Tópicos | crianças e adolescentes

Até o dia 14 de julho, a Prefeitura de São Paulo recebe inscrições para a Taça Cidade de São Paulo. A competição inicia em 26 de agosto e termina em 9 de dezembro. O torneio é destinado para crianças e adolescentes nascidos entre 2006 a 2015, nas categorias Sub-11, Sub-13, Sub-15 e Sub-17, nas categorias masculina e feminina.

Podem participar unidades esportivas da Secretaria Municipal de Esporte e Lazer (SEME), clubes, institutos, associações e academias, entre outras instituições. É obrigatório as equipes residirem na capital paulista. A inscrição pode ser feita no portal: jogasp.prefeitura.sp.gov.br.

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Os jogos serão realizados aos sábados - porém se houver necessidade - as partidas acontecerão aos domingos e feriados, em campos determinados pelo Departamento de Gestão das Políticas e Programas de Esportes e Lazer (DGPE).

O objetivo do campeonato é incentivar a prática do futebol entre crianças e adolescentes, promover a inclusão social e os valores do esporte.

Serviço - Taça Cidade de São Paulo

Inscrições até 14 de julho de 2023

Início: 26 de agosto de 2023

Final: 9 de dezembro de 2023

Site oficial: jogasp.prefeitura.sp.gov.br

O Plenário da Câmara dos Deputados reúne-se às 17 horas para votar as propostas em pauta, entre eles, o projeto que aumenta as penas de vários crimes sexuais contra crianças e adolescentes (PL 1776/15).

De autoria dos deputados Paulo Freire Costa (PL-SP) e Clarissa Garotinho (União-RJ), o projeto também classifica esses crimes como hediondos. O texto que será analisado em Plenário é um substitutivo do relator, deputado Charlles Evangelista (PP-MG).

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Pelo texto, haverá uma nova condição para condenados por vários desses crimes poderem usufruir de saída temporária: a proibição de se aproximar de escolas de ensino infantil, fundamental ou médio e de frequentar parques e praças com parques infantis.

Já o uso da tornozeleira eletrônica passará a ser obrigatório na saída temporária e na prisão domiciliar, independentemente do crime cometido.

Atualmente, a Lei de Crimes Hediondos considera assim, dentre os crimes sexuais contra crianças e adolescentes, apenas o estupro de vulnerável e o favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável.

Piso da enfermagem

Após a suspensão, pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), da lei do piso da enfermagem (Lei 14.434/22), a Câmara pode analisar o Projeto de Lei Complementar (PLP) 44/22, do Senado, que prorroga para 2023 a liberação de recursos dos fundos estaduais e municipais de saúde e assistência social.

O argumento do ministro, autor da decisão, foi que a criação do piso sem uma fonte de recursos garantida levaria a demissões no setor e colocaria em risco a prestação de serviços de saúde.

Conforme o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o incremento financeiro necessário ao cumprimento dos pisos será de R$ 4,4 bilhões ao ano para os municípios, de R$ 1,3 bilhão ao ano para os estados e de R$ 53 milhões ao ano para a União. Já a Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB) indicou incremento de R$ 6,3 bilhões ao ano.

O projeto autoriza a transposição de saldos financeiros ociosos dos fundos para o combate à pandemia de Covid-19. Com essa atualização, o dinheiro poderá ser usado na saúde e na assistência social para finalidades diferentes das originais.

Na avaliação do senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator da proposta no Senado e também do Orçamento de 2023, o projeto ajuda a liberar cerca de R$ 4 bilhões para estados, Distrito Federal e municípios.

Créditos de bancos

Entre as medidas provisórias em pauta está a MP 1128/22, que muda as regras para as instituições financeiras deduzirem as perdas com o não recebimento de créditos (os créditos não liquidados pelos clientes). As novas normas valerão a partir de 1º de janeiro de 2025.

Desta data em diante os bancos poderão deduzir, na determinação do lucro real e da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), as perdas com créditos não pagos se o atraso for superior a 90 dias e também com créditos devidos por pessoa jurídica em processo falimentar ou em recuperação judicial.

Energia do Nordeste

Outra matéria pautada é o Projeto de Decreto Legislativo 365/22, do deputado Danilo Forte (União-CE), que suspende duas resoluções da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) sobre tarifas de uso do sistema de transmissão (Tust) e de uso do sistema de distribuição.

Segundo o deputado, a mudança do cálculo dessas tarifas pela Aneel vai prejudicar as usinas geradoras de energia do Norte e do Nordeste, principalmente as eólicas.

As resoluções estabelecem uma transição até 2028 para que os geradores dessas regiões paguem mais para usar as linhas de transmissão a fim de escoar a energia elétrica produzida.

A Aneel pretende aplicar a nova metodologia no ciclo tarifário 2023/2024, no qual 90% do cálculo seguirá a contabilização de custos anterior e 10% seguirá o cálculo novo, que leva em conta a proximidade do consumo da energia em relação à região onde é produzida. A cada ciclo tarifário percentual, será aumentado de 10 pontos até os geradores pagarem a tarifa cheia pelo novo cálculo.

Para o autor do projeto, a mudança encarece os custos das geradoras e estimula a migração de investimento do Norte e do Nordeste para o Sul e o Sudeste do País.

*Da Agência Câmara de Notícias

 

Para colher informações, reclamações e sugestões da sociedade civil, além de oportunizar ao município de Olinda a apresentação das providências já adotadas para o cumprimento integral da legislação relativa ao sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente vítima ou testemunha de violência, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE), através da 1ª Promotoria de Justiça Cível de Defesa da Cidadania de Olinda, convoca audiência pública sobre o tema, no dia 16 de maio, às 9h, no Auditório da sede das Promotorias de Justiça de Olinda, localizado na Av. Pan Nordestina, 646, Vila Popular.

