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Um prédio no Capão Redondo, na zona sul de São Paulo, corre o risco de desabar, segundo informou a Prefeitura de São Paulo na manhã desta quinta-feira, 11. A Subprefeitura de Campo Limpo recebeu um chamado referente à queda de um muro de um condomínio no Jardim Germânia, na Rua Doutor José Serra Ribeiro, 300. Imagens mostram ainda que um barranco próximo ao local cedeu durante as fortes chuvas.

"O agente vistor foi até o local e as devidas providências foram tomadas como: solicitação de desocupação do local por risco de ruína, além do pedido de interdição emitido para a área particular", afirmou ainda a Prefeitura de São Paulo.

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Segundo a Defesa Civil Estadual, devido às fortes chuvas de quarta-feira, parte do muro deste condomínio desabou. Após vistoria, foi constatado que o desabamento ocorreu em razão de uma erosão, conforme informações repassadas pela defesa civil municipal.

Uma nova vistoria será realizada no local ainda pela manhã, de acordo com o órgão estadual.

O chamado foi registrado no terceiro dia de temporal que atingiu a cidade na quarta-feira, 10. As fortes chuvas voltaram a causar enxurradas, quedas de árvore e falta de luz.

Desde o início da semana, a ocorrência de temporais tem deixado um rastro de estragos na cidade e região metropolitana. Na terça-feira, 9, um homem de 62 anos morreu eletrocutado após a queda de um fio energizado em Moema, na zona sul.

Na segunda-feira, 8, parte da estrutura de manutenção da marquise do Ibirapuera, também na zona sul, desabou e deixou quatro feridos.

O Conselho de Segurança da ONU deve votar nesta sexta-feira (22) uma resolução para aumentar o envio de ajuda à Faixa de Gaza, após as advertências de que a guerra entre Israel e Hamas arrasta a população palestina para um cenário de fome.

Também prosseguem os esforços diplomáticos para alcançar uma trégua no conflito, provocado por um ataque sem precedentes do movimento palestino Hamas contra Israel em 7 de outubro.

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Com a deterioração das condições de vida em Gaza, o Conselho de Segurança está em negociações sobre uma resolução para aumentar a entrega de ajuda.

A versão mais recente do rascunho do texto, a qual a AFP teve acesso e que deve ser votada nesta sexta-feira, pede "medidas urgentes para permitir imediatamente o acesso seguro e sem obstáculos da ajuda humanitária, e também para criar as condições para um cessar duradouro das hostilidades".

Mas não pede o fim imediato dos combates.

Com o respaldo dos Estados Unidos, Israel rejeita o termo "cessar-fogo". O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, reafirmou na quarta-feira que não acontecerá um cessar-fogo em Gaza até a "eliminação" do Hamas.

Linda Thomas-Greenfield, embaixadora americana na ONU, indicou que o país apoiará a resolução se fora "apresentada em sua versão atual".

A guerra começou em 7 de outubro, quando combatentes do Hamas invadiram o território israelense e mataram quase 1.140 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em informações divulgadas pelas autoridades israelenses.

Os milicianos do Hamas também sequestraram quase 250 pessoas.

Israel prometeu "aniquilar" o grupo islamista e iniciou uma campanha de bombardeios incessantes contra Gaza, além de uma ofensiva terrestre, com um balanço de mais de 20.000 mortos, a maioria mulheres e menores de idade, segundo o Hamas, que governa o território.

Toda a população do enclave enfrentará riscos elevados de insegurança alimentar nas próximas seis semanas, alertou um relatório da ONU.

"Durante semanas alertamos que, com esta escassez e destruição, cada dia que passa trará mais fome, doenças e desespero ao povo de Gaza", escreveu o subsecretário-geral de Assuntos Humanitários da ONU, Martin Griffiths, na rede social X.

- "Basta" -

A ONU calcula que 1,9 milhão de habitantes de Gaza foram deslocados, de uma população total de 2,4 milhões.

Muitas pessoas estão em refúgios superlotados, onde enfrentam dificuldades para obter alimentos, água, combustível e medicamentos.

"Minha mensagem é que acabem com esta humilhação", implorou Fuad Ibrahim Wadi, que está em uma estufa em Rafah. "Esta guerra não faz nada além de destruir. Basta".

Após muita pressão, Israel aceitou a abertura temporária nesta sexta-feira da passagem de fronteira de Kerem Shalom para o envio de ajuda à Faixa de Gaza, sem a necessidade de seguir até o posto de Rafah, na fronteira com o Egito.

Porém, o porta-voz do secretário-geral da ONU, Stephane Dujarric, afirmou que a agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA) "não pode receber caminhões" de ajuda em Kerem Shalom após um "ataque de drones". Também disse que o Programa Mundial de Alimentos (PMA) suspendeu as operações.

O presidente israelense, Isaac Herzog, havia anunciado que o país permitira a entrada de até "400 caminhões por dia" com ajuda.

Diplomatas apelam por mais ajuda para o território.

O ministro britânico das Relações Exteriores, David Cameron, declarou no Egito: "Tudo que pode ser feito deve ser feito para que a ajuda entre em Gaza".

O presidente francês, Emmanuel Macron, conversou na quinta-feira na Jordânia com o rei Abdullah II sobre medidas para acelerar a entrega de assistência humanitária.

- Pressão -

Israel acusa o Hamas de usar escolas, mesquitas, hospitais e uma extensa rede de túneis como bases militares, o que o grupo islamista nega.

O porta-voz militar Daniel Hagari declarou na quinta-feira que as forças israelenses mataram mais de 2.000 combatentes palestinos desde o fim da trégua de uma semana, em 1º de dezembro.

Um balanço divulgado no site do Exército israelense informa que 139 soldados desde o início da ofensiva terrestre em Gaza, em 27 de outubro.

Um bombardeio israelense contra uma casa em Rafah matou cinco pessoas nesta sexta-feira, informou o Ministério da Saúde do Hamas.

Israel enfrenta uma pressão cada vez maior dos aliados para proteger os civis.

Segundo juristas consultados pela AFP, as duas partes do conflito podem ser acusadas de crimes de guerra.

