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Ativistas de um grupo ambiental cobriram com farinha nesta sexta-feira (18) um automóvel BMW pintado pelo artista americano Andy Warhol. Segundo eles, a ação pretende “enviar uma mensagem de alarme sobre o colapso climático”.

Quatro ativistas do grupo Ultima Generazione ("Última geração", na tradução livre) jogaram oito quilos de farinha no veículo, um BMW M1 1979 exposto na Fabbrica del Vapore, centro cultural que abriga uma retrospectiva sobre Warhol, mestre da pop art.

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De acordo com imagens divulgadas pelo grupo e pelas redes sociais, pelo menos dois ativistas colaram as mãos no chão da exposição, enquanto visitantes gritavam com eles e outros tentavam limpar a obra.

Ativistas ambientais multiplicaram os protestos contra obras de arte nas últimas semanas para alertar a opinião pública sobre as mudanças climáticas.

Entre as vítimas dos ataques estão duas obras de Goya no Museu do Prado, em Madri, "Girassóis" de Van Gogh, em Londres, e uma pintura de Claude Monet em Potsdam, perto de Berlim.

Quanto você pagaria por um quadro da grande Marilyn Monroe? Na última segunda-feira, dia 9, um retrato da atriz, feito por Andy Warhol, foi leiloado por 195 milhões de dólares, cerca de um bilhão de reais. Segundo informações do jornal The New York Times, o valor ainda ficou abaixo do esperado pela casa de leilões Christie's, que esperava faturar pelo menos 200 milhões de dólares.

Com isso, o Shot Sage Blue Marilyn se tornou a obra mais cara do século 20. Posto que antes era ocupado por As mulheres de Argel, de Pablo Picasso - leiloado por 179,4 milhões de dólares (cerca de 926 milhões de reais), em 2015.

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Antes da venda, a obra pertencia à fundação dos irmãos Thomas e Doris Ammann, de Zurique, na Suíça. O valor arrecadado pela venda dessa, e de outras obras, será destinado para projetos de saúde e educação ao redor do mundo.

Um retrato de Marilyn Monroe de Andy Warhol, estimado em 200 milhões de dólares, é a estrela indiscutível da temporada de leilões que começa esta semana em Nova York com altas expectativas.

A Christie's espera que "Shot Sage Blue Marilyn", de Warhol, de 1964, se torne a arte mais cara do século XX na próxima segunda-feira.

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A Sotheby's não ficará muito atrás, pois espera que as vendas de arte moderna e contemporânea alcancem US$ 1 bilhão, em parte graças ao leilão da segunda parte da famosa coleção Macklowe.

"As expectativas são sem precedentes", comentou à AFP Joan Robledo-Palop, colecionador e presidente da galeria de arte contemporânea Zeit, de Nova York, sobre o entusiasmo gerado pela temporada.

A icônica obra de 1x1 metro de Warhol faz parte de uma série de retratos que o maior expoente da pop art fez de Marilyn Monroe após sua morte por overdose de barbitúricos em agosto de 1962.

Esta série de retratos foi renomeada "Shot" depois que um visitante do "The Factory", o estúdio de Warhol em Manhattan, abriu fogo contra eles, fazendo buracos nas telas. Mais tarde, as obras foram restauradas.

Alex Rotter, responsável pela arte dos séculos XX e XXI da Christie's, chama o retrato de Marilyn de "a pintura mais importante do século XX a ser leiloada em uma geração".

Até agora, o recorde de uma obra do século XX é de "As Mulheres de Argel", de Pablo Picasso, que alcançou US$ 179,4 milhões em 2015.

Por sua vez, o trabalho mais caro de Warhol até hoje é "Silver Car Crash" (Double Disaster) pelo qual 104,5 milhões foram pagos em 2013.

Outras obras importantes oferecidas pela Christie's são "Retrato do Artista como um Jovem Indigente" de Jean-Michel Basquiat, pintado em 1982 e que deve arrecadar mais de US$ 30 milhões, e "Untitle" (Shades of Red), de Mark Rothko, que vai à venda por 80 milhões.

A casa de leilões também oferece três obras de Claude Monet que devem chegar a 30 milhões cada.

- Rothko, Picasso, Richter -

"A cada duas décadas temos um leilão cuja qualidade é tão alta que não se vê normalmente. Esta temporada se tornou um desses momentos únicos", disse Rotter à AFP.