A discussão tem como objetivo coletar dados e informações sobre a instituição e implementação, na rede de proteção de Olinda, das políticas de proteção a crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência, nos termos do Decreto 9603/2018 e Lei 13.431/2017. 

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Segundo a promotora de Justiça Aline Arroxelas Galvão de Lima, no texto da convocação, “até o presente momento, a gestão Municipal não vem adotando as providências para a instituição e implementação das referidas políticas de proteção no âmbito da rede municipal, e que o Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente (Comdaco) ainda não estabeleceu parâmetros mínimos para a atuação intersetorial prevista na referida legislação, mesmo decorridos cinco anos desde a aprovação da Lei n. 13.431/2017, e esgotado o prazo previsto no Decreto n. 9.603/2018”.

Serviço: 

Audiência Pública para coletar dados e informações sobre a instituição e implementação, na rede de proteção de Olinda, das políticas de proteção a crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência, nos termos do Decreto 9603/2018 e Lei 13.431/2017.

Dia: 16/05

Hora: 9h

Local: Auditório da sede das Promotorias de Justiça de Olinda, localizado na Av. Pan Nordestina, 646, Vila Popular.

A Polícia Civil de Pernambuco informou que a Operação Acalanto, realizada em todo o Brasil pelo Ministério da Justiça, resultou na prisão de 96 pessoas que estariam envolvidas em crimes de violência contra crianças e adolescentes. A ação do Estado integra uma operação inédita, iniciara em 4 de junho.

Durante a operação em Pernambuco, além das 96 prisões, houve 20 mandados de prisão, 30 mandados de busca de menor, 10 de busca domiciliar e a solicitação de 101 medidas protetivas.

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Quase 90% dos casos de violência sexual contra crianças e adolescentes ocorrem dentro de casa, de acordo com dados da Ouvidoria Nacional do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) divulgados nesta semana.

De janeiro a abril deste ano, o órgão recebeu, por meio do Disque 100, 4.736 denúncias de exploração sexual de crianças e adolescentes no país. O número representa uma queda de 19% na comparação com o mesmo período de 2018, quando houve o registro de 5.827 casos.

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No decorrer do ano passado, o ministério registrou 17.093 denúncias de violência sexual contra essa parcela da população. Desse total, 13.418 denúncias eram sobre abuso, enquanto 3.675 eram referentes a casos de exploração sexual. As meninas são as maiores vítimas de abuso (73,44%) e o pai, padrasto ou mãe da criança são os agressores em 70% dos casos.

Neste sábado (18) é Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infantil. O Instituto Childhood Brasil listou 10 sinais que ajudam a identificar possíveis crimes desse tipo:

1. Mudanças de comportamento

O primeiro sinal é uma possível mudança no padrão de comportamento da criança, como alterações de humor entre retraimento e extroversão, agressividade repentina, vergonha excessiva, medo ou pânico. Essa alteração costuma ocorrer de maneira imediata e inesperada. Em algumas situações a mudança de comportamento é em relação a uma pessoa ou a uma atividade em específico.

2. Proximidades excessivas

A violência costuma ser praticada por pessoas da família ou próximas da família na maioria dos casos. O abusador muitas vezes manipula emocionalmente a criança, que não percebe estar sendo vítima e, com isso, costuma ganhar a confiança fazendo com que ela se cale.

3. Comportamentos infantis repentinos

É importante observar as características de relacionamento social da criança. Se o jovem voltar a ter comportamentos infantis, os quais já abandonou anteriormente, é um indicativo de que algo esteja errado. A criança e o adolescente sempre avisam, mas na maioria das vezes não de forma verbal.

4. Silêncio predominante

Para manter a vítima em silêncio, o abusador costuma fazer ameaças de violência física e mental, além de chantagens. É normal também que usem presentes, dinheiro ou outro tipo de material para construir uma boa relação com a vítima. É essencial explicar à criança que nenhum adulto ou criança mais velha deve manter segredos com ela que não possam ser compartilhados com pessoas de confiança, como o pai e a mãe, por exemplo.

5. Mudanças de hábito súbitas

Uma criança vítima de violência, abuso ou exploração também apresenta alterações de hábito repentinas. O sono, falta de concentração, aparência descuidada, entre outros, são indicativos de que algo está errado.

6. Comportamentos sexuais

Crianças que apresentam um interesse por questões sexuais ou que façam brincadeiras de cunho sexual e usam palavras ou desenhos que se referem às partes íntimas podem estar indicando uma situação de abuso.

7. Traumatismos físicos

Os vestígios mais óbvios de violência sexual em menores de idade são questões físicas como marcas de agressão, doenças sexualmente transmissíveis e gravidez. Essas são as principais manifestações que podem ser usadas como provas à Justiça.

8. Enfermidades psicossomáticas

Unidas aos traumatismos físicos, enfermidades psicossomáticas também podem ser sinais de abuso. São problemas de saúde, sem aparente causa clínica, como dor de cabeça, erupções na pele, vômitos e dificuldades digestivas, que na realidade têm fundo psicológico e emocional.

9. Negligência

Muitas vezes, o abuso sexual vem acompanhado de outros tipos de maus tratos que a vítima sofre em casa, como a negligência. Uma criança que passa horas sem supervisão ou que não tem o apoio emocional da família estará em situação de maior vulnerabilidade.