- Distantes -

O Catar, com o apoio do Egito e dos Estados Unidos, atuou como mediador no acordo de trégua de novembro que permitiu a libertação de 105 reféns, 80 deles israelenses, em troca de 240 prisioneiros palestinos.

Esta semana aumentou a esperança de que Israel e o Hamas estariam mais próximos de uma nova trégua para libertar os restantes 129 reféns, depois que o líder do movimento islamista visitou o Egito e representantes do governo israelense participaram em negociações na Europa.

As posições públicas de Israel e do Hamas, no entanto, permanecem distantes.

O braço militar do Hamas afirmou na quinta-feira que o objetivo israelense de eliminar o movimento está "condenado ao fracasso" e que novas libertações de reféns dependem do "fim das hostilidades".

A guerra também afeta outras regiões do Oriente Médio, com incidentes frequentes na fronteira de Israel com o Líbano e lançamentos de mísseis dos rebeldes huthis no Iêmen contra navios de carga no Mar Vermelho.

burs-qan/cwl/mas/es/fp

Entre os moradores que enfrentam transtornos com a falta de energia na capital paulista nesta segunda-feira, 6, estão pacientes que dependem de aparelhos ligados à rede de energia elétrica para continuar o tratamento médico.

Cerca de 500 mil endereços ainda estão sem luz na cidade de São Paulo e na região metropolitana. A Enel Distribuição São Paulo informa que restabeleceu a energia para mais de 76% dos clientes que tiveram o fornecimento impactado após o vendaval da última sexta-feira.

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Um dos pacientes é Pedro Ducati Lima, de 12 anos e que mora na Vila Invernada, zona leste da capital. Por causa da atrofia Muscular Espinhal (AME) tipo 1, sua casa tem uma UTI domiciliar. Ele não respira, não engole e não se mexe sozinho, mas as funções cognitivas estão preservadas.

Por isso, o menino precisa de ventilação mecânica para respiração, do aspirador de secreção pulmonar e uma bomba de infusão para se alimentar, além de um colchão pneumático para evitar escaras. Também faz parte do cuidado permanente um aparelho para fisioterapia respiratória. "Quando perdemos a energia elétrica, nós perdemos tudo isso", conta Cristiane Graziela Ducati, de 49 anos.

A saída foi deslocar o paciente para a casa da mãe, no bairro da Vila Diva, também na zona leste ou simplesmente levar os aparelhos para serem recarregados lá emergencialmente. Outra preocupação era recarregar os aparelhos celulares para continuar em contato com a Enel. "Além de todo esse transtorno, nós tivemos o desgaste emocional. Ficamos muito preocupados. E se faltar energia na casa da minha mãe?", questiona.

Sem o tratamento adequado, Grazi conta que Pedro já está com pequenas sequelas, como o aumento da secreção pulmonar que não foi aspirada de forma correta.

Questionada sobre o retorno da energia na zona leste, a Enel Distribuição São Paulo não informa quais bairros permanecem sem energia, mas confirmou que são 500 mil moradores sem energia.

Outro paciente com tratamento comprometido é William Ferreira de Oliveira, de 29 anos. O rapaz vive com mucopolissacaridose (MPS III-A), doença rara genética causada pela falta de um tipo de enzima e que leva à regressão neurológica.

William utiliza BiPAB, aparelho eletrônico que funciona como um respirador artificial. O drama foi relatado pela mãe Patrícia Ferreira, nas redes sociais durante o final de semana. O abastecimento de energia em sua região, no Jardim Santa Margarida, região da zona sul de São Paulo, já foi normalizado.

A mãe conta que precisou recarregar o aparelho em algumas casas de vizinhos da região e também no shopping mais próximo. Se o problema persistisse, William teria que ser hospitalizado. "Tudo do meu filho é ligado na energia elétrica. Eu pago energia para ter e não tenho. Cadê o suporte da Enel?. Meu filho precisa dos aparelhos ligados para sobreviver", diz a senhora de 50 anos.

Concessionária afirma que restabeleceu a energia para 76% dos clientes

Em nota, a Enel Distribuição São Paulo informa que restabeleceu a energia para mais de 76% dos clientes que tiveram o fornecimento impactado após o vendaval da última sexta-feira. Até o momento, cerca de 1,6 milhão de clientes tiveram o serviço normalizado, de um total de cerca 2,1 milhões afetados na última sexta-feira.

"O vendaval que atingiu a área de concessão no dia 3 de novembro foi o mais forte dos últimos anos e provocou danos severos na rede de distribuição. Técnicos da companhia seguem trabalhando 24 horas por dia para agilizar os atendimentos e restabelecer o serviço para a grande maioria dos clientes até a próxima terça-feira, conforme anunciado em reunião com o prefeito de São Paulo na tarde de ontem (domingo)", diz outro trecho do comunicado.

Devido à complexidade do trabalho para reconstrução da rede atingida por queda de árvores de grande porte e galhos, a recuperação ocorre de forma gradual. Em atuação conjunta com Corpo de Bombeiros, Prefeitura e outras autoridades, a companhia tem priorizado os casos mais críticos, como serviços essenciais e a conexão das escolas onde seriam aplicadas as provas do Enem.

O ator Chris Hemsworth admitiu que tem feito uma mudança radical em seu estilo de vida após um de seus exames médicos detectar risco real de Doença de Alzheimer no início de 2023. Com 40 anos de idade, o intérprete do herói Thor recebeu seu diagnóstico durante as filmagens da série documental Limitless.

Em recente entrevista para a revista Men's Health, Hemsworth refletiu sobre os novos rumos de sua vida. Nosso herói das telonas disse que o risco detectado no exame fez com que ele mudasse sua relação com exercícios físicos.

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"Sempre fui muito consistente em meus comprometimentos com exercícios. Mas ultimamente eu passei a compreender a importância real de reservar tempo para mim, sem nenhuma voz ou estímulos externos", disse.

O ator australiano também compartilhou que tem estado focado em si mesmo e incorporando mais solidão na vida. Revelou ainda que parte do fortalecimento de sua mente significa garantir que uma necessidade básica específica seja atendida: "Tenho uma abordagem mais consistente ao meu sono. Tente ficar longe das telas uma hora antes de dormir e ler na maioria das noites definitivamente ajuda".

