulo (1.488), seguido de Minas Gerais (889); Rio Grande do Sul (676); Paraná (649); e Amazonas (578).

Luci Pfeiffer disse que há uma falha grande nos registros das tentativas de suicídio. “Dificilmente uma criança ou adolescente chega à morte na primeira tentativa. E elas devem ser levadas muito a sério”, alerta.

Na avaliação da especialista, muitas famílias consideram esses episódios como algo que a criança ou o jovem fez para chamar a atenção. “De modo geral, são cometidas duas ou três tentativas até que eles consigam chegar à morte. Por isso, nós teríamos ainda um tempo de prevenção secundária”.

Segundo a médica, as meninas são as que mais tentam o suicídio, enquanto os meninos o fazem de forma mais eficiente e com agressividade direta. Os pais, responsáveis, médicos e profissionais que trabalham com a população pediátrica devem estar atentos aos primeiros sinais. “Porque isso vem já de algum tempo”, observou a doutora.

Violência intrafamiliar

Segundo a especialista, existem fatores de risco muito importantes como, por exemplo, a violência intrafamiliar, não apenas como espancamentos. “Muitas vezes, os pais, sem perceber, agridem o filho com palavras como “você não devia ter nascido”, “você é insuportável” ou “você não serve para nada”. Isso acontece em todas as classes sociais. Existe uma violência física que fatalmente coloca na criança ou adolescente a falta de lugar, a falta de amor dos pais, que são pilares da personalidade”.

Luci Pfeiffer explicou que, hoje, há um enfraquecimento dos vínculos reais entre pais e filhos. “Muitos pais só sabem que o filho está desistindo da vida na primeira tentativa. Há sinais, contudo, que podem despertar o alerta. Crianças tristes, que deixam de brincar, são um exemplo”.

“O desejo de morte vai fazer com que essa criança ou adolescente cada vez se afaste dos seus pares, dos prazeres da vida, como brincar, jogar, namorar, de ter colegas e amigos. Primeiro, há o isolamento e o afastamento da família, depois isolamento dos seus pares, das fontes que dão satisfação, até que, cada vez mais, eles buscam atitudes de risco. Aí, vêm as autoagressões de muitas formas, como cortes, anorexia, bulimia”, alerta a especialista.

De acordo com Luci Pfeiffer, a causa do suicídio de crianças e adolescentes é multifatorial. Tem sempre algo da família, do desenvolvimento, “e uma exigência excessiva de todos os cantos”.

“Atualmente, as mídias e redes sociais não só estimulam a autoagressão, como colocam padrões de normalidade de pertencer a grupos com exigências, a partir de crianças de 7 a 8 anos, como bater na professora, fazer mais faltas no jogo de futebol. E essas exigências têm um contraponto de família e escola, que leva a criança ou adolescente a tentar a morte porque não suporta mais a dor de não ser importante para ninguém ou de não se sentir importante”.

Esse isolamento leva à ideia de que o sofrimento acaba com a morte. “Eu sempre pergunto para eles: quem garante? O que vai acontecer depois? Não seria melhor lutar pela vida agora?”.

Luci Pfeiffer assegura que não existe nenhuma medicação no mundo que tenha interrompido o caminho da violência, que é a autoagressão. O bullying na escola já é o segundo passo para uma sequência de violência e para a criança ou adolescente começar a pensar no suicídio como uma saída. “E aquilo cresce como em um funil. Eles vão colocando a insatisfação dos pais e da família, o fracasso na escola, o fracasso com os parceiros e com os pares, até que eles entram na parte final do funil. Aí é bem mais rápido. Vão se concentrando todas as possibilidades, até que eles planejam como morrer”.

Proteção

A presidente do Departamento Científico de Prevenção e Enfrentamento das Causas Externas na Infância e Adolescência da SBP lamentou que não haja no Brasil leis que protejam as crianças e adolescentes das mídias sociais, que fazem um marketing de consumo e propiciam meios para o suicídio, embora isso seja um crime pelo artigo 122 do Código Penal.

A recomendação da especialista é que, aos primeiros sinais, a criança deve ser levada a um pediatra para uma avaliação geral, inclusive por uma equipe interdisciplinar e por profissionais da saúde mental, como psicólogo, psicanalista, psiquiatra, especialistas em infância e adolescência. Como se trata, ao mesmo tempo, de uma violência, é preciso chamar também a rede de proteção, coisa que, dificilmente, as pessoas fazem. A tentativa de suicídio é de notificação obrigatória, destacou.

Frente a suspeitas de sofrimento psíquico, a rede de proteção, integrada pelo conjunto da escola, pais e unidades de assistência à saúde, como os Centros de Referência da Assistência Social (Cras) e Centros de Referência de Assistência Social (Creas), precisa ser acionada, independente do padrão econômico e sociocultural da família, para se saber que outras origens pode estar o desejo de morte. “E levantar o histórico desde a gravidez e do desejo do filho até para onde ele chegou. Os pais e a escola precisam buscar ajuda e acompanhamento médico, tanto de profissionais da saúde mental e do pediatra que coordene essa equipe interdisciplinar, para que a gente possa proteger o que nós temos de mais valioso, que é a vida de crianças e adolescentes”.

As adolescentes indígenas são as mais afetadas pela gravidez antes da maioridade e as que têm menos acesso ao acompanhamento pré-natal, mostra pesquisa divulgada nesta semana pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Entre os bebês nascidos de mulheres indígenas de 2008 a 2019, quase 30% tiveram jovens indígenas de 10 a 19 anos como mães.

O estudo foi feito em parceria entre o Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (UFBA), o Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs/Fiocruz Bahia) e o Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa). São utilizados dados do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (Sinasc) e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan-Datasus), do Ministério da Saúde.

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O número de bebês nascidos de mães adolescentes entre 2008 e 2019 chega a 6.118.205, e, em 95,14% dos casos, as mães tinham entre 15 e 19 anos. A faixa etária mais nova, de 10 a 14 anos, corresponde a menos de 5% das gestações, mas é destacada na pesquisa por “fortes evidências de gravidez relacionada a situações de violência sexual”, segundo a Fiocruz. De acordo com a pesquisa, essas adolescentes tiveram 296 mil bebês no período.