10. Frequência escolar

Observar queda injustificada na frequência escolar ou baixo rendimento causado por dificuldade de concentração e aprendizagem. Outro ponto a estar atento é a pouca participação em atividades escolares e a tendência de isolamento social.

Aproximadamente 9 mil crianças e adolescentes morreram por ano, entre 1997 e 2016, vítimas de homicídios no Brasil, de acordo com o levantamento realizado pela Fundação Abrinq, com base em dados do Sistema de Informações Sobre Mortalidade (SIM).

Somente em 2016 foram registrados 11,6 mil homicídios de crianças e adolescentes no país. Na análise somente do número de mortes por arma de fogo, o aumento é de 113,7%, de 4,2 mil em 1997 para 9,1 mil em 2016.

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Na região sudeste, Rio de Janeiro e Espírito Santo são os estados com maior incidência e tendência de crescimento no número de homicídios de menores de idade. Nas demais regiões, o levantamento identificou a mesma tendência de aumento no Pará e Pernambuco. Já o Ceará e Distrito Federal apresentam tendências de queda no índice de homicídios.

Os dados ainda apontam que o homicídio de crianças e adolescentes é maior entre a população negra (preta ou parda). Em todo o país, o número de mortes de menores de idade negros em 2016 foi de 76,6% enquanto a taxa entre os brancos foi de 19,1%. A maior diferença observada foi no Pará, com taxa de 92,8% entre os negros e de 5,7% entre os brancos.

O estado de São Paulo registrou um aumento de 29% no número de denúncias de violação sexual infantil, com 2.975 denúncias realizadas, por meio do Disque 100, em 2017.

De acordo com o governo estadual, o número de casos de violência sexual infantil não é o mesmo que o número de denúncias, porque cada ligação pode ter mais de uma vítima atingida ou até mais de um tipo de crime envolvido. No ano passado, foram registrados 3.332 casos, sendo que os principais foram de abuso sexual (2.534), exploração sexual (588) e pornografia envolvendo crianças e adolescentes (51).

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O governo paulista informou que todo o estado conta com 283 Centros de Referência Especializados em Assistência Social (CREAS), que oferecem orientação e acompanhamento a vítimas e familiares em situação de ameaça ou violação de direitos.

O secretário estadual de Desenvolvimento Social, Gilberto Nascimento, afirma que é preciso que as informações da rede de amparo sejam disseminadas, para que as autoridades possam proteger as crianças e adolescentes. “Pedimos a colaboração da população para que denuncie este crime. O receio em denunciar os casos permite que abusadores continuem impunes”, destaca.

A Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social (SEDS) alerta que para denunciar qualquer caso de violação infantil, as pessoas podem ligar gratuitamente para os telefones: 100 ou 181.

Conforme dados disponíveis no site do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) atualmente, no Brasil, são 4.760 crianças e adolescentes disponíveis para adoção nas casas de acolhimento e 37.019 pretendentes no Cadastro Nacional de Adoção (CNA). Só em Pernambuco, são 204 crianças e adolescentes para 942 pretendentes cadastrados. 

Ao se inscreverem no CNA, os candidatos devem selecionar os perfis exigidos. No site do CNJ, consta que 92% dos cadastrados aceitam crianças da raça branca, e 77% aceitam crianças da raça parda. 48% dos pretendentes aceitam crianças negras, 51%, crianças da raça amarela, e 47%, da raça indígena. 

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De acordo com a secretária executiva da Comissão Especial Judiciária Do Estado De Pernambuco (Ceja-PE) e juíza da 1ª Vara da Infância e Juventude do Recife, Hélia Viegas, a incompatibilidade nos números se deve aos perfis exigidos pelos candidatos, que não correspondem às crianças disponíveis para serem adotadas. “Nas casas de acolhimento, a maioria das crianças são pardas e negras”. A juíza diz que houve muito avanço, mas ainda hoje, “as que restam são as crianças que não refletem o perfil”. 

A psicóloga Suzana Schettini, presidenta da Associação Nacional de Grupos de Apoio à Adoção (Angaad), lembra o artigo 16 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). “Todas as crianças e todos os adolescentes têm direito a participar da vida familiar e comunitária, sem discriminação”. 

A Associação foi criada por pais adotivos em 1995, sem fins lucrativos, com o objetivo de promover e fortalecer a cultura de adoção no país. Desde então, vem desenvolvendo ações que procuram preparar adotantes, acompanhar os pais na integração familiar e conscientizar sobre o ato, que, segundo a presidenta, ainda é revestido de mitos e preconceitos. São grupos espalhados por todas as regiões do país que trabalham na busca de famílias para adoção de crianças fora do perfil comumente desejado. 

Suzana explica que a adoção se trata de um caminho diferente, e existem muitas nuances no processo cultural. “Tem pessoas que ainda nem estão preparadas para adotar, como se o filho não fosse dela”, diz, e garante que a relação de amor e carinho pode ser desenvolvida com crianças adotivas da mesma forma que é com um filho biológico. Ela esclarece que “adotar já é um caminho diferente. Adotar uma criança de cor diferente da sua é um caminho mais diferente ainda. Causa estranhamento e curiosidade nas outras pessoas. E isso não se aplica só à questão racial, como também é muito claro, por exemplo, com crianças e adolescentes que tem alguma deficiência”.

Ela conta que muito já foi feito para aumentar a diversidade no perfil exigido pelos adotantes e que a situação deve ser vista de maneira positiva. “Eu trabalho nisso há 18 anos, e quando entrei na Associação, todo mundo só queria crianças de até seis meses de idade”, conta. Para ela, os dados atuais já representam uma vitória. “Ainda existe um longo caminho a ser percorrido, mas, há 20 anos, não estávamos nem perto de 50% dos pretendentes aceitando crianças de qualquer raça”. 

