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A capital dos Estados Unidos está aumentando a presença policial durante o 10º aniversário dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 e a ameaça de um novo ataque. A segurança foi reforçada por todo o país, após funcionários federais dizerem na quinta-feira ter recebido ameaças específicas e críveis, porém não confirmadas, sobre a possibilidade de um ataque terrorista.

Funcionários da área de segurança interna informaram que estavam investigando um plano de ataque com um carro-bomba da Al-Qaeda, voltado contra pontes ou túneis em Nova York ou Washington. Funcionários disseram que carros deixados perto de possíveis alvos serão guinchados.

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A chefe de polícia de Washington D.C., Cathy Lanier, disse que seus comandados estarão trabalhando em turnos de 12 horas nos próximos dias. Em comunicado, ela disse que o aumento temporário na carga horária é "parte de nosso plano" e que "manter um senso de imprevisibilidade é essencial para o sucesso de qualquer plano de segurança".

Em Nova York, a segurança foi reforçada nesta sexta-feira, após o alerta do dia anterior. A mídia norte-americana informou que havia uma suspeita de um plano da Al-Qaeda, talvez para vingar a morte de seu líder Osama bin Laden mais cedo neste ano.

Um funcionário da Casa Branca confirmou que Obama havia "direcionado a comunidade de contraterrorismo em resposta a esta informação crível, mas não confirmada". Não foram divulgados detalhes, porém um funcionário dos EUA disse que um carro-bomba "estava no primeiro lugar do que estamos buscando".

A ABC News citou funcionários do setor de inteligência dizendo que havia um plano potencial envolvendo três indivíduos que entraram no país por ar no mês passado, com a intenção de realizar um ataque com um veículo, no próprio 11 de setembro ou em uma data próxima. Segundo a rede, o plano foi ordenado pelo novo líder da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJ-PE) informou ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que investigações do próprio Tribunal e da Secretaria de Defesa Social (SDS) concluíram não haver ameaça à vida da juíza Fabíola Michelle Muniz Mendes, que atua no sertão pernambucano.

De acordo com a assessoria de comunicação do TJ-PE, as informações foram solicitadas pelo CNJ, que em julho concedeu liminar determinando escolta policial à magistrada.

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O TJ-PE entende que, de posse dessas informações, cabe ao CNJ decidir se mantém ou suspende a proteção policial à magistrada. O diretor jurídico da Associação dos Magistrados de Pernambuco (Amepe), Isael Nóbrega, afirmou que há 10 dias a juíza está sendo escoltada por policiais civis.

Ela diz ter sofrido ameaças - em junho - de dois policiais militares que faziam sua escolta e eram acusados de tortura em um processo que estava sob o seu encargo. A juíza prestou queixa à polícia e acionou a Amepe que, com apoio da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), encaminhou pedido de providências ao CNJ solicitando que o conselho determinasse ao TJ-PE a concessão de proteção da Polícia Civil ou da Polícia Federal à juíza.

Fabíola Michelle, que atendia a comarca de Tabira, no sertão, foi transferida para outra cidade sertaneja, São José do Belmonte, e não está mais responsável pelo julgamento do processo dos 19 PMs acusados de tortura e morte de dois agricultores em dezembro de 1998. Ela não quis se pronunciar sobre o caso.

Existem hoje no Brasil pelo menos 69 juízes ameaçados e 13 em situação de risco, segundo dados divulgados ontem pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) - 42 contam com escolta para garantir sua segurança. Mas o Judiciário está falhando na segurança dos magistrados, segundo a corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon. "Nós muitas vezes cochilamos um pouco quanto à segurança de magistrados que brigam e trabalham com assuntos muito sérios como foi o caso dessa magistrada (Patrícia). Temos uma segurança falha", reconheceu.

O CNJ considera "ameaçados" todos os que receberam algum tipo de intimidação - direta ou indireta - no decorrer de um processo. Os 13 casos de situação de risco levam em conta desde magistrados que cuidam de um grande número de processos envolvendo criminosos perigosos (mesmo que não tenham sido ameaçados) até juízes que atuam em áreas que são ou já foram de risco (fronteiras, locais em que magistrados já foram vítimas de atentados, etc).

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Ofícios

Em junho, informada sobre ameaças sofridas por juízes, Eliana Calmon enviou ofícios aos presidentes de todos os tribunais brasileiros pedindo que fossem adotadas "práticas efetivas para garantir a segurança de magistrados, em especial nas Varas Criminais e de Execução Penal". Ela também pediu aos tribunais que informassem se existiam juízes ameaçados. Dos 27 Estados, 6 não responderam ou não apresentaram informações - São Paulo, Minas, Acre, Goiás, Rondônia e Tocantins. Dos cinco Tribunais Regionais Federais, dois - o que cuida do Rio e do Espírito Santo (TRF-2) e o responsável pela Região Sul (TRF-4) - não responderam. Por isso, o número de juízes ameaçados deve ser maior.

Por enquanto, o Paraná é campeão em ameaças. De acordo com os dados, 30 magistrados são ameaçados no Estado. No Rio, 10 juízes sofreram ameaça e 13 são escoltados. Há casos de magistrados não ameaçados, mas que recebem escolta em decorrência do cargo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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