Mães indígenas

A pesquisa resultou em uma cartilha, divulgada em fevereiro, em que constam detalhes dos anos estudados pelos cientistas. Segundo o estudo, a porcentagem de nascidos vivos de mães adolescentes com 15 a 19 anos caiu de 2008 a 2019 entre todas as raças, mas se manteve estável acima dos 25% entre as adolescentes indígenas. Isso significa que, a cada quatro bebês indígenas, um tinha a mãe nessa faixa etária. Entre as pardas, houve queda de 22,76% para 16,77%; entre as pretas, de 18,81% para 13,19%; e, entre as brancas, de 16,26% para 9,18%.

Na faixa etária mais nova, de 10 a 14 anos, o índice entre as indígenas começou o período pesquisado em 3,46% e, 11 anos depois, caiu pouco, para 3,27%, enquanto todas os outros recortes de raça estão abaixo 1%. No caso das meninas brancas, o percentual é de 0,34%.

"Sem entrar no mérito das discussões sobre relativismo cultural, faz-se necessário observar que a perspectiva da gravidez na adolescência de indígenas encontra o desafio da discussão étnico-cultural, sobre o próprio conceito de meninas, adolescentes e mulheres, bem como o processo de transição entre essas fases", indica o estudo. "Isso posto, faz-se necessário buscar maior detalhamento de informações no processo de construção de evidências e elaboração de políticas públicas focados em povos indígenas. O respeito à autonomia, não violência e o direito de decisão das meninas é princípio fundamental no acesso e fruição dos direitos reprodutivos".

A frequência de maternidade na adolescência também é maior no Norte e Nordeste. Cerca de 24% dos nascidos vivos no Norte no período pesquisado, são de jovens de 15 a 19 anos, enquanto no Nordeste o percentual chega a 20%. No Centro-Oeste, são 17%; no Sul, 15%; e  no Sudeste, 14,5%.

As mães de 10 a 14 anos do Norte tiveram 1,54% dos bebês nascidos na região naquele período, enquanto, para as do Sudeste, o percentual foi de 0,59%.

Sem pré-natal

O acesso a consultas durante a gestação também tem desigualdades raciais apontadas pela pesquisa. Entre as adolescentes indígenas que tiveram bebês entre os 10 e 14 anos, 10% não tiveram nenhuma consulta de pré-natal. Entre as meninas pretas e pardas da mesma idade, 3,6% e 3,3%, respectivamente, não tiveram acompanhamento. Entre as brancas, a falta de acesso foi relatada por 1,9%.

No grupo de mães indígenas de 15 a 19 anos, somente 26,6% das adolescentes tiveram acesso a pelo menos sete consultas pré-natais, percentual que chega a 64,3% no caso das adolescentes brancas que foram mães na mesma faixa etária.

A pesquisa explica que um pré-natal de qualidade, com a quantidade adequada de consultas, é fator de promoção de partos seguros e saudáveis e de redução dos casos de mortes maternas. O texto acrescenta que "adolescentes, muitas vezes, demoram mais a ter a primeira consulta de pré-natal e podem ter menos consultas ao longo da gestação". Os motivos para isso podem estar relacionados à maior dificuldade de identificar, processar emocional e socialmente a gravidez e dificuldade de acessar o serviço. As pesquisadoras apontam que também pode haver influência de estigmas em relação à maternidade na adolescência e falta de acolhimento.

Casamentos infantis

No período analisado pelas pesquisadoras, do total de mães adolescentes, 29,2% vivenciavam algum tipo de relação conjugal, seja casamento ou união consensual. Esse índice foi maior entre jovens indígenas, chegando a 42% entre as mães com 15 a 19 anos, e a 31% no caso das que tinham de 10 a 14 anos quando tiveram filhos. 

A Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Criança (CRC) considera casamento infantil a união envolvendo, pelo menos, um cônjuge abaixo de 18 anos. O estudo explica que essas uniões precoces ameaçam a vida e a saúde das meninas, limitando suas perspectivas de futuro e provocando gestações enquanto ainda são adolescentes. Com isso, aumenta o risco de complicações na gravidez ou no parto e a mortalidade nessa faixa etária.

"As evidências mostram que casamentos precoces na América Latina são, em sua maioria, informais e consensuais, frequentemente envolvendo homens adultos e meninas na fase da infância e adolescência. Na região, o Brasil se destaca pelo ranking elevado em números absolutos", diz a cartilha. "Embora a Lei 13.811/2019 (que alterou o Código Civil Brasileiro) proíba expressamente o casamento de adolescentes menores de 16 anos, a prática permanece ainda relativamente frequente, por diversas razões estruturantes, entre elas a pobreza persistente e as desigualdades de gênero, raça/cor e etnia. Embora tanto meninos quanto meninas vivenciem uniões precoces, meninas são significativamente mais afetadas por essa prática".

Um total de 69.418 atendimentos em serviços de saúde decorrentes de violência sexual contra meninas e adolescentes foram registrados no país, segundo dados de 2015 a 2019, levantados pela pesquisa no Sinan. As meninas de 10 a 14 anos foram as principais vítimas (66,92%) desses casos.

Adolescentes negras (pretas e pardas) foram as que mais sofreram violência sexual, com 64,18% do total de casos, segundo o estudo. A cada 10 casos, seis aconteceram na residência das vítimas (63%).  

Durante entrevista à revista Glamour UK, Paris Hilton abriu o coração sobre abusos sexuais sofridos na época da adolescência e a decisão de realizar um aborto quando tinha 20 anos de idade. A famosa falou sobre dois incidentes que ocorreram quando tinha 15 anos de idade e um deles envolvia um professor.

- Eu era uma garota tão jovem e fui manipulada por meu professor. Ele se aproveitou de uma jovem e isso foi algo que eu bloqueei também, não me lembrava disso até anos depois. Ele me ligava o tempo todo, apenas flertando comigo, tentando colocar em minha mente que eu era uma mulher madura.

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Uma noite, ele a atraiu para seu caro e se assustou quando viu que os pais de Paris estavam se aproximando.

- Nós apenas nos beijamos, mas se meus pais não tivessem vindo, imagine o que ele teria tentado fazer? Nós literalmente dirigimos por Bel Air a cerca de 160 quilômetros por hora. Estávamos indo tão rápido e de alguma forma nos afastamos deles por um sinal vermelho. Ele estava enlouquecendo e me levou de volta para casa em Bel Air, onde ele disse: Saia.