O trabalho de conscientização é feito respeitando os limites pessoais de cada um, de acordo com a explicação de Suzana. “Ninguém pode forçar uma pessoa a adotar uma criança que não quer”. Ela ressalta que não se trata de um ato de caridade, mas da construção de uma família, e que no Brasil ainda existe um longo caminho, diante do panorama social do país.  

Está previsto no ECA que garantir os direitos da crianças e adolescentes é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público. Cada um desempenha o seu papel através de programas de conscientização e suporte nas instituições por todo o país. Em Pernambuco, por exemplo, existe o Projeto Família, aprovado pelo Tribunal de Justiça em novembro de 2016, que divulga fotos e histórias de crianças e adolescentes disponíveis na página do Facebook do Ceja-PE, para conscientizar os adotantes sobre a diversidade nos lares adotivos. Já foram realizadas quatro adoções no estado desde que o projeto entrou em vigor. A esperança é que, com programas como esse, as 4.760 crianças e adolescentes brasileiras encontrem um lar.

Conforme dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Pernambuco está entre os cinco estados que mais promoveram adoções em 2016, ao lado do Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. No Brasil, 1.226 crianças e adolescentes foram adotados, das quais 103 só em Pernambuco. Os registros aconteceram através do Cadastro Nacional de Adoção (CNA), ferramenta digital que auxilia as Varas da Infância e da Juventude na condução dos processos. 

Segundo a secretária executiva da Comissão Estadual Judiciária de Adoção do Estado de Pernambuco (Ceja-PE) e juíza da 1ª Vara da Infância e Juventude de Recife, Hélia Viegas, o resultado positivo se deve às iniciativas que buscam agilizar a adoção, como o Projeto de Prevenção à Institucionalização Prolongada, responsável por acompanhar os processos das crianças que vivem em casas de acolhimento e o Projeto Família, que faz a busca ativa de pretendentes para adoção nacional ou internacional das crianças e adolescentes.

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Atualmente, 7.158 crianças e 38 mil pessoas interessadas na adoção estão cadastradas no CNA. A principal razão apontada para a lista ainda não ter se transformado em 7.158 processos de adoção está na incompatibilidade no perfil exigido pelos adotantes com as crianças que estão disponíveis. De acordo com a juíza Hélia, “a minoria das crianças está no perfil idealizado, ou seja, branca e menor de quatro anos”. 

Com informações da assessoria

No Dia Nacional de Prevenção de Acidentes com Crianças e Adolescentes, celebrado neste sábado (30), especialistas alertam que 90% desses casos que resultam em morte e internação poderiam ser evitados com atitudes simples. A Rede Primeira Infância e a organização não governamental (ONG) Criança Segura lançaram um relatório sobre prevenção de acidentes na primeira infância (até 9 anos), levando em conta dados de 2012 do Datasus.

Principal causa de morte com crianças a partir de 1 ano de idade no Brasil, os acidentes nessa faixa etária foram responsáveis por 3.142 mortes e mais de 75 mil hospitalizações de meninos e meninas, naquele ano. Os acidentes de trânsito, que incluem atropelamentos e atingem passageiros de veículos, motos e bicicletas, representaram 33% das mortes, seguidos de afogamento (23%) sufocamento (23%), queimaduras (7%) e quedas (6%). Os atendimentos em hospitais passam a contar a partir de 24 horas de internação, ou seja, não são típicos de prontos-socorros.

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“Existem políticas públicas que podem ser estabelecidas para prevenção, uso de produtos mais seguros e treinamento em primeiros-socorros, por exemplo, mas é uma situação que só pode ser revertida por cada um, adequando os ambientes das casas, usando a cadeirinha, brincando em espaços seguros”, destaca a coordenadora nacional da ONG Criança Segura, Alessandra Françoia. “São atitudes simples, mas que precisam fazer parte do dia a dia.”

Para a médica Renata Dejtiar Waksman, do Departamento de Segurança da Criança e do Adolescente da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), todos os atores sociais são responsáveis pelas crianças, e o trabalho de prevenção tem que começar já no consultório do obstetra, com a chamada prevenção primária.

“As pessoas subestimam a criança, acham que ela não consegue fazer as coisas, não consegue colocar o dedo na tomada, não consegue rolar da cama, acham que ela não é capaz disso. Falta conhecimento das características e habilidades das crianças, além da falta de supervisão e a distração dos cuidadores”, ressalta Renata.

Análises feitas com base no estudo mostram que alguns elementos estão ligados ao aumento da exposição das crianças aos riscos de acidentes. Entre eles, está a falta de informação, de infraestrutura adequada, de espaços de lazer, creches e escolas e de políticas públicas direcionadas à prevenção. Fatores como a pobreza, o fato de a mãe ser solteira e jovem e ter baixo nível de educação e as habitações precárias, além das famílias numerosas, também estão associados aos riscos de acidentes.

A pediatra Renata Waksman diz que é preciso encarar o problema como uma epidemia. “Acidentes podem ocorrer em todos os níveis sociais. Aquela criança que tem acesso direto à rua corre risco, mas a outra, que mora em um condomínio, pode ser atropelada na porta da garagem. Infelizmente, [o risco de acidente] está se tornando uma situação muito democrática”.

