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Cinco pessoas morreram em ataques russos com mísseis contra a cidade de Zaporizhzhia e a região de Dnipropetrovsk durante a madrugada, anunciaram as autoridades locais nesta quarta-feira.

"Durante a madrugada, entre 1H33 e 1H48 (20H33 e 20H48 pelo horário de Brasília), a Rússia disparou seis mísseis contra a cidade de Zaporizhzhia", escreveu no Telegram o governador da região, Yuri Malashko.

Quatro pessoas morreram em um prédio residencial atingido por um míssil em Zaporizhzhia e uma mulher morreu em um ataque nos arredores da cidade de Dnipro, de acordo com o ministro ucraniano do Interior, Igor Klymenko.

A maior central nuclear da Europa fica nesta região, a 50 quilômetros da cidade de Zaporizhzhia. O local está ocupado pelas tropas russas.

Mais ao norte, a região de Dnipropetrovsk também foi bombardeada. Segundo as autoridades ucranianas, várias casas ficaram destruídas na localidade de Obujiva.

Uma pessoa morreu e dezenas ficaram feridas em uma série de ataques durante a noite e madrugada contra várias cidades ucranianas, informaram nesta sexta-feira as autoridades de Kiev.

Em Kryvy Rih, cidade natal do presidente Volodimir Zelensky, sul da Ucrânia, um bombardeio atingiu um edifício administrativo e matou uma pessoa, anunciou no Telegram o comandante da administração militar da região, Serguei Lissak.

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O ministro do Interior, Igor Klimenko, afirmou que a vítima fatal era um policial e que 25 pessoas ficaram feridas no ataque.

Na região norte da Ucrânia, em uma zona residencial da cidade de Sumy, quase 20 edifícios atingidos, segundo o ministério do Interior. Três pessoas ficaram feridas, incluindo um casal de idosos resgatados dos escombros.

Ao leste, em Zaporizhzhia, um homem ficou ferido em um ataque russo, segundo o comandante da administração militar regional, Yuri Malachko.

De acordo com as autoridades militares, 29 localidades sofreram ataques russos perto da frente de batalha nas últimas 24 horas.

A região, parcialmente ocupada pelo exército russo, é o principal ponto da contraofensiva ucraniana no sul.

Vários ataques russos com mísseis e drones atingiram na madrugada desta sexta-feira (28) várias cidades da Ucrânia e provocaram pelo menos 12 mortes, uma ofensiva condenada pelo presidente ucraniano, que prometeu uma resposta.

"O terror russo deve ter uma resposta adequada da Ucrânia e do mundo. E isso vai acontecer", afirmou o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky.

"Cada ataque deste tipo, cada ato maligno contra nosso país e nosso povo aproxima o Estado terrorista do fracasso e da punição", acrescentou Zelensky no Telegram.

Em Uman, uma cidade de 80.000 habitantes na região central do país, 10 pessoas morreram quando um míssil atingiu um prédio residencial, informou o ministério do Interior.

"As equipes de resgate acabam de recuperar mais três corpos dos escombros, o que eleva a 10 o total de vítimas às 10H05 (4H05 de Brasília", anunciou o ministro Igor Klimenko.

Nove pessoas foram hospitalizadas, de acordo com o governador da região, Igor Tabourets. Ele informou que dois mísseis de cruzeiro foram lançados contra Uman, que fica 200 quilômetros ao sul de Kiev: um atingiu um edifício residencial e o outro um depósito.

Em Dnipro, o ataque deixou dois mortos, uma mulher e um menino de três anos, afirmou o prefeito Boris Filatov.

O comando militar de Kiev informou que 11 mísseis de cruzeiro lançados por bombardeiros foram derrubados, além de dois drones, sem provocar vítimas ou danos consideráveis.

O exército ucraniano anunciou no Telegram que derrubou "21 mísseis de cruzeiro X-101/X-555 de um total de 23 e dois drones" no país.

O ataque com mísseis foi lançado "por volta das 4H00" (22H00 de Brasília, quinta-feira) a partir de bombardeiros estratégicos russos do tipo Tu-95 localizados na área do Mar Cáspio, segundo as Forças Armadas.

Ataques menos frequentes

Em Kiev, uma linha de energia elétrica foi cortada ao ser atingida por destroços que também provocaram o bloqueio de uma estrada, segundo as autoridades.

"Nenhuma vítima civil ou danos a edifícios residenciais ou infraestruturas foram relatados na capital", afirmou o comandante das forças de defesa antiaérea de Kiev, Serguiy Popko.

Na localidade de Ukrainka, próxima da capital, os estilhaços de um míssil derrubado atingiram um edifício. Uma menina ficou ferida e foi hospitalizada, segundo o governador Ruslan Kravchenko.

A Rússia bombardeou de modo incessante as cidades ucranianas e a infraestrutura do país durante o inverno (hemisfério norte, verão no Brasil), mas o ritmo dos ataques diminuiu nos últimos meses.