Hilton chegou em casa antes de seus pais, correu para o quarto e fingiu estar dormindo.

- Até hoje não falei sobre isso com minha família. Eu nunca contei a ninguém. Eu não sei o que era, eu apenas me senti tão envergonhada por toda a situação – desde o começo em uma idade tão jovem e realmente ficou comigo de uma maneira estranha.

Após o ocorrido, a artista se mudou para a casa da avó materna em Palm Springs e voltava para Los Angeles nos fins de semana para ver os amigos e passear no shopping Century City.

- Nós íamos lá quase todo fim de semana. Essa era a nossa coisa favorita a fazer e esses caras [mais velhos] sempre ficavam nas lojas… conversávamos com eles, dávamos nossos números de bipe [pager]. E então, um dia, eles nos convidaram para ir à casa deles e estamos bebendo esses refrigeradores de vinho de frutas silvestres. Eu não bebia nem nada naquela época, mas quando tomei talvez um ou dois goles, imediatamente comecei a me sentir tonta. Não sei o que ele colocou lá dentro, presumo que tenha sido Rohypnol [medicamento para insônia].

A famosa conta que, ao acordar algumas horas depois, descobriu que sua amiga já havia ido embora e algo errado devia ter acontecido.

- Eu lembrei. Eu tenho visões dele em cima de mim, cobrindo minha boca, dizendo: Você está sonhando, você está sonhando. E sussurrando isso no meu ouvido.

Paris ainda falou sobre a decisão de interromper uma gravidez quando tinha 20 anos de idade.

- Isso também era algo sobre o qual eu não queria falar porque havia muita vergonha em torno disso. Eu era uma criança e não estava pronta para isso.

E ressaltou a importância de leis que permitem o aborto.

- Acho que é importante. Há tanta política em torno disso e tudo mais, mas é o corpo de uma mulher… Por que deveria haver uma lei baseada nisso? É o seu corpo, sua escolha e eu realmente acredito nisso. É impressionante para mim que eles estão fazendo leis sobre o que você faz com sua saúde reprodutiva, porque se fosse o contrário com os caras, não seria assim.

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A gravidez na adolescência transforma a vida e a rotina de mulheres. Entre as experiências e desafios, essa realidade faz com que meninas precisem abrir mão da juventude para assumir as responsabilidades da maternidade. Em homenagem ao Dia das Mães, comemorado no domingo (8), o LeiaJá Pará mostra histórias de mulheres que se tornaram mães ainda jovens. 

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A estudante de Segurança do Trabalho Laís Gomes, de 30 anos, descobriu a gravidez aos 16 anos, quando ainda estava no ensino médio. Ela conta que foi muito julgada por ser nova e não recebeu apoio da família, que passou a aceitar a situação somente perto da filha de Laís nascer. 

"No começo foi muito difícil encarar a gravidez. Eu sabia que ia ter que largar tudo para cuidar de uma criança. A minha mãe não aceitava, quase não tive apoio de ninguém e foi um dos piores momentos e melhores, porque a minha filha ia chegar. Eu sabia que não ia ser nada fácil, tanto para eu aceitar quanto para a minha família", disse. 

Estar na maternidade sem rede de apoio é difícil e quando o pai não está presente, as complexidades aumentam. Laís lembra que as dificuldades foram muitas. "Tive um filho atrás do outro e, no segundo filho, eu perdi o pai deles e tive que lidar só, fazer o papel de pai e mãe", conta. 

A técnica em Saúde Bucal Elaine Rodrigues, 47 anos, engravidou pela primeira vez aos 17 anos, período em que viajou de Joanes, no Marajó, para Belém em busca de um ensino melhor. Para a técnica, a descoberta da gravidez foi inacreditável devido à falta de experiência. "A sensação era de medo, pois era tudo novo e, principalmente, por não ter estrutura alguma. Fiquei paralisada diante da realidade", relembra. 

Apesar do suporte psicológico que recebeu dos pais, Elaine conta que as condições financeiras não eram as melhores. "Tive que arregaçar as mangas e ir à luta. Foi aí que travei uma busca incansável, por causa da responsabilidade. Fui trabalhar de gari em Joanes para dar uma condição de sobrevivência ao meu filho", relata.

Lívia Natividade, estudante de Pedagogia e auxiliar de coordenação pedagógica, de 21 anos, engravidou aos 17 anos e, entre os 5º e 6º meses de gestação, descobriu que havia sido aprovada na faculdade. Desde então, começou sua rotina entre maternidade, estudos e trabalho. “Na época em que eu descobri que estava grávida, foi um susto, um baque. Imagino como para todas as outras mães. Eu fiquei muito nervosa, comecei a pensar muito nas coisas. Desde aí, comecei a me organizar com minha família, a fazer pré-natal”, fala.

No início da gestação, Lívia sofria crises de ansiedade e, após o nascimento da filha, teve depressão pós-parto e recebeu tratamento por três meses. “Tive que conciliar o tratamento com cuidar dela, porque eu também não poderia deixar de me cuidar”, comenta. Atualmente, a estudante equilibra seu dia a dia intenso com o auxílio da mãe e não romantiza a maternidade.

A designer de sobrancelhas Thassiane Ferreira, 35 anos, teve sua primeira gestação aos 19 anos. Ao descobrir, buscou ajuda da família do pai do bebê que, por sua vez, sugeriu que a mesma abortasse, algo que não estava em seus planos. Sua família, em contrapartida, deu suporte. “Apesar da idade, de toda a dificuldade que eu iria viver a partir daquele momento, eu não queria abortar. Minha família abraçou, apoiou”, ressalta.

Após o nascimento da filha, a designer decidiu terminar o Ensino Médio, mesmo confusa com tudo o que estava acontecendo. “Eu ia para a escola com ela, os professores me ajudavam na hora das provas, seguravam ela. Eu era uma aluna inteligente, os professores gostavam muito de mim, então todos eles me deram esse apoio, esse suporte para terminar o Ensino Médio”, conta. Thassiane relembra começou a trabalhar quando filha tinha quatro meses. Desde então, foi se aperfeiçoando para receber um salário melhor. Hoje em dia, é mãe de três e afirma que tudo o que faz é por eles.