Depois de vender no outono passado a primeira parte da coleção que pertencia ao magnata imobiliário Harry Macklowe e sua esposa Linda antes do divórcio, avaliada em 600 milhões de dólares, a mais cara que chegou a leilão, a Sotheby's venderá as últimas 30 peças em 16 de maio.

Algumas das principais peças incluem "Seascape", trabalho de Gerhard Richter de 1975 estimado em mais de US$ 35 milhões, e um Rothko "Untitled", de 1960, que estará à venda por US$ 50 milhões.

A Sotheby's assegura que o leilão de arte dos séculos XIX e XX, que inclui obras de Picasso e Philip Guston, é o "mais valioso" da categoria em 15 anos.

A casa de leilões espera que a obra "Femme nue couchée", de Picasso, que será colocada à venda em leilão pela primeira vez, chegue a US$ 60 milhões. Outros destaques incluem uma vista de Veneza de Monet, com um preço inicial de US$ 50 milhões.

Brooke Lampley, chefe de vendas de arte da Sotheby's, espera que novos recordes sejam estabelecidos em todas as categorias.

"O mercado de arte é muito sólido. É por isso que vemos esse número surpreendente de obras à venda nesta temporada", disse ele à AFP.

O cineasta americano Gus Van Sant apresenta nesta quinta-feira (23), em Lisboa, sua primeira produção para o teatro, um espetáculo musical sobre um jovem Andy Warhol prestes a virar um ícone da pop art.

"Tentei reunir os melhores momentos da vida de Andy Warhol para explicar sua ascensão no mundo da arte nos anos 1960", explica Van Sant, de 69 anos, diretor de "Gênio Indomável" (1997) e vencedor da Palma de Ouro de Cannes com "Elefante" (2003).

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Dos encontros de Warhol com o escritor Truman Capote, com o crítico de arte Clement Greenberg, ou com a atriz Edie Sedgwick, emerge "um personagem estranho, que não corresponde ao Andy Warhol que nós conhecemos".

"É um pouco como o seu duplo", explica Gus Van Sant antes da estreia de "Andy", no Teatro Nacional D. Maria II, de Lisboa.

Autor dos diálogos e das canções, Van Sant "mistura o tempo, a realidade e a ficção, para construir sua relação imaginária com Andy Warhol", comenta John Romão, que incentivou o cineasta a arriscar sua primeira criação teatral durante a bienal de arte contemporânea BoCa, organizada pela capital portuguesa.

O espetáculo, que depois segue para Roma, Amsterdã, Paris e Atenas, permitiu ao diretor concretizar um projeto, com o qual sonhava há muito tempo.

O diretor, roteirista, pintor, fotógrafo e músico já havia preparado o roteiro de um filme, no qual o ator River Phoenix, irmão de Joaquin Phoenix falecido em 1993 aos 23 anos, interpretaria Warhol.

A obra foi produzida com uma equipe 100% portuguesa, o que reduziu as limitações vinculadas à pandemia de covid-19.

- "Um jovem tímido" -

Em sua filmografia, Van Sant fez outras incursões no gênero biográfico, incluindo "Últimos Dias" (2005), sobre o fim da vida do cantor do Nirvana Kurt Cobain, ou "Milk" (2008), sobre o ativista dos direitos homossexuais Harvey Milk.

"Poucas pessoas sabem realmente quem era Andy Warhol", afirma o ator português Diogo Fernandes, que interpreta Warhol ao lado de um jovem elenco em que todos falam e cantam em inglês.

"Penso que era um garoto tímido, fascinado pela cultura americana e que queria ser uma estrela, mas que nunca imaginou o impacto que teria", completa.

A obra revela a superficialidade do artista que, neste retrato, mostra sua atração pelo glamour e pelo dinheiro associados ao mundo da arte.

Para John Romão, o autor dos retratos coloridos de Marilyn Monroe, ou das latas de sopa Campbell, "é um personagem meio escondido na sombra, tímido e, ao mesmo tempo, com uma grande força, graças a sua capacidade de concretizar suas ideias".

"Isto provocou uma espécie tanto de fascínio como de medo ao redor dele", acrescenta.

"Andy" também atende o desejo de Van Sant "de levar ao palco seu olhar de diretor de atores, de escritor de diálogos, mas também de criador de atmosferas musicais", afirma Tiago Rodrigues, que em breve deixará a direção artística do teatro lisboeta para se tornar o primeiro estrangeiro a comandar o prestigioso Festival de Avignon (França).