A capital Kiev não era alvo de ataques com mísseis há mais de 50 dias.

Os combates entre as tropas russas e os ucranianos estão concentrados no leste do país, onde acontece uma batalha violenta pelo controle da cidade de Bakhmut, que está praticamente destruída.

A Ucrânia reforçou nos últimos meses o sistema de defesa aérea, depois que recebeu equipamentos ocidentais, considerados cruciais para a estratégia do país na guerra.

Neste mês, Kiev recebeu os sofisticados sistemas americanos Patriot.

A Ucrânia afirma há vários meses que está preparando uma contraofensiva para expulsar as tropas russas dos territórios que ocupam no leste e sul do país.

Os ataques desta sexta-feira aconteceram dois dias depois de uma conversa por telefone entre os presidentes da Ucrânia e da China. O chefe de Estado chinês, Xi Jinping, defendeu uma negociação de paz.

Várias cidades da Ucrânia foram atingidas por mísseis russos na manhã desta quinta-feira (29), incluindo a capital Kiev, informou a Força Aérea do país.

"29 de Dezembro. Ataque em larga escala de mísseis (...) O inimigo ataca a Ucrânia de várias direções com mísseis de cruzeiro a partir de aviões e navios", afirmou a Força Aérea ucraniana nas redes sociais.

De acordo com o conselheiro presidencial Mikhailo Podolyak, mas de 120 mísseis foram disparados.

Após uma série de reveses militares e perdas de territórios no último semestre, Moscou intensificou a campanha aérea com drones e mísseis para atacar a infraestrutura de energia ucraniana.

Na manhã desta quinta-feira foram relatadas explosões em várias cidades, incluindo a capital Kiev, onde o prefeito Vitali Klitschko alertou para possíveis apagões e pediu aos moradores que economizem água.

As explosões em Kiev deixaram pelo menos três feridos, de acordo com o prefeito.

Fragmentos de mísseis derrubados atingiram duas casas na zona leste de Kiev. Uma "empresa industrial" e uma creche foram atingidos ao sudoeste da cidade, segundo o comando militar da capital.

Em Lviv, oeste do país, as explosões deixaram 90% da cidade sem energia elétrica, informou o prefeito Andrii Sadovyi.

O governador da região de Lviv, Maksim Kozytski, afirmou que a defesa aérea foi acionada e pediu aos moradores que permaneçam nos abrigos.

As explosões também atingiram Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, afirmou o prefeito Igor Terekhov.

As autoridades ucranianas afirmaram nesta segunda-feira (28) que preveem uma nova onda de bombardeios por parte da Rússia esta semana, após os ataques contra infraestruturas críticas que provocaram cortes de água e de energia elétrica, inclusive na capital Kiev.

"É muito provável que o início da semana seja marcado por um ataque do tipo", declarou nesta segunda-feira a porta-voz do comando sul do exército ucraniano, Natalia Gumeniuk, antes de destacar que um navio russo com mísseis foi observado no Mar Negro.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, advertiu no domingo à noite que "a semana que começa pode ser tão difícil como a anterior", marcada por bombardeios em larga escala que provocaram grandes cortes de energia elétrica e água no momento em que o país registra temperaturas próximas de zero.

"Nossas forças estão se preparando. Todo o Estado está se preparando. Imaginamos todos os cenários, inclusive com os aliados ocidentais", acrescentou Zelensky, antes de pedir aos compatriotas que prestem atenção aos alertas antiaéreos.

Zelensky também destacou uma situação "muito difícil" na frente de batalha, em particular na região de Donetsk, leste do país, onde os combates se concentram desde a retirada das forças russas da região de Kherson (sul).

O Exército ucraniano anunciou, neste domingo (19), que conseguiu frear os ataques russos perto da cidade de Severodonetsk, no leste do país, palco de intensos combates durante semanas nesta guerra que, de acordo com a segundo a Otan, poderá durar "anos".

"Nossas unidades conseguiram frear o assalto na região de Toshkyvka", declarou o Exército ucraniano no Facebook.

"O inimigo se retirou", acrescentou a corporação.

Serguii Gaidai, governador de Lugansk, região onde fica Severodonetsk, classificou como "mentiras" as declarações, segundo as quais a Rússia controla toda localidade.

"É verdade que eles controlam a maior parte da cidade, mas não completamente", frisou.

Em Severodonetsk, há mais de 500 civis, incluindo 38 crianças, entrincheirados em uma fábrica de produtos químicos para se protegher dos bombardeios, relatou Gaidai, acrescentando que a planta voltou a ser atingida por ataques aéreos nas últimas horas.

Há vários dias, tenta-se estabelecer um corredor humanitário para sua retirada, sem sucesso. Russos e ucranianos acusam um e outro por sua instalação ainda não ter sido possível.

De Moscou, o Ministério russo da Defesa afirmou, neste domingo, que "a ofensiva contra Severodonetsk está sendo realizada com sucesso".