A estudante de Serviço Social Júlia Moraes, de 20 anos, engravidou na reta final do vestibular, aos 17 anos. Júlia relembra que, na época, teve problemas pessoais e de saúde. Por isso, decidiu não contar a ninguém e, durante os três primeiros meses, cogitou abortar. “Desde o início, por ter escondido a minha gravidez por quase quatro meses, todo o período em que minha vida se encontrava, minha gestação nunca foi fácil ou tranquila; me arrependo muito de não ter aproveitado mais”, pondera.

Júlia reforça que sua família e a do pai da criança são sua rede de apoio e que, se consegue estudar, trabalhar e cuidar do filho, é por incentivo delas. Apesar das dificuldades, reforça que o filho é sua fonte de vida e razão pela qual permanece buscando evoluir. 

“Ele me salvou de mim mesma e trouxe luz para meus olhos. Maternidade não é um mar de rosas; em todos os momentos da vida de uma mulher haverá percalços, principalmente na geração e criação de uma nova vida, uma nova pessoa. Muitas responsabilidades, muita paciência e resiliência para todo esse processo; mas ainda bem que nós, mulheres, tudo podemos. Nada como um dia após o outro”, afirma.

Luiza Maria Moraes de Freitas, estudante de Técnica em Enfermagem, aos 17 anos descobriu que estava grávida após fazer vários exames para solucionar problemas de saúde. Para a estudante, a notícia foi assustadora pela inexperiência e o medo de revelar a gestação para os pais. Quando contou para a família, Luiza recebeu todo o apoio, principalmente do pai, que tinha um sonho em ser avô. “Meu pesadelo era meu pai e confesso que foi o cara que me acolheu e me abraçou. Pronto, todo mundo da família soube do primeiro neto do meu pai, que sempre sonhou com isso”, relembra.

Durante a gestação, Luiza passou por problemas psicológicos e teve um parto conturbado. Apesar disso, sua relação com o filho se constrói de maneira saudável e regada de carinho.

“Eu sei que meu filho me ama incondicionalmente, esse amor não se mede. Esse é o amor mais puro, o amor mais doce e frágil. Tenho que regar todo dia esse amor, tenho que abraçar, tenho que acolher e tenho que ser forte. Meus problemas eu até esqueço”, conclui.

As inseguranças deram vez ao amor 

De todos os sentimentos que pulsam dentro de uma mãe, desde a ansiedade até o medo, o que caracteriza e eterniza o elo com o filho é o amor. Quando perguntadas sobre qual o significado de ser mãe, elas responderam: 

Laís Gomes – “Não foi nada fácil, como até hoje não está sendo, mas graças a Deus vejo com outros olhos. Sou uma mulher realizada por tê-los. Se eu voltei a estudar, se eu procurei a minha melhora, foi por causa dos dois, para dar o melhor para eles. Hoje, a melhor coisa que eu tenho na vida são meus dois filhos.”

Elaine Rodrigues – “Hoje eu só tenho gratidão a Deus por tudo. Por ter me permitido ser mãe, pois foi através desse grande desafio que me tornei uma mulher determinada. Amadurecer em meio às lutas foi uma das experiências mais difíceis que vivi, mas a maternidade me trouxe a oportunidade de viver experiências maravilhosas também. É um grande privilégio ter uma família para cuidar. Filhos são heranças concedidas pelo Criador.”

Lívia Natividade – “Ser mãe para mim é sinônimo de força, coragem, é saber que eu vou ter alguém pra vida toda do meu lado. É um sentimento inexplicável que só sabe quem é mãe mesmo. O amor que a gente sente pelos filhos é algo surreal, é cuidado, é carinho. Às vezes é um estressezinho também, mas, no final, ver aquele serzinho sorrindo e falando que te ama não tem preço.”

Thassiane Ferreira - “Para mim, ser mãe, é um misto de loucura, de ter que se abster de vontades suas para suprir e fazer vontades de outras pessoas, que são tão importantes que chegam a te anular. Muitas vezes, eu preciso olhar para mim e dizer: ‘Ei, eu sou uma pessoa! Isso aqui eu posso fazer por mim!’. Na maioria das vezes, na maior parte do tempo, eu estou fazendo por eles, para eles. Ser mãe é um amor que eu descobri que eu não sabia que eu poderia oferecer e um olhar diferente em mim, como mulher, como pessoa, em me autoanalisar e em perceber que eu sou a melhor mãe que eu posso ser. Quando eu paro para olhar para eles, o amor que eu sinto é inexplicável. Tudo que eu faço é por eles.”

Júlia Moraes – “Para mim, ser mãe é conhecer uma força inexplicável que te torna capaz de tudo. Seja escalar montanhas ou andar quilômetros só para ver a felicidade no rostinho dos nossos filhos. Ser mãe do Gael me trouxe esperança de que, através dele, eu consigo melhorar o mundo, ou pelo menos o nosso.”

Luiza Freitas – “Ser mãe me fez entender que ficamos para depois, mas não podemos esquecer de nós. Ser mãe me ensinou que o maior amor da minha vida nasceu de mim. Ser mãe não é fácil. Ser mãe é ser colo, alimento, psicóloga, professora, conselheira e uma coisa que eu sempre vou responder para alguém que me perguntar “como é ser mãe?” é: eu amo meu filho, mas não amo a forma que romantizam a maternidade. Cada mãe é diferente, cada filho é diferente. Ser mãe na juventude é bom e, ao mesmo tempo, traumático, temos que mudar nossos planos e rotinas, mas no final um sorriso do filho cura e compensa tudo. Hoje em dia eu amo e aceito a fase que estou vivendo.”

Por Amanda Martins, Even Oliveira, Isabella Cordeiro e Lívia Ximenes (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

A apresentadora Angélica concedeu uma entrevista ao site Mina Bem Estar e relembrou uma situação no início da sua carreira, quando estava promovendo a sua famosa música Vou de Táxi, na França.

- Eu devia ter uns 15, 16 anos. Estava em Paris, fazendo foto, porque a música Vou de Táxi é uma versão de uma música francesa. Os franceses perguntavam 'quem é?', aí falavam 'ah, é uma apresentadora brasileira'.

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Angélica também contou que um grupo de homens se aproveitou dela após saber que ela era brasileira:

- Era um grupo de jovens, de homens, meninos. O fotógrafo falou: 'fica aqui do lado dela pra fazer foto'. E aí vieram aqueles meninos todos e quando o fotógrafo falou que era uma brasileira, cantora do Brasil, eles foram chegando perto de mim e se esfregando em mim, relembrou.