Michael Jackson não foi somente um ícone da cultura popular que contou com uma legião mundial de fãs: uma exposição em Paris mostra até que ponto artistas como Andy Warhol se renderam a ele.

A mostra, apresentada previamente este ano na National Portrait Gallery de Londres, começa pelo fim: o último retrato do artista antes de sua trágica morte em 2009. Trata-se de uma obra monumental, do americano Kehinde Wiley, na qual Jackson aparece como um monarca do século XVI, montando um cavalo com uma bela armadura.

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A pintura, inspirada no "Rei Filipe II a cavalo", de Rubens, marca o tom da exposição e reflete o peso de Michael Jackson, "um dos personagens de interesse cultural mais influentes do século XX", segundo a retrospectiva "On the wall", no museu Grand Palais.

Quarenta artistas expõem a sua visão do "rei do pop", cantor de recordes de vendas, cujo álbum "Thriller" continua sendo o mais vendido da história.

"Outros cantores como David Bowie e Paul McCartney influenciaram os artistas, mas o caso de Michael Jackson é inigualável", considerou a curadora da exposição, Vanessa Desclaux.

Mas quem, sem dúvidas, abriu este caminho foi Andy Warhol, que começou a fotografá-lo no fim da década de 1970. Em 1984, a revista Time utilizou um de seus retratos serigrafados para uma capa dedicada ao cantor. Anos mais tarde, Jackson devolveu a homenagem incluindo um autorretrato de Warhol no clipe da canção "Scream".

- Bajulado como Jesus? -

Michael Jackson foi um ícone (um modelo) ou um ídolo (um personagem bajulado)? As duas coisas ao mesmo tempo, segundo a exposição, que mostra os retratos assinados pelo americano David LaChapelle, nos quais o cantor é representado como um "Jesus dos Estados Unidos", com elementos pertencentes à iconografia cristã.

Embora a mensagem possa parecer exagerada, as imagens mostradas em uma tela de milhares de fãs se esgoelando durante um show em Bucareste, enquanto Jackson tira seus óculos escuros, não fazem nada além de reforçá-la.

A admiração dos artistas também tem muito a ver com o modelo de universalidade que representou, com uma música acessível a todos, assim como a importância dada à comunidade negra de seu país pela fama mundial deste cantor, originário de uma modesta família de Indiana.

"Michael sempre desafiou a normalidade e o correto. Este é um dos motivos pelos quais tantos artistas se inspiraram nele. Além de sua criatividade infinita", afirmou um de seus fotógrafos oficiais, Todd Gray, que foi à apresentação da exposição no Grand Palais, onde há várias fotografias em preto e branco, nas quais só se vê, por exemplo, uma parte do cabelo cacheado de Jackson.

Mas, acima de tudo, Michael Jackson foi um artista cujas canções se tornaram hinos para milhões de pessoas.

Uma instalação mostra vários fãs europeus que Jackson selecionou para que cantassem à capela todas as músicas de "Thriller". O resultado - um grupo heterogêneo de sexos, idades e raças - evidencia como conseguiu reunir uma diversidade de pessoas.

Um acrílico e serigrafia sobre tela de Andy Warhol foi arrematado na noite desta quarta-feira por 2,337 milhões de euros na Casa Sotheby's de Paris, um recorde para o leilão de obras inéditas no mercado.

Comprada no ano de sua criação e jamais vendida, esta obra pertence a série "Ladies and Gentlemen" (1975) do artista americano e estava avaliada em 1,5 milhão de euros.

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Um grande óleo sobre tela do japonês Kazuo Shiraga, "Chishusei Kanchikotsuritsu" (1961), obteve 2,057 milhões de euros. A obra estava avaliada em 1,5 milhão de euros.

Um dos célebres móveis do americano Calder, de 1947, presenteado pelo artista a um médico de Nova York, foi arrematado por 1,6 milhão de euros, superando com folga a estimativa de entre 800 mil e 1,2 milhão de euros.

Duas obras do gênio pop americano retratando as lendas da cultura popular dos EUA Elvis Presley e Marlon Brando foram vendidas por mais de US$ 151 milhões nesta quarta-feira, na noite de Arte Contemporânea e de Pós-Guerra da Christie's, em Nova York.