"Unidades da milícia popular da República Popular de Lugansk, apoiadas pelas Forças Armadas russas, libertaram a cidade de Metolkin", a sudeste de Severodonetsk, relatou o ministério à imprensa.

- "Não há lugar seguro" -

Depois de fracassar em sua tentativa de tomar Kiev no início da ofensiva, em 24 de fevereiro passado, o objetivo da Rússia agora parece ser assumir o controle total da bacia de mineira do Donbass, composta pelas regiões de Lugansk e Donetsk. Desde 2014, esta região já é parcialmente controlada por separatistas pró-Rússia apoiados por Moscou.

"Não há lugar seguro", admitiu o governador em uma entrevista à AFP, de Lysychansk, na região de Lugansk. Os russos "bombardeiam nossas posições 24 horas por dia", descreveu.

"Tem um ditado que diz: você tem que se preparar para o pior, e o melhor virá", diz Gaidai. "Claro que temos que nos preparar", reitera o funcionário, que teme que os russos cerquem a cidade e bloqueiem as estradas que garantem o abastecimento.

Com uma população de cerca de 100.000 habitantes antes da guerra, apenas 10% permanecem em Lysychansk.

E, na cidade, tudo e todos parecem estar se preparando para combates nas ruas: os soldados cavam buracos e colocam arame farpado; a polícia coloca carros incendiados para parar o trânsito; e muitos moradores que ainda estavam lá decidem, enfim, ir embora.

"Largamos tudo e vamos embora. Ninguém pode sobreviver a um ataque desses", lamenta a professora de história Alla Bor.

- "Não vamos dar o sul para ninguém" -

Neste domingo, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, manifestou sua determinação de continuar resistindo no sul, após uma visita às cidades de Mykolaiv e Odessa no sábado.

"Não daremos o sul para ninguém. Vamos recuperar tudo. O mar será ucraniano e será seguro", prometeu, em um vídeo publicado no Telegram, após retornar para a capital do país, Kiev.

"Estão confiantes e, olhando nos olhos deles, é óbvio que não duvidam de sua vitória", acrescentou Zelensky, referindo-se às suas tropas.

Seu otimismo diverge, no entanto, do panorama sombrio apresentado pelo secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg. Em entrevista publicada neste domingo pelo jornal alemão Bild, ele avalia que a guerra pode durar "anos" e, por isso, os países ocidentais devem se preparar para um apoio duradouro à Ucrânia.

"Temos de estar preparados para que isso dure anos", afirmou Stoltenberg.

"Não devemos esmorecer em nosso apoio à Ucrânia, mesmo que os custos sejam altos, não apenas em termos de apoio militar, mas também no aumento dos preços da energia e dos alimentos", completou.

"As perdas são importantes, muitas casas foram destruídas, a logística civil foi afetada, e há muitos problemas sociais", admitiu Zelensky.

"Pedi que as pessoas que perderam seus entes queridos recebam uma maior assistência. Vamos reconstruir tudo o que foi destruído. Os mísseis russos são menores do que a vontade de viver do nosso povo", declarou.

Mykolaiv tinha meio milhão de habitantes antes da guerra e segue sob controle ucraniano, mas fica perto de Kherson, uma região praticamente ocupada pelos russos.

Além disso, está localizada na estrada para Odessa, o maior porto da Ucrânia. Esta última também está sob controle ucraniano e no centro das negociações, pois há milhões de toneladas de grãos ucranianos bloqueados ali. A Rússia, que controla esta zona do mar Negro, argumenta que as águas estão minadas.

burs-bl/es/mb/tt

Pelo menos 120.000 sírios deixaram suas casas desde o final de setembro, quando começaram os bombardeios aéreos russos na Síria - informaram os Estados Unidos nesta quarta-feira (4).

"Desde que os ataques russos na Síria começaram, pelo menos 120.000 sírios foram deslocados, devido à ofensiva do regime apoiada pelos ataques russos nas cidades de de Hama, Alepo e Idleb", disse a secretária de Estado adjunta para o Oriente Médio, Anne Patterson, diante da Comissão de Relações Exteriores da Câmara de Representantes do Congresso americano.

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O número foi divulgado na semana passada pela ONU, mas é a primeira vez que o governo americano acusa Moscou diretamente.

A secretária de Estado adjunta para a Europa, Victoria Nuland, que também participou da audiência na Comissão, disse que "desde o início das operações de combate russas na Síria, a Grécia registrou o fluxo semanal migratório mais elevado de 2015, com cerca de 48.000 refugiados e imigrantes, passando da Turquia para a Grécia".

Patterson considerou que "a intervenção militar russa (na Síria) exacerbou, perigosamente, um ambiente já complexo". Anne Patterson reiterou que "os ataques russos apontaram, basicamente, para regiões nas quais o Estado Islâmico não está presente, tendo, em contrapartida, a oposição síria moderada como alvo".

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