No final do relato, a apresentadora explicou que não conseguiu ter reação diante do lamentável ocorrido:

- Um dos meninos ficou passando a mão na minha bunda. Passando a mão em mim inteira. Eu estava atrás de um táxi, ninguém estava vendo e eu não fiz nada. Eu estava num país que não era o meu, eles conversavam numa língua que não era a minha. Estava ali, sendo violentada por dois, três meninos, ninguém viu, eu sabia e eu não tive reação nenhuma, não fiz nada.

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Uma alemã que viajou para a Síria quando adolescente para se juntar ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI) começou a ser julgada por um tribunal de Halle, no leste da Alemanha, nesta terça-feira (25), acusada de cumplicidade em crimes contra a humanidade.

Agora com 22 anos, Leonora Messing está sendo processada por suspeita de que ela e seu marido, membro do EI, escravizaram uma mulher yazidi em 2015, na Síria.

Neste julgamento, que transcorrerá a portas e deve durar até meados de maio, Messing também é acusada de ter-se integrado a uma organização terrorista e de violação de leis sobre armas.

O caso gerou debate na Alemanha sobre como uma garota de 15 anos, de uma pequena localidade, conseguiu se radicalizar e se juntar à causa islâmica.

Messing fugiu de casa em março de 2015 e seguiu para a parte da Síria controlada pelo EI. Ao chegar a Raqa, então "capital" de facto do EI na Síria, tornou-se a terceira esposa de um alemão de sua região.

O pai de Messing, um padeiro da cidade alemã de Breitenbach, soube que sua filha havia se juntado ao islamismo radical ao abrir seu computador e ler seu diário, após seu desaparecimento.

Seis dias depois que ela partiu, seu pai recebeu uma mensagem, informando que sua filha "escolheu Alá e o Islã" e que "chegou ao califado".

- "Boa aluna" -

"Era uma boa aluna", disse seu pai, Maik Messing, à rádio NDR, em 2019. "Ia para um lar para idosos para ler para eles", contou.

A jovem levava uma vida dupla e frequentava, aparentemente sem o conhecimento dos pais, uma mesquita em Frankfurt.

Messing está entre os mais de 1.150 islâmicos que deixaram a Alemanha desde 2011, rumo à Síria e ao Iraque, segundo o governo alemão.

Seu caso despertou especial atenção por sua idade e porque seu pai concordou em colaborar com uma equipe da televisão e da rádio pública regional NDR.

O homem tornou públicas as milhares de mensagens trocadas com a filha, revelando que a jovem tentava, desesperadamente, fugir do "califado".

A Justiça alemã acusa-a de ter trabalhado durante três meses em um hospital do EI em Raqa e de ter "espionado" as esposas de combatentes para os serviços de Inteligência do grupo.

Ela também é acusada de envolvimento em crimes de tráfico de pessoas, pois seu marido "comprou" uma mulher yazidi de 33 anos e depois a vendeu. Após dar à luz duas meninas, Messing acabou detida em um acampamento controlado pelos curdos no norte da Síria.

Seu marido, Martin Lemke, foi capturado em 2019 pelas Forças Democráticas Sírias (FDS), dominadas pelos curdos, contaram Leonora Messing e outra de suas esposas à AFP.

A jovem foi repatriada em dezembro de 2020 e detida ao chegar ao aeroporto de Frankfurt. Depois, foi liberada.

A cantora americana Demi Lovato conta que foi violentada quando era adolescente, quando era atriz do Disney Channel, em um documentário revelador que abriu o festival on-line de South By Southwest nesta terça-feira (17).

"Demi Lovato: Dancing with the Devil", uma série original do YouTube, mostra a overdose de fentanil sofrida pela cantora sofreu em 2018 e que lhe causou danos cerebrais e cegueira parcial. Também trata de sua luta contra o vício.

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Apresentados como filme de abertura do festival SXSW, os quatro episódios também contêm novos detalhes das agressões sexuais sofridas por Lovato, incluindo uma na noite em que ela teve uma overdose.

"Sei que o que vou dizer vai impactar as pessoas também. Mas quando eu era adolescente, estava em uma situação bem parecida e perdi minha virgindade em um estupro", diz Lovato.

"Estávamos abraçados, mas eu disse 'Isso não vai além, sou virgem e não quero perder (minha virgindade) desse jeito'", conta. "Mas isso não importou - ele fez mesmo assim", continuou.

Agora com 28 anos, Lovato não menciona seu agressor, mas diz que o estupro ocorreu quando ela "fazia parte do elenco da Disney" e que ela teve que "continuar vendo essa pessoa o tempo todo" depois do ataque.

Lovato diz que denunciou o agressor, mas que "nunca teve problemas por isso - ele nunca foi retirado do filme, do qual estava participando".

Lovato ganhou fama com o filme do Disney Channel "Camp Rock", filmado quando ela tinha 15 anos.

O SXSW On-line 2021, uma conferência de cinema, televisão, música e tecnologia, termina no próximo sábado.

A apresentadora e musa fitness Juju Salimeni usou suas redes sociais, nessa quarta (8), para responder algumas perguntas de seus seguidores. Eles perguntaram sobre a  infância e adolescência da celebridade e um dos assuntos foi se ela já havia sofrido ‘bullying’. 

“Olha, se tem uma coisa que eu sofri foi bullying, nossa, como eu era zoada na escola. Todo mês eles faziam uma eleição para saber quem era a mais feia, e eu era primeiro lugar, todo mês”, revela Juju.

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A musa ainda comentou sobre seus treinos de musculação e sobre os procedimentos estéticos que fez no corpo. Juju contou que treina há 17 anos e seu corpo é fruto de esforço e dedicação. Além disso, a apresentadora comentou que seus treinos a ajudaram bastante no período em que teve depressão.

Juju também falou que só possui silicone nos seios e mais nenhum procedimento no corpo. Já no rosto, ela contou que faz botox e preenchimento das olheiras.

A puberdade é uma fase delicada na vida dos jovens. É marcada pela transição entre a fase infantil e a adolescência, onde o indivíduo vê o mundo lúdico se transformar em realidade e começa a se enxergar como um ser social, o que gera conflitos internos e externos. Esse também pode ser um momento desafiador para os pais e responsáveis, principalmente se a puberdade ocorrer agora, enquanto a família também enfrenta o isolamento social devido ao coronavírus.