"Eu faço muita meditação e trabalho respiratório, principalmente durante as rotinas de sauna e banho de gelo. Para mim, meu trabalho favorito de mindfullness vem da imersão em [atividades] físicas que me permitem estar totalmente presente e me forçam a sair da [minha] cabeça e entrar no meu corpo, em particular o surf", emendou.

Hemsworth está casado desde 2010 com a atriz espanhola Elsa Pataky, mãe de seus três filhos: India, de 11 anos de idade, e os gêmeos Sasha e Tristan, de 9 anos. O ator deu vida ao herói Thor nos quatro filmes da franquia Vingadores e nas quatro produções solo do herói, sendo a mais recente delas Thor: Amor e Trovão, lançada em 2022.

Avaliar populações de animais nos mais diversos biomas brasileiros e conhecer as possíveis ameaças:  queimadas, desmatamentos, destruição de habitat, caças e matanças deliberadas. Nesta quarta-feira (2), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) divulgou a evolução de estudos e a publicação de uma plataforma na internet que apresenta a situação de quase 15 mil espécies no país. Trata-se do Sistema de Avaliação do Risco de Extinção da Biodiversidade, conhecido como Salve.  

Qualquer pessoa pode fazer pesquisa na plataforma, pelo nome popular ou científico do animal. Para o coordenador da Coordenação de Avaliação do Risco de Extinção das Espécies da Fauna (Cofau) e analista ambiental do ICMBio, Rodrigo Jorge, a iniciativa vai contribuir para a conservação das espécies ameaçadas. 

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“Precisamos avançar na realização de análises para estimar a tendência da biodiversidade no Brasil”, afirma. Ele explica que houve um aumento do número de espécies ameaçadas, mas o universo de espécies avaliadas também cresceu. 

Políticas públicas

O pesquisador Rodrigo Jorge explica que, a partir das avaliações feitas pelos cientistas, a perda e a degradação de habitat da fauna são algumas das principais ameaças. Segundo ele, há uma relação direta com o aumento do desmatamento nos últimos anos. 

“Fica evidente a necessidade urgente de reverter essa tendência. Por isso, a postura da atual gestão de priorizar o combate ao desmatamento traz boas perspectivas para a conservação da biodiversidade”, opina.

As pesquisas do ICMBio contaram com apoio do Projeto Pró-Espécies: Todos contra a Extinção, e com a participação de especialistas da comunidade científica.

Como aponta a entidade, a iniciativa tem o objetivo de facilitar a gestão do processo de avaliação do risco de extinção e tornar essas informações mais acessíveis para a geração de conhecimento e implementação de políticas públicas voltadas à conservação da biodiversidade. 

Catalogação

Dentro das quase 15 mil espécies avaliadas, já estão publicadas e disponíveis as fichas completas de 5.513 espécies. Segundo o ICMBio, a expectativa é que - até o final deste ano - sejam concluídos os trabalhos para a publicação de nova atualização da lista de espécies ameaçadas da fauna brasileira e disponibilização das fichas das espécies. 

“O Brasil é reconhecido mundialmente por abrigar a maior biodiversidade do planeta, e a partir da atualização e disponibilização desses dados será possível reforçar a implementação de ações que promovam a conservação da nossa fauna”, diz Rodrigo. 

O ICMBio exemplifica que as informações disponíveis na plataforma podem ser utilizadas para processos de licenciamento ambiental. Acentua que “análises realizadas a partir dos registros de ocorrência de espécies disponibilizados no Salve permitirão verificar áreas de concentração de espécies ameaçadas”.

Segundo o instituto, o desenvolvimento da plataforma teve início em 2016 com profissionais do instituto. Esse processo de avaliação do risco de extinção das espécies da fauna brasileira foi conduzido pelos 13 centros nacionais de pesquisa e conservação (CNPC) do órgão.

Mais de 1,5 mil profissionais participam das avaliações. Os trabalhos seguiram o método de categorias e critérios da União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) e os resultados são publicados somente após a validação das informações. 

Foto: Creative Commons

Pessoas com sobrepeso, mas não consideradas obesas de acordo com o índice de massa corporal (IMC), não apresentam alto risco de morte, de acordo com um novo estudo publicado nesta quarta-feira (5), que destaca as limitações do IMC como métrica na medicina.

Os resultados, publicados na revista PLOS ONE, surgem em um momento em que a população dos países ricos e pobres continua a ganhar peso. Nos Estados Unidos, mais de 70% dos adultos estão acima do peso ou são obesos.

O índice de massa corporal, descrito pela primeira vez por um matemático belga no século XIX, é calculado dividindo o peso de uma pessoa pelo quadrado da sua altura.

Essa métrica está cada vez mais sendo vista como uma ferramenta limitada para medir a saúde das pessoas.

"Acredito que o que as pessoas devem entender disso é que, por si só, o IMC não é um grande indicador de saúde", disse o autor principal do estudo, Aayush Visaria, da Universidade Rutgers, em Nova Jersey, à AFP.

O especialista afirma que métricas adicionais, como a circunferência da cintura ou exames para visualizar a densidade óssea, gordura corporal e massa muscular, devem ser utilizadas para uma interpretação mais completa.

O excesso de gordura ainda é um fator de alto risco para algumas condições, incluindo doenças cardíacas, diabetes e acidentes vasculares.

"Já vi pacientes com o mesmo IMC, mas com diferenças metabólicas enormes e implicações para a saúde. Por isso, quis investigar mais", acrescentou o Dr. Visaria.

Estudos anteriores sobre a relação entre o peso e a taxa de mortalidade apresentaram resultados inconsistentes ou incertos e se concentraram principalmente em adultos brancos não hispânicos.

Nesta nova pesquisa, Visaria e a coautora Soko Setoguchi se basearam em dados da Pesquisa Nacional de Saúde de mais de 550.000 adultos americanos entre 1999 e 2018, bem como no Índice Nacional de Mortalidade de 2019.

Os pesquisadores calcularam o IMC com base nos pesos e alturas relatados pelos participantes e coletaram dados demográficos, fatores como tabagismo ou atividade física, condições de saúde e até mesmo acesso a serviços médicos.

Mais de 75.000 pessoas incluídas neste estudo faleceram durante o período de pesquisa.