O relatório mostra ainda que, a cada morte, mais quatro crianças ficam com sequelas permanentes, capazes de gerar consequências emocionais, sociais e financeiras na família e na sociedade. De acordo com o governo brasileiro, cerca de R$ 70 milhões são gastos na rede do Sistema Único de Saúde (SUS) com o atendimento de crianças que sofreram acidentes.

“O queimado é um paciente caríssimo, por exemplo. Precisa de muito tempo de internação, várias cirurgias reparadoras e estéticas. Os custos social e econômico são muito grandes, sem contar o custo emocional para as famílias”, enfatiza a presidenta do Departamento de Segurança da Criança e do Adolescente da SBP, Marislaine Lumena.

Para ela, os acidentes com crianças são um grave problema de saúde pública. “A criança é curiosa, não tem noção do perigo, ela explora os ambientes e se expõe ao risco. Além da mudança de comportamento e das medidas educativas e legislativas, é preciso mais fiscalização das leis”, recomenda. Marislaine cita como exemplo o álcool líquido e os andadores infantis, que tiveram a venda proibida, mas que, segundo ela, continuam sendo comercializados livremente.

Veja abaixo dicas de como diminuir os riscos no dia a dia:

Na Rua

- Ensine a criança a respeitar os sinais de trânsito, atravessar a rua na faixa de pedestres e olhando para os dois lados.

- Menores de 10 anos não devem atravessar a rua sozinhos. É importante segurar os pequenos pelo pulso.

- Entradas de garagens, quintais sem cerca ou estacionamentos não são seguros para brincadeiras.

No Trânsito

- Crianças com menos de 10 anos devem sentar no banco de trás do carro. Até os 7 anos, é importante usar cadeirinhas de segurança adequadas à idade e ao peso da criança. Sempre usar cinto de segurança.

- Não deixe a criança sozinha no carro, mesmo que o vidro esteja entreaberto.

- Ao contratar transporte escolar, busque referências e verifique a documentação do veículo e do motorista.

Nas Áreas de Lazer

- Escadas, sacadas e lajes não são lugares para brincar.

- No parquinho, verifique se os equipamentos são apropriados à idade da criança e fique atento a perigos como ferrugem, pregos expostos e superfícies instáveis.

- O piso deve absorver o impacto e ser de como grama, emborrachado ou areia.

- Ensine regras de comportamento, como não empurrar, nem se amontoar.

- Empinar pipa só em lugares abertos, longe de fios elétricos e trânsito.

- Ensine a criança a usar capacete quando estiver de bicicleta, skate ou patins

- Conheça as plantas de sua casa e remova as venenosas.

Na Piscina

- As crianças devem sempre ser supervisionadas por um adulto quando estiverem próximas de água.

- Instale cercas de isolamento na piscina com, no mínimo, 1,5m de altura, cadeados e travas.

- Evite brinquedos e outros atrativos próximos a piscinas e reservatórios de água.

- Boias e outros equipamentos infláveis passam uma falsa sensação de segurança. O ideal é que a criança use sempre um colete salva-vidas em embarcações ou na prática de esportes aquáticos.

- Ensine a criança a não brincar de empurrar, dar “caldo” dentro d'água ou simular que está se afogando.

Em Casa

Quarto

- Crianças com menos de 6 anos não devem dormir em beliches. Se não houver escolha, coloque grades de proteção nas laterais.

- Nunca deixe um bebê sozinho em mesas, camas ou outros móveis, mesmo que seja por pouco tempo.

- As grades de proteção do berço devem estar fixas. O vão entre as grades não deve ter mais que 6 cm de distância.

- Remova do berço todos os brinquedos, travesseiros e objetos macios quando o bebê estiver dormindo.

- Certifique-se de que os brinquedos da criança são atóxicos e indicados à idade dela. Compre produtos com o selo do Inmetro.

- Inspecione os brinquedos regularmente em busca de danos.

- Brinquedos com correntes, tiras e cordas com mais de 15cm devem ser evitados.

- Fique atento ao recall de brinquedos com problemas ou defeitos.

- Deixe o chão livre de objetos pequenos como botões, bolas de gude, moedas e tachinhas.

Sala

- Instale grades ou redes de proteção nas janelas, sacadas e mezaninos. As redes devem ter espaços de no máximo 6cm.

- Use portões de segurança no topo e na base das escadas e, caso sejam abertas, instale redes de proteção.

- As tomadas devem estar protegidas por tampas apropriadas, esparadrapo, fita isolante ou mesmo cobertas por móveis.

- Mantenha camas, armários e outros móveis longe das janelas e cortinas e verifique se estão estáveis.

- Cuidado com as quinas dos móveis.

Cozinha

- Corte os alimentos em pedaços bem pequenos na hora de alimentar a criança.

- Não deixe fósforos, isqueiros e outras fontes de energia ao alcance dos pequenos.

- Mantenha a criança longe da cozinha e do fogão, principalmente durante o preparo das refeições.

- Cozinhe nas bocas de trás do fogão e sempre com os cabos das panelas virados para trás.

- Evite carregar as crianças no colo enquanto mexe em panelas no fogão ou manipula líquidos quentes.

- Não use toalhas de mesa compridas.

Banheiro

- Cuidado com pisos escorregadios, coloque antiderrapante nos tapetes.

- Conserve a tampa do vaso sanitário fechada ou lacrada com dispositivo de segurança ou mantenha a porta do banheiro trancada.

- Nunca deixa a criança sozinha na banheira.

- Saiba quais produtos domésticos são tóxicos. Produtos comuns, como enxaguantes bucais, podem ser nocivos se a criança engolir em grande quantidade.