Nesse período de quarentena, as emoções podem se confundir. Para quem passa pela puberdade será ainda mais difícil entender o que acontece. "Esse é um momento de descobertas e de experiências, mas também de muita ansiedade e dúvidas", explica o psicólogo Reinaldo Fraga. "Esta fase é considerada fundamental, pois estão presentes conflitos, questionamentos, curiosidades e percepções relativas à identidade sexual, responsabilidade social, como profissão e caráter, além dos relacionamentos afetivos, reprodução humana, os tabus, mitos e questões de gênero relacionadas à sexualidade. Por isso é importante o diálogo", complementa.

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Segundo o psicólogo, é importante que os responsáveis deem abertura para que o adolescente fale sobre suas dúvidas e desejos, e precisam não deixar os julgamentos e dogmas entrarem no diálogo. "Esta é a fase em que se inicia as práticas sexuais, inserindo o adolescente no contexto das vulnerabilidades, onde estará mais exposto à infecções sexualmente transmissíveis, gestação não planejada e aborto. Conversar e saber ouvir é o principal passo", diz Borges. "A ebulição dos hormônios aflora emoções, substratos primitivos que dão a quarentena um ar ainda mais difícil. Afinal, quais jovens gostariam de ficar trancando em casa junto aos pais? Apenas crianças, e isso eles não são mais".

A quantidade de informação absorvida também pode causar dúvidas, principalmente sobre aspectos como ideologia de gênero e orientação sexual. Por isso, falar sobre experiências vividas ajuda o adolescente a não se sentir perdido. "A orientação sexual se refere à atração física, romântica e/ou emocional duradoura de um indivíduo por outra pessoa, enquanto a identidade de gênero se refere ao sentimento interno de ser masculino, feminino ou qualquer outra denominação. Pessoas transexuais podem ser heterossexuais, lésbicas, gays, bissexuais ou assexuais, por exemplo", finaliza Borges.

Para reduzir a gravidez precoce, o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos propõe políticas que motivam a abstinência sexual. Em dezembro, a pasta liderada por Damares Alves preparou um evento na Câmara e convidou apenas defensores da ‘privação’ para um público majoritariamente religioso. Já o Ministério da Saúde acabou com a caderneta de saúde do adolescente.

--> Abstinência sexual evitaria gravidez precoce, diz Damares

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Mesmo sem respaldo científico, cartazes instalados na entrada do auditório criticavam o uso de preservativos ao destacar que poros na camisinha permitem a transmissão do vírus HIV. Ainda assim, os organizadores negam a responsabilidade do conteúdo, que foi recolhido por um padre, apontou O Globo.

"Estudos científicos e a normalização da espera como alternativa para iniciação da vida sexual em idade apropriada, considerando as vantagens psicológicas, emocionais, físicas, sociais e econômicas envolvidas, sem que isso implique em críticas aos demais métodos de prevenção", foram as supostas bases referenciais utilizadas pelo ministério.

A política de abstinência foi negada pela pasta, que por meio de nota explicou que "a ideia de promover a preservação sexual está sendo considerada como estratégia para redução da gravidez na adolescência por ser o único método 100% eficaz e em razão de sua abordagem não ter sido implementada pelos governos anteriores”.

"Resultados exitosos em diversos indicadores sociais” de outros países teria sido a motivação para a implementação da medida no Brasil. Contudo, o ministério não indicou os países a que se referia, nem os indicadores analisados.

A pedido do presidente Jair Bolsonaro, a distribuição da caderneta do Ministério da Saúde sobre educação sexual foi encerrada. Em cerca de dez anos, 32 milhões de exemplares foram distribuídos com informações sobre sexo seguro, prevenção à gravidez e puberdade. A pasta publicou ofício afirmando que o documento “terá sua distribuição e uso descontinuado, até que se concluam avaliações”.

O Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos quer estimular os jovens a não transar como forma de combate à gravidez na adolescência. A coordenadora-geral de Promoção dos Direitos da Criança e do Adolescente do ministério, Cecília Pita, disse ao jornal BBC News Brasil que a pasta não vai promover uso de preservativos e outros métodos contraceptivos porque isso já é feito com políticas da Saúde e da Educação.

 A pasta comandada por Damares Alves realiza, nesta sexta-feira (6), um seminário na Câmara dos Deputados para tratar do tema, preparando-se para a Semana Nacional de Prevenção da Gravidez na Adolescência, que ocorre em fevereiro.

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 Cecília Pita destacou à BBC que no currículo escolar já há previsão do ensino dos métodos contraceptivos. "Não é nada que a gente precise fazer. A gente entende que é preciso, sim, ter educação sexual, mas que é preciso informar sobre os benefícios de uma iniciação (sexual) tardia, e os prejuízos de uma iniciação precoce", disse a coordenadora-geral. Ela não soube informar quanto será gasto e as ações do ministério ainda estão sendo elaboradas.

 A inspiração vem dos Estados Unidos. A promoção de abstinência sexual cresceu após a eleição de Donald Trump. Segundo a BBC, desde 2018 o governo americano estabeleceu novas diretrizes para o repasse de recursos a organizações que atuam na prevenção à gravidez na adolescência, privilegiando as que promovem a abstinência.

Foi convidada para o seminário desta sexta Mary Anne Mosack, presidente da Ascend, instituição que realiza cursos para qualificar educadores a incentivar jovens a não transar. A organização defende que a contracepção é um método secundário de prevenção.

 Além de Mosack, falará o pastor Nelson Júnior, que coordena a organização cristã Eu Escolhi Esperar, que encoraja cristãos a esperarem o casamento para iniciarem as experiências sexuais. 

 Levantamentos no Ministério da Saúde apontam que houve um recuo de 36% de casos de gravidez na adolescência entre 2000 e 2017. Os números, entretanto, seguem altos. O último relatório da ONU sobre o tema mostra que o Brasil tem 62 jovens gestantes a cada mil jovens entre 15 e 19 anos, enquanto a taxa média no mundo é de 44 a cada mil.

Estreou nessa terça-feira (6), no canal GNT, o programa "Que história é essa, Porchat?". No primeiro episódio, Fábio Porchat recebeu os atores Cláudia Raia, Marcos Veras e Ney Latorraca. Revelando detalhes que marcaram momentos da intimidade e no mundo da arte, Cláudia surpreendeu com um assunto à la "Casos de Família", programa que é apresentado por Christina Rocha no SBT.

