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A redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), iniciado nesse domingo (3), teve “Democratização do acesso ao cinema no Brasil” como tema e deixou muitos estudantes com dúvidas no momento de elaborar uma proposta de intervenção para o problema tratado no texto. O Ministério da Cultura, que foi extinto no início do ano para se fundir à pasta de Cultura, Esporte e Desenvolvimento Social, foi citado por alguns feras na elaboração textual; por se tratar de uma pasta extinta, quem citou perderá pontos ou até mesmo vai zerar a prova? 

Durante a live do Vai Cair no Enem, o LeiaJá ouviu professores de Linguagens e redação que comentaram essa questão para esclarecer as dúvidas e tranquilizar os feras. A professora Lourdes Ribeiro explicou que é possível citar, como proposta de intervenção, a restauração do Ministério da Cultura para garantir a democratização do cinema. No entanto, ela alerta: citar o Ministério sem especificar a sua reabertura, como se ele nunca estivesse sido incorporado por outra pasta, é um problema. Veja o vídeo:

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A professora Josicleide Guilhermino acalmou os feras lembrando que, apesar de ser problemática para a conclusão do texto, a citação a um ministério fechado não zera a redação do aluno, nem causa uma redução grande na nota. “A apresentação do agente (no caso, o Ministério da Cultura) é apenas um elemento dentro da sua proposta de intervenção. Muito provavelmente vai reduzir um pouco a sua nota, mas não chega a reduzir significativamente”, disse ela. 

Thalles Ribeiro, que também é professor de redação, explicou que os estudantes poderiam elaborar propostas que envolvam as pastas de cultura do Poder Executivo fora da esfera federal, por exemplo, baseando a proposta de intervenção em secretarias estaduais e municipais de cultura. “Por exemplo, se tivesse trazido uma tese onde estivesse preocupada com a periferia que estava excluída desse processo de democratização, seria mais interessante a secretaria estadual de cultura do que necessariamente do ministério”, argumentou o professor. 

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O deputado federal Pastor Marco Feliciano (PSC), durante uma live no Facebook, na madrugada deste domingo (15), falou sobre campanha eleitoral. Feliciano, que conseguiu mais de 400 mil votos na última eleição, garantiu que nenhuma igreja permite que ele peça votos. De acordo com o religioso, há na Câmara dos Deputados 185 parlamentares filiados à bancada evangélica e 95 que são "evangélicos de carteirinha". 

"Nenhuma igreja me permite pedir votos. As pessoas perguntam como eu tenho tantos votos. Eu também me pergunto, sabia? Porque quando chega na época de campanha nenhuma igreja me permite pedir votos. As igrejas batem com a porta na minha cara. Claro que para toda regra há exceção. Há algumas igrejas independentes que acabam sempre me ajudando, mas as grandes igrejas, até a minha Assembleia de Deus- Ministério do Belém, quando vai chegando perto da campanha, elas proíbem crentes chegarem perto de mim. Eu fico leproso", declarou. 

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O parlamentar também falou que não apenas a dele, mas todos os outros grandes ministérios proíbem porque cada um tem o seu candidato próprio. "E eu não sou candidato de nenhuma igreja. Interessante isso, não é? Eu não sou candidato de uma denominação. Eu sou candidato do povo. Eu sou o pregador que Deus tirou da roça, do corte de cana e me deu um coração do povo", disse. 

"Um dia desses, em uma roda de pregadores, alguns de nome mundial, que são ricos e importantes, [disseram] Feliciano é um pregador das multidões pobres, e eu glorifico a Deus por isso. Eu tenho orgulho disso. Sinto orgulho de ser alguém que vai onde os ricos e os grandes não vão. Graças a Deus eu ainda subo o monte para orar, também prego nas grandes cátedras quando me dão oportunidade, nos mega eventos, mas também prego para quatro ou cinco pessoas do outro lado do mundo como já diz daqui para o Japão para pregar para pouquíssimas pessoas", discursou.  

Mesmo ainda faltando bastante para a eleição de 2018, o pastor pediu apoio da sociedade. "O que importa é que as pessoas ouçam a palavra profética que Deus tem colocado no meu coração. Quero aqui pedir o apoio de vocês. Ano que vem é ano político de novo. O meu sonho era crescer e ir para um patamar maior, mas a política no Brasil é muito complicada, então eu não sei a que venho, mas me ajude porque eu tenho tentado representado a sua família da melhor maneira possível", pediu. 

Feliciano ainda falou que não consegue agradar a todos porque as pessoas têm outros pensamentos, mas que quando está em Brasília, antes de todas as votações, "ora e pede a Deus" orientação para saber o que é melhor para o povo.

Em 101 páginas, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, expôs ao Supremo Tribunal Federal os motivos que considera fundamentais para que a "Lista Noboa" seja investigada. "Lista Noboa" é a relação de 279 políticos - deputados, senadores, governadores e ex-parlamentares - e de 24 partidos que teriam recebido valores da Odebrecht, maior empreiteira do País envolvida com o esquema de cartel e corrupção que se instalou na Petrobras.

Janot diz que a lista está "relacionada a dezenas de políticos que, supostamente, teriam recebido propina da Odebrecht, ao longo de tempo não determinado". O nome "Noboa" é uma referência à "tática Noboa", anotação encontrada no arquivo de mensagens do celular de Marcelo Bahia Odebrecht, preso desde 19 de junho de 2015 e condenado a 19 anos e quatro meses de prisão pelo juiz federal Sérgio Moro.

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Para os procuradores da República que integram a força-tarefa da Lava Jato, a citação indica que Odebrecht "cogitava se evadir do País e, assim, furtar-se de eventual aplicação da lei penal" - Gustavo Noboa, ex-presidente do Equador (2000/2003), fugiu do país após ser acusado de malversação de fundos na renegociação da dívida externa.

A lista é a maior relação de políticos e partidos associada a pagamentos de uma empreiteira capturada pela Lava Jato desde o início da operação, há dois anos. Ela foi encontrada em fevereiro nas buscas da 23ª fase, a Acarajé, que teve como alvo principal o casal de marqueteiros João Santana e Mônica Moura, que cuidaram das campanhas presidenciais de Lula (2006) e de Dilma (2010/2014). A superplanilha estava na residência do executivo Benedicto Barbosa da Silva Júnior, presidente da Odebrecht Infraestrutura.

As anotações, indica a Lava Jato, referem-se às campanhas eleitorais de 2012 (municipais) e 2014 (presidente, governadores, senadores, deputados federais e estaduais). Não há informações sobre quais doações são legais e quais são caixa 2 e, dentre as registradas no Tribunal Superior Eleitoral, quais têm origem em propinas de contratos superfaturados.

Em seu parecer, acolhido pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, o procurador-geral da República apontou que o "Setor de Operações Estruturadas" era o braço da empreiteira que cuidava do pagamento de propinas.

Rodrigo Janot destacou trechos da delação premiada da ex-secretária de executivos da Odebrecht, Maria Lucia Guimarães Tavares. "Indicou detalhes da estrutura paralela da Odebrecht, mencionando nomes de pessoas e endereços de entrega de valores que constavam na planilha, o que ensejou diligência nos seguintes alvos: 1) pessoal relacionado ao 'Setor de Operações Estruturadas' (denominação do grupo utilizado para a operacionalização dos valores da contabilidade paralela da Odebrecht; 2) executivos da Odebrecht que autorizavam os pagamentos ilícitos; 3) operadores financeiros que disponibilizavam os recursos em espécie; 4) destinatários dos recursos em espécie."

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