- Mantenha medicamentos trancados e nunca se refira a eles como 'doce'. Isto pode levar a criança a pensar que não é perigoso ou que é agradável de comer.

Área de Serviço

- Não deixe as crianças por perto quando estiver passando roupa, nem largue o ferro elétrico ligado sem vigilância.

- Mantenha cisternas, tonéis, poços e outros reservatórios domésticos trancados ou com proteção.

- Deixe os baldes com água no alto, longe do alcance das crianças, esvazie todos após o uso e guarde-os virados para baixo.

- Guarde todos os produtos de higiene e limpeza trancados, fora da vista e do alcance das crianças.

- Nunca deixe sacos plásticos ao alcance das crianças.

Fonte: Criança Segura Brasil

Serão intensificadas em abril as ações do projeto Turismo Protetor, que visa combater ações contra a exploração sexual no turismo. Durante todo o mês, são feitas palestras de sensibilização nas cidades de Toritama (1°), Ipojuca (7), Igarassu (8) e Araripina (17).

A campanha envolve municípios das 14 regiões do Estado e inclui também o arquipélago de Fernando de Noronha. Entre os temas relatados nas sessões, estão o conceito de exploração sexual e suas consequências, o perfil dos jovens envolvidos, formas de prevenção e o fortalecimento de redes de proteção, que defendam os direitos das crianças e adolescentes, garantindo um turismo de respeito à cultura, patrimônio histórico e às pessoas.

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Todos os encontros são gratuitos e passaram pelas cidades de Recife, Olinda, Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe, Petrolândia, Bezerros, Jaboatão dos Guararapes, Gravatá, Petrolina, Pesqueira, Tamandaré, Triunfo, Serra Talhada, Garanhuns, Arcoverde, Cabo de Santo Agostinho e Nazaré da Mata. 

Com informações da assessoria

Com o objetivo de ajudar os profissionais da educação a identificar os sinais de abuso e exploração sexual em crianças e adolescentes, o Guia Escolar – Rede de Proteção à Infância começou a ser distribuído, nessa quarta-feira (26). Receberão o material professores, coordenadores pedagógicos, diretores e servidores das escolas públicas da educação básica do Distrito Federal. 

O Guia foi entregue em 30 escolas públicas da cidade de Brazlândia, mas deve ser encaminhado para as demais unidades da rede distrital. Além do Guia Escolar, a Secretaria da Criança disponibilizará cursos para capacitar os profissionais da educação ainda este ano, com o objetivo de orientá-los quanto ao tratamento de proteção à criança. 

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Elaborado pelas secretarias da criança e da educação do Distrito Federal, o Guia traz os principais sinais que indicam que a criança vem sofrendo abuso e violência sexual, que podem ser desde mudanças no comportamento a oscilações no humor, o que deve chamar a atenção dos educadores. 

Dados preocupantes

Segundo dados do Centro de Referência da Criança e do Adolescente do Distrito Federal, no período de janeiro a abril de 2013, foram registradas 300 denúncias de violência contra crianças e adolescentes. Entre os tipos de violência relatados pelo centro, 72% são de negligência, 48% de violência psicológica, 39% de violência física e 23% de violência sexual. Também houve um aumento de 29,73% no número de denúncias desses casos, entre 2012 e 2013.

 

O Ministério da Saúde disponibilizou para consulta pública um novo protocolo de tratamento clínico para crianças e adolescentes infectados com o HIV. Entre as novas recomendações propostas pelo documento, está a recomendação de tratamento em recém-nascidos expostos, que deve ser feita com a substâncias Zidovudina (AZT), durante quatro semanas.

As gestantes que não receberam antirretroviral durante a gravidez devem incluir, além do AZT durante um mês, Neviparina em três doses. Já as crianças de um a cinco anos, a carga viral do tratamento deve ser superior a 100 mil cópias, equivalente à quantidade de HIV que circula no sangue, considerada alta e que sugere o progresso da doença nos pacientes infantis.

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O protocolo, com novas propostas para aperfeiçoar o atendimento e tratamento dessa população no país, ficará em consulta pública por 30 dias (até 9 de março), e será finalizado ainda neste primeiro semestre, e considera como faixa etária recém-nascidos a crianças com até 13 anos. “Os sucessos na prevenção da transmissão vertical, principal mecanismo de aquisição do HIV em pediatria, levaram a uma significativa redução dos casos novos, com estabilização nos últimos anos. Este cenário de mudanças clínicas e epidemiológicas impõe novos desafios aos profissionais envolvidos no cuidado de crianças e adolescentes com HIV/aids. O novo protocolo vem ajudar os profissionais de saúde nessa tarefa”, afirma o secretario de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa.

Atualmente, estão em tratamento para AIDS cerca de 10 mil crianças e adolescentes, e as recomendações são feitas desde a década de 1990, todas baseadas em evidências científicas vigentes, e atualizadas com informações sobre avanços ocorridos. “Questões como o aumento da sobrevida e a redução da frequência de infecções oportunistas fazem com que cresçam em importância os aspectos ligados à promoção da saúde integral e da qualidade de vida, notadamente na adolescência e na juventude, daí a importância do novo protocolo atualizando as recomendações”, explica o diretor do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Fábio Mesquita.

O novo protocolo define com maior clareza a primeira linha de terapia antirretroviral TARV e amplia as recomendações sobre diagnóstico, manejo da falha terapêutica, adesão, revelação diagnóstica, toxicidade, coinfecções, infecções oportunistas e abordagem aos adolescentes. O texto completo da proposta do novo está disponível no site. A validação das proposições recebidas e elaboração da versão final consolidada do protocolo será coordenada pelo Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, que deve finalizar o documento ainda neste primeiro semestre.