No bate-papo, Cláudia Raia contou que levou um tapa no rosto da irmã por ter ficado na adolescência com o então cunhado. "Ele era meu 'partner' de dança, eu dançava com ele. Eu tinha 13 anos, bombando os hormônios, ela não gostava dele e estava namorando só pra não ficar sozinha e eu tive uma paixão súbita por ele. Contei pra ela e levei um tapa na cara", disse.

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Falando com humor sobre o assunto, a atriz, que interpretou Lidiane na novela "Verão 90", declarou em um outro momento da conversa que queria ser Fernanda Montenegro. "Eu acho ela linda, elegante, espetacular. Queria ser ela para aprender, não sei se um dia eu aprenderia tudo que ela teria para ensinar", disse. "É uma boa aula", emendou Porchat.

Confira:

A mostra "Céline e as Garotas", em cartaz até 16 de maio no Centro Cultural São Paulo (CCSP), no Paraíso, centro da capital paulista, reúne filmes dirigidos por mulheres e que apresentam visões sobre a vida na adolescência. Entre os longas-metragens da exibição estão "Tomboy" (2011) e "Garotas" (2014), ambos dirigidos pela cineasta francesa Céline Sciamma, que dá nome ao evento.

Da norte-americana Marielle Heller, indicada ao Oscar por "Poderia me Perdoar?" (2018), o CCSP exibirá "O Diário de uma Adolescente" (2015), que conta a história de uma jovem de 15 anos, interpretada pela atriz Bel Powley, que sente atração pelo namorado de sua mãe, vivido pelo ator sueco Alexander Skarsgård.

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O drama "O Mau Exemplo de Cameron Post" (2018) também estará em cartaz na mostra. Dirigido pela norte-americana Desiree Akhavan, o longa traz a atriz Chloë Grace Moretz na pele de uma adolescente que, após ser vista beijando outra, é encaminhada a uma instituição religiosa que promete "curá-la" de sua orientação sexual. O filme foi o vencedor do Prêmio do Júri no Festival de Sundance, que premia obras do cinema independente.

A programação ainda terá "Garota Sombria Caminha pela Noite" (2014), dirigida pela britânica de descendência iraniana Ana Lily Amirpour, e conta a história de uma vampira que ataca homens que desrespeitam mulheres.

O cinema brasileiro marca presença na programação com o suspense "Mate-me Por Favor", dirigido por Anita Rocha da Silveira e que apresenta uma série de assassinatos misteriosos que alteram a rotina de dois irmãos que estudam em um colégio da cidade do Rio de Janeiro.

Serviço

"Céline e As Garotas"

Quando: até 16/5

Onde: CCSP - Rua Vergueiro, 1.000, Paraíso (ao lado da Estação Vergueiro do Metrô)

Ingressos: R$ 2

Confira a programação completa em www.centrocultural.sp.gov.br.

Já está disponível o "Questionário sobre quantidade de casos de gravidez em adolescentes escolares", do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Todas as escolas das redes pública e privadas de ensino terão acesso ao formulário, disponibilizado no Sistema Educacenso, área exclusiva para o perfil escolar. Devem ser considerados os casos de gravidez em adolescentes na faixa etária de 10 a 19 anos de idade. Não será necessário identificar a adolescente.

Gestores ou pessoas designadas pela supervisão escolar deverão responder ao questionário referente aos casos de gravidez na adolescência em 2018. O trabalho é desenvolvido pelos Ministérios da Educação e da Saúde e têm o objetivo de fortalecer ações conjuntas para reduzir o número de casos de gravidez precoce, como também garantia do cuidado integral às adolescentes grávidas, por meio do Programa Saúde na Escola.

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A ação faz parte um conjunto de mobilizações que têm a proposta de contribuir para a formação integral dos estudantes através de prevenção e atenção à saúde. Com isso, se pretende diminuir as vulnerabilidades que comprometem o desenvolvimento de crianças e adolescentes na trajetória escolar.

 

Uma mulher de 45 anos foi libertada no último sábado (22) após passar 32 anos sequestrada. De acordo com o jornal Clarín, a vítima havia sido sequestrada na adolescência e explorada em um bordel na Bolívia. Seus parentes, de Mar del Plata, na Argentina, nunca pararam de procurá-la.

A mulher foi levada para a Bolívia aos 13 anos com promessas de bem-estar e trabalho. O responsável pelo sequestro foi um boliviano de 50 anos que namorava a sua irmã mais velha e também foi levada para o prostíbulo-, mas conseguiu fugir três meses depois. A mulher denunciou o caso, mas não sabia a cidade e o local exato do cativeiro.

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Desde então, o paradeiro da mulher sequestrada era desconhecido. No início deste ano, as autoridades receberam uma denúncia anônima indicando que ela estaria na cidade boliviana de Bermejo, perto da fronteira com a Argentina. "Ela disse às autoridades bolivianas que queria voltar para a Argentina com seu filho, mas que a mulher para quem trabalhava não permitia e retinha os documentos de ambos", explica a reportagem do "Clarín".

A mulher foi encontrada em uma barraca de comida no mercado central da cidade de Bermejo, na Bolívia, que faz fronteira com Salta. Segundo apurou o Clarín, a mulher foi encontrada com o filho, de 13 anos. Eles estavam abaixo do peso mínimo. Ainda segundo o jornal, a mulher e o filho "viviam como escravos, em condições extremamente precárias no fundo de uma garagem em que eram mantidos trancados com cadeado duplo, sem documentos". Agora, ela e o filho estão com a família em Mar del Plata, sua cidade natal.

O beijo entre duas meninas em um episódio na novela Malhação foi comentado pelo deputado federal Marco Feliciano (PSC). O parlamentar, por meio de vídeo publicado em seu Facebook, definiu a cena como “chocante e grotesca” e avisou que vai solicitar providências do Ministério da Justiça para que analise as imagens. 

“Em pleno final de tarde um folhetim feito para o público infantojuvenil teve a desfaçatez de apresentarem um beijo gay entre duas crianças. Se fosse no cinema, os órgãos reguladores estabeleceriam idade mínima de 16 anos. Por ser algo chocante e incomum, ainda tem mais: as personagens fugindo de sua rotina estão indo mais cedo para o quarto juntas, de pijama, e já se anuncia para breve uma relação sexual entre as duas”, criticou o deputado. 