Após ajustar outras variáveis, os resultados mostraram que pessoas com IMC entre 25 e 30, classificadas como com sobrepeso, não apresentaram um risco de morte maior em comparação com os indivíduos cujo IMC estava entre 22,5 e 24,9.

No entanto, o risco de morte aumentou significativamente entre aqueles com IMC inferior a 20 e entre aqueles com IMC igual ou superior a 30, classificados como obesos.

Por exemplo, uma pessoa com obesidade grau 3, ou seja, com IMC de 40 ou mais, mas que nunca fumou ou não tem histórico de doenças cardiovasculares ou câncer de pele, tinha mais do que o dobro de chances de morrer em comparação com uma pessoa equivalente com um IMC médio.

A idade média dos participantes foi de 46 anos, com igual participação entre os gêneros e 69% de brancos não hispânicos. Dentre eles, 35% tinham IMC entre 25 e 30, e 27,2% tinham IMC igual ou superior a 30.

"É um amplo estudo com uma amostra representativa", disse George Savva, bioestatístico do Instituto Quadram, no Reino Unido, à AFP.

"Até onde posso ver, os autores fizeram um bom trabalho ao analisar a relação entre mortalidade e estado de peso inicial."

Savva afirmou que pode ser o caso de que doenças relacionadas ao sobrepeso estejam sendo melhor controladas agora, como pressão alta e colesterol alto.

"Pode-se esperar que a relação entre peso e mortalidade mude ao longo do tempo, e isso é potencialmente o que está sendo mostrado aqui", explicou o especialista.

Um tratamento em teste contra o câncer de mama em estágio inicial demonstrou ser capaz de reduzir o risco de recorrência em 25%, de acordo com resultados de um grande ensaio clínico, divulgados nesta sexta-feira (2).

Os resultados preliminares foram publicados durante a maior conferência anual de especialistas em câncer, realizada pela Sociedade de Oncologia Clínica Americana (ASCO), em Chicago.

Este "é um ensaio clínico muito importante que vai mudar a prática" dos médicos, disse Rita Nanda, oncologista da Universidade de Chicago, que não participou do ensaio.

O medicamento ribociclibe é desenvolvido pela Novartis contra o tipo mais comum de câncer de mama, chamado HR+/HR2-.

Ele já é utilizado juntamente com a terapia hormonal para as pacientes afetadas por câncer em estágio avançado, com metástase.

O objetivo deste novo estudo foi testar o medicamento para câncer em estágio inicial (1 a 3).

Geralmente, o tratamento de câncer envolve cirurgia, radioterapia, uma possível quimioterapia e, em seguida, anos de terapia hormonal.

Apesar disso, "um terço das pacientes com câncer de mama em estágio 2 (...) terão uma recorrência", disse o oncologista da Universidade da Califórnia, Dennis Slamon, ao apresentar os resultados em uma coletiva de imprensa. "E essas recorrências podem acontecer em duas ou três décadas após o diagnóstico", revelou.

Mais de 5.000 pessoas participaram do ensaio clínico. Metade tomou o medicamento ribociclibe juntamente com a terapia hormonal. Outra metade tomou exclusivamente a terapia hormonal.

Os resultados preliminares revelaram que o risco de recorrência diminuiu 25% com o ribociclibe. O medicamento atua nas proteínas (CDK4 e CDK6), que afetam o crescimento das células cancerígenas.

Dois outros tratamentos com inibidores de CDK - palbociclibe e abemaciclibe - também são aprovados para o câncer de mama metastático.

O abemaciclibe também foi recentemente aprovado nos Estados Unidos para a doença em estágio inicial, mas apenas para mulheres com alto risco de recorrência cujos gânglios linfáticos também são afetados.

Rita Nanda enfatiza que o ribociclibe pode representar uma opção para mulheres cujos gânglios linfáticos não são afetados.

"Provavelmente haverá muita discussão sobre o nível de benefício para os pacientes, o tipo de efeitos colaterais e os pacientes para os quais há benefício real do uso desse tipo de medicamento para prevenção", disse o chefe do departamento de oncologia e médico do Instituto Curie, Jean-Yves Pierga, durante uma coletiva de imprensa em separado.

Todos os anos, mais de dois milhões de casos de câncer de mama são diagnosticados em todo o mundo, e a doença causa mais de 600.000 mortes por ano. A maioria dos diagnósticos é feita no estágio inicial.

A Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) emitiu um alerta de estado de observação para esta segunda-feira (29). A previsão de risco de chuva moderada ao longo do dia é para todo o litoral do estado, composto pela Região Metropolitana do Recife (RMR) e pelas Matas Norte e Sul. 

O monitoramento da Apac identificou que o fator responsável pela previsão é a aproximação de uma convergência de umidade vinda do oceano atlântico. Segundo a agência, a Mata Norte e a RMR têm maior risco de precipitação. 

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A Prefeitura do Recife também emitiu um alerta de atenção e aponta o risco de deslizamentos nas áreas de morro. As pancadas de chuva que iniciaram ainda na noite do domingo (28) resultaram na interdição do Túnel Felipe Camarão, no bairro do Jordão, na Zona Sul da capital, por volta das 6h20. O equipamento é de competência do Departamento de Estradas e Rodagem (DER), do governo estadual. 

O Ministério da Saúde informou nesta segunda-feira (15) que assinou um contrato de aquisição emergencial de 1,3 milhão de unidades de insulina análoga de ação rápida (molécula asparte) para garantir o abastecimento da rede no Sistema Único de Saúde (SUS). O quantitativo, segundo a pasta, é suficiente para o tratamento de mais de 67 mil pacientes. A previsão, entretanto, é que a primeira entrega seja realizada até 9 de julho. “O Ministério da Saúde mantém tratativas com o distribuidor para antecipação de parte do quantitativo”.

Em nota, a pasta cita “dificuldade de aquisição” da insulina análoga de ação rápida, indicada para o tratamento do diabetes mellitus tipo 1, que concentra de 5% a 10% das pessoas diagnosticadas com a doença. O comunicado lista, além da aquisição emergencial internacional do insumo, outras medidas para evitar o desabastecimento na rede pública, incluindo o remanejamento dos estoques existentes entre os estados e a autorização de compra pelas secretarias estaduais de saúde com ressarcimento por parte do governo federal.