"Triple Elvis", de 1963, que mostra três imagens similares do cantor e estrela de cinema no papel de um pistoleiro, foi vendido em apenas seis minutos por US$ 81,925 milhões. O valor ficou bem acima dos US$ 60 milhões inicialmente esperados.

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"Four Marlons", com a lenda Marlon Brando montado em uma motocicleta, arrebatou US$ 69,605 milhões. O valor também foi acima do teto de US$ 60 milhões calculado pela Christie's.

O recorde absoluto para uma obra de Andy Warhol ainda é de "Silver Car Crash (Double Disaster)", vendido por US$ 105,4 milhões, em novembro do ano passado, pela Sotheby's.

A febre dos compradores também beneficiou o americano Cy Twombly, cujo "Untitled (it is a blackboard)", leiloado pela primeira vez, obteve 69,605 milhões de dólares, um recorde absoluto para o artista falecido há três anos na Itália.

"Smash", uma tela azul de 182,2 x 170,1 cm com esta palavra pintada em amarelo no centro, do artista americano Ed Ruscha, obteve 30,405 milhões de dólares.

A fotógrafa americana Cindy Sherman, 60 anos, também quebrou seu recorde com "Untitled Film Stills", leiloado por 6,773 milhões de dólares, assim como a artista japonesa Yayoi Kusama, 85, cujo "White No. 28" recebeu 7,1 milhões de dólares.

"Seated Figure", do britânico Francis Bacon, foi arrematado por 44,965 milhões, dentro da estimativa de entre 40 e 60 milhões de dólares.

Um autorretrato do artista americano Andy Warhol (1928-1987), colocado à venda por 35 milhões de dólares, encontrou comprador na Art Basel, feira mundial mais importante de arte contemporânea, celebrada na Basileia (Suíça), anunciou a organização do evento.

A galeria Skarstedt, com unidades em Londres e Nova York, vendeu a obra "Fright Wig", realizada pelo artista en 1986, segundo a organização.

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Os colecionadores demonstram um grande interesse atualmente pelo trabalho Andy Warhol. Sua obra "Silver Car Crash (Double Disaster)" bateu o recorde de preço para o artista americano, ao ser vendida por 105 milhões de dólares em novembro de 2013.

A galeria Skarstedt também vendeu obras de Richard Prince e de Georg Baselitz por 2,2 e 3 milhões de dólares, respectivamente.

O evento, aberto na terça-feira e quarta-feira apenas para clientes exclusivos, vendeu no primeiro dia 11 obras avaliadas cada uma em mais de um milhão de dólares.

Entre elas figuram "Mumbo Jumbo" (2008) de Julie Mehretu, vendida por 4,85 milhões de dólares, e "Nothing is a problem for me" (1992) do artista Damien Hirst, por seis milhões de dólares.

A feira, que nesta quinta-feira abriu as portas para o público e que espera receber mais de 70.000 visitantes, termina no próximo domingo.

Isabelle Collin Dufresne, artista franco-americana e musa do artista Andy Warhol conhecida como "Ultra Violet", morreu no sábado, em Nova York, aos 78 anos, anunciou um familiar ao New York Times.

Collin Dufresne também foi inspiradora de Salvador Dalí antes de conhecer, graças ao gênio espanhol, Andy Warhol em 1963 e virar sua musa. No estúdio "The Factory" troca de nome e tinge o cabelo de violeta: nasceu assim "Ultra Violet", ícone da arte pop nos anos 60.

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Em sua autobiografia, publicada em 1988, criticou os anos de orgias e drogas no "Factory", período em que apareceu em cerca de 15 filmes, como "Perdidos na noite", de John Schlesinger, ou "Procura insaciável", de Milos Forman.

Nos anos 80, virou artista plástica e entrou para a religião mórmon. No mês passado, expôs suas obras em Nova York.

Depois do funeral em Nova York, Collin Dufresne será enterrada na França.

"Six Self Portraits" (Seis autorretratos), do artista pop americano Andy Warhol, foi arrematado por 30,125 milhões de dólares em um leilão realizado nesta quarta-feira pela Casa Sotheby's, em Nova York.

O quadro com seis imagens do célebre artista pop, realizado em 1986, um ano antes de sua morte, estava avaliado em entre 25 e 35 milhões de dólares.