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Feliciano também falou que estão querendo “vulgarizar” a adolescência e o amor. “Eu vou solicitar providências ao Ministério da Justiça, que determina a faixa etária para os espetáculos, que analise essas cenas grotescas e dê uma resposta para a opinião pública, que hoje se encontra impotente para educar seus filhos quando uma poderosa rede de TV visão tão somente deseducar. Sabemos o que acontece em uma sociedade cosmopolita, mas certos assuntos tendem serem abordados de forma séria através de profissionais preparados e dentro de um contexto sério e não de forma rasa, a fim de vulgarizar a adolescência e o amor, que são tão caros e especiais”. 

Ele ainda ressaltou que a emissora é formadora de opinião ditando regras, moda e estilo de vida e que está “destruindo” o que chamou de família tradicional conservadora. “Isso não pode acontecer, a nossa família merece respeito”, frisou.

Duas obras, uma de Salvador Dalí e outra de Tamara de Lempicka, roubadas em 2009 de um museu do norte da Holanda, foram encontradas, anunciou nesta quarta-feira o detetive especializado em obras de arte, Arthur Brand.

Trata-se do quadro do pintor surrealista catalão Salvador Dali intitulado "Adolescência", de 1941, e da obra "La músico", da artista polonesa Tamara de Lempicka, de 1929, indicou Brand em sua conta no Twitter, onde anexou duas imagens.

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Ambas as pinturas foram roubadas em 1º de maio de 2009, em plena luz do dia, do museu Scheringa em Spanbroek (norte).

Vários homens encapuzados invadiram o museu e ameaçaram os funcionários e visitantes com uma arma antes de roubarem as duas obras e fugir em um veículo em poucos minutos.

Os dois quadros caíram nas mãos de um grupo criminoso na forma de moeda de troca. Foi o mesmo grupo que contactou o detetive através de um intermediário, explicou o investigador ao jornal holandês De Telegraf.

"A organização não queria ser culpada da destruição ou revenda de obras de arte", disse Brand, acrescentando que as pinturas roubadas são muitas vezes utilizadas como garantia em operações entre grupos criminosos.

O detetive entregou as pinturas em bom estado a um investigador da Scotland Yard, em contato com o proprietário legítimo das obras, cuja identidade não foi revelada, que havia emprestado ao museu.

A atriz Cleo Pires mostrou que sempre foi bonita, e, mais ainda, que seu rosto mudou muito pouco desde a adolescência. No finalzinho de sábado (26), a filha de Glória Pires e Fábio Jr. postou, em seu Instagram, uma foto em que aparece bem mais nova.

- Eu com 12 anos... E com as lindas rochas, legendou.

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Os seguidores da bela a encheram de elogios, quem nasce para ser linda é linda desde sempre, ressaltou uma fã. É, parece que a beleza corre na genética da família mesmo.

A participação de jovens na fecundidade do País vem diminuindo, mas a maternidade na adolescência permanece alta para padrões internacionais. Em 2004, o Brasil contabilizava 78,8 filhos nascidos vivos a cada mil mulheres de 15 a 19 anos. Em 2014, a cada grupo de mil jovens dessa idade respondia por 60,5 filhos, de acordo com a Síntese de Indicadores Sociais 2015 divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta sexta-feira, 4. A participação dessas mães adolescentes na fecundidade total do País caiu de 18,4% para 17,4% em dez anos.

"A fecundidade entre as jovens de 15 a 19 anos ainda se manteve bastante elevada. O resultado é compatível com outros países da América Latina, mas ainda é muito superior ao de outros países mais desenvolvidos", avaliou Cíntia Simões Agostinho, pesquisadora da Coordenação de População e Indicadores Sociais do IBGE.

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O perfil da maternidade na adolescência está relacionado a pouca escolarização e baixa inserção no mercado de trabalho. A mãe adolescente é predominantemente preta ou parda (69% das meninas com filho), não completou o ensino médio (85,4%), se dedica a afazeres domésticos (92,5%) e não estuda nem trabalha (59,7%).

"Quando a mulher tem filho muito jovem, isso influencia nos indicadores. As que não tinham filhos eram mais escolarizadas", apontou Cíntia.

A taxa de fecundidade como um todo no País vem diminuindo ao longo dos anos. Em 2014, essa taxa era de 1,74 filho por mulher, contra 2,14 filhos em 2004, uma queda de 18,6% em dez anos. Os únicos Estados com taxa de fecundidade acima da reposição populacional do País (de 2,10 filhos por mulher) foram Acre (2,52 filhos por mulher), Amapá (2,34), Amazonas (2,32), Roraima (2,27), Maranhão (2,22) e Pará (2,15).

A redução na taxa de fecundidade resulta no encolhimento na fatia de jovens na população. A proporção de jovens de 0 a 14 anos diminuiu de 22,3% em 2013 para 21,6% em 2014. Ao mesmo tempo, a população de 60 anos ou mais aumentou de 13,1% em 2013 para 13,7% em 2014.

Em 2030, a faixa etária mais jovem somará 17,6% da população, enquanto a mais velha responderá por 18,6%. Em 2060, a tendência se acentuará: os mais jovens, de 0 a 14 anos, serão apenas 13,0% da população, enquanto os mais velhos, de 60 anos ou mais, serão 33,7%, mais de um terço do total de brasileiros, de acordo com as projeções feitas pelo IBGE.

O escritor Menalton Braff Castelo aborda questões como a existência das diferenças, a importância do respeito e a tolerância no seu novo livro Castelo de Areia. Estes temas são abordados na obra a partir da paixão entre dois rapazes, Ricardo e Arnaldo. O objetivo do autor é auxiliar jovens a refletirem sobre a homossexualidade na adolescência e o respeito às escolhas individuais. 

O enredo de Castelo de Areia se passa numa das mais delicadas fases da vida, a adolescência. Através do envolvimento dos personagens, o livro discute valores como respeito e tolerância e mostra a dificuldade dos jovens em lidar com a descoberta de novos sentimentos e o julgamento daqueles que estão ao redor. 

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Considerado um dos mais importantes escritores da literatura contemporânea brasileira, Menalton Braff é contista, novelista e romancista. Ele contabiliza em sua carreira a publicação de 21 livros e um prêmio Jabuti, recebido em 2000.

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