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“Cabe reforçar que o país enfrenta cenário de falta de produção nacional de insulina análoga de ação rápida de forma sustentável e capaz de atender às necessidades nacionais”, destacou o ministério. 

“A expectativa, a partir do diálogo constante com as secretarias estaduais de saúde e monitoramento intenso por parte do ministério em parceria com o Conass [Conselho Nacional de Secretários de Saúde], é que seja possível manter o abastecimento igualitário na rede SUS até o início de junho a partir do remanejamento entre os entes federados. Além disso, o Ministério da Saúde vem ressarcindo os estados que possuem pauta vigente para aquisição direta do fármaco.”

A pasta reforçou que as insulinas regulares mais consumidas, indicadas para pacientes com diabetes tipo 2 e demais tipos, estão com “estoque adequado” e que o caso da insulina análoga de ação rápida está sendo tratado “com máxima prioridade” junto aos fornecedores nacionais e internacionais para garantir o atendimento da população.

Existem diversos métodos anticoncepcionais de uso contínuo. No caso dos anticoncepcionais hormonais orais, também chamados de pílulas anticoncepcionais, o uso contínuo, ou seja, sem pausas ao longo do mês, pode cometer uma interrupção na menstruação e nem sempre método é indicado para todas as pacientes, mas deve ser escolhido sempre com orientação médica, orientam os especialistas.

 O método traz diversos benefícios, como a redução das alterações hormonais e, por isso, traz benefícios no controle da TPM e eventual redução das cólicas e de outros desconfortos comuns neste período”, apontou o médico ginecologista e obstetra de São Paulo, Dr. Alexandre Rossi, em um comunicado.

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Por outro lado, o especialista lembrou que pode haver pequenas perdas de sangue em forma esporádica, chamadas de escape, especialmente nos primeiros meses de uso do método. Com relação aos riscos, serão os mesmos do uso dos anticoncepcionais orais tomados de forma tradicional, ou seja, com intervalo. “Pelo fato de trazer a maior concentração de hormônios dentre todos os métodos contraceptivos existentes hoje no mercado, nem sempre será o método mais indicado para todas as pacientes”, complementou o alerta.  

Um dos principais fatores para o prosseguimento é a orientação de um médico, seguir o que for dito e levar a ele as informações atualizadas sobre o aparecimento de algum sintoma inesperado, os anticoncepcionais tomados antigamente, antecedentes familiares, especialmente relacionados à trombose, AVC e doenças cardiovasculares. A indicação do método contraceptivo levará em conta fatores como o fato da mulher estar ou não amamentando, além de seu histórico de saúde. Por esse motivo, é importante que esta indicação seja individualizada e reavaliada periodicamente. Vale destacar também que mesmo tomada corretamente, a pílula não previne contra as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs). Por este motivo, o ideal é que seja combinado o uso de preservativos, quando não houver parceiro fixo.

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Toda mulher deve ir ao ginecologista para consultas e exames periódicos, de rotina. Essa é uma das recomendações mais importantes para a prevenção do câncer. E quando se trata de um tipo de câncer que não tem exames específicos de rastreamento, a avaliação médica regular é ainda mais importante. É o caso do câncer de ovário, que não tem uma incidência tão alta quanto o de mama e o de colo de útero, por exemplo, mas entre os chamados cânceres ginecológicos é o mais letal.

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O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima 7.310 casos novos e quase 4 mil óbitos por ano, no triênio 2023/2024/2025. O câncer de ovário é o oitavo câncer mais comum no Brasil, mas na região Norte é a sétimo tipo mais incidente, sem considerar o câncer de pele.

O câncer de ovário é um tumor ginecológico de difícil diagnóstico. Cerca de 75% dos casos só são descobertos quando a doença já está avançada e apresenta as menores taxas de cura.

Por esse motivo, o dia 8 de maio foi escolhido para alertar a população sobre a importância da conscientização sobre a doença e os cuidados necessários para que o câncer de ovário seja diagnosticado o mais precocemente possível.

Criada em 2013, a data é difundida por uma ONG sem fins lucrativos chamada Coalizão Mundial de Câncer de Ovário, que tem a parceria de mais de 130 organizações ligadas a essa doença. Em 2023, mais de 400 mil pessoas, em quase 50 países, devem receber informações que podem salvar a vida de milhares de mulheres.

“O câncer de mama tem a mamografia e o de colo de útero, o Papanicolau como exames de rastreamento muito eficientes, mas o câncer de ovário não tem. Isso é um problema. Não existe um exame específico indicado para a mulher fazer, periodicamente, mesmo sem sintomas. Isso dificulta o diagnóstico precoce. Exame de rastreamento é aquele que, comprovadamente, por meio de pesquisas, é capaz de diminuir mortalidade. É capaz de detectar precocemente a doença”, explica a médica oncologista Paula Sampaio, do Hospital Barros Barreto e do Centro de Tratamento Oncológico (CTO).

A médica Paula Sampaio orienta sobre medidas de prevenção que ajudam a diminuir as chances de a pessoa ter o câncer de ovário, que são as chamadas medidas de prevenção primária. “Um maior número de ciclos ovulatórios aumenta o risco de câncer de ovário e, inversamente, um número menor de ciclos - por exemplo, durante a gravidez e a amamentação - reduz o risco. A pílula anticoncepcional pode reduzir quase pela metade o risco de câncer de ovário, se tomada por cinco anos ou mais”, orienta a médica.

O câncer de ovário pode provocar vários sinais e sintomas que são confundidos com outras condições clínicas, mas que tendem a ser persistentes. Se uma mulher apresentar esses sintomas quase que diariamente, por semanas, deve procurar atendimento médico.

• Inchaço abdominal com perda de peso.

• Dor pélvica ou abdominal.

• Dificuldade na alimentação ou sensação de plenitude.

• Necessidade urgente e frequente de urinar.

• Alterações menstruais.

Outros sintomas possíveis do câncer de ovário:

• Fadiga.

• Dor abdominal.

• Dor nas costas.

• Dor durante a relação sexual.

• Constipação.