Com informações da assessoria

Foi lançando nesta terça-feira (10), o Programa Vida Nova no Instituto Social e Educacional de Artes e Ofício Dom Hélder Câmara, em Paulista. A ação tem a proposta de atender jovens vítimas de violência sexual, trabalho infantil ou moradores de rua. De acordo com a Prefeitura, cerca de 100 crianças e adolescentes, de sete a 17 anos, em situação de vulnerabilidade social, serão atendidos pelo projeto.

As atividades serão realizadas no local onde aconteceu o lançamento, no bairro do Janga, e na Associação Santa Clara, em Maranguape I. Ambas as instituições firmaram parceria com a prefeitura e recebem, especificamente para o Programa, serviços de profissionais de assistência social do município. 

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Os estudantes do projeto Vida Nova serão integrados a atividades relacionadas aos direitos humanos, sexualidade, drogas, meio ambiente, cultura, entre outros temas. Segundo a Secretaria de Políticas Sociais, Esportes e Juventude do Paulista, os profissionais irão repassar os conteúdos através do método de aulas expositivas, oficinas e excursões que integrem o espaço público do município no aprendizado. 

Com informações da assessoria

Está funcionando na Faculdade de Odontologia da Universidade de Pernambuco (Fop/UPE), localizada em Camaragibe, Região Metropolitana do Recife (RMR) a Clínica de Atenção Básica Infantil. Os atendimentos odontológicos, que são gratuitos, irão beneficiar crianças e adolescentes de baixa renda.

O espaço recebeu novos equipamentos odontológicos e aparelhos de raios-X. Atualmente, 25 pacientes por turno são beneficiados com consultas e procedimentos, como: tratamentos de cárie, de canal e de doenças da gengiva, diagnóstico e tratamento de deformidades dentofaciais, exodontias, além de pequenas cirurgias.

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O diretor da unidade, Belmiro Vasconcelos, ressaltou que além de beneficiar os pacientes, a iniciativa colabora com ensino dos alunos já que permite a integração de conhecimentos de odontopediatria e ortodontia. “Esse investimento contribui para um melhor aprendizado, atendimento e satisfação no trabalho”.

Para ser atendido é necessário marcar a consulta no setor de agendamento da unidade. O atendimento é feito às segundas-feiras pela manhã e a tarde; terça à tarde; e na quinta pela manhã. Outras informações: (81) 3184-7661.

As crianças e adolescentes que tem deformidades congênitas nas mãos terão atendimento gratuito no Instituto SOS Mão Criança. A entidade não possui fins lucrativos e atenderá os pacientes de baixa renda, com idade de 0 a 17 anos. As sequelas são de acidentes ou paralisia do plexo braquial. A ação faz parta da 19ª Missão Humanitária.

Poucos médicos realizam este tipo de atendimento no Brasil e a paralisia do plexo braquial, atinge até 30% das crianças da entidade. “A paralisia do plexo braquial é uma lesão nervosa provocada por complicações na hora do parto. A cada ano surgem 150 novos casos só em Pernambuco”, afirma Mauri Cortez, um dos diretores do SOS Mão Criança.

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Os casos serão avaliados um a um nos dias 19, 26 e 2 de novembro. Isto para quem já tiver feito o agendamento prévio pelo telefone. As cirurgias serão realizadas nos dias 2, 3 e 4 de novembro com Philipe Valenti e Jean Kani, médicos franceses, no hospital SOS Mão Recife. O suporte pós-operatório também é realizado através do SOS Mão Criança, com tratamentos de fisioterapia e curativos, tudo gratuitamente.

Serviços

Rua Joaquim de Brito, 228, Boa Vista, Recife – PE

Inscrições gratuitas: (81) 3217 2500.

http://www.institutososmaocrianca.org.br

Para quem deseja agendar uma consulta, ligar para (81) 3217.2500.

O relatório “De Olho nas Metas 2011”, do programa Todos pela Educação, aponta que 277 mil crianças e adolescentes estão fora da escola na Bahia. O programa é desenvolvido por gestores públicos, educadores, comunicadores e outros segmentos sociais que buscam fazer com que todas as crianças e jovens brasileiros tenham acesso a educação básica de qualidade até 2022. 

Segundo a pesquisa, a Bahia fica atrás apenas de São Paulo, com 607 pessoas entre quatro e 17 anos fora da escola; e Minas Gerais, com 363.981. No Brasil, o total de crianças que estão fora da escola chega a cerca de 3,8 milhões.

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Segundo o relatório elaborado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), denominado “Todas as crianças na escola em 2015”, a desigualdade social é a principal consequência para o abandono escolar.  "Os alunos oriundos de família com baixa renda ou que precisam trabalhar para ajudar no sustento são fortes candidatos a abandonar os estudos antes mesmo de chegar ao ensino médio", diz a coordenadora do programa Aprender, da Unicef no Brasil, Maria de Salete Silva.

De acordo com ela, falta estrutura até fisiológica para combinar estudo e trabalho. "Uma criança que trabalha e estuda dificilmente vai renovar a matrícula no ano seguinte, por conta do cansaço. O jovem precisa de dedicação e bem-estar físico para continuar estudando".

O relatório da Unicef aponta que entre as crianças de famílias com renda familiar per capita de até ¼ do salário mínimo, com idade superior à recomendada, a evasão escolar chega a 62,02%. Já nas famílias com renda familiar per capita superior a dois salários mínimos a taxa é de 11,52%.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF), em conjunto com colaboradores voluntários da Gerdau, realiza, neste sábado (16), uma ação de conscientização contra a exploração sexual de crianças e adolescentes, no Posto da PRF, na BR-232, em Moreno, no Grande Recife. O ato faz parte das ações do Programa na Mão Certa. Serão distribuídos panfletos das 10h às 12h.

