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Em vias de sair do PSDB, o ex-governador Geraldo Alckmin deu o pontapé inicial em sua pré-campanha neste sábado (25) ao participar de um ato político ao lado do ex-governador Márcio França (PSB), do presidente da Fiesp, Paulo Skaf (MDB), e do presidente do PSD, Gilberto Kassab.

O quarteto subiu junto na tribuna da Câmara Municipal de Cajamar (SP) para selar uma aliança para as eleições estaduais de 2022.

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Pela articulação em curso, França deve voltar a ser candidato a vice de Alckmin e Skaf candidato ao Senado.

Alckmin ainda não definiu por qual partido vai concorrer ao seu 55º quinto mandato. O PSD e o partido que vai nascer da fusão PSL-DEM são as opções na mesa.

O PT argumenta que uma eventual reaproximação com o PSB tem um objetivo nacional, para endossar o palanque do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na corrida eleitoral em outubro, mas nos últimos dias tem ficado evidente que as articulações para isto estão sendo encabeçadas por lideranças pernambucanas, o que deixa intrínseca a ampliação da aliança para o Estado. Na última quinta-feira (15), o retrato disso ficou claro, quando o governador Paulo Câmara, a ex-primeira-dama Renata Campos e o filho dela, que é chefe de gabinete de Paulo, João Campos, todos do PSB, estiveram em São Paulo para um encontro com Lula. 

O gesto vai além do que oficialmente eles falaram sobre o encontro - de que o momento foi apenas de retribuição e gratidão a uma visita feita pelo petista à família Campos quando esteve no Recife, ano passado, e por declarações recentes de admiração a Eduardo e ao PSB de Pernambuco - já que admitiram ter conversado "sobre o cenário político brasileiro e a responsabilidade do PT e do PSB com o futuro do país”, segundo eles, independente de alianças eleitorais. 

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Apesar da pregação de afinidade independente de alianças, a legenda pessebista vem sendo cortejada por Lula para endossar seu palanque na disputa presidencial e, consequentemente, por Paulo Câmara para o pleito estadual. A postura tem dividido os dois partidos, já que no âmbito nacional membros do PSB defendem candidatura própria e no local, lideranças do PT querem o mesmo.

Pré-candidata a governadora pelo PT, a vereadora Marília Arraes chegou a dizer depois do encontro, em um áudio que circula nas redes sociais, que está na luta "para disputar e ganhar a eleição". Segundo ela, "o PT de Pernambuco não vai ser tábua de salvação para governo ruim". Governo este que já na avaliação do ex-prefeito do Recife, João Paulo, não precisa ser modificado para que sejam recuperadas as conquistas do povo. 

“A razão principal do PT nesta política é a eleição dele para presidente da República, então não é mudando o governo daqui [de Pernambuco] que o povo vai reaver suas perdas de emprego, salário, saúde educação”, salientou, em entrevista recente ao LeiaJá. João Paulo, inclusive, já é cotado para vice-governador na chapa. 

Do outro lado, Paulo Câmara ainda permanece pregando que é cedo para firmar alianças visando Pernambuco. “Nós estamos desde o ano passado conversando com todas as forças políticas de centro esquerda no País. Fizemos uma visita ao presidente Lula, até porque ele tinha nos visitado no ano passado e conversamos sobre o Brasil. Ainda é muito cedo para ver alianças aqui em Pernambuco, mas a gente sabe o caminho que a gente quer tomar e o caminho que a gente não vai tomar”, pontuou, na última sexta-feira (16), depois de voltar de São Paulo. 

Além de Lula também participaram daquela reunião o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e a presidente nacional do PT, a senadora Gleisi Hoffmann (PR). Os dois já se mostraram  favoráveis ao realinhamento dos partidos. Assunto que Paulo Câmara, vice-presidente nacional do PSB, já prometeu que levaria para o diretório pessebista e deve deixar o banho-maria em até maio, quando as alianças serão definidas.

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