A cabelereira Ana Lúcia Magalhães, de 45 anos, lembra que teve muitos sinais e sintomas e percebeu que algo estava errado. Inchaço no abdômen e pelve, perda de apetite, cansaço constante. Mas a rotina atribulada fez com que ela não desse a importância devida à saúde. Foram meses acreditando que o mal-estar era relacionado ao excesso de trabalho, até que o agravamento dos sintomas a fez buscar atendimento médico.

Em setembro de 2015, Ana Lúcia passou uma semana internada. Os exames confirmaram a existência de tumores no ovário direito e no estômago e havia indicação cirúrgica. Foi necessário fazer uma histerectomia total, com retirada de útero, ovários e trompas, seguida de quimioterapia.

Mesmo assim, a doença voltou nove meses depois. Na recidiva, foram afetados o fígado e o peritônio. “A metástase me fez descobrir que tenho uma mutação genética com mais de 95% de chances de ter esse tipo de câncer. Faço quimioterapia via oral sem prazo para concluir o tratamento. Minha vida agora é manter o controle do câncer”, conta Ana Lúcia. “A gente nunca imagina ter uma doença como essa, e sabe pouco a respeito. Mas não adianta ter arrependimento, precisamos aproveitar a lição e fazer diferente, cuidar da saúde e não se deixar entregar, porque o câncer se alimenta disso também”, acredita Ana.

Por Dina Santos, da assessoria do CTO.

A sétima edição do International Symposium on Immunobiologicals (ISI), aberta nesta terça-feira (2), alerta para o risco alto da volta da poliomielite ao Brasil. A doença, erradicada no país desde 1989, pode matar ou provocar sequelas motoras graves.

Em um dos debates do dia, pesquisadores apontaram a baixa cobertura como principal motivo de preocupação com a paralisia infantil, como a doença também é conhecida.

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O evento é promovido pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos da Bio-Manguinhos/Fiocruz, no Rio de Janeiro.

A presidente da Câmara Técnica de Poliomielite do Ministério da Saúde, Luiza Helena Falleiros, destacou o conjunto de fatores que levaram a esse cenário e disse que existe um risco evidente. “Com o processo de imigração constante, com baixas coberturas vacinais, a continuidade do uso da vacina oral, saneamento inadequado, grupos antivacinas e falta de vigilância ambiental, vamos ter o retorno da pólio. O que é uma tragédia anunciada”, afirmou.

Luiza Helena lembrou que sempre se diz que as vacinas são vítimas do seu próprio sucesso. “Hoje ninguém mais viu um caso de pólio. Não se tem essa noção de risco enorme, mas ele existe. E não tem milagre, nem segredo. Tem que vacinar.”

A pesquisadora citou um estudo do Comitê Regional de Certificação de Erradicação da Polio 2022, da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), que aponta o Brasil como segundo país das Américas com maior risco de volta da poliomielite, atrás apenas do Haiti.

Um caso recente da doença foi confirmado em Loreto, no Peru, o que aumentou a vigilância nas fronteiras. Há 30 anos, o continente estava livre de registros da doença.

Cobertura vacinal

Segundo o Ministério da Saúde, no ano passado, a cobertura vacinal para a doença no Brasil ficou em 77,16%, muito abaixo da taxa de 95% recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para impedir a circulação do vírus.

No simpósio de hoje, foram discutidos os motivos da chamada hesitação vacinal. José Cassio de Morais, assessor temporário da Organização Pan-Americana da Saúde, disse que a cobertura depende principalmente da confiança nas vacinas distribuídas pelo governo, de como administrar o medo da reação vacinal, da dificuldade de acesso aos postos, do nível de renda familiar e da escolaridade da população. Para melhorar o quadro atual, Morais defendeu mais investimento mais em campanhas e na informação de qualidade.

“É importante lembrar que a vacinação, além de uma proteção individual, é uma proteção coletiva. Vimos isso na questão da Covid-19, em que muitas pessoas não quiseram se vacinar. E precisamos atentar para a questão da comunicação social. Temos uma avalanche de fake news a respeito das vacinas e que trazem muito dano para a população. Mas não temos quase notícias positivas a respeito da vacina. Tem tido muito pouca divulgação da campanha de vacinação contra influenza, por exemplo. Temos que melhorar isso, divulgar melhor os fatos positivos em relação à vacina”, afirmou o assessor da Opas.

Os hábitos alimentares dos brasileiros que trabalham fora de casa podem aumentar os riscos para vários tipos de tumores. De acordo com informações da empresa Kantar, especialmente trabalhadores da classe C e D estão consumindo mais salgados e lanches no lugar da refeição na hora do almoço como forma de se alimentar.  

O alerta aponta para os chamados “snacks” que têm sido uma opção para café da manhã e lanche da tarde. Entre 2019 e 2022, 89% do aumento de consumo de salgados ocorreu nessas ocasiões. Enquanto isso, houve uma retração de 61% no mesmo período para refeições clássicas no almoço - o  que segundo especialistas pode levar ao aumento do risco de câncer.

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Estudos científicos mostram que  os casos de câncer de intestino não só têm aumentado, como também estão atingindo pessoas mais jovens. E as causas indicam, primeiramente, o estilo de vida não saudável, além das questões de hereditariedade. Os últimos indicativos do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam para o novo salto de casos de tumores para a estimativa do triênio 2023-2025, período para o qual são esperados mais de 700 mil diagnósticos por ano.  

ARROZ E FEIJÃO NA MARMITA

Para os especialistas, está mais que provado que é a alimentação saudável, baseada em ingredientes naturais e rica em fibras, que irá contribuir não apenas para garantir índices adequados de nutrientes, mas também para evitar o surgimento de doenças como o câncer.

Portanto, eles reforçam a importância que, por mais que o fator financeiro não contribua para que o trabalhador opte por alimentação completa e saudável ao fazer a refeição fora de casa, que seja possível investir na produção da própria marmita, incluindo legumes e verduras, uma proteína e a combinação do arroz com feijão.  

 

Crianças desnutridas no Malauí estão em grave risco devido ao pior pico de cólera no país africano, alertou a ONU nesta terça-feira (7), pedindo mais de US$ 50 milhões (cerca de R$ 259 milhões) para combater a doença.

Cerca de 4,8 milhões de crianças - uma em cada duas - precisam de ajuda alimentar, alertou o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).