Segundo a PRF, o objetivo da iniciativa é conscientizar os caminhoneiros que circulam pelas rodovias, fazendo com que transformem-se em agentes de proteção e contribuam para a eliminação do problema. Além da PRF, a ação conta com o apoio da Secretaria de Direitos Humanos (SDH), e da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Entre 2007 e 2011, as ações do programa sensibilizaram mais de 190 mil caminhoneiros.

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Combate - O Programa na Mão Certa é uma iniciativa da Childhood Brasil (Instituto WCF) que visa mobilizar governos, empresas e organizações do terceiro setor para o combate à exploração sexual de crianças e adolescentes nas rodovias brasileiras.

No Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, 12 de junho, o IBGE divulga números do Censo 2010, que contou 3,4 milhões de crianças e adolescentes de 10 a 17 anos trabalhando, cerca de 530 mil a menos que em 2000.

A população ocupada de 10 a 15 anos equivalia a 1,9% dos trabalhadores, 1,6 milhão de pessoas. Já na faixa de 16 ou 17 anos, caso em que o trabalho é autorizado, desde que não seja prejudicial à saúde, à segurança e à moralidade, eles eram 1,8 milhão (2,1% do total). Os adolescentes de 14 ou 15 anos só poderiam trabalhar como aprendizes. Em 2000, as crianças e adolescentes de 10 a 17 anos de idade representavam 6% das 65,6 milhões de pessoas ocupadas de 10 anos ou mais de idade.

De 2000 para 2010, o número de pessoas ocupadas de 10 a 15 anos de idade passou de 1,791 milhão, em 2000, para 1,599 milhão, em 2010, uma redução de 198 mil pessoas (10,8%). Entre os adolescentes de 16 ou 17 anos de idade, a redução foi de 336 mil, passando de 2,144 milhões para 1,807 milhão no mesmo período (15,7%).

A redução no número de crianças e adolescentes de 10 a 17 anos de idade, de 2000 para 2010, em área rural foi maior que em área urbana. Enquanto na área rural houve uma queda de 339 mil pessoas, passando de 1,395 milhão em 2000 para 1,056 milhão em 2010, na área urbana a redução foi de 190 mil, caindo de 2,541 milhões para 2,351 milhões no mesmo período.

A parcela de crianças e adolescentes ocupados do sexo masculino (2,065 milhões) manteve-se superior à feminina (1,342 milhão) em 2010. No grupo etário de 10 a 15 anos, os meninos representaram 60,3% (964 mil), ao passo que na faixa de 16 ou 17 anos, 60,9% (1,101 milhão). Em 2000, o diferencial era maior, alcançando 66,9%, na faixa de 10 a 15 anos de idade (1,199 milhão homens para 593 mil mulheres), e 64,0%, na de 16 ou 17 anos de idade (1,371 milhão de homens para 773 mulheres).

O estudo completo está disponível no site da instituição.

Confira na tabela os dados do Estado e dos municípios pernambucanos.

Brasília – Os esforços do Brasil para eliminar o trabalho infantil – que se refere às crianças e aos adolescentes de 5 a 17 anos – em pelo menos 50% nos últimos 20 anos servem como exemplo mundial a ser seguido, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Porém, as autoridades sabem que o empenho deve ser mantido, pois ainda há cerca de 4,1 milhões de crianças e adolescentes trabalhando ilegalmente no país, principalmente no Norte e Nordeste.

Para verificar os projetos desenvolvidos em parceria pelos governos federal, estaduais e municipais e pela OIT e conversar com as autoridades brasileiras, a diretora-geral do Programa Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil da organização, Constance Thomas, chega amanhã (6) ao Brasil, onde fica até o dia 13.

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A diretora visitará Salvador, Cuiabá e Brasília. NA capital federal, ela se reunirá com os ministros Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) e Tereza Campello (Desenvolvimento Social e Combate à Fome), além de integrantes do Ministério Público e do Ministério das Relações Exteriores.

O coordenador nacional do Projeto Internacional para a Eliminação do Trabalho Infantil da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Renato Mendes, disse à Agência Brasil que o fim da exploração de crianças e adolescentes está diretamente associado às políticas públicas na área social.

“A experiência desenvolvida no Brasil é modelo devido ao conjunto das ações. A eliminação do trabalho infantil depende de esforços para a execução de políticas sociais, como o Bolsa Família, o Mais Educação e outros”, disse Mendes. “Mas é necessário lembrar que o problema ainda existe e deve ser solucionado”, acrescentou ele.

Mendes disse ainda que a OIT está preocupada com a possibilidade de o trabalho infantojuvenil ser retomado em áreas que estava extinto em decorrência dos impactos da crise econômica internacional. “Nosso receio é que o trabalho infantil seja retomado em países que ele já não existia mais.”

Na semana passada, autoridades do Timor Leste estiveram no Brasil para observar os programas desenvolvidos em várias cidades. A ideia é que, no primeiro semestre de 2012, as medidas sejam implementadas no país.

No Brasil, o trabalho denominado perigoso é vetado para quem tem menos de 18 anos. Aos 14 e 15 anos, o adolescente brasileiro pode trabalhar como aprendiz. Aos 16 anos, o jovem pode ser contratado com carteira assinada e seguindo a legislação.

Edição: Juliana Andrade

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