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Na véspera, "Race Riot", outra obra de Warhol, foi arrematada por US$ 62,885 milhões na Casa Christie's, também em Nova York, superando a estimativa de US$ 50 milhões. No mesmo leilão, "White Marilyn" recebeu 41,045 millones de dólares.

Em novembro passado, seu monumental "Silver Car Crash" (Double Disaster)" foi vendido por mais de US$ 105 milhões.

No leilão desta quarta, na Sotheby's, a escultura "Popeye", do americano Jeff Koons, obteve 28,165 milhões de dólares, acima da estimativa de 25 milhões.

Na terça, "Black Fire I", do também americano Barnett Newman, foi a estrela do leilão de arte do Pós-Guerra e Contemporânea, recebendo o valor recorde de 84,165 milhões de dólares na Casa Christie's.

O recorde anterior para um Barnett Newman (1905-1970), um pintor associado ao expressionismo abstrato, era de 43,8 milhões de dólares, por "Onement VI", vendido em maio do ano passado pela Sotheby's.

Ainda na terça, um tríptico de Francis Bacon obteve na Christie's mais de 80 milhões de dólares, valor estratosférico para o artista britânico.

"Three Studies for a Portrait of John Edwards", um conjunto de três telas pintadas em 1984 e avaliado em US$ 75 milhões, foi adquirido por exatamente US$ 80,805 milhões.

Silver Car Crash (Double Disaster), uma obra monumental do artista pop americano Andy Warhol, foi arrematada nesta quarta-feira pelo preço recorde de 105 milhões de dólares em um leilão da Casa Sotheby's de Nova York. A obra é uma das quatro da série Morte e Desastre, criada por Warhol em 1963, e recebeu exatamente 105.445.000 dólares, assinalou a Sotheby's.

Três interessados puxaram o leilão, e a obra superou amplamente o recorde anterior para um Warhol, de 71,2 milhões de dólares. Com 2,43 metros de altura e 4 metros de largura, a obra é composta por dois painéis: um com serigrafias e 15 fotos de um acidente de carro, e outro com um vasto retângulo prateado. Em Silver Car Crash, Warhol explora temas-chave de sua carreira: o potencial dos meios de comunicação em massa para passar alguém do anonimato à celebridade, e a indiferença diante da morte na atualidade.

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Na terça-feira, um tríptico do pintor britânico Francis Bacon obteve o preço recorde de 142,4 milhões de dólares em Nova York, tornando-se a obra de arte mais cara já vendida no planeta. Three Studies of Lucian Freud, do artista figurativo do século XX, foi arrematado em um leilão da Christie's por exatamente 142.405.000 dólares. Até então, o recorde de obra de arte mais cara pertencia a O Grito, de Edvard Munch, leiloado pela Casa Sotheby's, em Nova York, por 119,9 milhões de dólares em maio de 2012.

No leilão da Christie's desta terça, outra obra de Warhol, Coca-Cola (3), uma garrafa pintada a mão em 1962 do tamanho de um homem, foi vendida por 57,285 milhões de dólares. Warhol (1928-1987) retomou no ano passado a liderança do ranking de leilões de arte, ultrapassando o chinês Zhang Daquan e Picasso, segundo e terceiro, respectivamente.

O interesse dos colecionadores por arte contemporânea e de pós-guerra ficou evidente nesta quarta-feira no leilão da Sotheby's, onde várias obras superaram as estimativas. Poems to the Sea, do americano Cy Twombly, falecido em 2011, obteve 21,669 milhões de dólares, quase três vezes a estimativa de 8 milhões apresentada pela Sotheby's. Untitled (Yellow Tar and Feathers), do também americano Jean-Michel Basquiat, recebeu 25,925 milhões de dólares, superando a previsão de 20 milhões.

O fotógrafo norte-americano Christopher Makos é um tipo engraçado. Seu extravagante terno verde-limão contrasta violentamente com o tênis amarelo - e esse choque cromático parece herdado das telas de Andy Warhol, embora combine com a cor palha de seus cabelos, que faz lembrar a fixação de seu amigo Andy Warhol por perucas do mesmo tom. O rei da arte pop usa oito delas na série "Lady Warhol", que Makos fotografou em 1980, registrando Warhol como mulher, como sugere o título. Não se trata de travestismo ou crossdressing, "até porque Warhol não usa vestidos na série", observa Makos, que convenceu o amigo a posar com maquiagem pesada, parodiando cinco tipos dos anos 1970, de punks a donas de casa desmioladas, passando por socialites metamorfoseadas por plásticas.