Entre agora e o final de março, o estado de desnutrição de mais de 213.000 crianças menores de cinco anos vai piorar, e mais de 62.000 delas sofrerá de desnutrição aguda, disse Rudolf Schwenk, representante do Unicef no Malawi.

"Uma criança gravemente desnutrida corre 11 vezes mais risco de morrer de cólera do que uma criança bem alimentada. Um surto de cólera pode resultar em sentença de morte para milhares de crianças no Malauí", disse ele a repórteres em Genebra, em coletiva de imprensa online.

O Malauí vive a epidemia de cólera mais mortal de sua história, com 1.500 mortes, 197 delas de crianças, desde março de 2022. Mais de 50.000 pessoas, incluindo mais de 12.000 crianças, foram afetadas, segundo os últimos dados disponíveis.

Mas o Unicef, que forneceu remédios, água potável e informações sobre prevenção e tratamento do cólera, está ficando sem recursos e, por isso, pede doações no valor de 52,4 milhões de dólares.

"Para prevenir novas epidemias de cólera, temos que apoiar o país com investimentos significativos em infraestruturas sanitária, de água e saneamento", acrescentou Schwenk.

Em meio à crise humanitária instalada na região do litoral norte de São Paulo por causa das chuvas, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse ter identificado cerca de 14 mil pontos de risco de deslizamento espalhados pelo País, onde viveriam mais de 4 milhões de pessoas.

"Esses pontos todos, no Brasil inteiro, já identificados com situação de alto risco de deslizamento serão prioridade", afirmou o ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes.

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Segundo Waldez, que coordena o grupo de resposta à crise no litoral norte, o governo estuda medidas como a "desapropriação necessária" de pessoas em locais identificados como passíveis de deslizamento "para diminuir a quantidade de áreas de risco no País".

"A orientação dele (Lula) é para que se procure priorizar habitações de demandas dirigida para diminuir os riscos à vida das pessoas", afirmou o ministro.

Lula se reuniu nesta quarta, 22, com seis ministros de Estado e o secretário executivo do Ministro da Fazenda, Gabriel Galipolo, para definir as medidas de apoio do governo federal à cidade de São Sebastião e a outros locais afetados no litoral norte de São Paulo. O município enfrenta uma crise humanitária provocada pelas fortes chuvas, que já geraram deslizamentos de terra. Há previsão de mais chuvas até sexta-feira, 24, e o total de mortos já está em 48 e há 36 desaparecidos.

O governo federal repassou nesta quarta-feira R$ 7 milhões ao município litorâneo para a compra de cestas básicas; combustível; kits de limpeza e higiene pessoal; e itens de dormitório, como colchões. Os recursos foram liberados pelo Ministério da Integração.

Ainda segundo a pasta, mais recursos de proteção e defesa civil deverão ser liberados nos próximos dias. No encontro com Lula nesta quarta estão presentes os titulares da Casa Civil, Rui Costa (PT); dos Transportes, Renan Filho (MDB); da Integração, Waldez Góes; das Cidades, Jader Filho (MDB); das Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT); e da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta (PT).

Lula vai conduzir mais reuniões no Alvorada com ministros de áreas focais para lidar com a crise em São Sebastião. Na segunda agenda prevista para hoje, o petista vai se encontrar com os responsáveis Agricultura, Carlos Favaro (PSD), Assistência Social, Wellington Dias (PT), e Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira (PT).

Nesta manhã (6), a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) renovou o alerta de chuvas no litoral de Pernambuco e aumentou o risco em relação ao informe anterior. Após uma madrugada chuvosa, o trânsito no Recife ficou prejudicado com pontos de alagamento.

A atualização do estado meteorológico desta manhã subiu um nível e aponta para pancadas com intensidade moderada a forte. O alerta emitido na noite deste domingo (5) indicava risco moderado de chuva para as primeiras horas do dia.

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A previsão desta manhã se estende pela Região Metropolitana do Recife, Mata Sul e Norte. Conforme o monitoramento da Apac, o sistema responsável pelas pancadas deve reduzir no período da tarde.

A presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Rosa Weber, ordenou à Justiça Federal de Minas que promova 'imediatamente' o andamento do processo penal em que executivos e funcionários da mineradora Vale foram denunciados pelas mortes causadas após o rompimento da barragem de Brumadinho. A determinação leva em consideração o 'risco iminente' de prescrição de crimes ambientais descritos na peça de acusação.

A decisão atende um pedido de familiares das vítimas do tsunami de lama que, no dia 25 janeiro de 2019, deixou 259 mortos e onze desaparecidos. O grupo acionou o Supremo após a Segunda Turma da Corte máxima decidir, em dezembro de 2022, que caberia à Justiça Federal julgar o caso, e não à Justiça estadual.

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Com a decisão do STF, foi invalidado o recebimento da denúncia contra onze executivos e funcionários da Vale e outros cinco da consultoria Tüv Süd. A peça descreve homicídio doloso, por 270 vezes, e delitos contra a fauna e a flora, além de crime de poluição.

Ao analisar o caso, Rosa Weber alertou para 'risco iminente' de prescrição de todos os delitos imputados na denúncia cuja pena máxima não exceda a dois anos, considerando que os fatos foram consumados em 25 de janeiro de 2019. Em tais casos, o prazo prescricional é de quatro anos.

A ministra ponderou que, dadas as 'circunstâncias excepcionais' do caso, a falta de publicação do acórdão da Segunda Turma não impede 'a eficácia da decisão', no sentido de determinar a imediata remessa dos autos ao juízo da 9.ª Vara Federal de Belo Horizonte, para que dê andamento ao caso.

O serviço de mototáxi ficou ainda mais popular com a chegada dos aplicativos de transporte no mercado. Com apenas um capacete e dezenas de passageiros ao dia, uma viagem de poucos minutos pode causar um problema grave à saúde. 

Os usuários são unânimes quanto à praticidade do serviço, mas alguns começaram a se queixar do uso compartilhado do equipamento obrigatório de segurança. Umidade, mau cheiro e suor são as principais queixas de quem utiliza as plataformas.

