Tópicos | Avião presidencial

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), afirmou, nesta quinta-feira (16), que pediu ajuda do Governo Federal para comprar os 150 respiradores que desembarcaram na capital, São Luís, na terça-feira (14), mas não conseguiu. Para trazer os equipamentos, essenciais para o tratamento de pacientes com a Covid-19, a gestão maranhense fez uma rota hollywoodiana para driblar concorrentes como a Alemanha, os Estados Unidos e o próprio Governo Federal. 

Em publicação no Twitter, Dino detalhou que vários Estados estão passando pelos mesmos problemas e o avião presidencial poderia ser utilizado para transportar os respiradores e outros insumos médicos que estão sendo comprados na China e em outros países.

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“Vários estados estão com problemas similares. Pedimos ajuda de transporte ao governo federal e não conseguimos. Penso que até o avião presidencial deveria ser usado para buscar equipamentos de saúde comprados na China ou outro país. Nada é mais importante no momento”, afirmou Flávio Dino, deixando a entender que, mais uma vez, a disputa política falou mais alto na gestão federal.

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Para que os equipamentos chegassem ao Maranhão, segundo o jornal Folha de São Paulo, o secretário estadual de Indústria e Comércio, Simplício Araújo, coordenou cerca de 30 pessoas e decidiu enviar os respiradores para a Etiópia, na África, e teve o frete pago pela mineradora Vale para chegar até São Paulo.

Já no Brasil, os equipamentos foram carregados em um avião fretado da Azul e enviados para o Estado. A liberação da alfândega só foi feita no Maranhão.

Dino e o presidente Jair Bolsonaro já não se dão bem politicamente e não escondem isso de ninguém. O presidente chegou a chamar, no início do ano passado, de forma pejorativa os governadores do Nordeste de “paraíbas” e pontuou que o “pior deles” era o do Maranhão. Flávio Dino é apontado por setores da esquerda como um dos eventuais nomes para disputar o cargo de presidente da República em 2022. 

Manoel Silva Rodrigues era membro da comitiva que levava o presidente Jair Bolsonaro para visita oficial ao Japão. Preso em Sevilha com 39 quilos de cocaína, militar confessou o crime nesta segunda-feira (23), e teve pena reduzida.

Por ter confessado o crime, o militar brasileiro teve a pena reduzida de oito para seis anos, informou a agência EFE.

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Rodrigues também foi condenado a pagar uma multa de € 2 milhões (cerca de R$ 9,5 milhões).

O militar brasileiro foi preso em Sevilha, na Espanha, em 25 de julho de 2019, levando 35 quilos de cocaína na sua bagagem. O militar fazia parte da comitiva que levava o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, a uma reunião do G-20 em Osaka, no Japão.

Rodrigues confessou que sua missão era traficar a droga até a Europa e voltar para o Brasil. Ao sair do aeroporto, ele deveria se dirigir a um centro comercial, aonde aguardaria uma outra pessoa.

O indivíduo declarou ao jornal local ABC de Sevilha que "em 20 anos de militar, nunca tive nenhum processo contra mim, eu nunca sofri nenhuma sanção".

"Mas meu salário não é muito alto e eu estava passando por dificuldades econômicas", justificou Rodrigues, que disse estar profundamente arrependido.

O condenado afirmou que pretende voltar ao Brasil e trabalhar.

Da Sputnik Brasil

O Palácio do Planalto divulgou no início da noite desta terça-feira, 27, uma nota para confirmar o cancelamento de uma licitação em que o governo federal estimava gastar R$ 1,75 milhão em produtos alimentícios para abastecer o avião do presidencial.

"O presidente Michel Temer, ao embarcar de volta de viagem de trabalho a Maceió, tomou conhecimento da notícia sobre licitação para comissaria de bordo para o avião presidencial e determinou seu imediato cancelamento", diz o texto.

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"A determinação presidencial é de que também este serviço tenha seu preço reduzido em relação ao que vinha sendo praticado anteriormente. A mesma instrução vale para todas as aeronaves que servem ao Governo Federal", completa a nota, assinada pela Secretaria Especial de Comunicação da Presidência da República (Secom).

Segundo interlocutores do presidente, a notícia, publicada inicialmente pelo colunista Lauro Jardim, deixou o presidente surpreso. Segundo o edital publicado no dia 19 de dezembro no Diário Oficial da União, em sorvete, o governo estimava gastar mais de R$ 17 mil, sendo que R$ 7,545 mil em 500 unidades de sorvete tipo premium Häagen-Dazs e R$ 8,625 mil em sorvete sem lactose de amora e morango.

O episódio foi visto por auxiliares do presidente como um "desgaste desnecessário" ainda mais em um momento em que o governo prega austeridade nas contas públicas. Durante toda a tarde, equipes da Casa Civil, da Secretaria de governo e da Secom buscavam uma forma de responder ao que muitos no governo reconheceram como preços inexplicáveis. O edital foi formulado pelo Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI).

Antes da publicação da nota, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, usou o Twitter para afirmar que o pregão - que estava marcado para o próximo dia 2 - havia sido cancelado. "Por orientação presidencial, foi cancelado o Pregão 14/2016, para o dia 02.01.2017, de Serviços de Comissária Aérea", escreveu.

Lista

De acordo com o edital publicado no dia 19 de dezembro no Diário Oficial da União, o valor da contratação estava estimado em R$ 1.748.653,20, sendo que R$ 166 mil em serviços e R$ 1,58 milhão em material. As propostas seriam apresentadas no próximo dia 2 de janeiro e o contrato previa a duração de um ano.

Entre os itens listados, o governo estimava gastar até R$ 42 mil em gelo, sendo R$ 19 mil em gelo em cubo, R$ 1,370 mil em gelo em cubinhos e R$ 21,6 mil em gelo seco. Havia ainda a estimativa de que o governo pagasse até R$ 28 mil por 1.500 pacotes de papel toalha e mais R$ 10.420,00 por mil pacotes de guardanapos com 50 unidades. Também constava no edital a estimativa de gasto de R$ 1,740 mil por 600 rolos de papel higiênico.

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