Makos não estava fazendo nada original ao fotografar Andy Warhol como mulher. Em 1921, o surrealista Man Ray - de quem Makos se tornou próximo nos anos 1970 - fotografou o amigo dadaísta Marcel Duchamp em roupas femininas. Duchamp, que não era gay, gostou tanto da experiência que passou a assinar vários de seus escritos com o nome de sua persona, Rrose Sélavy, a enigmática "aristocrata" que serviu de inspiração ao poeta surrealista Robert Desnos - na verdade uma simples bibliotecária.

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"Não queríamos simplesmente repetir a experiência de Man Ray e Duchamp na série", garante Makos. De fato, são dois trabalhos bem diferentes. A "Rrose" encarnada por Duchamp nas fotos de Man Ray parece mais uma mulher fatal de filme noir. Já "lady Warhol" expõe as marcas da vulgaridade da cultura americana média, escancarada na maquiagem exagerada pela luz branca, tão branca que concorre com a pele do artista. Dá para notar que foi Makos quem ensinou Warhol a fotografar - e são famosos os retratos em Polaroid feitos pelo pintor. Fotógrafo de celebridades (Liz Taylor, Mick Jagger, Tennessee Williams) e colaborador de revistas como "Interview", Makos equilibrava essas passagens pelo jet set com incursões pela cena underground nova-iorquina, publicando um livro definitivo sobre a cultura do glam rock e do punk nos anos 1970, "White Trash" (Lixo Branco).

"Não sou nostálgico, nem futurólogo, e não imaginava que iria virar um livro de referência", diz o bem-humorado Makos, que se define como um terapeuta de seus fotografados (Liz Taylor, em especial). "Essa série foi uma brincadeira, mas ela volta no momento certo, em que a questão da identidade se tornou séria." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

LADY WARHOL - MAM (Parque do Ibirapuera, Portão 3). Telefone 5085-1300. Inauguração: 4ª (17); 10 h/ 17h30. R$ 6. Até 23/6.

A casa de leilões Christie's lança, na semana que vem, o primeiro leilão exclusivo pela internet de 125 obras de Andy Warhol, como parte de um acordo com a fundação que leva o nome do artista pop americano. Camisetas pintadas, esboços, pinturas, fotografias e outros objetos, como a célebre lata da Campbell's, estarão à disposição do grande público do mundo inteiro, assinalou a Christie's nesta quinta-feira, ao apresentar cerca de 20 obras que serão leiloadas.

A estimativa de preço mínimo vai de 400 Dólares para uma pequena litografia de um gato a 50 mil para a lata da Campbell's. "Este leilão pela internet permitirá que todos tenham acesso ao trabalho de Andy Warhol de uma forma muito democrática e coerente com sua obra", afirmou o presidente da Fundação Wharhol, Joël Wachs.

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Este primeiro leilão pela internet será seguido de outros ao longo de 2013. O valor arrecadado irá para a Fundação Warhol, com sede em Nova York, que apoia financeiramente artistas e associações artísticas sem fins lucrativos. A fundação, criada em 1987 - ano em que morreu o artista, nascido em 1928 -, tem como missão "promover as artes visuais".

Um primeiro leilão de obras de Warhol na Christie's de Nova York, em novembro passado, arrecadou 17,07 milhões de dólares.

O leilão de 354 obras do artista pop Andy Warhol em Nova York arrecadou 17,07 milhões de dólares, anunciou a casa Christie's.

A venda de fotos e gravuras foi realizada pela Fundação Andy Warhol, que prevê várias novas vendas nos próximos meses, algumas delas apenas pela internet, no começo de fevereiro próximo. Algumas das obras vendidas jamais haviam sido mostradas ao público.

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No total, foram leiloados 354 trabalhos do artista, começando por "Endangered Species: San Francisco Silverspot", que foi vendida por 1,26 milhão de dólares quando tinha o lance inicial avaliado entre 1 e 1,5 milhão.

A Andy Warhol Foundation for the Visual Arts anunciou em setembro que colocaria à venda sua coleção para impulsionar seu programa de concessão de bolsas de estudo. Alguns dos trabalhos também serão doados a museus.

A Fundação Warhol, criada em 1987 depois da morte do artista (1928-1987) tem como missão, segundo seu testamento, fazer "avançar as artes visuais".

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