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O biomédico especialista em Medicina Tropical Jailton Lobo explicou que o calor e a umidade dentro do capacete favorecem a disseminação de diversos tipos de microrganismos. Esse ambiente deixa os passageiros expostos à transmissão de piolhos ou até mesmo a doenças respiratórias graves, como a tuberculose.

"O usuário que tá com Covid, gripe ou qualquer vírus que cause infecção respiratória, e não tá fazendo uso de máscara, pode tá eliminando vírus que pode tá ali na viseira", apontou.

A lei diz que a viseira deve permanecer fechada ao longo do percurso, e essa condição também acaba facilitando a proliferação de fungos que podem causar micoses superficiais na pele e no couro cabeludo.

Boas práticas para controlar o risco de doenças

Para diminuir a transmissibilidade de parasitas, vírus e bactérias, o médico explica que é importante que o condutor mantenha uma higienização periódica. A limpeza vai depender do modelo de capacete. "O importante é se conscientizar que, pelo menos uma vez por semana, deve ser realizada a higienização desses capacetes, e sempre focar em evitar o acúmulo de umidade", observou.

Os modelos com forro removível podem ser lavados - até mesmo na máquina - e deixados para secar de forma completa para evitar a umidade. Nos modelos sem opção de remover o forro, a higienização também pode ser feita com água e sabão - em um pano úmido - e até mesmo álcool 70%.

Aos passageiros, o biomédico recomenda utilizar touca na cabeça e máscara como forma de prevenção. "O ideal é que cada indivíduo tivesse seu capacete para evitar o risco de contaminação, mas na prática isso não funciona. Então, o correto mesmo seria que as empresas de aplicativo forneçam toucas para proteger a cabeça dos usuários, como também, e de forma muito mais importante, máscaras para evitar o risco de alguma propagação de um microrganismo por via respiratória", orientou Lobo.

Ter sido infectado duas ou mais vezes pelo coronavírus e não ter tomado a quarta dose da vacina contra a doença aumentam o risco de covid longa, aponta estudo feito pelo Instituto Todos pela Saúde e pelo Hospital Israelita Albert Einstein divulgado nesta sexta, 6. O trabalho aponta ainda que as mulheres são mais afetadas pelos sintomas persistentes, embora a causa desse fenômeno ainda não esteja clara.

Os resultados foram publicados em artigo em formato pré-print na plataforma medRxiv e ainda passará pela revisão de outros pesquisadores. A pesquisa foi realizada com base na análise de dados de mais de 7 mil profissionais de saúde do Einstein infectados pelo SARS-CoV-2 entre 2020 e 2022. Desse total, 1.933 (27,4%) manifestaram a covid longa ante 5.118 (72,6%) que não desenvolveram a condição.

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Segundo Vanderson Sampaio, pesquisador do ITpS e um dos autores do artigo, a definição de covid longa usada no estudo foi a do Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos: "São pessoas com infecção prévia pelo coronavírus que continuam com sintomas persistentes da doença por mais de quatro semanas. Entre os sintomas estão febre, congestão nasal, cansaço, fadiga, dor de cabeça, tosse, dificuldades para respirar, entre outros", explica.

Mais da metade (51,4%) dos participantes do estudo que manifestaram covid longa tiveram três ou mais sintomas persistentes. Outros 33,3% tiveram apenas um sintoma e 14,9% manifestaram dois. Os sintomas mais comuns foram dor de cabeça (53,4%), dores musculares ou nas articulações (46,6%) e congestão nasal (45,1%).

Sintomas

De acordo com o ITpS, o estudo mostrou que a reinfecção aumentou em 27% a chance de sintomas persistentes Entre os participantes da pesquisa que tiveram apenas uma infecção confirmada por covid-19, o índice de covid longa ficou em 25,8%. Já entre aqueles que tiveram duas ou mais infecções, a taxa foi de 38,9%.

"Esse foi o resultado mais impactante porque mostra que as pessoas não podem ter aquele pensamento de que, se pegaram o vírus uma vez, já tem imunidade e estão livres para abandonarem as medidas de proteção. Uma nova infecção pelo vírus aumenta as reações inflamatórias do corpo, eleva o risco de um caso grave e, por consequência, da covid longa", afirma Sampaio.

Alexandre Marra, pesquisador do Einstein e primeiro autor do estudo, reforça que a reinfecção aumenta o risco de covid longa e que ela pode acontecer inclusive em pessoas que não tiveram a forma grave da doença. "Até um assintomático pode ter covid longa. Então, as pessoas têm que continuar se protegendo e se vacinando e não acharem que, se você pegar a doença uma segunda vez, vai ser mais leve", afirma.

Vacina

A pesquisa brasileira aponta ainda que somente o esquema vacinal com quatro doses se mostrou capaz de proteger contra os sintomas persistentes - a quarta dose reduziu em 95% as chances de covid longa em relação ao grupo não vacinado.

De acordo com os dados do estudo, entre os participantes que não receberam nenhuma dose da vacina antes da infecção, o índice de ocorrência de covid longa foi de 36,7%. Entre os que tomaram as duas doses regulares, a taxa caiu para 29%. No grupo que já tinha tomado três doses, foi de 15,5% e, naquele com o esquema vacinal completo de quatro doses, somente 1,5% desenvolveu os sintomas persistentes.

Segundo Sampaio, os números mostram que a proteção contra casos graves e covid longa aumenta a cada dose tomada, mas ressalta que a quarta aplicação é fundamental para garantir a proteção contra o agravamento da doença e contra os quadros prolongados. Ele afirma que os estudos ainda não são conclusivos sobre o tamanho da proteção dada pela terceira dose contra a covid longa e, por isso, a recomendação principal agora é buscar o esquema completo.

De acordo com dados do consórcio de veículos de imprensa, menos de 20% da população brasileira já tomou a quarta dose.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Na manhã desta segunda-feira (2), a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) emitiu um aviso de estado de atenção para as chuvas na Região Metropolitana do Recife (RMR) e Zonas da Mata. O informe com validade até o fim da manhã aponta risco de precipitação de moderado a alto.

A chuva persiste desde as últimas horas de 2022 e quase atrapalhou a festa da Virada de quem foi acompanhar a queima de fogos nas praias da RMR. Algumas pancadas também marcaram o dia 1º, mas nada que pudesse causar efeitos negativos na capital e nos municípios vizinhos.

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